11 julho 2005

Música, maestro.

Já eu prefiro cantar no banho.
Cada doido com a sua mania. Olha se a moda pega?

Cisterna da Gotinha

LapJuicer : fiquem a saber mais sobre aquela cadeira que dá sumo que eu postei aqui há uns dias...


Paris Hilton faz Publicidade: a minha dúvida é a quê?!


Foguetes e Pilas: quando não há inteligência para mais!


Cunt Circus: todos a dançar!


Lick the Children: Michael Jackson defendeu-se como sabia e como podia!!

O gajo tinha que ter algum defeito!


"Na realidade, há muito pouca comunicação.
A internet tem mais a ver com pornografia
do que com a verdadeira comunicação"
Tom Cruise

Hino d’a funda São

Quem foi ao III Encontra-a-Funda já sabe a música. Para quem não foi, aqui fica a letra do grande OrCa, que odeu este hino:

Estribilho:
Erotismo é um grito, uma bandeira
Que erguemos para o céu como quem ode
Que feliz, que fecunda, que faceira
A maneira como na Funda se fode

Pois se poucos são aqueles que dão o grito
Do Ipiranga no que toca a tal função
Bordaremos nós por cá caralho e pito
Na bandeira erguida ao céu d'A Funda São


Pois se nem tudo o que nos fode é erótico
Sebo há que dar ao mastro da bandeira
E deslizar acima, abaixo, de maneira
Que o pendão se erga ao céu de patriótico

Alevantar d’A Funda São o estandarte
Que liberte até o estro semiótico
De fazer real manguito ao psicótico
E do sexo assumir a obra de arte

(estribilho)

Seja ela uma artesinha, um artesão
Mais importa é criar essa corrente
Que levante, empurre tudo à sua frente
E que traga à nossa vida outro tesão

E tu, ó meu triste parvo, armado em puro
Sonegando à populaça o nobre sexo
Não esqueças que a tua vida só tem nexo
Porque os teus pais o tiveram puro e duro

(estribilho)

Que não vives tu decerto em doce encanto
De cuidares por ingénua hipocrisia
Que do dia viste a luz em benta pia
Aspergida por alado esp’rito santo

A verdade que é dos livros e da vida
É tremenda e brava e todos nela apostam
Simplesmente é vivê-la bem vivida
E gostar daquilo que os bichinhos gostam

(estribilho)

Fica assim, irmãos, erguido ao destino
O desafio, o desatino, a ilusão
De em vez de torcermos o pepino
O deixarmos respirar na Funda São!

OrCa

10 julho 2005

Dick Hard e a menina que se masturbava com o Action Man do primo Zequinha

Ritinha era proprietária de uma idade de 8 anos. Em bom estado de conservação sexual, apesar de já não ser virgem. Mas não fazia ideia disso. A membranazita emigrara com D. Sebastião numa manhã de nevoeiro.
Não se sabe bem porquê, nem doeu muito. A autora do infantil desfloramento chamava-se Barbie e tinha um relacionamento estranho com Ken. E foi Ken, de cabeça, aos 43 minutos, que a Ritinha enfiou na sua grutazinha rosada e suave.
Os anos foram passando e estava Ritinha a atravessar aquela ponte dos 13 para os 14 quando o seu primo Zequinha (11 anos) veio assentar arraiais no lar aprazível da menina. Os pais de Zequinha foram trabalhar para uma plataforma petrolífera na Nigéria e deixaram Zequinha no país de origem.
Zequinha ficou afectado e cortou abruptamente o seu relacionamento afectivo com Bibi. Mas certos hábitos tinham-se-lhe entranhado no ânus e o petiz supria as carências com investidas de Cindy em marcha-atrás.
Cindy, por seu turno, estava a atravessar um período muito confuso na sua vida. Falhara uma oportunidade de emprego única: Relações Públicas na firma «Gepeto S.A.». Talvez a nível subconsciente fosse atraída pelas mentiras de Pinóquio e sonhasse sentar-se em cima do seu nariz.
Mas Pinóquio também estava a atravessar um período difícil. Numa estúpida confusão de narizes com Cyrano de Frère-Jacques-Sonne-les-Matine-do-Benfica-e-do-Estrela-da-Amadora ficara ferido no supracílio esquerdo e nunca mais conseguira franzir o sobrolho à homem da Martini. Ele bem passava os dedos pelos beiços, mas não era a mesma coisa.
Bem, o conto já vai longo e Dick Hard ainda não fez a sua aparição, com características bem diferentes das aparições de Fátima. O atraso é, no entanto, facilmente explicável. O seu Lotus Europa rosa estava no mecânico, com um problema nas platinadas (Maria Linda Monroe e Gina Harlow).
Vê como Dick resolveu (solveu de novo) o problema com uma BFT (Bicicleta-Fode-o-Terreno) emprestada pelo seu amigo Eleutério Amparo.

danço

foto de Sascha Huttenhain


danço no teu corpo
envolta nos teus braços
danço num ritmo lento
que tão bem sabes acompanhar
danço nos teus olhos
brilhantes de prazer
danço na tua boca
gulosa do meu beijo
danço no teu sexo
a um ritmo alucinante
danço até cair
exausta de prazer

08 julho 2005

Tens Genofobia?



Top 10 das Fobias

o corsário


A praia já começa a não ser aprazível. Com a chegada do calor, chegam também os veraneantes, irritantes. É o café, o de sempre, afinal, o da esplanada à beira-rio que me acolhe. É aqui que me sento, sempre com os mesmos óculos escuros, e é aqui que espero o minuto seguinte.
A noite passada dormi com um homem que encontrei à beira-rio, sentado em frente a um copo vazio. Era um corsário, disse-me. Desconhecido para ele próprio, disse-me. Falou-me do mar e do seu navio. Das mulheres, sereias, putas, princesas, sempre a mesma mulher em todos os portos, em todos os corpos, em todos os copos quebrados em todas as viagens. Quebrado ele próprio, disse-me. Quebrados estamos todos, disse-lhe. Dormi com um corsário de areia nos dedos e sal nas palavras, e sal na pele, e sal no sexo, na pele, no sexo. Enlaçou-me o corpo, salgado de dor, os seus membros prolongamentos dos meus, o seu prazer eco do meu. Amou-me o corpo com a violência dos solitários, dos homens tornados bestas de inquietação. Amou-me sem preconceitos, sem barreiras. Deixei-me amar nessa cama tão desconhecida quanto ele. Tão desconhecida quanto eu. Deixei-me amar por todas as noites que entretanto esqueci, pelas noites futuras em que não me reconhecerei. Disse-me e disse-lhe o que nos fez falta saber, nesta linguagem universal que é o sexo imediato, disponível, sem amor, sem conhecimento do outro ou de nós próprios, sem palavras. O sexo dos homens, das mulheres de sal e areia, dos corpos que se sentem, que se mentem, na entrega imediata, breve, breve, breve, prazer breve, vida breve, vida tão breve. Todavia tão forte e reconfortante. São assim os piratas, disse-me. São assim os homens, disse-lhe. São assim as mulheres, disse-me. E outra vez me enlaçou, e outra vez o devorei, faminta de sal, agora sedenta, agora morta de sede e cansaço satisfeito, comprazido. E a sua pele curtida de tantos amores vividos, adiados, afogados, em cada porto, em cada corpo, de novo despertou a brutalidade da terra que sou, da água que sou, do fogo que sou. Gosto do teu amor, disse-me na sua voz gasta de tanto repetir as mesmas mentiras, as mesmas máscaras da verdade desconhecida, perdida e achada, nos portos passados, sempre perdidos e achados. Um porto é um grilhão, disse-lhe, mais do que um abrigo. Um porto cega-nos, ensurdece-nos. Não, disse-me, um porto dá-nos tréguas, ilude-nos. Conforta-nos essa ilusão. É a verdade que nunca nos conforta. Disse-lhe que não sei, que nunca a conheci, nunca a encontrei. Disse-me que sim, que a encontrei, apenas não a reconheci, nunca me foi apresentada. Deu-me o exemplo do orgasmo como a mais inequívoca das verdades. E eu lembrei todas as histórias (...) de orgasmos mentidos, de orgasmos mentidos por favor, por pena, por vergonha de não serem verdadeiros, mas calei o argumento quando me lembrei que são, de facto, o melhor exemplo da verdade. Qualquer verdade, o corpo não mente, a pele arrepia-se se temos frio, os beijos não são beijos se não se quiserem dar. Ou receber. E nós damos os melhores beijos do mundo, não é verdade? Verdade, verdadinha. E o prazer não se mente. Só se deixa iludir quem está demasiado preocupado com o seu próprio prazer. O que se procura em tantos corpos?, perguntei, de olhos fechados. Procuramos a fuga, respondeu-me. De que foges tu? De que foges agora? Fujo das tuas perguntas, fujo da verdade que é o amor possível, fujo da própria fuga. Mas um pirata não é um homem corajoso, valente? Um pirata é um homem com cara de mau. Um pirata é um homem que em tudo encontra refúgio, até na própria verdade. Então, faz-me amor outra vez, a mim que temo todas as verdades e todas as mentiras, faz-me amor tu, que tens o sexo descomunal, bronzeado, agreste e agressivo, tu que fugirás na próxima mudança de maré, faz-me amor a mim, que fugirei antes daquela hora mágica em que o sol nos obriga a ver as verdadeiras cores das nossas próprias limitações.
E ele fez-me amor, e eu fiz-lhe amor e, se não mentimos, tão pouco trocámos verdades, porque não conhecíamos, afinal, nenhuma das duas. O amor que se faz, sem compromisso, este amor que se chama sexo, este amor banalizado que se procura como fonte de água fresca, deixa-nos como? Não respondas. Quero apenas sentir-te. Sentir o teu corpo pesado sobre o meu, sentir o teu sexo descomunal, já to disseram essas mulheres sereias, putas, princesas com quem dormiste nesses portos perdidos e achados?, senti-lo ganhar vida por mim, para mim. Essa que é uma força da natureza, incontornável, que é, afinal, a mais pura das verdades, que está à minha frente, que entra agora em mim, que me viola, que me violenta, que me acalenta, esse sexo — descomunal, já to disseram?— que me rasga a solidão, que me mente em cada espasmo, essa saliva que me enche a boca de sal, que me traz sal à vida, que me acorda, de repente, como quem nos abre a janela do quarto ao meio dia e nos deitámos cheios de álcool e de solidão quatro horas antes, e abrimos os olhos para uma realidade desconhecida, desconexa, desconcertante e desconcertada. Assim é a tua língua na minha, no meu sexo, assim é o teu sexo — descomunal — no meu, na minha boca, violento, brutal, violento, violento. Brutal. Brutal como o sol nos olhos ressacados, como a verdade, como a mentira.

O orgasmo alentejano na ExpoFoda - por Luís Graça


Querias fotos do Salão Erótico? Aqui temos melhor que isso:
temos fodografias. E começamos hoje com...
o casting castiço de sábado

Moça camponesa prova o sabor do trigo selvagem - por Nikonman


Um esclarecimento sobre o 'hectare': a poesia rural vai, muitas vezes, buscar vocabulário à planície e ao campo. Daí que seja natural a alusão a um palmo de terra.
Mais um exemplo de poesia rural (onde se fode a métrica, mas se mantém intacta a rural ética):

A cona parece um hectare
Tuas mamas puras São
Os teus pintelhos são grilos
Que me enchem de tesão.

Oh, mulher rural e agrária
Que salivas o meu orgasmo
Pareces uma linda espiga
Entesas até o marasmo.

No teu torso eu me monto
Vou-te ao cu, pois sim, vou
Em tuas coxas me venho
E não digas que o gato miou.

Nakonaman (para as amigas)

07 julho 2005

Apeteces-me

Stephane Bourson

Apeteces-me
Queria trincar-te
Morder-te
Saborear-te.
Apeteces-me
Na ponta dos dedos
Nas coxas em brasa
Na palma das mãos.
Apeteces-me
Oh sabor conhecido
A fruto proibido
Que trago na boca.
Apeteces-me
Oh cheiro a pecado
Que tenho no corpo
Que guardo nas mãos.