- Porque estás triste? Não te dei já o sumo de laranja que querias? - diz-lhe ele, um pouco impaciente.
Ela fitou-o, desconhecendo-o. Quem era aquele? Porque estava nua à frente daquele estranho? Tinha-se despido de si mesmo. Tinha ficado sem alma, tudo por amor, tudo por ele. E agora? Agora, nada restava.
Apaixonara-se por ele loucamente. Estava possuída. A voz dele exercia total poder sobre ela. Ele dava o comando e nem era preciso fazer «enter»: ela já lhe obedecera.
Ele gostava dela assim. Com ela, foi apurando os jogos de sedução. Já não se contentava com o sexo tradicional. Ele era um eterno insatisfeito. Alugava filmes XXX e reproduzia depois com ela as cenas que o excitavam. No princípio, tinha sido fácil. Nunca lhe dizia que não. Mas agora, estava a resistir à sua última ideia, à última prova. Já não lhe bastava a escravidão, queria transformá-la num simples objecto, descaracterizado, desalmado...
Cheia de reservas mentais, acedeu finalmente. Dirigiram-se a um bar parecido com tantos outros bares, se não fosse a sala secreta. Entraram. Não era a noite do swing, mas sim uma homenagem a Baco. A luz era ténue e só se viam corpos em movimentos rítmicos desenfreados, ao som dos batuques próprios dum bacanal. Batida alienante. Ela despiu-se de si mesma. Saiu do seu corpo e ficou do lado de fora. Estava anestesiada. Não sentiu nada quando o seu corpo foi agarrado por mãos estranhas, lambido por línguas desconhecidas, penetrado por sexos e coisas. Ficou a ver insensível. Objecto com olhos fora de órbita.
Levou-a a casa. Despiu-a mesma na entrada. Possuiu-a contra a parede. Êxtase total. Superara a última prova. No fim, foi à cozinha. Perguntou-lhe se queria beber algo. Ela ouviu-se responder um sumo de laranja, laranja, anja, anjo... Estava longe, muito longe, desde que entrara naquela sala.
Quem era aquele? Porque estava nua à frente daquele estranho? Tinha-se despido de si mesmo. Tinha ficado sem alma, tudo por amor, tudo por ele. E agora? Agora, nada restava. Queria apenas esquecer. Nunca mais voltar a vê-lo...
Anukis
07 dezembro 2005
06 dezembro 2005
CISTERNA da Gotinha
Bolo de aniversário bem apetitoso!!
Escultura é cultura erótica!
Calendário 2006: quem é amiga, quem é?!
Arte Obscena: cortar o pénis.
A Areia também esculpe corpos. (sugestão do Vilacondense)
Centenas delas... (sugestão de Lamatadora)
Os homens mais bonitos da net. (sugestão do Cambralenta)
Morena do Brasil.
Eva Longoria não me parece nada uma dona de casa desesperada...
Escultura é cultura erótica!
Calendário 2006: quem é amiga, quem é?!
Arte Obscena: cortar o pénis.
A Areia também esculpe corpos. (sugestão do Vilacondense)
Centenas delas... (sugestão de Lamatadora)
Os homens mais bonitos da net. (sugestão do Cambralenta)
Morena do Brasil.
Eva Longoria não me parece nada uma dona de casa desesperada...
Hai, Kus!...
A Jacky introduziu-nos ao prazer dos HaiKus (1, 2, 3, 4 e 5). Foi um tal sucesso que o OrCa a desafia a escrever mais alguns para eventualmente publicar na colecção de literatura de cordel da Apenas Livros.
O Nikonman também andou à HaiKuzada (com o patrocínio KY Gel):"Lambo-te e sorvo-te
Enquanto te bebo.
sabes-me a tremoço."
"Vim-me antes de tempo
Gritavas ainda ai ai!
A toalha caiu no chão."
"saí para o campo
deitada te encontrei,
cheirava a alecrim!"
"Adão, esfomeado
em paixão ardia,
a maçã estava madura."
O Mano 69 fez este"pequeno fodema minetista de origem Metralha:
Quero lá saber do vermelho
O tição está no ponto
Prepara-te...
É agora ou nunca."
O OrCa também odeu uma rapidinha:"que suprema arte...
ao ler-te
apetece-me cantar-te."
E vieram-se mais HaiKus, HaiKonas e HaiKaralhos):"Beijas-me, abraças-me. Penetras-me*.
Vens-te, vais-te.
Adeus.
Matahary
(*em português corrente: fodes-me)"
"Ardo no Inferno
Desde que li a Funda São!
Doce tentação
Jacky"
"Tenho-te na ponta da língua
Teu nome está todo no meu
como olhos estão na alma
Charlie"
"Quem tem sede vai à fonte
Cristalina e poderosa
Sacia a tua e vai em frente
JF"
"Aroma teu
Dobras orvalhadas
Cera fervente
Ferralho"
"que suprema arte...
ao ler-te
apetece-me foder-te.
Corpos e Almas
(o OrCa não se zanga, pois não?)"
"Ai, cu!...
Gotinha"
"Cu
bem
bom
São Rosas"
Ao OrCa, desta vez deu-lhe para teorizar e racionalizar antes de oder:
"Mas então o singular de hay-ku não é hay-kai? (Use-se um hay-kai, dois hay-ku...). Enfim, internacionalize-se a coisa!...
brejo-ordinário:
Ai-ai... cus-cus
que não há mãe nem pai
p'ra um cu de truz
intenso:
ai-ai-ai-ai-ai-ai-ai
(espera aí um bocadinho!...)
ui-ui-ui-ui-ui-ui-ui
remexido e minhoto:
ó-hay-ku
ó-lari-lo-le-la
eu passo a vida a lambê-la
portunhol:
hay cus qué no se puede
los hay
por quién alguno se pierde
franciguês:
que j'aime ton cou baiser
madame
quand ton cul me laisse entrer
luso-sino:
que glande clepe
ficou ao vel
tão belo cu s'abeilal dele"
O Nikonman também andou à HaiKuzada (com o patrocínio KY Gel):
Enquanto te bebo.
sabes-me a tremoço."
"Vim-me antes de tempo
Gritavas ainda ai ai!
A toalha caiu no chão."
"saí para o campo
deitada te encontrei,
cheirava a alecrim!"
"Adão, esfomeado
em paixão ardia,
a maçã estava madura."
O Mano 69 fez este
Quero lá saber do vermelho
O tição está no ponto
Prepara-te...
É agora ou nunca."
O OrCa também odeu uma rapidinha:
ao ler-te
apetece-me cantar-te."
E vieram-se mais HaiKus, HaiKonas e HaiKaralhos):
Vens-te, vais-te.
Adeus.
Matahary
(*em português corrente: fodes-me)"
"Ardo no Inferno
Desde que li a Funda São!
Doce tentação
Jacky"
"Tenho-te na ponta da língua
Teu nome está todo no meu
como olhos estão na alma
Charlie"
"Quem tem sede vai à fonte
Cristalina e poderosa
Sacia a tua e vai em frente
JF"
"Aroma teu
Dobras orvalhadas
Cera fervente
Ferralho"
"que suprema arte...
ao ler-te
apetece-me foder-te.
Corpos e Almas
(o OrCa não se zanga, pois não?)"
"Ai, cu!...
Gotinha"
"Cu
bem
bom
São Rosas"
Ao OrCa, desta vez deu-lhe para teorizar e racionalizar antes de oder:
"Mas então o singular de hay-ku não é hay-kai? (Use-se um hay-kai, dois hay-ku...).
brejo-ordinário:
Ai-ai... cus-cus
que não há mãe nem pai
p'ra um cu de truz
intenso:
ai-ai-ai-ai-ai-ai-ai
(espera aí um bocadinho!...)
ui-ui-ui-ui-ui-ui-ui
remexido e minhoto:
ó-hay-ku
ó-lari-lo-le-la
eu passo a vida a lambê-la
portunhol:
hay cus qué no se puede
los hay
por quién alguno se pierde
franciguês:
que j'aime ton cou baiser
madame
quand ton cul me laisse entrer
luso-sino:
que glande clepe
ficou ao vel
tão belo cu s'abeilal dele"
Cu bismo
Oh Sãozinha, desde a adolescência que tenho mais amigos gajos que gajas. E essa intimidade empilhada ao longo dos anos permite-me identificar-lhes os cambiantes de olhar de macho emitidos de soslaio aliados à mímica que os seus corpos emitem sincopadamente perante uma mulher que os magnetize. Concede-me também a graça de lhes ouvir as confidências, em padre investida, essa minha vocação nunca concretizada.
E deste modo, como se fossem cromos, colecciono-lhes os tiques das namoradas, companheiras, mulheres, esposas, amantes ou o que se lhes quiser chamar, para estampar na caderneta de cada um deles. Ao pormenor de saber, por exemplo, que um deles é muito atreito a encontrar miúdas que não usam diu e que por razões diversas acumulam essa condição com a de não ingerirem a pílula, pelo que ele se farta de saltar do comboio em andamento, o que também pode agradecer à sua casmurra alergia à borracha.
São cumplicidades múltiplas que os plasmam em mim intimamente mas sem nunca lhes tocar pelo lado amigo das ancas. E isto São, só me diz que ou eles estão imbuídos dos preconceitos clássicos de que amiga é gajo e de que nunca se é tão íntimo com a nossa mulher, ou então, eu sou feia como o caraças e as tendências para a pintura cubista e as pinceladas abstractas de meu pai, fizeram de mim um quadro inestético aos olhares dos mortais.
Ai que raiva, São!... Será que me posso transformar em gajo ou o melhor é concretizar aquele velho sonho da Natália Correia e abrir uma casa de versáteis putas letradas, ao estilo das casas de meninas francesas dos anos vinte, a declamar poesia e a discorrer sobre a utilidade das figuras de estilo na composição de uma prosa, enquanto se embrenham na acção propriamente dita?...
E deste modo, como se fossem cromos, colecciono-lhes os tiques das namoradas, companheiras, mulheres, esposas, amantes ou o que se lhes quiser chamar, para estampar na caderneta de cada um deles. Ao pormenor de saber, por exemplo, que um deles é muito atreito a encontrar miúdas que não usam diu e que por razões diversas acumulam essa condição com a de não ingerirem a pílula, pelo que ele se farta de saltar do comboio em andamento, o que também pode agradecer à sua casmurra alergia à borracha.
São cumplicidades múltiplas que os plasmam em mim intimamente mas sem nunca lhes tocar pelo lado amigo das ancas. E isto São, só me diz que ou eles estão imbuídos dos preconceitos clássicos de que amiga é gajo e de que nunca se é tão íntimo com a nossa mulher, ou então, eu sou feia como o caraças e as tendências para a pintura cubista e as pinceladas abstractas de meu pai, fizeram de mim um quadro inestético aos olhares dos mortais.
Ai que raiva, São!... Será que me posso transformar em gajo ou o melhor é concretizar aquele velho sonho da Natália Correia e abrir uma casa de versáteis putas letradas, ao estilo das casas de meninas francesas dos anos vinte, a declamar poesia e a discorrer sobre a utilidade das figuras de estilo na composição de uma prosa, enquanto se embrenham na acção propriamente dita?...
O José Vilhena é um mestre!
Capa da revista «Gaiola Aberta nº 29 (2ª série) de Novembro de 2005
Só tenho pena de ele nunca ter respondido às minhas mensagens para comprar desenhos originais dele para a minha colecção...
05 dezembro 2005
Cocaína do Amor, por moStrenGo AdamastoR
Em Julho, já não chove de certeza. E a coisa aquece.
Mensagens recebidas de alguém que não foi a Beja
"Porquê de um mail?!
Porquê não, pensei eu...
O raio da mulher é endiabrada... parece carregar toda a malícia do mundo no corpo... gosta de provocar até ao limite... limite esse que desconhece... que desenha com a ponta da língua num corpo sedento de prazer... a imaginação, essa, desponta ao milésimo de segundo... brota como uma fonte... fonte que jorra água que, descendo por esse corpo, contorna cada curva, cada espaço de luxúria...
Não sei se devo mandar o mail...
Mas porque não?
Acho que já consegui expressar a minha curiosidade...
Um sorriso meu para si :)
Sorriso teu"
Agradeci o sorriso e recebi a resposta:
"Oh São, continuo curiosa... a vida tem destas coisas... e já sei que a curiosidade matou o bichano, bem sei...
Estou curiosa com o ser ou não ser da São... as duas faces da mulher que provoca... ousa... arrisca...
Esse templo de desejo andante... esse altar ao que de melhor pode dar uma queca... eheheh"
Nunca na vida - nunca mesmo - pensei vir a ser - juro - a musa inspiradora de alguém! Muito menos um altar. Nem uma santa, quanto mais o altar...
Porquê não, pensei eu...
O raio da mulher é endiabrada... parece carregar toda a malícia do mundo no corpo... gosta de provocar até ao limite... limite esse que desconhece... que desenha com a ponta da língua num corpo sedento de prazer... a imaginação, essa, desponta ao milésimo de segundo... brota como uma fonte... fonte que jorra água que, descendo por esse corpo, contorna cada curva, cada espaço de luxúria...
Não sei se devo mandar o mail...
Mas porque não?
Acho que já consegui expressar a minha curiosidade...
Um sorriso meu para si :)
Sorriso teu"
Agradeci o sorriso e recebi a resposta:
"Oh São, continuo curiosa... a vida tem destas coisas... e já sei que a curiosidade matou o bichano, bem sei...
Estou curiosa com o ser ou não ser da São... as duas faces da mulher que provoca... ousa... arrisca...
Esse templo de desejo andante... esse altar ao que de melhor pode dar uma queca... eheheh"
Nunca na vida - nunca mesmo - pensei vir a ser - juro - a musa inspiradora de alguém! Muito menos um altar. Nem uma santa, quanto mais o altar...
04 dezembro 2005
CISTERNA da Gotinha
Falos de todas as cores, formas e feitios...
É preciso ter ambiSÃO: sugestão do filho adolescente "entusasmado" da Madr.
O Boticário descobriu que o sexo oral pode provocar cancro da boca...
O Jotakapa aconselha que fique amigo dela pois promove a saúde sexual das mulheres (e homens).
O Boticário descobriu que o sexo oral pode provocar cancro da boca...
O Jotakapa aconselha que fique amigo dela pois promove a saúde sexual das mulheres (e homens).
Viagem na ponte para o arco-íris - por LolaViola
Todas as viagens têm um destino. Nesse dia não sabia qual o teu, nem o meu.
Sentei-me na viagem que não teria estória, não tivesse eu vestido a minha mini-saia preta, não fora o teu carro confortável, não fosse o sol ameaçado a espaços com nuvens negras que desabavam sobre a nossa viagem, não fora o desejo no teu olhar, não fora a carícia na cintura que me fizeras minutos antes.
Esta viagem teria um destino. Nunca sabemos o nosso quando embarcamos na aventura dos corpos que se adivinham, nem das vontades que não se sonham.
Conduzes devagar, como eu gosto quando tiro o relógio.
Eu falo muito, como tu gostas quando usas os teus silêncios.
Conduzes com uma mão, enquanto a outra redescobre as minhas coxas, falas do péssimo tempo, enquanto eu levanto a mini-saia que só vesti para que ma despisses, tocas-me ao de leve no sexo, enquanto eu te digo que este é o meu tempo preferido, metes determinadamente a mão dentro da minha lingerie sofisticada em que não repararás, enquanto eu fecho os olhos e oiço-me respirar ao som da chuva.
Conduzes devagar e eu deixo-me conduzir, enquanto acaricias o meu sexo húmido, sem palavras, ou com todas as palavras que me dizes, quando eu uso os meus silêncios.
Pedes-me que me venha ali, pedes-me para parar o carro, pedes-me...
Peço-te que não pares, nem o carro, nem a carícia, nem a chuva, nem a tua mão que escorrega dentro de mim, nem os raios de sol que teimam em romper, nem o tesão que me dás.
Dos nossos orgasmos, ficarão mais tarde, as manchas nos lençóis da tua cama.
Desta viagem, ficou no meu olhar o arco-íris quando finalmente abri os olhos.
Chegara ao destino.
LolaViola (imaginando a nossa viagem a Beja)
Levemente Erótico
Sentei-me na viagem que não teria estória, não tivesse eu vestido a minha mini-saia preta, não fora o teu carro confortável, não fosse o sol ameaçado a espaços com nuvens negras que desabavam sobre a nossa viagem, não fora o desejo no teu olhar, não fora a carícia na cintura que me fizeras minutos antes.
Esta viagem teria um destino. Nunca sabemos o nosso quando embarcamos na aventura dos corpos que se adivinham, nem das vontades que não se sonham.
Conduzes devagar, como eu gosto quando tiro o relógio.
Eu falo muito, como tu gostas quando usas os teus silêncios.
Conduzes com uma mão, enquanto a outra redescobre as minhas coxas, falas do péssimo tempo, enquanto eu levanto a mini-saia que só vesti para que ma despisses, tocas-me ao de leve no sexo, enquanto eu te digo que este é o meu tempo preferido, metes determinadamente a mão dentro da minha lingerie sofisticada em que não repararás, enquanto eu fecho os olhos e oiço-me respirar ao som da chuva.
Conduzes devagar e eu deixo-me conduzir, enquanto acaricias o meu sexo húmido, sem palavras, ou com todas as palavras que me dizes, quando eu uso os meus silêncios.
Pedes-me que me venha ali, pedes-me para parar o carro, pedes-me...
Peço-te que não pares, nem o carro, nem a carícia, nem a chuva, nem a tua mão que escorrega dentro de mim, nem os raios de sol que teimam em romper, nem o tesão que me dás.
Dos nossos orgasmos, ficarão mais tarde, as manchas nos lençóis da tua cama.
Desta viagem, ficou no meu olhar o arco-íris quando finalmente abri os olhos.
Chegara ao destino.
LolaViola (imaginando a nossa viagem a Beja)
Levemente Erótico
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