24 dezembro 2006
23 dezembro 2006
Desembrulhar as prendas....
Conto de Natal
Por Falcão.
...O negócio é a mulhé. Cê sabe? Ela trabalha,né? Eu faço a protecção da minina...
Ena cum filha da puta, que está um frio do caralho a tapar de branco as minhas bouças e quase não se vê nada de outra cor...
Chegou o Natal e ande tudo cheio deste ambiente que nos enche de sorrisos à volta duma boa chouriça regada com o sumo do pipo lá no barraco por trás da casa.
Gosto de juntar uns bacanos do caralho, tudo canalha dos meus tempos de miúdo, e contar umas histórias das antigas. Hehehehe que o Natal traz caras que ande no estrangeiro e juntar tudo é uma festa. Durante dez dias é ora na casa de um, ora na casa de outro. Aqui todos fazem uma pinga e andemos ao despique a ver qual tem o vinho melhor.
E foi numa destas voltas quando íamos provar um presunto lá para a cozinha do Joaquim da Zarolha que está na Suiça e que casou com uma prima minha que é melhor que o milho, que vimos o calmeirão. Estava parado de mãos nos bolsos, mandando bufadas de ar no frio na manhã.
Parámos a perguntar baixinho uns para os outros quem era, mas ele viu-nos e atravessou a rua.
- Ôi pessoau, como estão cêis? Tudo beim?-
Ficámos a olhar para ele. Depois eu avancei e disse:
- Ei cum caralho, o que faz um Brasileiro aqui no fim do mundo? Venha beber um pingo aqui com o pessoal, óh bacano. –
Ele veio, e foi já com um pingo a embrulhar uma raspa de presunto com broa que ele contou o que fazia por ali.
- Céis sabem, né?... Um cara tem dji sacá uma grana! A coisa tá preta.... Tá fáciu não! Tem muito cara por aí, né?, que não gostam di Brasileiro, não. Falam dêssi negócio de emprego. Qui Brasileiro vem tirar trabalho di Portuguêis. Precisam di se preocupar não. Trabalho não é comigo.- E riu-se.
- Então se num trabalhas, vives do quê, caralho?- disse-lhe eu.
– Foda-se tu és rico, ou vives do ar...-
Olhou para mim, fez uma pausa e disse-me depois duma golada:
- O negócio é a mulhé. Cê sabe? Ela trabalha, né? Eu faço a protecção da minina.
Você topa? Né? Vou na cidadji no ônibus deixá a minina no Bar onde ela trabalha e dispois vou buscá ela mais tardji. Aí dá grana, né e para o mêis qui veim a genti está pensando em arrumar aí um carro, né? É melhor que esse negócio di ônibus. A genti pensou em mudar pra cidade mais aqui é mais sossegado, né. Dá pra discansá..
- Ai, ela trabalha num Bar... - Disse-lhe eu. – E com o trabalho dela dá para tu viveres sem fazeres um corno... Então escuta lá uma coisa, oh bacano do caralho. E quanto é que ela leva por uma geralada aí pelo pessoal?-
Bom, o gaijo, cum filha da puta, ficou assim a olhar para mim, num sei se era meio fodido se não, mas eu fui sempre pão, pão; queijo queijo. E pus-lhe mais uma pinga no copo inquanto o Joaquim a rir-se baixinho lhe aviava mais um naco de broa a pingar de presunto.
- Pois oh bacano. - continuei. -Pode ser já amanhã, caralho! Ela descansa do Bar e em vez de ires levá-la ao entardecer e buscá-la de manhã como dizes que fazes, fazemos uma festa, ela fica por cá e faz o dia. Bebes uns copos. Então o que dizes, oh meu caralho? -
Então, perante o esvaziar do copo e o acertar com desconto o número de notas de vinte que ele ia abarbatar, demos-lhe umas boas palmadas nas costas e dissemos-lhe satisfeitos... Bebe aí mais um, oh bacano!
E depois a rir para ele, disse-lhe piscando o olho:
- Ei caralho. Cum filha da puta. O Pai Natal este ano é mesmo Brasileiro... hehehehe. Toca aqui-
E os copos tilintaram.
Falcão
...O negócio é a mulhé. Cê sabe? Ela trabalha,né? Eu faço a protecção da minina...
Ena cum filha da puta, que está um frio do caralho a tapar de branco as minhas bouças e quase não se vê nada de outra cor...
Chegou o Natal e ande tudo cheio deste ambiente que nos enche de sorrisos à volta duma boa chouriça regada com o sumo do pipo lá no barraco por trás da casa.
Gosto de juntar uns bacanos do caralho, tudo canalha dos meus tempos de miúdo, e contar umas histórias das antigas. Hehehehe que o Natal traz caras que ande no estrangeiro e juntar tudo é uma festa. Durante dez dias é ora na casa de um, ora na casa de outro. Aqui todos fazem uma pinga e andemos ao despique a ver qual tem o vinho melhor.
E foi numa destas voltas quando íamos provar um presunto lá para a cozinha do Joaquim da Zarolha que está na Suiça e que casou com uma prima minha que é melhor que o milho, que vimos o calmeirão. Estava parado de mãos nos bolsos, mandando bufadas de ar no frio na manhã.
Parámos a perguntar baixinho uns para os outros quem era, mas ele viu-nos e atravessou a rua.
- Ôi pessoau, como estão cêis? Tudo beim?-
Ficámos a olhar para ele. Depois eu avancei e disse:
- Ei cum caralho, o que faz um Brasileiro aqui no fim do mundo? Venha beber um pingo aqui com o pessoal, óh bacano. –
Ele veio, e foi já com um pingo a embrulhar uma raspa de presunto com broa que ele contou o que fazia por ali.
- Céis sabem, né?... Um cara tem dji sacá uma grana! A coisa tá preta.... Tá fáciu não! Tem muito cara por aí, né?, que não gostam di Brasileiro, não. Falam dêssi negócio de emprego. Qui Brasileiro vem tirar trabalho di Portuguêis. Precisam di se preocupar não. Trabalho não é comigo.- E riu-se.
- Então se num trabalhas, vives do quê, caralho?- disse-lhe eu.
– Foda-se tu és rico, ou vives do ar...-
Olhou para mim, fez uma pausa e disse-me depois duma golada:
- O negócio é a mulhé. Cê sabe? Ela trabalha, né? Eu faço a protecção da minina.
Você topa? Né? Vou na cidadji no ônibus deixá a minina no Bar onde ela trabalha e dispois vou buscá ela mais tardji. Aí dá grana, né e para o mêis qui veim a genti está pensando em arrumar aí um carro, né? É melhor que esse negócio di ônibus. A genti pensou em mudar pra cidade mais aqui é mais sossegado, né. Dá pra discansá..
- Ai, ela trabalha num Bar... - Disse-lhe eu. – E com o trabalho dela dá para tu viveres sem fazeres um corno... Então escuta lá uma coisa, oh bacano do caralho. E quanto é que ela leva por uma geralada aí pelo pessoal?-Bom, o gaijo, cum filha da puta, ficou assim a olhar para mim, num sei se era meio fodido se não, mas eu fui sempre pão, pão; queijo queijo. E pus-lhe mais uma pinga no copo inquanto o Joaquim a rir-se baixinho lhe aviava mais um naco de broa a pingar de presunto.
- Pois oh bacano. - continuei. -Pode ser já amanhã, caralho! Ela descansa do Bar e em vez de ires levá-la ao entardecer e buscá-la de manhã como dizes que fazes, fazemos uma festa, ela fica por cá e faz o dia. Bebes uns copos. Então o que dizes, oh meu caralho? -
Então, perante o esvaziar do copo e o acertar com desconto o número de notas de vinte que ele ia abarbatar, demos-lhe umas boas palmadas nas costas e dissemos-lhe satisfeitos... Bebe aí mais um, oh bacano!
E depois a rir para ele, disse-lhe piscando o olho:
- Ei caralho. Cum filha da puta. O Pai Natal este ano é mesmo Brasileiro... hehehehe. Toca aqui-
E os copos tilintaram.
Falcão
Cu vilhã?!

«Jornal do Fundão» - 21/12/2006
Vejam só o logotipo que a malta da Covilhã arranjou para este movimento «Covilhã Solidária». Conseguem ser ainda mais criativos que os habitantes de Coina que, confidenciou-me a Ana, fizeram uma petição para mudar o nome da vila, pois eram alvo de chacota. Só que há várias alternativas por debaixo da mesa e estão indecisos entre alguns nomes:
Raitola
Paichacha
Vaigina
Paissarinha
...
A ideia é tão gira que até o OrCa a ode:
"quem arrepelou cabelo à Covilhã
naquele "o" fazendo permanente
foi por certo por ter ideia mal sã
de se abrir assim o "Co" a toda a gente
não será tão só por má estultícia
ou até por lacuna tão primária
há ali - estou bem certo - outra malícia
pois que assim de "Co" aberto é solidária"
E a Maria Árvore também tem uma sugestão: "Assim como assim, também podem passar a Perseverança, que a vila de Punhete também passou a Constância, e sempre é uma palavra que também aguenta muitas investidas".
O meu canto - por Alcaide
"Virá sempre à memória este meu canto...canto do peito, meu rio de verdade,
porque a barca do mar lembra a beldade
e navega à bolina como encanto.
Cantasse eu toda vida em desencanto,
mulheres mil... mil poesias e saudade,
só a barca eu queria, realidade,
a erguer a nossa vela, de amor tanto!
E a barca chama o rio e o marinheiro,
velejando em seus olhos, feiticeiro,
enfunando essa vela, o teu olhar.
Unamos nosso rio paralelo,
a barca chega ao fim, ao cabedelo,
depressa com amor, juntos, no mar
Alcaide"
"Alcaide, cá te deixo a chapelada
por assim cantares da barca tal fervor
pois que é raro o sentir-se tanto amor
a cantar nesta pátria mal amada
pátria nossa pobre dela mal cantada
por quem tanto lhe apraz por desprimor
fazer dela uma barca em vil torpor
em preguiças já sem viço abandalhada
mas tu cantas o sentir de corpo inteiro
tão urgente num mar de sensualidade
que nos traz tanto à vida o dom primeiro
tu encantas neste canto de verdade
do destino feito em nós de marinheiro
que nos prende afinal à liberdade.
OrCa"
"Pensemos que de certo nos chamaram
p'ra cumprir a tarefa da viagem...
Calmo o tempo... só a falta de uma aragem
não faz seguir a barca e... atracaram!
Velhas palavras lindas te lembraram!
Quantos castelos ruíram nessa imagem
olhos turvam ao verem que na margem
a barca afunda o sonho que embarcaram!
Nunca a vida decorre sem o vento
Ele traz a liberdade ao pensamento,
se a acalmia repousa o coração
Importa assim viver todo o momento,
com sonhos... viver a hora com paixão...
Felicidade e amor mais ilusão!
Alcaide"
"E eu não queria ficar sozinho na margem
Olhando lá ao longe a barca bela...
Queria tão só ter a miragem
De estar aqui nesta mundo, só eu e ela...
E queria que o Alcaide e o Orca,
Vates, Poetas de eleição,
Não mais batessem à porta
Da Felicidade, do Amor, da Ilusão!
Ser-lhes-ia pois reconhecida
A sua entrega à Vida,
Pelo que receberiam recompensa...
De uma contribuição imensa
Que só se dá a quem pensa
E ama sem contrapartida!
Zé"
Como chamei a atenção ao Zé pela falta de atenção à métrica, ele amuou e mandou a métrica para o caralho (diplomaticamente, só para não me mandar a mim). O OrCa, como sempre, pôs água na fressura... digo, ode na fervura, tal como o Alcaide:
"metro a metro e rima a rima prosseguimos
tropeçando tanta vez em verso incerto
mas trazendo a fresca água àquele deserto
que só chora e ri se choramos e rimos
passo a passo e hora a hora lá seguimos
cara ao vento e o peito a descoberto
nosso riso solto ao ar é mais que certo
ser esteiro de outros mares que descobrimos
ironia mais brejeira ou escarninha
ou sarcasmo contundente ao céu lançado
não enjeito - sinto a vida como minha
não me inibe pois da vida qualquer lado
e percebo em cada puta uma rainha
tudo vai de como se entenda o pecado
OrCa"
"Poética com métrica e com rima,
sem métrica e sem rima vai valer,
balanço de palavras devem ter
as quadras e tercetos desde cima.
Se a métrica ou a rima desanima,
poética só encanta se puder
não são os três em um , se lá couber,
nem é amar a dois...se não anima!
Dizendo o que se quer, um sonho, ou nada,
correndo em desatino ecrevendo,
que é vício fazê-lo de assentada .
Poeta? só escrever,e não me emendo!
Nem basta uma mortal bem encantada
com o balanço... e centímetros fodendo!
Alcaide"
Geen
Aqui
Outras Coisas
Alcaide:
"CorrupSão...
o blog está «lixado»...
Nunca se vê o «pinto», não,
apenas o «pito dourado»!"
OrCa:
"lingual
olheirosa
tu me espreitas
entre-pernas
e o cabelo arrepanhado
mais acima fica o grelo
que se ajeita
esperando da tua língua
algum recado..."
Alcaide:
"A cozinheira perdida
pelos cabelos puxada
come aletria escondida
e come da rabanada
só que do cheiro esquecida
fica lá tão enjoada
que a sua língua comprida
quer na tal e no tal... nada!"
Zé:
"Oh, que posição encavalitada
E que língua alcoviteira,
De pintelhos recheada
E de sovaco que cheira!
Quem ousou aqui pôr isto
Está condenado ao inferno,
Espiar um crime eterno
E fazer vida de Cristo!"

Outras Coisas
Alcaide:
"CorrupSão...
o blog está «lixado»...
Nunca se vê o «pinto», não,
apenas o «pito dourado»!"
OrCa:
"lingual
olheirosa
tu me espreitas
entre-pernas
e o cabelo arrepanhado
mais acima fica o grelo
que se ajeita
esperando da tua língua
algum recado..."
Alcaide:
"A cozinheira perdida
pelos cabelos puxada
come aletria escondida
e come da rabanada
só que do cheiro esquecida
fica lá tão enjoada
que a sua língua comprida
quer na tal e no tal... nada!"
Zé:
"Oh, que posição encavalitada
E que língua alcoviteira,
De pintelhos recheada
E de sovaco que cheira!
Quem ousou aqui pôr isto
Está condenado ao inferno,
Espiar um crime eterno
E fazer vida de Cristo!"
22 dezembro 2006
CISTERNA da Gotinha
Galeria enorme de fotografias da Petra Nemcova.
Louise Glover é uma modelo da Playboy mas parece que até já tem cadastro por andar a meter ao bolso dinheirito que não era dela. Ai ai, a menina que tem que levar tau-tau. Alguém se oferece para aplicar o castigo?!?
Quantos de vocês é que gostariam de estar assim confortavelmente aconchegados??!
Uma pin-up / supermodelo checa: Veronica Varekova.
Louise Glover é uma modelo da Playboy mas parece que até já tem cadastro por andar a meter ao bolso dinheirito que não era dela. Ai ai, a menina que tem que levar tau-tau. Alguém se oferece para aplicar o castigo?!?
Quantos de vocês é que gostariam de estar assim confortavelmente aconchegados??!
Uma pin-up / supermodelo checa: Veronica Varekova.
Preservativos em spray

Mais informações aqui
Outras Coisas
Bartolomeu: "Oh Anita, aquilo será preservativo ou grafiti? Quer-me parecer que um gajo com jeito prás artes consegue transformar o «nabo» num óleo de renome. E deixa a rapariga com a boca aberta... de espanto. Claro que este «boca aberta» é provocatório das vossas «bocas»"
João Mãos de Tesoura: "Isto tem aplicações infindáveis:
- Uma gaja pode projectar o líquido na vagina, esperar que seque e abrir um pequeno orifício. Depois basta dizer ao incauto: «vais desflorar-me?»
- Um gajo coloca isto e não espera a solidificação, penetrando a companheira de seguida. Será caso para dizer, unidos até que a borracha nos separe!
- Como não haverá câmara para recolher o esperma, a ejaculação será fantástica pois esbarra com a borracha e regressa violentamente aos colhões!"
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