24 novembro 2005

A malta pede: "Diz cu, São!"

A propósito de ostras, ugaju transcreve um piçamento dele conão é nada de deitar foda:
"Toda a costa portuguesa tem bom marisco, é um facto. O que não se sabia era que o Alentejo profundo tinha marisco. Após análise dos hábitos e costumes do alentejano descobriu-se que, devido à desertificação e isolamento, o prato preferido é a sarapitola, parente próximo da santola mas com uma só pinça! E este marisco é à borla!"
Cada vez mais admiro o Alentejo profundo... como eu... hmmm...

refresca-me

foto de Dmitry Ukhanow


...refresca-me o corpo

que em chamas deixaste...


Corpos e Almas

Ainda não votaste?!

Membro, vota na São e terás 100 anos de tesão!
Membrana, vota na São Rosas e verás como gozas!


Crica aqui e vota na funda São.
Se convenceres os teus amigos a votar, terás
acesso directo ao sétimo céu
(sem necessidade de passar pelos outros seis).

23 novembro 2005

Carta secreta de Soror Mariana ao cavaleiro de Chamilly - II

Escreveu Soror Mariana na sua cela:

Ah meu amor…
O sino chama já para as Avé-marias
E eu no meu catre desfalecida descomposta
Não refeita de outras meditações
Outras preces, outras contas, outro terço
O teu…
Ah meu cavaleiro, minha cruz, meu tormento
Tua recordação dá-me alento
Para suportar estes calores nos quadris
E a saudade de tua espada desembainhada
Desperta a vontade de cavalgar a toda a sela
Desde as Vésperas até ás Avé-marias
Todos os santos dias.

 Rafal Bednarz

Resposta do cavaleiro de Chamilly:

Ah minha freira tresloucada ensandecida
Pudera eu acalmar teus calores teus ardores
Estivera eu aí no teu catre, na tua cela
Espada desembainhada
Cavalgando teus quadris a toda a sela
Que mesmo que os sinos tocassem a rebate
Aí e em toda a parte
Rezar as Avé-marias
Tu meu amor… Não irias.

Foto: Rafal Bednarz

CISTERNA da Gotinha

Quente a escaldar...

Insectos no
pinocanço...

Corinna: loira no fundo azul do céu.

Publicidade bem ao gostinho da São Rosas...

Elasticidade impressionante!!

Nostalgia Porn: os meninos apreciam, as meninas tiram ideias....

A menina e a sua mala que não é de cartão...

Quentíssima!!!

Gata maravilhosa recomendada pelo Vizinho m18

Cliquem aqui: HOT HOT HOT HOT !!! (Abre no Media Player)

A lagarpixa

Um dia uma lagartixa ia a atravessar a estrada quando um carro passou e lhe pisou o rabo, cortando-o.
A lagartixa virou-se e, vendo o rabo a mexer-se, ficou parada a lamentar-se da triste sorte de ter perdido um rabo tão bom.
Nisto passa outro carro que pisa a cabeça da lagartixa, matando-a.

Moral da história: Por causa de um bom cu, às vezes perde-se a cabeça!

(enviado por Anabela M.)

Já sabem que a minha política é a política do car... trabalho!

Por isso tenho que apoiar o Manuel Vieira:
Crica aqui para saberes mais detalhes do candidato e da campanha

Haikus III - por Jacky

Haiku - pequeno poema minimalista de origem japonesa

Mergulho no mar
Como mergulhas no meu corpo,
Sedento de mim.

(18.08.2005)

LXVIII - espera

Bruno Hass

Deitada na cama,
Aguardo tua chegada
Despida de mim.

(14.08.2005)

LXII - chegada

Desabaste em mim
Como furacão de prazer.
Sereno, partiste.

(24.07.05)

LXI - reinvenções

Queria beijar-te,
Reinventar teus desejos,
Incendiar-te sempre.

(23.07.2005)
Jacky
Amorizade

22 novembro 2005

Gotinhas de Frescura


(via Sasisa)

Le Avventurine di Pene e Vagina

A Matahary descobriu esta delícia:

As Aventuras do Pénis e da Vagina
(quinze episódios)

O Café do Charlie - por LolaViola

O conto Café, do Charlie, fez sucesso e originou várias propostas de finais possíveis.
A
LolaViola propõe-nos mais este:

A noite fora longa e fria. Nem os cobertores tirados do roupeiro antigo de mogno, tristemente encostado ao espelho que já não reflectia o brilho das manhãs de outrora, lhe aqueceram a alma e o corpo.
A manhã tornara-se a obrigação rotineira de sair de dentro de si, da sua casa, do seu silêncio.
A rua era o prolongamento dos seus dias. Uma fina camada de gelo cobria de branco a cidade, tornando os seus olhos ainda mais claros e vazios de cinzento azulado.
Escondendo o seu frágil corpo ainda jovem e ainda e sempre virgem de sonhos de paixões inventadas, no eterno casaco de fazenda, com que cobria os desejos por descobrir, aventurou-se na aventura do dia.
Frio. E ela desejava tanto a decomposição deste branco de gelo nas cores que nunca tinha visto, mas que sabia existirem todas no arco-íris sobre o qual já adivinhara notícias.
Sabia que teria de andar um pouco mais até chegar à estação de metro que todos os dias a engolia no seu poder feito de cimento, de ruído de máquinas assustadoras e de esculturas do mestre Cutileiro que lhe povoavam os sonhos.
Sabia que seria devorada uma vez mais pela multidão anónima das suas manhãs de todos os dias.
Sabia que o seu dia seria igual a tantos outros, apenas povoado pelo cheiro a café que dominava os seus sentidos e o seu corpo debaixo do avental branco que lhe tapava o desejo.
Talvez hoje o seu cliente especial aparecesse no café. Talvez lhe pedisse um café e ela perguntaria como sempre, com açúcar, e ele diria que sim, com açúcar e ela desejaria gritar-lhe que os dias avançam, que os relógios não param, que o seu corpo definhava todas as noites debaixo dos lençóis, que acordava em susto imaginando um corpo macio de homem junto do seu.
Talvez hoje tivesse coragem. Talvez esta noite se ouvisse por toda a cidade o diálogo que trazia na cabeça, na alma, na pele, nas coxas, trémulas de frio, de solidão.
- Sabes o que é a sedução?
- Sei de ti.
- Sabes como me seduziste?
- Sei de mim. Encontrei-te e apenas me procurava a mim.
- Eu procurava a magia e encontrei um homem. Estás aí?

(Estou. Estou contigo e comigo enquanto sentirmos o aroma de uma chávena de café em sorrisos. Estou contigo e comigo nas noites em que as tuas lágrimas ensoparem o meu sofá. Estarei contigo depois de conhecer cada centímetro da tua pele, depois de te abraçar, depois de te fazer gemer de prazer, depois de eu morrer no teu sexo para renascer no teu olhar)

LolaViola

21 novembro 2005

Garfiar - Salmo 158

"Ó velhinho, então isto nunca mais acaba?"
A vida de divorciado sexualmente activo não é fácil. Entre mudar de mão e dispendiosas percas de tempo, o divorciado mantém uma média de sexual intercourses (sempre quis escrever isto) pouco diferente da vida de casado.
A vox populi diz o contrário e a malta pensa que o divorciado pro-militarista (marcha tudo) é um verdadeiro garanhão lançando a semente contra a borracha a todo o momento.
Nada mais falso, digo eu. Entre saídas totalmente patéticas, puras perdas de tempo, investimentos vultuosos em cartas furadas, moças casamenteiras, complicadas, estranhas e taradas (que, felizmente, também as há), o solteiro médio lança o barro e cola-o à parede só de vez em quando, e, dessas ocasiões, só muito raramente sente que o sémen saiu justificadamente.
Quanto ao mito, se pensar que sou eu que sou totó (pode muito bem dar-se o caso), fico sem explicação para a afluência desmedida, financeiramente ruinosa e, quase sempre, sexualmente frustrante de homens aos bares de strip, às casas de alterne e aos lupanares. É certo que muitos são casados (que, normalmente, são como a fama do vinho do Porto, vêm de longe), mas os divorciados (mais à vontade e, portanto, de mais perto) são como os mexilhões na costa da Galiza, muitos, agarrados e só saem se os tirarem de lá. É certo que também os há solteiros, imberbes e borbulhentos, mas esses, os últimos românticos, ainda acreditam no amor e só lá vão para dar descanso à grande amiga, Palmita de la Mano.
Ora (voltamos aos divorciados, esses cães sem dono), se os colegas de estado civil se safassem como se julga, não tinham tempo, dinheiro, paciência, vagar e pujança para depois, nos tempos livres, andarem como loucos a correr a noite a pagantes. Estavam a descansar ou, pelo menos, não estavam lá.
Há, no entanto, uma questão económica subjacente a tudo isto, que condiciona as nossas escolhas e nos conduz irremediavelmente para o que se compra em detrimento do que se paga ("não há almoços grátis", lembram-se?). Na verdade, se o divorciado seguir uma postura comedida, uma presença com tino, um balanço com calma, uma integração com recato e muita cabeça fria, sai mais barato comprar e seguir do que pagar, entreter e, talvez, ter.
É duro?
É o que há.
Elas queixam-se? Nós também.

de Garfiar, só me apetece