04 dezembro 2005

CISTERNA da Gotinha

Sexual Song: uma canção para acompanhar o ritmo...
Live Nude Cats: erotismo felino.

Verónica: vídeo escaldante!!
Falos de todas as cores, formas e feitios...

Inventam tudo... até preservativos líquidos!!
É preciso ter ambiSÃO: sugestão do filho adolescente "entusasmado" da Madr.

O
Boticário descobriu que o sexo oral pode provocar cancro da boca...
O Jotakapa aconselha que
fique amigo dela pois promove a saúde sexual das mulheres (e homens).

Viagem na ponte para o arco-íris - por LolaViola

Todas as viagens têm um destino. Nesse dia não sabia qual o teu, nem o meu.
Sentei-me na viagem que não teria estória, não tivesse eu vestido a minha mini-saia preta, não fora o teu carro confortável, não fosse o sol ameaçado a espaços com nuvens negras que desabavam sobre a nossa viagem, não fora o desejo no teu olhar, não fora a carícia na cintura que me fizeras minutos antes.
Esta viagem teria um destino. Nunca sabemos o nosso quando embarcamos na aventura dos corpos que se adivinham, nem das vontades que não se sonham.
Conduzes devagar, como eu gosto quando tiro o relógio.
Eu falo muito, como tu gostas quando usas os teus silêncios.
Conduzes com uma mão, enquanto a outra redescobre as minhas coxas, falas do péssimo tempo, enquanto eu levanto a mini-saia que só vesti para que ma despisses, tocas-me ao de leve no sexo, enquanto eu te digo que este é o meu tempo preferido, metes determinadamente a mão dentro da minha lingerie sofisticada em que não repararás, enquanto eu fecho os olhos e oiço-me respirar ao som da chuva.
Conduzes devagar e eu deixo-me conduzir, enquanto acaricias o meu sexo húmido, sem palavras, ou com todas as palavras que me dizes, quando eu uso os meus silêncios.
Pedes-me que me venha ali, pedes-me para parar o carro, pedes-me...
Peço-te que não pares, nem o carro, nem a carícia, nem a chuva, nem a tua mão que escorrega dentro de mim, nem os raios de sol que teimam em romper, nem o tesão que me dás.
Dos nossos orgasmos, ficarão mais tarde, as manchas nos lençóis da tua cama.
Desta viagem, ficou no meu olhar o arco-íris quando finalmente abri os olhos.
Chegara ao destino.

LolaViola (imaginando a nossa viagem a Beja)
Levemente Erótico

O meu amor dorme



E depois dos beijos e depois dos abraços
Depois das carícias e depois do amor
Depois de enrolarem na cama paixão e lençóis
Depois de pintarem as paredes de desejo e gemidos
Depois de cobrirem o chão de pele e suor
Ela disse-lhe do mundo e das coisas que via
Nas mãos depositou-lhe mundo e cansaço
E no peito dele adormeceu tranquila
O mundo parado esperando o acordar.
E sonhou no peito e no sonho sabia
Os braços que a apertavam muralhas de aço
Muros que a isolavam e a protegiam
Muros que ele erguia para que nada a acordasse.
E a vida parou porque ele a queria
Longe do mundo, livre de cansaços
E não dormiu a noite para que ela dormisse
E não se permitiu descanso para que ela descansasse.
- O meu amor dorme, disse ele ao mundo,
Não a perturbarás, está nos meus braços.

Foto: ëssëncë

03 dezembro 2005

Volta ao 4º Encontra-a-Funda pelos blogs

Para quem precisa de visita guiada:
O OrCa anteviu o Encontro como quem odia.
O Nikonman escreveu em estilo saramaguento, em duas partes: um e dois.
A Mad concordou que foi tão bom...
A Jacky escreveu sobre as Cu-riosidades do Encontro da Funda.
A Gotinha ficou com a língua congelada.
Aqui, o OrCa odeu a caminho da alcoforada. Depois, falámos uma, duas, três, quatro vezes...
O SirHaiva ficou logo com Sãodades mas continua a sua cruzada pelas mulheres (cruzada porque tenta cruzar-se com elas): "À parte das dúvidas existenciais que nos incomodam no dia-a-dia sempre teremos fotografias de gajas nuas. Nada melhor para nos lembrar como é bom usufruir dessa dádiva que é estar vivo. Tudo o resto resolve-se". A vida continua...
Tivemos direito a uma leitura cabalística.
O Jorge Costa pensa no futuro (enquanto consome os sacos de plástico que ganhou em Beja).
Ah! Já me esquecia: lê a minha primeira entrevista, feita pelo Nikonman.

queria

foto de Alexey Naumov


queria não ter de te dizer nada
queria apenas que chegasses o teu corpo ao meu
e que nele me refugiasse
queria desvendá-lo sem precisar de palavras
com a boca, com as mãos
com a minha pele quente da tua
queria percorrer o teu corpo
em busca de sabores por descobrir
e de prazeres por inventar
queria sentir-te em mim, louco, sem limites
perdido no teu prazer e no meu
queria por fim repousar
num abraço adormecido
de corpos saciados
e de almas em acalmia

Corpos e Almas

O Mano 69 gostou tanto que também queria... à sua maneira:
"eu também queria
gostava mesmo que tu te lavasses
pelo menos uma vez na vida
pois o cheiro do teu corpo
enrolado no meu
é pior que um jumento
quando se encontra a zurrar
mas vou acreditar
que tu não te vais laxar
e do cu brotar
algo que eu não quero nem pensar..."

Erotismos II

(tpc para o fds)

redondo de prazer sinto o teu seio
aflorado mal pluma com desejo
e os lábios mal tocando são enleio
onde mal se atreve o toque do meu beijo

mas depois sôfrega assim quase se esmaga
a tua carne contra mim dura e macia
e a boca já não beija - morde e traga
o teu seio que o desejo consumia.

O que esconderá ela??!


(via Sasisa)

02 dezembro 2005

Grafismos Pornos do Futuro.

O que é demais cansa. Quando estamos cansados do que é demais, procuramos inovar, re-inventar. Após a explanação desta teoria completamente original, acabadinha de inventar por mim, vem esta a propósito de pornografia. Digo eu que a massificação de conteúdos pornográficos, pela internet, a facilidade, às vezes até indesejada, sem querer, com que nos deparamos com filmes da "queca" poderá originar que, num futuro próximo, procuremos exemplos mais... experimentalistas.


A mim podem chamar-me retrógado, velho do restelo, e afins. Mas prefiro os velhinhos filmes. São mais... não sei... fixes.

Os arrepios em Beja das leituras de Gisela Cañamero

Que bela leitura da 3ª carta da Soror Mariana de Alcoforado nos ofereceu a Gisela Cañamero em frente à janela do convento, actual Museu de Beja (obrigada, José Carlos Oliveira, curador do museu). E que arrepio sentimos com as «Novas Cartas Portuguesas», das 3 Marias...

fodografia do OrCa
Sugiro que leiam os nossos comentários de agradecimento no blog da Gisela Cañamero «Cigarra na paisagem».
E que pena eu tive de não ter podido levar comigo o portfolio de Milo Manara «Les Lettres Portugaises», que faz parte da minha colecção:

Romeu e Julieta



Acto único.Cena única
Personagens: Julieta, Romeu e o burro
Local: Uma varanda no Alentejo

Na varanda debruçada
A noite escura e fria
Julieta o horizonte perscrutava
Seu amado aguardava
O coração em agonia
E com voz aflita soluçante
Questionava estrelas e céu:
- Ai mê Deus que tá tão escuro
Tou tã ralada, tã aflita
Digam-me por favori
Adôndi anda o mê amori
Adôndi está o mê Romeu?

Como que respondendo ao suspiro
Ao apelo, ao chamamento
Ao longe ouvem-se uns cascos
Romeu surge no caminho
Devagar, devagarinho
Montado no seu jumento.

- Ai Romeu, omê de Deus,
Adôndi andaste tu metido?
Eu práqui ralada, aflita, já pensando no piori
Que tinhas caído do burro
Que tavas todo partido
Que tinhas ido contra um chaparro
E que já tinhas morrido.

Romeu, Romeu?
Nã m’arrespondes? Nã me ouves? Tu tás surdo?
Pára a mula, olha o muro
Ainda partes os cornos
Os teus e os da porra do burro.

Romeu acorda sobressaltado
Com os gritos de sua donzela
In extremis trava o burro
Por pouco não vai contra o muro
Que circunda a janela.

- Ai melhêri a culpa é tua
Vinha sonhando contigo
Com tês bêjos, tês abraços
E o burro tã devagar anda
E me deu um tal cansaço
Qu’ adormeci um cadito.

- Ai Romeu, Romeu…
Se nã fosse o tê jêtinho
Quando nas beiças me bêjas
Nã te esperava nunca mais
Nã te queria pra namorado
E ajuntava era o mê monte
C’u monte do moço do lado.
Tou aqui enregelada
Qu’a janela toda aberta
Desce do burro. Despacha-te!
Que nã temos a nõte toda
Vamos é dari uma queca.

(Desce o pano lentamente enquanto devagar devagarinho Romeu sobe à varanda e com Julieta entra nos aposentos. Fecham-se as portadas…)

01 dezembro 2005

CISTERNA da Gotinha

Monica Bellucci: em Novembro 2005.

Ursinho para oferecer no Natal.

Mp3: implante mamário.

Salas Fetish: jogo.

Pin-Up: Galeria erótica.

Lazy lovers: para os preguiçosos do sexo...

Ainell Stephens: na revista Fox.

O Que Eu Sei Do Teu Corpo É Quase Nada - OrCa

«Aproximas a mão
Os dedos desatam a arder
Inesperadamente...»
Eugénio de Andrade

o que eu sei do teu corpo é quase nada
sei mais do fogo e da água
sei da terra
sei do ar e sei do mar
sei tanta coisa
e não sei do teu corpo quase nada

sei que me tiras, de seguida, o que me deste
de ti bebido o absinto do desejo
e nem retenho o fugaz gosto de um beijo
e só sei que aqui estás porque te sinto
por te amar tanto assim feito de urgência
rodeado que ainda estou desse teu fogo
logo de mim se apodera a tua ausência

é tão pouco o que me dás
e no entanto
eu sinto
e sei
e vejo que é tanto
porque és água e porque és mar em que me deito
e porque és a terra e o ar com que respiro

se és um fogo que me afoga por defeito
na urgência de um amor tão com sentido
eu sei bem que não és minha
minha amada
pois só sei desse teu corpo quase nada.

OrCa

Este poema faz parte integrante do livro do Jorge Castro «Contra a Corrente», que recomendo. Instruções para encomenda aqui.

Beja-me mucho mas!...

Foi um fim de semana de emoções fortes. Com especial destaque para o Orelhas Quentes, que não foi ao almoço porque "no sábado à noite, quando voltava ao Hotel e quando estava a chegar, tive um pequeno percalço e acabei com uma perna engessada. Nada de grave, mas que acabou por me afastar do resto do convívio, com grande pena minha". É o que dá pôr gelo no whisky... (é que o gelo escorrega, como diz a Matahary).

Os cornudos fizeram a festa...

... e o São Pedro aproveitou para tirar a pila de misérias...

... antes de a Tuna Meliches ir aBarrotar ainda mais o Barrote...

... mas o espaço e ar puro que faltaram à noite sobraram na Praça da República, antes de um extremamente aliciante almoço.
(fodografias OrCa e mais alguém)