10 junho 2005

Rachel Gets Fruity

Genial!
Apreciem este filminho da Rachel Stevens para a Everyman.
Admirem-se com o objectivo: alertar para o cancro dos testículos e da próstata.
Bónus da Gotinha para os visitos.

A sedução dos inocentes

A Madr sugere que visites uma página que também faz serviço púbico:

Superdickery.com
Folheia as páginas e vê como a banda desenhada para crianças e adolescentes tem mensagens subliminares que até dói.

09 junho 2005

Internet Sex Toys



Utopex: brinquedos sexuais!

A maior bitola do mundo...

Para medir o maior post do mundo:

III Encontra-a-Funda

E a Expofoda está aí ao virar da esquina!

A seguir à Vanessa Espragata... junto à Alice Tira-Olhos?!... Já viram? Óptimo. Até porque não queria ser eu a dizer-vos que as mamas para onde estão a olhar São do Alfredo Coisa-de-Vento.

Adiante. Isto significa, para os mais distraídos, que o III Encontra-a-Funda está a chegar e desta vez na Capital do Império (com esta subtileza já excluí a tripeirada do encontro, eheh).

A ver se é desta que promessas adiadas (não vou Tiko referir nomes para Matrix não correr o Mergulhador risco de me esquecer de Alguém e ferir susceptibilidades por omisSão) São cumpridas, que já há gente que não acredita na sua existência e até eu próprio tenho dúvidas de estar a escrever isto... 1)

Portantos, toca a inscreverem-se para o jantar da dita (Funda, claro), Sábado 2 de Julho, que é para termos algo remotamente parecido com uma organizaSão porque, para o caso de ainda não terem percebido, eu estou na respectiva ComisSão o que significa que está tudo fodido!

Venham-se de lá com ideias, sugestões e outros quejandos que isto é não é uma ditadura, embora os visitos gostassem muito (de ter a dita dura, claro).







1) Também podem esquecer o Jorge Costa cu que o gajo tem um emprego novo e se o patrão sabe que ele se balda para ir ver ordinarices está fodido quilhado.

O Webcedário tentou fazer o maior post do mundo

Pode não ser o maior em altura, mas é decerto um dos mais criativos.
Como a funda São é serviço púbico, aqui deixamos, com o patrocínio do Nikonman, uma bitola para medires o post.

Cordas e Latex.

Sendo um menino de coro, um "Paz d'alma" como me costumam catalogar, esta foi uma das muito poucas galerias de fotos de Sado-Maso que consegui apreciar...
Aliás sou defensor acérrimo da imposição de práticas sexuais restritivas e obedientes a uma pré-estabelecida "normalidade", bastião da Moral e Bons Costumes. Isto travaria a caminhada, aparentemente irremediável, da humanidade para a loucura e consequente extinção.
Ou então estou a gozar com vocês.

A coleccionadora

Abriu a porta.
O frigorífico estava meio vazio como de costume, mas a parte congeladora estava tão cheia que custava a fechar. Retirou as embalagens de carne congelada, as de delícias do mar e por fim as de camarão descascado. No fundo lá estava. Uma pequena colecção de frascos. Tirou-os um por um enquanto lhes admirava os feitios e particularidades.
Bebeu um golo de água fresca que entretanto servira num copo.
Estava aquele calor que turva o raciocínio.
Olhou bem e equacionou os dados que trazia no seu pensamento.
De facto, confirmava-se a sua suspeita. Sem dúvida que estava certa.
Desde o primeiro momento que suspeitara de tudo. Estava realmente perante algo diferente. A única solução seria passar quanto antes à acção.
Preparou o Martini e colocou-lhe as gotas habituais em casos que tais.
Depois, antes de se dirigir ao quarto, colocou um pouco do perfume que ele lhe havia oferecido no primeiro encontro.
Em seguida voltou à cozinha e pegou no copo de Martini, dizendo:
- Vou já, querido - escondendo a tesoura atrás das costas...

Charlie

08 junho 2005

Pré-prefácio - por OrCa

- Atão, minha? Tanta expectativa e era hoje, era hoje e não sei quê... e agora 'tás cheia de dores de cabeça? És sempre a mesma tanga!...
- Não, Tozé, é mesmo verdade. 'Tou com uma enxaqueca, que nem vejo... Mas deixa, que amanhã eu compenso, 'tá descansado.
- Amanhã, com penso?! 'Tás é parva. Quem é que te disse que eu gosto de jogar no campo do Benfica?!... Ganda nóia!...

Pois é... o amor é cego.

Prefácio - por Marca Dor

Aquela mulher aparentava uns 55 anos. Estava no quarto e em cima da cómoda uma moldura com uma fotografia que tinha tirado há cerca de 20 anos. Quanta mudança...
Pegou na moldura e sentou-se na beira da cama. Olhava fixamente para a sua imagem de outrora...
As mãos são a parte do corpo que menos muda, pensava. De repente levantou-se, colocou a moldura no sítio do costume e, num movimento instintivo, apalpa o ventre, a cintura e os peitos.
Há quanto tempo não se via nua! Em frente ao espelho despiu peça por peça, procurando alguma ousadia na "arte" de despir...
Com as mãos afagou o corpo, agora mais mole, mais largo, sem brilho. Há quanto tempo não era desejada!
O homem que partilha consigo a cama, há 20 anos, acaba sempre escondido entre os seus peitos ou adormecido sobre o seu ventre como se fosse almofada.
Por vezes só se abraçam a uma perna ou a um pé, incapazes já de se abraçarem, de se beijarem. Ela só sente o peso do seu corpo que, num vai e vem sem sentido, faz "adormecer" o seu sexo.
Segundos após o clímax, ela finge mais um orgasmo para agradar e fica quieta, aguardando que o seu homem se "enrosque" e adormeça, iniciando a vigília do sono, como uma mãe, ou como uma amante, ou como ambas as coisas ao mesmo tempo.
Depois, quando ele acorda, ela senta-se na cama e espera que o sangue flua normalmente e o formigueiro acabe e nem uma palavra, nem um gesto de amor ou carinho, nada...
Com as mãos massaja a zona da pele avermelhada pela pressão do corpo do homem que sustentou sobre si, naquele acto carnal, já que o amor há muito que se foi, continuando a manter aquela relação de há 20 anos com um penso rápido descolorido e frágil...


Marca Dor

image01.JPG
Cobriste os lençóis com pétalas de plástico para que não deixassem mancha.
Deitaste-te à minha espera e fumaste quase um maço de cigarros; o cinzeiro a teu lado a contrastar com o colorido da cama.
Olhaste de soslaio, várias vezes, a garrafa de vinho gelado a teu lado. Abriste-a porque eu tardava e deixaste-a quase vazia.
Escolheste um velho disco de vinil mas deixaste a agulha ficar encalhada no final do disco, sem te levantares.
Tinhas o quarto na penumbra, a TV ligada vendendo imagens indistintas, sem som.
No chão, ao lado da cama, as revistas desalinhadas denunciavam a minha demora.
Quando o telefone tocou, não te levantaste para o atender. Acabaste por adormecer. Só soubeste na manhã seguinte o motivo da minha demora.
Agora estas pétalas de plástico pesam como pedras sobre a minha campa.
Esqueceste-te de me mandar cremar.

A topografia do falo - o esclarecimento do Nikonman

O Nikonman (Nakonaman, para as amigas) esclarece-nos sobre a morfologia das piças:
"As comparações são feitas com os membros inferiores. É a única comparação cientificamente válida. Penso eu de que..."
E pimba! Como é mestre da fodografia, ilustra com dois exemplos:



O toque do sino

.

Naqueles verões ensolarados, quando a morte invadia a vila, colava-se-nos aos corpos um apego compulsivo à vida. Com os passos acertados, subíamos sincopadamente os degraus de pedra negra, para ir tocar o sino que apregoava a todos os arredores a saída do cortejo fúnebre.

E até a procissão atingir o cruzeiro, a meio caminho entre a igreja e o cemitério, soltávamos a corda das mãos, para os seus dois braços me pregarem os ombros na parede escura, aninhando o seu esterno entre os meus seios e grudando os nossos lábios numa ânsia do fôlego do outro. Invariavelmente, eu remexia os seus longos cabelos à Jim Morrison e as nossas mãos retorciam-se entre o pano do vestido indiano e a ganga das calças, ao compasso do Time dançado na noite anterior na festa da garagem.

Ajoelhávamos à vez perante o outro, num misto de guloseima e pêlos a picar o nariz, mantendo a vigília sobre o andamento do cortejo que quando chegava a meio do percurso era hora de puxar das forças para fazer novamente soar o pesado badalo de bronze.

Cansados e húmidos do esforço espojávamo-nos no chão, alternando os actos missionários com galopes de valquíria, até avistarmos o padre na porta do cemitério para desenfreadamente voltarmos aos toques a rebate até a última pessoa franquear os portões escancarados. Era aí que saíamos da torre para mergulhar no açude, entre pedras, peixes e alfaiates que com menos de vinte anos a energia é elástica.

E sabes São, ainda hoje me questiono porque é que o padre era tão solícito a querer os nossos préstimos e a dar-nos a chave da torre sineira se nem costumávamos ajudar à missa.