16 julho 2006
2º DIA - O INÍCIO DA ENCHENTE
Isto apesar de no dia anterior, o primeiro do Salão e bem a meio da semana, terem lá ido mais de oito mil pessoas, uma afluência superior em 15% à do ano passado.
Cheguei ainda a remoer no artigo do DN que desinformou alegando que o Salão tinha sido planeado para homens (comentei isso ontem) e prestei atenção: bastou olhar, não restavam dúvidas - se dividirmos os visitantes por géneros, os casais ganham; depois, mulheres sozinhas ou com outras mulheres e homens idem aspas estão muito equilibrados.
Julgo que se pode dizer sem grande risco de erro que o Salão é maioritariamente visitado por casais.
Pelo sim pelo não, escolhi uma loja enorme, aberta (sem paredes) logo na entrada da feira, com bancadas onde milhares de artigos de sex-shop podiam ser avaliados, escolhidos e comprados. Fui lá três vezes ao longo da noite e fiz uma contagem rápida: da primeira vez, 22-17 ganharam as mulheres, da segunda 24-18 ganharam os homens, da última 28-19 ganharam as mulheres...
Há dúvidas?...
Verifiquei também que os expositores que proporcionavam shows privados, por um preço, não o faziam apenas com as meninas... também as senhoras podiam assistir um show privado com um dos modelos masculinos presentes.
Mas chega de chover no molhado, ou tentar contrariar que a comunicação social menos bem informada continue a bater no ceguinho... ceguinho é quem vai para ali já com ideias feitas e depois tenta impingi-las ao bom do povinho...
A Sónia lá bateu o record e parece que quer dar a segunda, amanhã, com mais três metros...
É aquilo a que se pode chamar uma cona de alta competição!
Crica para saberes o que este gajo está a fazer
[fodografia Bruno B. para a funda São]
Já agora, acho que tenciono ir lamber-lhe a psique e sugar-lhe os pensamentos assim que ela o fizer, com a corrente ainda húmida - mas não vou entrevistar a corrente, que eu cá não coleciono memórias orgânicas, nem que sejam conservadas em argolas. Estou é curioso de saber porque é que ela faz aquilo... ainda escrever com a vagina (á assim que ela diz, embora eu ache que deveria dizer com a vulva... mas posso estar enganado), entendo que é um acto de difícil perícia, mas como também não colecciono autógrafos não me vai valer de nada...
Já que estamos a falar de escrever, um estudante de arquitectura de Guimarães venceu o primeiro concurso nacional de contos eróticos, com um trabalho a que chamou "Dia de Treino". Trata-se de João Abreu, que assim conseguiu suplantar as outras cinco dúzias de trabalhos apresentados a consurso.
O júri foi constituído por Francisco Pedro, das Publicações Europa-América, Mário Sena Lopes, da D. Quixote, e Leonor Sousa, autora de "Amanhã à mesma hora - Diário de uma Stripper Portuguesa".
Foi um dia literariamente rico. A D. Quixote lançou dois livros, "As fantasias de um homem - Histórias provocantes de uma portuguesa da classe média" de uma autora anónima sob pseudónimo "Pecadora" - e "Como fazer amor com uma estrela porno", autobiografia da super-star norte-americana Jenna Jameson.
Ficou já anunciado outro livro, da portuguesa Ana Lopes, para o Salão de 2007 - promete ser um caldeirão de polémica!
Foi também lançado o nº 0 de uma revista vocacionada para "as minorias alternativas" (palavras dos responsáveis) chamada "Dominium", que visa divulgar "sub-culturas e/ou estilos de vida alternativos em português", também apoiada por um site da especialidade, bem como um blog e um canal de IRC.
A Casa D'Eros lançou um vinho afrodisíaco, com a presença do enólogo Daniel Maia
Fizeram-se eliminatórias para o concurso de "strippers" e a área que mais surpreendeu a própria organização foi a Zona Swing, novidade no Salão deste ano, onde mais de 600 casais foram "saber como é " só nestes primeiros dois dias.
Também deu muito nas vistas um pequeno grupo a quem foi emprestado um stand durante dois dias, por um expositor que não podia ir antes de sábado, e que levaram para lá pintura corporal.
Chamaram tanto as atenções que chegaram a estar rodeados de gente... ao mesmo tempo que decorriam shows eróticos a menos de dez metros...
Do outro lado do Salão, a Liga Portuguesa Contra a Sida alertava para a sua mensagem promovendo um passatempo em que os visitantes tentavam acertar com um preservativo gigante em forma de mama num dos muitos falos que enchiam uma parece a dois metros, ou seja: atiravam mamas a uma parede de pichas... divertido!
Ainda tentei, mas não acertei népia... eu já sabia que "não consigo acertar um caralho" mas ganhei, mesmo assim, um preservativo e literatura informativa - a verdade é que, acertassem ou não, toda a gente levava a camisinha!
E pronto, foi decerto um dia diferente para muita gente, mas devo confessar que para mim nem por isso: como sou nudista, senti-me perfeitamente à vontade... era como se estivesse em casa...
Pedro Laranjeira
15 julho 2006
Qrònica dash Trazêras
Ai cuma melhér vai há EispoFoda e veim de lá toda úmida... Cais úmida? Veim de lá toda ensharcada. éi u qui éi.
Ai que oje foi daquelis dias que valeu a pena ir há vesita.
Andi per lá a spretari au clube de Suingue e nam é cá munta genti entreçada em torcar de parcêro? Ó ó... À caprovetari... Andê a rondari o peçoal e deshta vesh levêi uma tenelada de cartões de vezita com a murada do mé apartamentu de soltero... ihihihi. Sheguei açim au pé dus cazais, falari em Suingue privadu, e era çó dar o cartãu aos gaijos que ficavom logo de purga atrás da vermelha a crer çaber permenores e açim... hihihihi Ai us malandros a falar baichinho cumigo, com as çuas gaijas de covas intreçadas nos matulões que per lá andavom, nem riparavom na cunverça dos maridos e namorados cumigo, maz eles a falar açim desfraçadamente prelas nam ovirem. Hihihhi Ishto premete melhéres... Com çorte inda vái çer um susseço... Perparem-çe, melhéres. Todus pra ir ó mé clubi, homes deste broche...
Ôtra coiza que fish foi uma taituajem. Andêi açim a veri iço e fiz uma nem lhis conto... hihiihi Ai que çô uma maluca melhéres... Foi mejmo aí ondi tam a pençar...
Uma obra dárte, éi u cu lhes digo. A partir dagóra o pacote do Nelo é um momunento artisticu... Digam lá homes deste broche, a çensassão de terem uma fera a devorar us vossus pirilaús... ihihihih Agora o Nelo é huma geuloza e çelvagem de boca aberta pra ingulir vus odus... hihihi... Ai cumo ando eshçitada melhéres....
Eshta EispoFoda insheu-me de uportunidades... Çó nam goste nada deça coiza du concurço de Stirp Tize... Desviom-me us homes todes que ficom parvus e açim embasbacadus a babar-çe cuando as gaijas tiróm ash peças de ropa que lhes scondem eças covas que me stragom a vida seksual.
Ai ai... Ao menus valeu o vinhu eróticu que vô levari pro mé apartamentu prás minhas conquishtas e açim...
Já tô vendu a sena. Os homes a provari um copo e a atirar-çe a mim que nem uns deparvados a querere violar-mi, melhéres... ai ai homes venhom com calma... hihii. Devagari quisto nam çe acaba, fofos...
Ai o que me tenhu devertido nesta Espo...
Amanhã, melhéres, à mais hihihihi
O Nelo nam falha...
Nelo
CISTERNA da Gotinha
As meninas são artistas! Ou então gostam mesmo muito do pincel...
Cigana ao ar livre.
O Jumento deixa um aviso / conselho de saúde muito importante para todos os homens!
Revelo em primeira mão, a fotografia da São Rosas na sua sala de estar.
Vídeo: Jordan num bikini amarelo.
Há gajos que deixam molhadinha uma gaja...
Cara São Rosas, continue...
Humor, ironia, ousadia, sex-appeal, erotismo,... coisas inebriantes, absorventes, calientes, que alegram o cinzentismo do dia-a-dia?! Tenho que pensar keep it short, stupid porque senão vou por aí fora e não me calo e tudo menos ser pain in the ass... e por falar nisso, hoje ainda não fui ao Cu-Cu nem ao As Fantasias de um Homem e como dizia o outro, «Caminero, no hay camino, el camino se hace caminando»... eu vou caminhar um pouco por sítios também interessantes.
Obrigado, São Rosas. Vou-me repetir: Continue!
Já me esquecia... também é uma grandessíssima lufada de ar fresco que por acaso às vezes nos deixa com falta de ar! Se sei...
Beijos,
xicolf (intruso)"
Afundando na ExpoFoda
pelos nossos tarados especiais
Pedro Laranjeira (textículos e fodografias)
João Albuquerque (fodografias) e
Nelo (o seu próprio rabo)
14 julho 2006
Qrónica das trazeras
Logo há chigada, era çó homes com câmras a tirari aqui e ali, fotos e mais fotos hás covas das gaijas.
Ai quinté fiqui açim meio tonta, fofas com as flashadas nos olhus e açim, quinté torpessei num matulão açim de um metru e nuventa e tal, sheio de muscolos e açim todo brilhante com uma cueca apertada a verem-çe as alegrias todas ali bem medidas melhéres. Fiqui açim sespirandu inquante ele abalava lá na çua vida, e cuaze que perdia a minha poxeti, de tal forma fiqui açim cos olhos sheios de strelas...
Ai... ai... que estampa de izemplari de masho que fica uma melhér toda derretida.
Mas devu dezer cus otros homes, eçes us vulgaris e que vizitam u sertame de lingua de fora, nam teim goste ninhum...
Veijam beim que paçarom a maior parti do tempu a veri as lembisgoitas que çagarram a uns ferros a despirem-çe e açim e coizo a fingiri que scondem as covas, inquante vam tirando os sconde scondes...e vá de fodografias... hás covas... ts ts...
Ai melhéres que ficu posseça...
Alí eu mejmo ao pé deles a um dedo de lhes fazer um servisso de estalo e u que veijo?
Todus elis de lingua pindurada e us olhos vidradus olhandu prás gaijas que nem lhes tocão ao pé...
Ai o que me valeu melhéres foi umas bejekas que fui bescar ali quande foi uma mudansa de turno dos bomberos. Ai que ao menus, deu pra dari o mé cartão a um moço bem apeçoado e açim...nunca çe çabe fofos o que pode dari... hihiihihihih.
Mas o que manda mejmo a dar volta aos pirolitus, éi eça stória da Beibe.
A Beibe, a Çónia que consegui meter açim duma vesh vinte metros de arames em cordel no fundo das covas.
Ai melhéres que li o artigo no jurnali e nem quish acerditar. Ela trênô-çe com bolas dos Shinezes e fash das covas o que queri! Screvi o nomi, lansa água a más de sinco metros, e ôtras abilidades. Fiqui açim todem fernezim gajedu! E asho que vo trenari o númaro dela pro meu Clube Suingue Bisha... Asho que çe trenari munto, conçigo fazer milhor ainda.
Mas fofas, bolas dus Shinezes nam me paresse que vá usar... çe o o mangalho deçis amarelos éi o que çe çabi, as bolas delis devem çer açim du tamanhu dus berlindis com que os catraios brincam nos jardins ao abafa... hihihihi.
Nam sinhori...Vou trenari com munta vazelina e cum o Baldéi. Au menus é material de tamanhu capash de faseri obra que çe veija.
Todus us dias um treno bem feto e çe calhari inté consigo faser do mé pacoti um parque de stassionamento... hihihih
Inté paresse que já stô a ver o reclame sonoro:
Venhom homes, caquí stassionam há borla melhéres... hihihihi,
Venhom venhom ó parqui do Nelo...
È grátes, nam pagom nada e inda gozom...
Éi o shamado: dois em um... hihihhihihih
Ai melhéres deicha-me irandando... hihihihihihih
Nelo
Detrás da porta
Meu querido
Lembras-te quando chegavas e eu te agarrava logo ali, junto à porta, e me encostava e te encostava à parede, e te despia num ápice, as mãos vorazes, a boca colada à tua, a boca dizendo na tua: - Não te mexas. Não te movas.
E tu não podias, e tu não querias, e tu não te movias, e mordias os lábios para sufocares o grito, para não soltares o grito, para não ouvirem a tua nudez, do outro lado da porta.
E as minhas mãos que procuravam o teu sexo e encontravam a tua erecção e a seguravam e a apertavam e a consumiam e a esgotavam e te esgotavam e no chão…
No chão marcadas a tua chegada e a tua vinda, e eu olhando-te e tu cansado, e tu ofegante, e tu seco de sémen e repleto de prazer e eu...
Eu apertava-te o rosto e puxava o teu cabelo, e abria as minhas pernas, e empurrava a tua cabeça, e descias no meu corpo, e eu dizia-te apontando chão, apontando marcas:
- Falta ali junto ao teu o meu sinal.
Foto: Kay
Bom fim de semana
Fotógrafo - Justin Grant
O Falcão consegue oder mesmo com esta caloraça:
"Nesta tarde ensolarada
de temperatura altíssima
presenteias a rapaziada
com esta figura belíssima
De costas e meio-seio
o cabelo longo e húmido
rostinho de palmo e meio
ar de ainda não ter tido
Rabo firme e torneado
coxa sem defeito a pôr
dava-lhe duas de lado
e três no rabinho... sem dor
E os lábios tão sensuais
quais pétalas de manjericão
oito broches monumentais (me fariam)
seis na cama, dois no chão
Nas costas de trampolim
passearia o meu caralho
nem imaginas o festim
até nasciam olhos no galho
Não ficaria assim a festa
sem um final à maneira
E para derrotar a besta
Bora lá dar três na banheira"
Aprecia o primeiro dia
pelos textos do nosso tarado especial Pedro Laranjeira e