03 dezembro 2005

queria

foto de Alexey Naumov


queria não ter de te dizer nada
queria apenas que chegasses o teu corpo ao meu
e que nele me refugiasse
queria desvendá-lo sem precisar de palavras
com a boca, com as mãos
com a minha pele quente da tua
queria percorrer o teu corpo
em busca de sabores por descobrir
e de prazeres por inventar
queria sentir-te em mim, louco, sem limites
perdido no teu prazer e no meu
queria por fim repousar
num abraço adormecido
de corpos saciados
e de almas em acalmia

Corpos e Almas

O Mano 69 gostou tanto que também queria... à sua maneira:
"eu também queria
gostava mesmo que tu te lavasses
pelo menos uma vez na vida
pois o cheiro do teu corpo
enrolado no meu
é pior que um jumento
quando se encontra a zurrar
mas vou acreditar
que tu não te vais laxar
e do cu brotar
algo que eu não quero nem pensar..."

Erotismos II

(tpc para o fds)

redondo de prazer sinto o teu seio
aflorado mal pluma com desejo
e os lábios mal tocando são enleio
onde mal se atreve o toque do meu beijo

mas depois sôfrega assim quase se esmaga
a tua carne contra mim dura e macia
e a boca já não beija - morde e traga
o teu seio que o desejo consumia.

O que esconderá ela??!


(via Sasisa)

02 dezembro 2005

Grafismos Pornos do Futuro.

O que é demais cansa. Quando estamos cansados do que é demais, procuramos inovar, re-inventar. Após a explanação desta teoria completamente original, acabadinha de inventar por mim, vem esta a propósito de pornografia. Digo eu que a massificação de conteúdos pornográficos, pela internet, a facilidade, às vezes até indesejada, sem querer, com que nos deparamos com filmes da "queca" poderá originar que, num futuro próximo, procuremos exemplos mais... experimentalistas.


A mim podem chamar-me retrógado, velho do restelo, e afins. Mas prefiro os velhinhos filmes. São mais... não sei... fixes.

Os arrepios em Beja das leituras de Gisela Cañamero

Que bela leitura da 3ª carta da Soror Mariana de Alcoforado nos ofereceu a Gisela Cañamero em frente à janela do convento, actual Museu de Beja (obrigada, José Carlos Oliveira, curador do museu). E que arrepio sentimos com as «Novas Cartas Portuguesas», das 3 Marias...

fodografia do OrCa
Sugiro que leiam os nossos comentários de agradecimento no blog da Gisela Cañamero «Cigarra na paisagem».
E que pena eu tive de não ter podido levar comigo o portfolio de Milo Manara «Les Lettres Portugaises», que faz parte da minha colecção:

Romeu e Julieta



Acto único.Cena única
Personagens: Julieta, Romeu e o burro
Local: Uma varanda no Alentejo

Na varanda debruçada
A noite escura e fria
Julieta o horizonte perscrutava
Seu amado aguardava
O coração em agonia
E com voz aflita soluçante
Questionava estrelas e céu:
- Ai mê Deus que tá tão escuro
Tou tã ralada, tã aflita
Digam-me por favori
Adôndi anda o mê amori
Adôndi está o mê Romeu?

Como que respondendo ao suspiro
Ao apelo, ao chamamento
Ao longe ouvem-se uns cascos
Romeu surge no caminho
Devagar, devagarinho
Montado no seu jumento.

- Ai Romeu, omê de Deus,
Adôndi andaste tu metido?
Eu práqui ralada, aflita, já pensando no piori
Que tinhas caído do burro
Que tavas todo partido
Que tinhas ido contra um chaparro
E que já tinhas morrido.

Romeu, Romeu?
Nã m’arrespondes? Nã me ouves? Tu tás surdo?
Pára a mula, olha o muro
Ainda partes os cornos
Os teus e os da porra do burro.

Romeu acorda sobressaltado
Com os gritos de sua donzela
In extremis trava o burro
Por pouco não vai contra o muro
Que circunda a janela.

- Ai melhêri a culpa é tua
Vinha sonhando contigo
Com tês bêjos, tês abraços
E o burro tã devagar anda
E me deu um tal cansaço
Qu’ adormeci um cadito.

- Ai Romeu, Romeu…
Se nã fosse o tê jêtinho
Quando nas beiças me bêjas
Nã te esperava nunca mais
Nã te queria pra namorado
E ajuntava era o mê monte
C’u monte do moço do lado.
Tou aqui enregelada
Qu’a janela toda aberta
Desce do burro. Despacha-te!
Que nã temos a nõte toda
Vamos é dari uma queca.

(Desce o pano lentamente enquanto devagar devagarinho Romeu sobe à varanda e com Julieta entra nos aposentos. Fecham-se as portadas…)

01 dezembro 2005

CISTERNA da Gotinha

Monica Bellucci: em Novembro 2005.

Ursinho para oferecer no Natal.

Mp3: implante mamário.

Salas Fetish: jogo.

Pin-Up: Galeria erótica.

Lazy lovers: para os preguiçosos do sexo...

Ainell Stephens: na revista Fox.

O Que Eu Sei Do Teu Corpo É Quase Nada - OrCa

«Aproximas a mão
Os dedos desatam a arder
Inesperadamente...»
Eugénio de Andrade

o que eu sei do teu corpo é quase nada
sei mais do fogo e da água
sei da terra
sei do ar e sei do mar
sei tanta coisa
e não sei do teu corpo quase nada

sei que me tiras, de seguida, o que me deste
de ti bebido o absinto do desejo
e nem retenho o fugaz gosto de um beijo
e só sei que aqui estás porque te sinto
por te amar tanto assim feito de urgência
rodeado que ainda estou desse teu fogo
logo de mim se apodera a tua ausência

é tão pouco o que me dás
e no entanto
eu sinto
e sei
e vejo que é tanto
porque és água e porque és mar em que me deito
e porque és a terra e o ar com que respiro

se és um fogo que me afoga por defeito
na urgência de um amor tão com sentido
eu sei bem que não és minha
minha amada
pois só sei desse teu corpo quase nada.

OrCa

Este poema faz parte integrante do livro do Jorge Castro «Contra a Corrente», que recomendo. Instruções para encomenda aqui.

Beja-me mucho mas!...

Foi um fim de semana de emoções fortes. Com especial destaque para o Orelhas Quentes, que não foi ao almoço porque "no sábado à noite, quando voltava ao Hotel e quando estava a chegar, tive um pequeno percalço e acabei com uma perna engessada. Nada de grave, mas que acabou por me afastar do resto do convívio, com grande pena minha". É o que dá pôr gelo no whisky... (é que o gelo escorrega, como diz a Matahary).

Os cornudos fizeram a festa...

... e o São Pedro aproveitou para tirar a pila de misérias...

... antes de a Tuna Meliches ir aBarrotar ainda mais o Barrote...

... mas o espaço e ar puro que faltaram à noite sobraram na Praça da República, antes de um extremamente aliciante almoço.
(fodografias OrCa e mais alguém)

30 novembro 2005

Porque as meninas também merecem



(via Oru)

Homem-Objecto.

É um escândalo a forma como o corpo do homem é sistematicamente usado apenas para deleite visual das fêmeas, tal como carne pendurada no talho, sem a minima preocupação pela persona per-si que somos. Se até aqui a ofensa ainda era suportável, agora chega! Então não é que existe por aí o The Penis Project, um site inteiro dedicado à genitalia masculina?! É de muito mau-gosto, no mínimo, minhas amigas.
Nós, homens, seríamos incapazes de fazer o mesmo a vós, mulheres. A sério.

4º Encontra-a-Funda - mais dois (de tantos) bons momentos

Apreciem com os olhinhos o bolo oferecido pela Mad e pelo Nikonman à Confraria Beja Mossexo, que só quem lá esteve o degustou com os lábios, o céu da boca e o fundo da garganta (e houve quem repetisse):

fodografia OrCa

Na viagem de regresso, o Jorge Costa serviu de modelo à esposa (não a irmã) Lúcia para ela explicar o que é a «Brazilian Wax»:

fodografia Jacky

Treinem muito, treinem...

... que a crise política e económica exige muita elasticidade e capacidade de sofrimento:

Treinadores pessoais

(uma oferta da Mad)