30 outubro 2005

Cisterna da Gotinha

Alexa faz um strip: vídeo.

Galeria de nus.

Divertimento
em grupo: sempre se convive, não é?!

Sheena Lee: mais uma morena.

A menina no campo.

Heidi Klum: tem aqui uma comPILA-SÃO (não é a Rosas...) de vídeos.

2 Galerias de
Halloween bem ousadas...

Fatos de
Halloween com muito sex-appeal.
(foto via AssMonkeyDiary)

Agora percebo os maníacos dos jogos de computador!


e3girls

Afinal eles andam naquilo pelas meninas!
É o que mostra esta página, dedicada às raparigas do «e3»: Electronic Entertainment Expo.
Têm aqui um video e aqui o índice de fodografias.

A lição final - por Charlie

Parte IV

Num sorrir, misto de enigma e lascívia, continuou a passear o objecto cilíndrico pelo corpo, flutuando entre as axilas e umbigo, passando debaixo dos peitos, subindo pelo meio deles enquanto projectava o outro braço e o corpo para cima, em bicos dos pés, atirando a cabeça para trás e deixando os cabelos ainda húmidos fundir-se num corpo em retorta de magia.
Pelo ar, cheiros dos corpos ainda quentes do banho, espalhavam uma suave auréola de ilusão que me transportava nos braços em transes hipnóticos, fluidos e contínuos entre os claros escuros daquele espaço.
Ela continuou nos seus voos oníricos e aproximou-se um pouco mais.
Pegou numa toalha quase vermelha e com ela entrosou-se numa coreografia que levou quase até ao fim da lição.
Inflectiu, encolhendo os ombros fazendo sobressair os peitos que se juntaram, desenhando, com o vibrador, círculos à volta dos mamilos que se iam enrijando à medida que a pele ia ficando toda arrepiada. Fazia isto lentamente, assumindo poses que se metamorfoseavam de umas para as outras numa dança contínua e sensual. Escondia e mostrava o sexo. Circulava com o corpo pela minha imaginação sabendo muito bem tirar partido do valor dos momentos, da simulação e dos encantos transitórios e flutuantes, ocultando-se habilmente com a toalha semi escondendo assim tudo o que pretendia mostrar.
Punha-se de perfil e de costas, de pernas trocadas, sempre em movimentos de neblina, translúcidos até ao ponto onde a visão se perde na densidade da realidade mergulhada nos vales que adivinhamos, e onde gotas de orvalho se nos formam nos lábios e nos trazem gostos de desejos e lembranças escondidas nos nossos sonhos íntimos mais secretos.
Enroscou a boca num ombro e, com a cabeça voltada para o lado, mordeu-se enquanto os seus olhos iam adensando o nevoeiro que dentro de mim se espalhava em farrapilhos levados por ventos cada vez mais intensos. Abrindo e fechando portas misteriosas em meias sombras feitas de emoções em rotação permanente, vindas das profundezas dos tempos quando o Homem das cavernas descobriu na Lua o poema de ver Mulher na sua companheira...
Aproximou-se.
Rodou depois o corpo e a minha fantasia, e com as mãos cruzadas à frente descobriu brevemente a entrada do seu Paraíso. Aromas de países irreais e distantes aprisionaram-me todo o corpo e tentei deitar-lhe a mão.
Afastou-me imperiosa!
Ela era a Mestra. Eu, um mero aprendiz.
Os olhos dela deitavam o lume do desejo primitivo misturado com a vontade de exercer a soberania sem concessões.
Agora estava junto a mim, de pé, corpo projectado contra o tecto, de mamilos hirtos a coroar uns peitos firmes por trás dos quais espreitavam dois olhos dominadores que me engoliam. O aparelho descia pelas ancas direito aos meus ombros onde ela se encostava com o sexo a poucos centímetros de todo o meu querer.
Passeou o aparelho pelo meu tronco detendo-se nos mamilos, desceu para o umbigo e para a zona genital ao mesmo tempo que toda ela se ia derretendo mãos e boca em mim. Estava completamente arrepiado!
Sem um ruído deslizámos um sobre o outro, corpos entregues na fusão total dos sentidos. Línguas a devorar o desejo nas bocas que se asfixiavam de tanto querer.
Mergulhámos mais uma vez no reino dos Deuses de corpos abandonados à Eternidade.
Mestra e aluno no êxtase de uma eterna primeira lição que nunca mais parei de aprender...

Charlie

provocas-me

foto de Janet Layher


provocas-me nas palavras
nos desejos que atiças
excitas-me,
deixas-me louca
e o meu corpo já não controlo
fico à espera,
desespero
perco-me em carícias
que queria tuas
no meu corpo suado
de prazeres antecipados

O OnanistÉlico sentiu-se provocado:
bebo o teu suado corpo
com olhares que silenciam o desejo.
Não há palavras para os afagos
As carícias que te querem louca
beijo-as com a tua própria boca.
No prazer do teu corpo, excitada alma
ofereço-me como devoto atiçador.

A Helena - da Cópula Vocabular - faz-nos uma visita e ode o anjinho Élico:
És água
    De suor no meu corpo
    Do banho no meu cabelo
    De lágrima no meu olhar
    Do mar na minha rebentação

És sede de mim...

29 outubro 2005

Caixas e caixas - por LolaViola

E eu tenho caixas e caixas cheias de ti. E de mim. Caixas que transbordam de verdades feitas de sonhos contados em voz alta em surdina pela calada das noites em que as estrelas brilharam.
E tudo é tão verdade como o poema do almada. E tudo é tão verdade como as noites loucas sem dormir do pedro. E tudo é tão verdade como o ateísmo do caeiro. E tudo é tão verdade como os filmes do chaplin. E tudo é tão verdade como todos os nomes do josé. E tudo é tão verdade como tu.

E tudo é tão verdade como a que eu quero que seja.

Como o teu corpo quente aproximando-se de mim devagar. Como o teu olhar distraído que me despe na rua sem pudor. Como a força dos teus braços que me atiram para a cama. Como a tua voz rouca que me confessa fantasias gozadas no meu corpo, na minha alma. Como a forma doce como me despes à pressa. Como os nomes com que me nomeias, à bruta. Como as horas longas e brancas em que nos gozamos. Em silêncio, em gemidos de portas fechadas. Ao espelho, no brilho dos olhares negros e intensos. Nas gargalhadas da cumplicidade do jogo.

E o que existe nos momentos em que falamos o silêncio e a música dos corpos é a única verdade.

Até ao momento exacto em que a verdade se torna poema.

LolaViola. abril, 2004
Blog Levementerótico

Garfiar - 161

rascunho
a coisa começou de uma forma simples, normal e até um pouco enfastiante, tendo em atenção que a qualidade do almoço deixou muito a desejar, mas como o mesmo não acontecia com a empregada, belissima, o almoço repetiu-se.
Faço um aparte para dar um conselho aos empresários do ramo da restauração e, aliás, da hotelaria em geral, arranjem gajas boas para servir, para estar em contacto com o público. Gajas giras e simpáticas são um chamariz e uma forma de cativar clientes poucas vezes superadas. Feito o áparte, tão óbvio que até dói, prossigamos.

eu conheço aquela gaja, caralho
o quê?
eu conheço-a, pá, conheço-a
e então, qual é o espanto?
a gaja não me disse nada, pá. Viste? Não me disse nada.
disse boa tarde e bom apetite
vai-te lixar
mas porque havia a gaja de te falar
andei com ela, pá, foda-se, conheço-a
andaste com ela, quando?
quero dizer, não foi bem andar... foi uma noite...
uma noite?
uma madrugada...
uma madrugada?
mas tu és algum eco ou quê?
quê?
quê, o quê?
sou o quê.
és o quê?
sou
foda-se! 'Tás doido ou 'tou eu, que merda de conversa é esta?
perguntaste se eu era um eco ou quê e eu disse-te que sou o quê, não sou o eco.
foda-se, pereira, não tens medicação, caralho? não vais ao psiquiatra? eu 'tou a falar de uma gaja que me fez um broche do caralho e que agora não me fala e tu estás a discutir ecos e a fazer jogos de palavras.
a gaja fez-te um broche de madrugada?
um broche?! Foda-se, a gaja fez o broche, pereira, O broche!
e agora não te diz nada?
nada, meu, já viste esta merda? aonde é que o mundo vai parar?
...

Garfiar, só me apetece

Bisbilhotices...

28 outubro 2005

Cirurgia de escárnio e mal dizer

(a propósito de uma técnica de cirurgia plástica revolucionária)

- lição rimática: para completar manualmente a rima, a gosto (setembro, outubro, etc.)

ao remirar-se de esguelha
certa dama de alta roda
viu em si perfil de velha
a pele a enrugar-se toda (ninguém lhe dava uma...)

por tanto assim lhe fugiam
os jovens sem dar por isso
nas peles que assim lhe caíam
escondia-se o seu viço (murchava qualquer...)

os seios então pendentes
tais balões esvaziados
estavam tristes dolentes
ao rés do chão pendurados (ninguém os queria...)

e a zona nadegueira
estalada e quebradiça
ainda mais do que madeira
dir-se-ia de cortiça (há que anos não via...)

impunha-se a cirurgia
que lhe esticasse a postura
pondo-lhe o corpinho em dia
com o corte e a costura (que lhe desse a...)

ao dar pelo imenso estrago
o médico cirurgião
condoído e tão bem pago
descobriu a solução (tentou de gatas à…)

pôs-lhe no alto da mona
um parafuso enroscado
quando a ruga vinha à tona
dava-se à rosca um bocado (metia-o bem…)

vê lá agora se gostas
da dona tão esticada
já leva a boca nas costas
e a do corpo atravessada (só ele sabe onde é a…)

OrCa

Ode com ode se c... paga. Ode o Charlie:

Certa dama de alta roda
Estalada e quebradiça
A pela a enrugar-se toda
Dir-se-ia de cortiça

Pensou numa cirurgia
que lhe desse vida nova
Antes dos tratos que urgiam
Lá pediu conselho ao Orca

E em vez da facalhona
ou da lipoaspiração
Meteu-lhe bem na mona
Uma nova solução

E assim como se leu
e lhe aconselhou o Orca
Não foi faca que lhe deu,
enfiou-lhe uma porca!

Sendo ela toda ruga
ou pele em regressão
quando roda aparafusa
estica toda em apertão

Fica toda luzidia
Brilhante até mais não
Vai o Orca qualquer dia
Patentear a invenção

Lingerie Aubade


(viaAssMonkeyDiary)
O OrCa ode sempre que vê... borboletas:

Há corpos assim... dão-nos para fantasias musicais...

curvatura de violino
pele de seda stradivarius
tange-se leve e é um hino
salmo doce prazeres vários

mais de leve e leva a mão
tom mais grave sustenido
funde nela a afinação
ouve-se dela o gemido

e o violino é viola
logo mais é melodia
que de profundis se evola
o perfume a maresia

I'm in love with a...

Se calhar vocês meninas pensavam que a carreira de Pornstar é fácil. Abrir as pernas, uns quantos gemidos, e já cá canta mais um chequezito chorudo.
NADA MAIS ERRADO!
É trabalho de representação duro, não está ao alcance de uma qualquer, tipo a primeira que se encontre por aí na rua. Há que começar a desmistificar estas coisas.
Estou mesmo a pensar em montar uma escola de formação profissional na área.

Mééééé....

O Vizinho acha que esta invenção maravilhosa devia ter uma versão "topo de gama" forrada a pele verdadeira e com uma gravação para fazer: Méééééé!!!...

Não concordam, vizinhos?

Dois livrinhos deliciosos de Luiz Pacheco

Comprei numa feira de velharias estes dois pequenos livros de Luiz Pacheco publicados pela Contraponto, editora que ele próprio fundou:

«O Libertino passeia por Braga, a idolátrica, o seu explendor» (1ª edição, 1961) e
«Coro dos Cornudos» (exemplar nº 89, assinado pelo autor)
Podes ler aqui um excerto do «Libertino». Podes também saber um pouco sobre a vida e a obra de Luiz Pacheco, o Libertino. Ler alguns textos de e sobre ele. Ou uma entrevista recente do Luiz Pacheco para a «Visão».
E, como termina o «Coro dos Cornudos», peça de teatro em verso:

Finale, muito católico

Assim termina o lamento
pois recordar é sofrer.
Ama e fode. É bom sustento!
E por nós reza um pater.

A lição - parte III - por Charlie

Entre espumas que escorriam em rios pelos nossos corpos, conseguimos finalmente respirar.
Ofegantes e de músculos em progressivo relaxe. A pressão do nosso abraço entrando no remanso do porto de abrigo, fim desejado de toda a viagem que desafia a intempérie em mar alto. Deixamos as cabeças descansar, encostadas aos cais dos nossos ombros por entre as pequenas ondas em desvanecimento que a água do duche desenhava em caprichos sem nexo.
Não sei quanto tempo estivemos assim. Sabia-me bem o conforto e o sentir daquele corpo que parecia conhecer o meu desde sempre. A cabina cheia de vapor, a água escorrendo-nos pelos corpos de sexos entregues e o tempo parado.
Levantou a cabeça. Tinha ainda os olhos fechados. Abriu-os lentamente e apenas lhe vi o branco dos olhos. Senti-lhe os músculos a apertar. Aquela mulher era um vulcão. Estava pronta para outra. Agarrou-me, beijou-me novamente e senti o corpo a responder ao estímulo que a Mestra impunha.
Subitamente parou. Abriu a porta circular, e saiu fechando depois as torneiras.
- Toma - disse e atirou-me uma toalha - Seca-te e deita-te aqui.
Fez uma expressão que me chegou a assustar. Vi-lhe fogo nos olhos e senti-lhe na voz de comando o gosto a sangue de uma predadora.
- Agora é que vai começar a lição. Já alguma vez experimentaste orgasmos múltiplos?
Não lhe respondi. Afinal estava ali para aprender. Fiquei a olhar para ela em expectativa.
Ela aproximou-se do meu corpo já deitado na marquesa onde ela havia posto um cobertor. Lentamente começou a passar as mãos por mim. Levantou-me uma perna e pegou-me num pé. Sem desviar o olhar dos meus olhos, passou a língua pela sola, o que me fez cócegas e arrepios. Mexi-me com o riso e o desconforto.
- Ai o menino ainda tem cócegas... - riu-se ela. E continuou com mais sapiência, subindo devagar, com percursos que eu nunca antes sentira, pelas pernas e voltando aos pés. Repetiu várias vezes.
Avançou com dois dedos andando na minha perna até chegar quase aos testículos, onde parou a breves milímetros, passando os dedos muito ao de leve por eles.
Sabia muito bem o que fazer para deixar um homem completamente louco.
Depois, juntou os dois joelhos e fê-los subir, colocando depois a cabeça entre as minha coxas. Aproximou a boca do objectivo. Pôs a língua de fora e avançou. Eu olhava para ela cada vez mais excitado. Estava já no ponto. Mas ela, com toda a sapiência, ia doseando os estímulos, mantendo-me onde ela queria.
Nisto, ela afastou-se. Fiquei surpreendido. Mordi os meus lábios enquanto via o seu corpo maravilhoso a andar de costas para mim. Dirigiu-se ao armário.
Abriu a porta e, após remexer um pouco, voltou-se com um objecto na mão.
Aproximou-se de mim e a rir disse:
- Isto não é só para as mulheres... - enquanto exibia alegremente um vibrador que passava pelos mamilos, descendo pelo umbigo e esperando o meu olhar antes de prosseguir...

(continua)

Charlie