14 janeiro 2006

Carta - por Anukis

Ele voltava a casa depois de mais um dia de trabalho. Casa… Não sabia bem se podia chamar a esse apartamento quase vazio de casa. Era apenas um lugar de chegada e partida como um aeroporto mas sem a confusão. Costumava sentar-se no sofá e ver televisão até embrutecer, para não pensar, não sentir a ausência de tudo. Vivera muitos anos atormentados com presenças invasoras da sua liberdade e agora, que era livre, sentia-se profundamente só.
Entrou no prédio e foi à caixa do correio, só para ver qual era a conta que era para pagar desta vez. Um envelope branco sem remetente nem destinatário chamou-lhe a atenção. Pegou nele, enfiou-o na pasta e esqueceu-se dele. Entrou em casa. Silêncio… Acendeu a televisão. Notícias, sempre as mesmas. Foi ao frigorifíco e fez uma sandes. Não lhe apetecia cozinhar. Comeu-as em frente ao caleidoscópio de imagens do noticiário para aparvalhar a populaça. Mais uma vez, adormeceu sem convicção.
Quando acordou, já passava das 2h. A caminho da cama, tropeçou na pasta e o envelope caiu ao chão. Pousou-o ao lado do colchão que lhe servia de cama. O sono espalhou-se. Deu voltas e mais voltas. Acendeu a luz. Bebeu água. Pegou então no envelope, já que não tinha mais nada que fazer.
Era uma carta e dizia assim:
"Basta uma palavra tua para acabares com essa solidão. Basta ligares-me hoje até à 1h e amanhã, quando chegares do trabalho, estarei eu à tua espera, com aquela mini-saia que só uso para ti e de que tanto gostas. Estarei com as meias de ligas e aquela camisola decotada que torna o meu peito cativante. Dou-te um beijo, bem quente e tu enrolas os braços no meu corpo como uma cobra à volta da sua presa. Passas-me a mão pelo corpo, na parte da coxa que fica descoberta. Surpreendes-te. Estou sem cuecas e sentes-me...
E mais não digo, deixo a tua imaginação voar pelo meu corpo. Fico à espera até à 1h. Se não ligares, a minha vida seguirá outro rumo. Adeus ou até sempre."
Popek (seja o que for que isto quer dizer
Levantou-se de repente e pegou no telemóvel. Já não entrou sequer na caixa do correio. Aquele número era inexistente.

Anukis
... fatal!
(A Gotinha tudo descobre)

"Dois homens-comboio, com mulher-maquinista" - Charlie
"A tracção fatal" ou "o engate" - São Rosas
"Smirnoff a trois" - Macaco Adriano
"Se foder não beba..." - Seven

13 janeiro 2006

CISTERNA da Gotinha

Aubade Lingerie Models

Anton S.: fotografia e pintura.

Dois vídeos:
Vida Guerra e Adivinhar o Tamanho das mamocas.

As meninas gostam muito de dar
abraços...

Paisagens citadinas.

A primeira vez na Fundi São nunca se esquece...

O Caga-tacos

O bairro onde residimos não é só constituído por barracas. Também existem pequenas empresas de contabilidade feita nos joelhos e de trabalhos vários (biscates). Serve este preâmbulo para introduzir (salvo seja) nesta posta a história da família Carvalho. excelsos prestadores de serviços na área dos revestimentos em madeira para pavimentos.
O patriarca da referida família é conhecido no meio profissional, e por arrastamento no bairro, como o "Caga-tacos" dada a sua ocupação profissional.
Carvalho pai é um carpinteiro à antiga, daqueles que andam sempre com o lápis atrás da orelha, o metro no bolso das calças e o fato-macaco surrado. A sua especialidade, tirando o copo de três e a bisca lambida, são os soalhos corridos à portuguesa de grossas pranchas aparelhadas em carvalho ou castanho e os assentamentos de tacos em espinha e tijolo.
O filho mais velho do "Caga-tacos", em virtude de não ter conseguido singrar nos estudos, cedo abraçou a profissão por imposição do pater-famílias. Começou por apreender os conceitos básicos, ou seja, como carregar a caixa da ferramenta, o transporte das pranchas, ir buscar a garrafa do vinho, desentortar os pregos cabeça de arame, aguentar as graçolas e o mau feitio do pai, etc.
Ultrapassada a fase do trabalho físico que ainda se arrastou por algum tempo, passou para uma segunda etapa na sua aprendizagem – o trabalho intelectual – em que a teoria deu lugar à prática ou, como se diz hoje em dia, o saber-fazer. Passou assim a utilizar toda uma panóplia de ferramentas adequadas, a fazer medições e até a executar orçamentos para obras. No entanto, Carvalho filho, queria ir mais além sendo sua intenção diversificar a área profissional, passando a executar outros tipos de pavimentos, tais como soalho flutuante e parquet, pois estes materiais são actualmente mais consentâneos com o gosto e a carteira dos clientes.
Carvalho filho deslocou-se até França para casa de familiares, tendo ido trabalhar numa empresa daquele país que se dedicava ao assentamento de todo o tipo de soalhos nas casas tipo maison. Teve um tirocínio de meia dúzia de anos onde solidificou conhecimentos, prática e barriga.
Passados esses anos e considerando que já dominava o métier, retornou a Portugal, tendo iniciado a montagem de um negócio próprio, com direito a Toyota Hiace, pessoal arregimentado no bairro e cartão de visita profissional.
O empresário em nome individual – Carvalho filho Unipessoal Lda. – conhecido como "Caga-tacos" filho, não querendo renegar o cognome familiar, resolveu no entanto dar-lhe um toque de modernidade, de politicamente correcto e de afirmação pessoal, passando a ser conhecido no meio profissional pelo “petit nom” de EVACUA PARQUET.

«Noblesse oblige» ou «Do it yourself»


O conão se faz por amor?...

(o SirHaiva lamenta...)

Dores de cabeça de todas as cores

– Outra? – perguntou ele, beijando-lhe o pescoço.
– Ainda te aguentas? – atirou ela, com um sorriso trocista.
– Porra... – sentiu-se ele, franzindo o cenho. – Se aguento?
E, de um salto, pôs-se de joelhos em cima da cama, segurando no órgão viril, que estava um pouco ensimesmado.
– Ó rapaz, isso já está como há-de ir! – Ela riu-se. – Outra? Só se for com os olhos!
– Já levanta – disse ele, esperançoso, afagando o órgão que não lhe respondia. – Já levanta...
– Ensimesmado é uma boa definição – afirmou ela – estranha, mas correcta. Isso está mesmo meditabundo, recolhido.
– Qual recolhido, qual carapuça – aborreceu-se ele, que até era circuncidado. – Espera aí... Espera aí um momento que já te dou outra!
– Um momento? – Perguntou ela, irónica, olhando o aspecto encolhido e caduco do recalcitrante membro.
– Estás a gozar, Patrícia? – perguntou ele.
– Não... – ela não conseguiu conter um risinho, que lhe doeu como a broca de um dentista: uma dor aguda, forte, insuportável.
– Estás a gozar!? Vais ver! Vais... – Afogueado, ele não conseguiu acabar a frase e parou para controlar a respiração.
– Estava a brincar, chefe – esclareceu ela.
Ele só abanou a cabeça, enquanto respirava fundo.
– Estás bem? – Inquiriu ela, dando-lhe a mão; ele acenou com a cabeça que estava. Ela largou-lhe a mão, deu-lhe um chocho e informou:
– Vou-me lavar.
O chefe deixou-se cair para a frente, descorçoado.
– Achas que compre Viagra? – perguntou ele, com um suspiro.
Ela pensou na quantidade de desculpas que teria de inventar para o manter à distância se ele comprasse os comprimidos azuis, "tinha de ter dores de cabeça de todas as cores", estacou a caminho da casa de banho, virou-se, olhou-o nos olhos, fez o seu sorriso mais idiota, que o derretia imediatamente e declarou açucarando a voz:
Neque semper arcum tendit Apollo.
E ele, sem perceber nada para além do sorriso idiota que tomava por lúbrico e da voz melosa que lhe soava como uma melodia, sorriu e descansou: Ainda era homem para ela.

(Para todos vós que possuís a cultura de um servidor da coisa pública no topo da carreira, sempre direi que a locução latina acima utilizada é de Horácio (Odes, II, 10,19) e pode-se traduzir como "nem sempre mantém Apolo retesado o seu arco")

de Garfiar, só me apetece

Recebi mais um sorriso

Porquê?

"Porque preciso eu de ti?
Porque preciso sentir essa boca sedenta colada à minha?
Porque preciso de sentir o calor do teu corpo, imaginado cada contorno, onde as minhas mãos te procuram como que através de uma força divina?
Que poderes tens tu para eu imaginar cada centimetro da tua pele, numa fome incontrolável?
Como me comandas na tua direcção, sentindo o apelo da minha libido, o meu desejo mal contido, a vontade de me perder nos teus olhos, de me perder em ti?
Explica-me como entras nos meus sonhos e me escravatizas cedendo a cada desejo teu?
Como conseguiste fazer de ti a minha única fonte de prazer?
Tento descolar-te de mim... tirar-te da minha alma que guardas como guardas tantas outras... fujo de ti mas dou por mim em círculos voltando sempre para o teu beijo... preciso dele.. preciso mesmo dele..."

Um sorriso meu para si :)

12 janeiro 2006

doce

foto de ...???


...adoço-te a boca,

aguço-te o desejo...

O Onanistélico sentiu-se adoçado e aguçado, o que faz a Corpos e Almas prever que "vamos ter chocolate com natas":
doce ensejo, desejo
achocolatar-me em ti.
derretido gostar que não se esgota
no querer saborear-te... até ao fim.
- Gostas de mim? (pergunta-me, sei-o)
Seio que bebo por prazer degustar-te...
... com trincadinhas no teu aveludado fruto seco.
(escorro-me também)

Animal de EstimaSão da Gotinha


Prikola

Ouriçaralho - o m. q. caralhiço
já é uma entrada do DiciOrdinário

Finalmente um e-mail diferente de venda de Viagra!

Quem nunca recebeu uma mensagem a vender Viagra ou sucedâneos é porque não tem correio electrónico. Eu bem lhes respondo questionando-os, na língua deles: "Do you have a similar product for spring greens*?" só que nunca me voltam a contactar...
Mas a promoção que recebi agora merece ser aqui exibida:

*grelos

Atentado no Metro na hora de ponta - por Bruno

Como sempre, entrei no metro na estação de Picoas na direcção Odivelas. Regra geral escolho sempre a segunda ou terceira carruagem a contar por trás. Dá-me mais jeito...
O relógio marcava aproximadamente 18 horas e, como sempre, o espaço era pouco para tanta gente.
As portas abrem-se, entro e encaminho-me para o lado das portas que não abrem. Depois de conquistado o meu espaço, levanto os olhos que chocam com uns verdes intensos. Os nossos olhares ficam colados, durante demasiado tempo. 10 segundos chegaram para eu desistir, pois não aguentei tanta cumplicidade e pressão.
Aqueles olhos verdes estavam enfiados numa cara não muito bonita nem demasiado feia. Ela tinha cabelos louros pelo queixo, estavam mal penteados, o seu corpo tinha uns quilos a mais para o meu gosto e estava colocada mesmo junto às portas de entrada.
Na Estação Saldanha - é onde entra mais gente... tanta gente - propositadamente
ou não, a dona dos olhos verdes, após a «redesorganização» usual em cada estação, vem para junto de mim. O cu dela, um pouco farto, fica perto de mim, lateralmente, sem contacto. O canto suave de pele da minha pasta toca-lhe na parte inferior do rego, este devidamente desenhado pelas calças creme justas de meia canela que acabavam nas botas de cano alto castanhas.
E se ela se vira para trás e me dá um estalo? Foi mesmo sem querer...
Comecei a equacionar tocar-lhe com a pasta propositadamente, o meu ritmo cardíaco aumentava e arrisquei! Foi delicioso, pois a pasta funcionou como uma extensão do meu corpo... e ela não reagiu...
Esta malta do Metro de Lisboa sabe fazer promoção!Campo Pequeno, nova confusão e novas posições, parecia um Kama Sutra subterrâneo. Já tinha esquecido os olhos verdes - como as paixões voam - agora o centro do mundo era aquele cu farto que por mero acaso pertencia também à proprietária dos olhos verdes.
Neste rearranjo o cu ficou junto à minha arma sexual, a uma distância de poucos centímetros, permitindo a cada pequena oscilação da carruagem o contacto físico, entre o meu caralho, preso nos slips, e a nádega esquerda presa nas calças creme.
A minha excitação psicológica começou a tornar-se física e o contacto intermitente era agora com uma semi-erecção. E ela estaria indiferente ou as oscilações da carruagem eram também desejáveis para ela? Nunca forcei nenhuma oscilação, não quis arriscar, chamarem-me tarado...
Entre-Campos, onde sai toda a gente, para apanhar os comboios e as pessoas se atropelam umas às outras... tive que a atropelar até à saída. Ela não se desviava e eu empurrei-a intensamente com o meu caralho mesmo no rego dela.
Junto à porta de saída ela virou-se, encostou-se à lateral para eu sair e mostrou-me novamente os olhos verdes... agora mais brilhantes...
E assim passaram poucos minutos...

Qualquer semelhança com a ficção é pura coincidência.

Bruno

11 janeiro 2006

CISTERNA da Gotinha

Lindsay Lohan - a sessão fotográfica da Vanity Fair

Anna Kuritus - pinturas eróticas

10 Erros que os Homens fazem na cama

A moçoila está toda badalhoca e tem que tomar banho...

5 Coisas que as mulheres secretamente desejam na Cama

Como usar um bidé é um guia essencial para todos os que não conhecem o objecto em causa...

(Re)descoberta pelo Seven

O Seven, do blog Obvious, mandou-me esta mensagem:
"Cara vizinha,
Andava eu nas minhas andanças pelas pornochachadas virtuais quando dei de caras com este
artigo doméstico deslumbrante!
Com a tradicional abnegação e altruísmo que me caracteriza lembrei-me logo de ti.
Assim sendo, envio-te este material para o teu blog. O material - note-se! - é de primeira qualidade: tem vários adaptadores consoante o gosto do freguês...
Penso mesmo que, à semelhança do solitário que existe em todos os computadores, todos os lares portugueses deviam ter este «solitário» a bem da higiene e saúde pública e, portanto, a bem da NaSão!"

O ugaju prefere opções au naturel: "Nós cá temos as cabras... são mais baratas, não precisam de lubrificantes ou limpeza, e ainda dão leite!" E lembrou-se da anedota do vendedor de maquinaria agrícola que tentava convencer um rico agricultor a comprar-lhe uma debulhadora. Mas o agricultor estava céptico:
- Isso corta a palha rente?
- Corta!
- E isso faz fardos de palha?
- Faz!
- E junta no fim os fardos?
- Junta!
- E isso faz broches?
- Bem... não!
- Então prefiro as debulhadeiras!