A vida de divorciado sexualmente activo não é fácil. Entre mudar de mão e dispendiosas percas de tempo, o divorciado mantém uma média de sexual intercourses (sempre quis escrever isto) pouco diferente da vida de casado.
A vox populi diz o contrário e a malta pensa que o divorciado pro-militarista (marcha tudo) é um verdadeiro garanhão lançando a semente contra a borracha a todo o momento.
Nada mais falso, digo eu. Entre saídas totalmente patéticas, puras perdas de tempo, investimentos vultuosos em cartas furadas, moças casamenteiras, complicadas, estranhas e taradas (que, felizmente, também as há), o solteiro médio lança o barro e cola-o à parede só de vez em quando, e, dessas ocasiões, só muito raramente sente que o sémen saiu justificadamente.
Quanto ao mito, se pensar que sou eu que sou totó (pode muito bem dar-se o caso), fico sem explicação para a afluência desmedida, financeiramente ruinosa e, quase sempre, sexualmente frustrante de homens aos bares de strip, às casas de alterne e aos lupanares. É certo que muitos são casados (que, normalmente, são como a fama do vinho do Porto, vêm de longe), mas os divorciados (mais à vontade e, portanto, de mais perto) são como os mexilhões na costa da Galiza, muitos, agarrados e só saem se os tirarem de lá. É certo que também os há solteiros, imberbes e borbulhentos, mas esses, os últimos românticos, ainda acreditam no amor e só lá vão para dar descanso à grande amiga, Palmita de la Mano.
Ora (voltamos aos divorciados, esses cães sem dono), se os colegas de estado civil se safassem como se julga, não tinham tempo, dinheiro, paciência, vagar e pujança para depois, nos tempos livres, andarem como loucos a correr a noite a pagantes. Estavam a descansar ou, pelo menos, não estavam lá.
Há, no entanto, uma questão económica subjacente a tudo isto, que condiciona as nossas escolhas e nos conduz irremediavelmente para o que se compra em detrimento do que se paga ("não há almoços grátis", lembram-se?). Na verdade, se o divorciado seguir uma postura comedida, uma presença com tino, um balanço com calma, uma integração com recato e muita cabeça fria, sai mais barato comprar e seguir do que pagar, entreter e, talvez, ter.
É duro?
É o que há.
Elas queixam-se? Nós também.
de Garfiar, só me apetece
A vox populi diz o contrário e a malta pensa que o divorciado pro-militarista (marcha tudo) é um verdadeiro garanhão lançando a semente contra a borracha a todo o momento.
Nada mais falso, digo eu. Entre saídas totalmente patéticas, puras perdas de tempo, investimentos vultuosos em cartas furadas, moças casamenteiras, complicadas, estranhas e taradas (que, felizmente, também as há), o solteiro médio lança o barro e cola-o à parede só de vez em quando, e, dessas ocasiões, só muito raramente sente que o sémen saiu justificadamente.
Quanto ao mito, se pensar que sou eu que sou totó (pode muito bem dar-se o caso), fico sem explicação para a afluência desmedida, financeiramente ruinosa e, quase sempre, sexualmente frustrante de homens aos bares de strip, às casas de alterne e aos lupanares. É certo que muitos são casados (que, normalmente, são como a fama do vinho do Porto, vêm de longe), mas os divorciados (mais à vontade e, portanto, de mais perto) são como os mexilhões na costa da Galiza, muitos, agarrados e só saem se os tirarem de lá. É certo que também os há solteiros, imberbes e borbulhentos, mas esses, os últimos românticos, ainda acreditam no amor e só lá vão para dar descanso à grande amiga, Palmita de la Mano.
Ora (voltamos aos divorciados, esses cães sem dono), se os colegas de estado civil se safassem como se julga, não tinham tempo, dinheiro, paciência, vagar e pujança para depois, nos tempos livres, andarem como loucos a correr a noite a pagantes. Estavam a descansar ou, pelo menos, não estavam lá.
Há, no entanto, uma questão económica subjacente a tudo isto, que condiciona as nossas escolhas e nos conduz irremediavelmente para o que se compra em detrimento do que se paga ("não há almoços grátis", lembram-se?). Na verdade, se o divorciado seguir uma postura comedida, uma presença com tino, um balanço com calma, uma integração com recato e muita cabeça fria, sai mais barato comprar e seguir do que pagar, entreter e, talvez, ter.
É duro?
É o que há.
Elas queixam-se? Nós também.
de Garfiar, só me apetece
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