A primeria lissão.
Ai melhéres cu méu carru está lindo!
Um bijú, fofos! Uma jóia meninas…!
Fui ao HiperMarshêr, là onde à a Butiqui dos popós, com a intensão de comprar uns tapetes que os outros tão sheios de sporradelas dos broshes…Querçezer, desculpem melhéres, sheios de manshas de oilo…( Ai minha cabessa que çó penço niço, e foje-me a toca prá metade) Mas mal entrei, melhéres, fiquei deslumbrada!
Ai tanta coiza cuma melhér pode comprar pra infeitar o çéu veiuculu!
Compri umas forras novas pra pôr nus bancus, açim com flores e braboletas, todas em cores de roza aguarela e violeta xóque, melhéres que ei um incanto!
Mas compri mais! Uma coiza pra pori pindurada no spelho, açim um boneco todo guey. E uma fita com umas bolas pra dar um sheirinho a bishiçe, cu carro duma melhér teim de sheirar a iço mejmo!
Asdpois compri um Quite de Mãus Livres pró meu tlemóveli. Uma melhér preciza das duas mãus livres, uma pra agarrari o volante, a ôtra prá barguilha de queim vai au lado.. Hihihihihi que já stôu a antessipar as noitadas com o meu bólide….Vai çer um fartum de quecas bishas, melhéres. Hiihihiii….
Ai, ai…Quinda arrebentu de tantu rir…ai..ai..Que çe me abre a greta.
Mazagora vamos au que intereça, e que per acazo éi a parte pior, e melhéres, çe quereim çaber, inda tremu por dentro:
A primeria lissão!
Ai melhéres! Çe nam fosse eshta vontade de conçeguir tinha já dezistido meninas!
Ai que coiza mais compilicada!
Afinal as mudansas nam ção iço que stava pinçando. Éi um ferro que stá ali no meio do carro e cagente teim de puxar e impurrar pra meter, e teim um ponto môrto e mais nam çei o queim, inté paresse uma pila que çe impurra e çe mete e tira e asdepois de vir-çe fica pindurada e mole, na pozição morta, hihihihihi......ai ai...beim...
Ai scutem fofas, nam á queim intenda ishto: teim de çe livantar um péi e cargar no ôutro inté o carro comessar a andar.
Çó que stou fartita de deichar o carro ir abaicho, melhéres!.
O instrutor a gritar e a dezer para meter a primêra que eça que stá metida éi a terseira, dish que éi au lado, pra pichar pra dentro, pra mim. Comesso a riri melhéres a limbrar-me cá de coizas, e continuo a lissão. Beim queu tento e tento, mas éi tam deficil!
À umas veses, cu carru dá um çalto prá frente e pára, ôtra vesh mal largo o péi da imbriaje, o carro comessa a andar munto depréça e eu açusto-me e desligo o motor, e ponho as mãos na cara pra sconder ozolhos, e ponhu-me ós gritinhus e açim coizo, como ei-de dezer, aflita, e feicho as mãos e abano os brassos.
Ai que já nam ôisso o instrutor a chamar-me bisha tonta!
- Sua bicha tonta. – Diz ele ! – Quem foi que disse ao o senhor Gonçalo Manuel da Silva, que poderia tirar a carta? Ai onde eu me fui meter…Oh meu Deus que desastre! Tenho aqui a minha velhice prematura garantida…Ainda me dá uma coisinha má se continuo com este traste! –
Beim! Tive de dezer-le o çeguinte: - Scute lá ó sinhor instrutor, melhér!. Póço nam ter munto jêto pra ishto, éi verdadi. Mas nam éi shamando nomes queu ficu maish calmo. Çei que çôu bisha, poish çei, mas nam çôu tonta! Óviu?
Çôu munto home, e cuando me aburrésso, neim queira çaber do que çôu capash! – E calei-me de çeguida, cruzei os brassos um sobre o ôtro e fiquei há espera da risposta.
Ai que nam à nada como uma melhér cuando mostra açim a çua forsa! Ele comessôu a rir, pôs a mão sobre os olhos e diçe que a lissão tinha acabado.
Mas nam diçe mais nada, melhéres. Um home tem de çaber impor-çe, e eu, Nelo, quande me veim o moscardo à variz, ….ó-ó…
Beim mas adiante, fofos.
Teim me dado volta ó miolo studar eça coiza que çe shama o Códicu da Strada. Já fiz um teste, um ezerssísio.
Mas eçe nam teve mal, perque u instrutor riu-çe pra mim, e diçe que nam tinha inda visto nada açim. E çe continuaçe açim desta manêra, que avia de conçeguir a carta no dia de Ção Nuncátarde, e eu a riri, pinçando quera uma piada, diçe-le que çó conhessia a menina Ção Rozas que fazia um broshe porcalhoto na InterMete, mas que avia de precurar no livru dos Çantinhos pra çaber cual hera o dia do Ção Nuncátarde pra ver çe inda faltava munto pra ter a carta.
Foi çó quande vi o instrutor a shorar é pressebi cu home deve andar com um desgosto calquer na vida. Ai melhéres. Quinté me çenti mal cum a lágrima dele, mash quande le fui dar uma palavrita de conçôlo, perque uma melhér devi çer çolidária, ele fugiu de mim ós gritos a dezer: -Basta! Basta! Que mal fiz eu a Deus para merecer um castigo destes……Não posso mais.! –
Ai coitado deli melhéres…Désquêra quele conçiga milhorar deçe desgosto que le mina a alma…Çabe-çe lá o que le anda a aburreçer?.....
Beim mas ôje, já tivi uma lissão com ôtro instrutor, e já curreu um pedassinho milhor.
Çó deixei u carro ir abaicho nove vezis, e já tôu mais calhado niço dos pidais. Querçezer; já çinto quande o carro comessa a andar e conçigo andar cinco metros. Mas quande asseléro mais o carro shia os pneus e comessa a andar munto depressa, asdpois tiro o péi, e o carro dá uns çaltos e pára, e o home da scola, diçe-me que co o tempo vou lá, que tenhu de asselerar menos, mas quande asselero menos o carro vai-çe abaicho cum um stremessimento paresse que çe tá a vir, e ele diz pra asselerar na altura que tôu com o pei em cima da imbraiaje, mas asdepois pra asselarar menus quande o carro comessa a andar e controlar açim mais e eças coizas…
Uffffff!
Ai que coiza deficil, ishto de conduzir um automóveli….
Perguntei-le pelo ôtro home da scola que me dava as lissões antes pra çaber çe tava milhor, e ele diçe-me que tinha ida de férias pra um çitio munto más çeguro que andar ó mé lado-
- Para o Iraque….- Diçe ele meiu çério, meiu a rir.
- Ai melhér, - Respondi-le éu meiu invergunhada. - Inda mal nos conhessêmos, e já me fala em ir ó cu? Ai o queu precuro, e precuro nôites inteiras e açim de repente nu meio duma aula, tenho uma serpreza deshtas…
Nam çêi o que le deu, que çaiu a fujir do carro da scola, deichando-me sozinhita dentru dele a olhar feita parva çem çaber u que faser…
Asho que nesta scola, anda tude munto nervozo. Deve çer eça coiza do streque da vida muderna.
Désquera que milhore depreça, perque depois de me oferesser uma inrabadela, nam me scapa tam ssêdo….Agora inda vôu ó caféi da Belinha, çentar-me há menza, há frente dusma bicona e studar um pôco de Códicu de Strada.
Inté prá çemana melhéres, e boas broshadas
29 setembro 2006
Qrònica do Nelo
Os seixos e a mola - por Falcão
Ainda a propósito das pedras da Papoila Rubra:
"Fez-me lembrar uma história do pastor que passava os dias a fazer de mola com a canhota de fora da braguilha, a atirar pedritas direito à estrada, cada uma mais longe que a outra, quando passaram num Citroën dois cavalos, duas boas de comer e viram a pujança do cachopo.
Pararam o chaveco e saíram. Eh pá, que arregalaram os olhos:
- Xi que coisa, que espectáculo! Escute. moço. quer vir com a gente ali para trás dos arbustos e dar outro uso a isso?
Puxaram duma nota gorda e ele foi. Aviou as duas, elas seguiram de barriga cheia mas uma hora depois, uma alma que passou viu-o a chorar.
Era um choro desalmado e o passante não resistiu. Aproximou-se e perguntou:
- Ó caralho. O que tens, ó Toino da Beca?
- É isto que se vê... - e apontava para a pele murcha na abertura das calças - Deram-me um contito de reis mas partiram-lhe a mola.
E pegava na cabecita triste e pingante que caía de olhar mortiço apontando para o chão mal ele lhe largava os dois dedos protectores que bem o tentavam chamar à vida, enquanto segurava com a outra mão uns pequenos seixos, de repente tornados inúteis.
Falcão"
"Fez-me lembrar uma história do pastor que passava os dias a fazer de mola com a canhota de fora da braguilha, a atirar pedritas direito à estrada, cada uma mais longe que a outra, quando passaram num Citroën dois cavalos, duas boas de comer e viram a pujança do cachopo.
Pararam o chaveco e saíram. Eh pá, que arregalaram os olhos:
- Xi que coisa, que espectáculo! Escute. moço. quer vir com a gente ali para trás dos arbustos e dar outro uso a isso?
Puxaram duma nota gorda e ele foi. Aviou as duas, elas seguiram de barriga cheia mas uma hora depois, uma alma que passou viu-o a chorar.
Era um choro desalmado e o passante não resistiu. Aproximou-se e perguntou:
- Ó caralho. O que tens, ó Toino da Beca?
- É isto que se vê... - e apontava para a pele murcha na abertura das calças - Deram-me um contito de reis mas partiram-lhe a mola.
E pegava na cabecita triste e pingante que caía de olhar mortiço apontando para o chão mal ele lhe largava os dois dedos protectores que bem o tentavam chamar à vida, enquanto segurava com a outra mão uns pequenos seixos, de repente tornados inúteis.
Falcão"
«O substituto do sexo»
(crica para aumentar)
(crica para aumentar)
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visto no AdverBox
28 setembro 2006
Gong do Amor, por mostrengo Adamastor
A ideia de ir beber mojitos a Havana é o sonho de qualquer um. Na companhia da Gong Li, isto é. Não, eu não, que costumo enjoar de barco. Em Miami Vice, a chinesa faz de cubana (aliás, quem se importaria de a ver como islandesa, busquímane, índia da amazónia ou alentejana?). É certo que o Colin Farrell não chega aos calcanhares de Don Johnson, mesmo que vista fatinhos brancos de melhor corte e evite o sapato-vela sem meia tão em voga nos oitenta, mas o filme é uma lição de fotografia e uso da iluminação, numa história de amor simples e realista. O Jamie Foxx está au point, como sempre, e a Gong Li, acho que ainda não falei dela, dança bem e fala espanhol quase quase, mas mesmo quase, sem sotaque. E quem não gostaria de a fazer chorar com um orgasmo?! Os maus da fita são excelentes, principalmente John Ortiz, que tem um esgar paranóico como há muito não via (também é verdade que não o vi em mais filme nenhum) e o igualmente pouco visto espanhol Luis Tosar, senhor da falta de expressão mais expressiva que se possa imaginar. Espero que a Ana Cristina Oliveira não tenha ido na lábia do escocês canastrão.
Publicidade à Philips Moi
Hmmm... nice job... oh, so sweet... fantastic... I'm very pleased...
(enviado por Lamatadora)
Díário dum Padre, parte II
Tinha acabado de olhar para ela de relance após ter entrado apressadamente pela pequena porta lateral que comunicava o altar directamente com a sacristia.
A noite tinha-me sido dolorosa, atravessada pelo flagelo da tentação, com o aflorar dos desejos que voluntariamente tinha jurado abdicar de satisfazer.
Toda uma doutrina me vinha ao cimo. Os ensinamentos e teorizações. Lembrava-me das conversas com o Mestre. Um padre versado nas leituras e interpretações das Sagradas Escrituras. Lembrava-me de algo que ele dizia: - Meu Filho. O que tem valor na opção que tomámos, é o facto que sermos homens e sujeitos às leis da natureza.
Somos homens! Já fui jovem como tu e sei o difícil que é o controlo sobre os nossos instintos.
Mas a obra de Deus é algo superior à simples condição terrena de sermos machos da espécie Homo Sapiens. O que Deus nos pede é que tenhamos o poder discricionário, que saibamos ter todos os dados nas mãos e exercer o livre arbítrio. Ter desejos de mulher e sentir a alegria insuperável de dizer não em função de algo imensamente valoroso que transcende a nossa condição básica..
Saber, em acto de fé, que a glória de servir a Deus é muito superior a todas as coisas. Terrenas e não terrenas.
Que valor teria a nossa opção se não implicasse um sacrifício? Vale de algo o celibato a quem não experimenta a atracção por vezes insuportável pelo sexo oposto?
Não! Quem não sente a tentação, não faz qualquer esforço na escolha. Nem se pode chamar sequer escolha pois a escolha implica optar por entre desejos de intensidade igual. Destacando uns e optando em detrimento e sacrificando outros, com toda a dor que isso implica. -
Acordei.
As palavras vagamente recordadas desvaneceram-se por entre os olhares da assistência
Enquanto ajeitava os objectos destinados ao culto em cima do altar sentia todo o corpo a crescer, como se fios invisíveis do meu interior se prolongassem em inúmeros e finos tentáculos na sua direcção. Levando pedaços de mim, dos meus átomos, das minhas células, dos meus fluidos sublimes Abraçando-a, beijando-lhe o corpo, entrando-lhe pelo sexo, penetrando-lhe a alma…
Meu Deus! Como era linda, e como de repente todo eu entrava em erupção, preso duma enorme erecção. Incontrolável e forte humedecendo-me as roupas interiores….
Regressei lentamente com os olhos postos no chão preso do sentimento de culpa por ter ido masturbar-me. Pedia perdão quase de lágrimas nos olhos ao Altíssimo. Pela fraqueza indesculpável que me tinha feito cair em tentação e pecar mesmo ali, a poucos metros do altar da casa de Deus, pesasse embora o bem que me tinha sabido o orgasmo intenso conseguido com o pensamento envolvido naqueles lábios e olhos que encimavam o templo escultural do seu corpo. Um orgasmo tirado de mim com a minha própria mão derramando, abundantemente no pequeno lavatório, o esperma há tanto tempo contido. E como me sentia agora mal pelo gozo inifinito que me tomara ao sentir o incontornável desejo de possui-la, de fodê-la enquanto me masturbava.
Celebrei a missa, sem olhar para ela nem uma única vez. Parecia-me que ela leria nos meus olhos o que eu teria ido fazer apressadamente antes da celebração. Em todos os olhares dos fieis que seguiam o meu olhar via ares acusadores. Sentenciados, condenando-me à eternidade das trevas, reino de Lucifer, o lugar do sofrimento atroz que eu antevia pelo sofrer que estava naquele momento experimentando.
Quando abri o tabernáculo para tirar as hóstias senti nojo de mim. Não era digno de tocar o corpo de Deus e distribui-lo aos fieis a quem se exigia que não estivessem em pecado.
Tomado de suores frios, pedi com toda a minha verdade interior perdão a Deus, uma e outra vez até a tosse oportuna do sacristão me fazer acordar para a realidade.
De mãos trémulas cumpri a missão e verifiquei aliviado como ela não comungara. Evitando o momento de tensão em que ela à minha frente abriria os olhos para os meus, abaixando-se enquanto entreabriria a boca pondo a língua a jeito para que eu lhe desse o pedacinho de hóstia consagrada, com toda a carga erótica que eu via agora nesse gesto tão comum em todo o mundo Cristão.
Acabei a missa num ápice e retirei-me para a sacristia.
Foi ai que a vi novamente. Dirigia-se me enquanto eu fazia por não vê-la e apressava o passo. A distância que medeia entre o altar e a porta lateral da sacristia não é maior que cinco metros, os mais longos de sempre.
Tocou-me no ombro fazendo-me parar num estremecimento e disse:
- Sr. Padre…!
Preciso de falar consigo…é muito importante… -
A noite tinha-me sido dolorosa, atravessada pelo flagelo da tentação, com o aflorar dos desejos que voluntariamente tinha jurado abdicar de satisfazer.
Toda uma doutrina me vinha ao cimo. Os ensinamentos e teorizações. Lembrava-me das conversas com o Mestre. Um padre versado nas leituras e interpretações das Sagradas Escrituras. Lembrava-me de algo que ele dizia: - Meu Filho. O que tem valor na opção que tomámos, é o facto que sermos homens e sujeitos às leis da natureza.
Somos homens! Já fui jovem como tu e sei o difícil que é o controlo sobre os nossos instintos.
Mas a obra de Deus é algo superior à simples condição terrena de sermos machos da espécie Homo Sapiens. O que Deus nos pede é que tenhamos o poder discricionário, que saibamos ter todos os dados nas mãos e exercer o livre arbítrio. Ter desejos de mulher e sentir a alegria insuperável de dizer não em função de algo imensamente valoroso que transcende a nossa condição básica..
Saber, em acto de fé, que a glória de servir a Deus é muito superior a todas as coisas. Terrenas e não terrenas.
Que valor teria a nossa opção se não implicasse um sacrifício? Vale de algo o celibato a quem não experimenta a atracção por vezes insuportável pelo sexo oposto?
Não! Quem não sente a tentação, não faz qualquer esforço na escolha. Nem se pode chamar sequer escolha pois a escolha implica optar por entre desejos de intensidade igual. Destacando uns e optando em detrimento e sacrificando outros, com toda a dor que isso implica. -
Acordei.
As palavras vagamente recordadas desvaneceram-se por entre os olhares da assistência
Enquanto ajeitava os objectos destinados ao culto em cima do altar sentia todo o corpo a crescer, como se fios invisíveis do meu interior se prolongassem em inúmeros e finos tentáculos na sua direcção. Levando pedaços de mim, dos meus átomos, das minhas células, dos meus fluidos sublimes Abraçando-a, beijando-lhe o corpo, entrando-lhe pelo sexo, penetrando-lhe a alma…
Meu Deus! Como era linda, e como de repente todo eu entrava em erupção, preso duma enorme erecção. Incontrolável e forte humedecendo-me as roupas interiores….
Regressei lentamente com os olhos postos no chão preso do sentimento de culpa por ter ido masturbar-me. Pedia perdão quase de lágrimas nos olhos ao Altíssimo. Pela fraqueza indesculpável que me tinha feito cair em tentação e pecar mesmo ali, a poucos metros do altar da casa de Deus, pesasse embora o bem que me tinha sabido o orgasmo intenso conseguido com o pensamento envolvido naqueles lábios e olhos que encimavam o templo escultural do seu corpo. Um orgasmo tirado de mim com a minha própria mão derramando, abundantemente no pequeno lavatório, o esperma há tanto tempo contido. E como me sentia agora mal pelo gozo inifinito que me tomara ao sentir o incontornável desejo de possui-la, de fodê-la enquanto me masturbava.
Celebrei a missa, sem olhar para ela nem uma única vez. Parecia-me que ela leria nos meus olhos o que eu teria ido fazer apressadamente antes da celebração. Em todos os olhares dos fieis que seguiam o meu olhar via ares acusadores. Sentenciados, condenando-me à eternidade das trevas, reino de Lucifer, o lugar do sofrimento atroz que eu antevia pelo sofrer que estava naquele momento experimentando.
Quando abri o tabernáculo para tirar as hóstias senti nojo de mim. Não era digno de tocar o corpo de Deus e distribui-lo aos fieis a quem se exigia que não estivessem em pecado.
Tomado de suores frios, pedi com toda a minha verdade interior perdão a Deus, uma e outra vez até a tosse oportuna do sacristão me fazer acordar para a realidade.
De mãos trémulas cumpri a missão e verifiquei aliviado como ela não comungara. Evitando o momento de tensão em que ela à minha frente abriria os olhos para os meus, abaixando-se enquanto entreabriria a boca pondo a língua a jeito para que eu lhe desse o pedacinho de hóstia consagrada, com toda a carga erótica que eu via agora nesse gesto tão comum em todo o mundo Cristão.
Acabei a missa num ápice e retirei-me para a sacristia.
Foi ai que a vi novamente. Dirigia-se me enquanto eu fazia por não vê-la e apressava o passo. A distância que medeia entre o altar e a porta lateral da sacristia não é maior que cinco metros, os mais longos de sempre.
Tocou-me no ombro fazendo-me parar num estremecimento e disse:
- Sr. Padre…!
Preciso de falar consigo…é muito importante… -
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enviado (ou enfiado?!) por João Costa pelos
grupos de mensagens da funda São
27 setembro 2006
Quem peixe procura...
Ir à pesca é uma das actividades mais relaxantes, anti-stress, e deixa a nossa pele agradavelmente adelgaçada. Pelo menos é a conclusão que tiro das minhas pescarias... [ 1 | 2 | 3 | 4 | 5 ]. Um mimo.
Nas minhas pescarias uso normalmente rede de arrasto, na perspectiva prática de levar tudo à frente. E tudo o que vem à rede...
Nas minhas pescarias uso normalmente rede de arrasto, na perspectiva prática de levar tudo à frente. E tudo o que vem à rede...
Ritual de passagem
Quando estou nos dias sim até tenho paciência para uma cambada de coisas a que noutra altura qualquer daria um piparote certeiro. Já uma vez me havia calhado um assim e eu nem queria acreditar que a história se estava a repetir. Devia ter desconfiado quando pela abertura da sua camisa vi pendente aquele Cristo na selva. Mas estava tão distraída que nem a unha do dedo mindinho conferi.
Aparentemente, ele era igual a outro gajo qualquer de calças de ganga e camisa de riscas, leitor de jornais desportivos e comentador das promoções das gasolineiras. Tentou a aproximação clássica de convite para cafezinhos e após tantas expectativas frustradas no futebol nacional, pareceu-me que seria a oportunidade para a minha boa acção diária e para sacudir os ossos.
Contudo, quando a conversa deixou os tralálás e objectivamente nos confrontou com o na tua casa ou na minha, aquela almita quis conhecer a data do meu próximo período menstrual. Talvez vivesse no pavor dos efeitos secundários da tensão pré-menstrual e julgasse que por obra das hormonas me iria agitar a soltar gritinhos estridentes e barbaramente assegurei que diariamente ingeria protecções redondas e revestidas por serem uns quantos por cento mais eficazes que enfiar garruços. E ele, desprezando tais medidas enalteceu o seu gosto por sangue, em nome da simulação do ritual macho de conquistar virgens.
Aparentemente, ele era igual a outro gajo qualquer de calças de ganga e camisa de riscas, leitor de jornais desportivos e comentador das promoções das gasolineiras. Tentou a aproximação clássica de convite para cafezinhos e após tantas expectativas frustradas no futebol nacional, pareceu-me que seria a oportunidade para a minha boa acção diária e para sacudir os ossos.
Contudo, quando a conversa deixou os tralálás e objectivamente nos confrontou com o na tua casa ou na minha, aquela almita quis conhecer a data do meu próximo período menstrual. Talvez vivesse no pavor dos efeitos secundários da tensão pré-menstrual e julgasse que por obra das hormonas me iria agitar a soltar gritinhos estridentes e barbaramente assegurei que diariamente ingeria protecções redondas e revestidas por serem uns quantos por cento mais eficazes que enfiar garruços. E ele, desprezando tais medidas enalteceu o seu gosto por sangue, em nome da simulação do ritual macho de conquistar virgens.
A propósito de Tágides - por Falcão
"Eu gosto muito das tágides, as cantadas por Camões.
Dizem alguns entendidos que as tágides e as sereias não eram mais que leões marinhos que naquele tempo povoavam os rochedos da barra do Tejo, onde depois foi construído o farol do Bugio.
Mesmo à distância, penso que conseguia distinguir uma ninfa de uma leoa marinha, quésedezere, no sentido da saída, porque se for no inverso, depois de vários meses no mar, a ter acesso unicamente ao cu fedorento de algum marinheiro abichanado... quem sabe não veria numa leoa marinha a mais bela gaja do mundo...
A propósito (ou não...) cá vai mais um clássico (dass... este gajo já começa a tornar-se chato com tanto clássico, será que as pessoas não têm noção de quando começam a ser maçadoras?):
Um alto dirigente gumbernamental fez uma visita formal à esquadra de marinha, fundeada na doca do espanhol e fez-se acompanhar da sua dedicada esposa.
À hora marcada, lá estavam para o receber toda a marinhagem formada e fardada a rigor, com o seu Almirante, comandante, imediato e toda a restante parafernália de patentes. Muitos apertos de mão, muitas manifestações de boas-vindas e deu-se início à visita guiada a todo o navio-almirante. Na passagem pelas camaratas, a primeira dama deitou o olho sempre atento a uma parede, onde estava exposto um poster, tamanho natural de uma escultural mulher nua.
Tudo seria «normal» se no lugar do sexo feminino não estivesse o buraco que suscitou a curiosidade da dama, a qual não se contendo perguntou ao imediato o porquê daquela imagem. Embaraçadíssimo, o imediato responde entre gaguejos:
- Sabe V. Exª que as nossas viagens demoram em média muitos meses e durante todo esse tempo, os nossos homens não vão a terra. Assim sendo é este o modo de satisfazerem as suas necessidades sexuais.
A primeira dama esboçou um esgar de surpresa e de nojo e espontaneamente perguntou:
- Mas... não é uma forma muito fria de resolver a questão?
O Tózé, marinheiro desbocado que assistia a toda a situação, prontamente esclareceu:
- Xaiba Vóxênxia que ixo já depende do cu do marinheiro que estiber do outro lado da parede.
Falcão"
Dizem alguns entendidos que as tágides e as sereias não eram mais que leões marinhos que naquele tempo povoavam os rochedos da barra do Tejo, onde depois foi construído o farol do Bugio.
Mesmo à distância, penso que conseguia distinguir uma ninfa de uma leoa marinha, quésedezere, no sentido da saída, porque se for no inverso, depois de vários meses no mar, a ter acesso unicamente ao cu fedorento de algum marinheiro abichanado... quem sabe não veria numa leoa marinha a mais bela gaja do mundo...
A propósito (ou não...) cá vai mais um clássico (dass... este gajo já começa a tornar-se chato com tanto clássico, será que as pessoas não têm noção de quando começam a ser maçadoras?):
Um alto dirigente gumbernamental fez uma visita formal à esquadra de marinha, fundeada na doca do espanhol e fez-se acompanhar da sua dedicada esposa.
À hora marcada, lá estavam para o receber toda a marinhagem formada e fardada a rigor, com o seu Almirante, comandante, imediato e toda a restante parafernália de patentes. Muitos apertos de mão, muitas manifestações de boas-vindas e deu-se início à visita guiada a todo o navio-almirante. Na passagem pelas camaratas, a primeira dama deitou o olho sempre atento a uma parede, onde estava exposto um poster, tamanho natural de uma escultural mulher nua.
Tudo seria «normal» se no lugar do sexo feminino não estivesse o buraco que suscitou a curiosidade da dama, a qual não se contendo perguntou ao imediato o porquê daquela imagem. Embaraçadíssimo, o imediato responde entre gaguejos:
- Sabe V. Exª que as nossas viagens demoram em média muitos meses e durante todo esse tempo, os nossos homens não vão a terra. Assim sendo é este o modo de satisfazerem as suas necessidades sexuais.
A primeira dama esboçou um esgar de surpresa e de nojo e espontaneamente perguntou:
- Mas... não é uma forma muito fria de resolver a questão?
O Tózé, marinheiro desbocado que assistia a toda a situação, prontamente esclareceu:
- Xaiba Vóxênxia que ixo já depende do cu do marinheiro que estiber do outro lado da parede.
Falcão"
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