30 janeiro 2007

Corner Pocket Art

A Fresquinha descobriu para nós esta galeria de arte com uma mostra de... escrotos desenhados pela artista Belle Wether:

«Pensa fora das cuecas»

é o slogan destas obras.

CONTRA O VINHO



Mas pergunto: Podem os homens bem viver, ou viver sem beber vinho? Não se pode negar que podem, pois de cem partes do mundo, mais de noventa e nove o não bebem, nem tem: e contudo vivem muito, e quiçá mais que os que o bebem, e alguns em terras muito fria, e muito mais sãos e fortes. E se não houvesse vinho, nem vinhas, ao menos nas terras boas, claro está, que dariam essas mesmas pão ou fruta (que pode sustentar, o que o vinho per si não pode) ou caça, ou pasto, ou madeira, ou lenha, e tudo isto, ou qualquer destas cousas, daria mais fartura, que a falta do vinho, nunca causou fomes, nem carestias, e se pode escusar.

in ANDRADA, Miguel Leitão de (1867) Miscellanea
Nova ed. Correcta. Lisboa: Impr. Nacional. Pág. 73

Em vez de se tirar o selim...



Outras Coisas

29 janeiro 2007

Lembranças vagas....

foto: blog imagens

Todos os dias com a mesma força que sentia a tua presença, deixava que o mar me tomasse.
Primeiro apenas um vestígio, um mero salpico que ficava em pequenas esferas presas aos pêlos dos braços, à pele do rosto e nas comissuras dos lábios.
Era então que fechava os olhos e que te saboreava. Língua a passar lentamente pelo lábio superior, recolhendo memórias dos teus sabores.
Mas eram apenas isso: memórias!
Há coisas que vivem em nós com a força da verdade sendo apenas ideias e lembranças.
Sensações que só existem nos nossos interiores imensos.
Sentia a pouco o mar encharcando os pés e eras tu que me agarravas pelos tornozelos e me puxavas para ti, enquanto me ia enterrando mais e mais na areia à medida que tu, em ondas mansas, me lambias nos teus fluxos e refluxos.
Senti-te no sol que me mordia. Como sempre morderas, olhos escondidos e felinos atrás do vidro escuro dos óculos de sol, escondendo o olhar assaltante e desejoso.
Por um instante, num breve relampejo de tempo, senti-te dentro de mim. Calores e aromas do teu poema em fêmea. Relevos e saliências em perfeita união com o meu corpo.
Abrí o peito em som num breve cântico à minha união com a natureza. Uma nota apenas que me fez estremecer no puro gozo de existir.
Só um som curto a prolongar-se no ecoar nas rochas que estavam por trás de mim, misturando-se em sinfonia com o coro quase rotineiro da terra e mar em negociação permanente.
Inspirei num sorvo profundo todo o mar e dei um pequeno passo para me equilibrar.
Depois abri os olhos e regressei ao meu ponto de vigia.
Abri as asas e voei para o alto do mastro onde te observava na praia desde o dia em dera por mim renascido em gaivota...

CISTERNA da Gotinha

Amili Jordan gosta de mobília antiga.

Katherine Heigl tem 24 anos e já foi Miss Venezuela

Aqui vai uma excelente ferramenta para quem não tem muito jeito para o desenho:
Bikini Line Genie (sugestão do Jumento)

Alguém sabe a nacionalidade da sexy
Odalys Ramirez? Será mexicana?!

Será a patente do
Primeiro vibrador?!

Loas à DiáCona (e a propósito de aborto) - por Alcaide



"Diácona de lânguida preguiça
olhava bem de longe Belzebu,
gemendo (por o ver assim tão nu)
como órgão mal tocado numa missa

Diácona lá prega com cobiça:
- Pecado não seria dar-te o cu,
nem ficar sempre em brasa como tu.
Eu só quero o teu calor, ó Diápiça.

Diápiça correu para Diácona,
mas seu membro devia estar bem morto...
Nem primeira ou segunda... oitava ou nona!

- Não é desta que eu levo meu conforto.
Belzebu, não gostaste da matrona?
- Não esperes o meu, não... és um aborto!"

Alcaide

Exposição

Está aberta ao público na fundação Beyeler até 18 de Fevereiro, na Basileia (Suiça), a exposição «Eros Dans L'Art Moderne».
São mais de 200 obras (pintura, escultura, video, cinema, gravura, desenho e fotografia) desde os primórdios do modernismo até à actualidade.
De 1 de Março a 22 de Julho esta exposição estará em Viena (Áustria), no BA-CA Kunstforum.

Bill Brandt - Nude, Rear View, 1954 Pierre Bonnard - Le cabinet de toilette au canapé rose (ou Nu à contre-jour ou L’Eau de cologne), 1908 Nobuyoshi Araki - Extrait de la série Erotos, 1993 Egon Schiele - Stehende Frau in Rot, 1913
Tom Wesselmann - Great American Nude No. 79, 1965 Pipilotti Rist Pickelporno (Pimple Porno), 1992
Jeff Koons - Woman in Tub, 1988 Rebecca Horn - The Lover’s Bed, 1990
Louise Bourgeois - Femme Couteau, 1982 Hans Bellmer - La Poupée, 1934

28 janeiro 2007

Alma de puta


Porque a camisola era de angorá, fofinha como a sua mão a escalar-me a partir do umbigo, a fincar-se nos seios e a descascar-me os mamilos, deixei correr o marfim, que é como quem diz que facilitei que a sua pele fizesse de edredão da minha, em arriscadas mas quentes manobras de alpinismo.

E não se pode dizer que tenha sido a seco, que antes tínhamos emborcado a falta de expectativas no trabalho, a porcaria do carro que cada vez bebia mais gasolina e até o danado do clube que só dava desgostos e marcava passo no campeonato.

Tenho alma de puta para recolher náufragos nas amarguras da vida e fazer do afundamento dos corpos um bote para não submergir nas ondas dos dias, o que nem é processo original para nos mantermos à tona porque é como o intervalo do pau que enquanto vai e vem, folgam as costas.

De modo que acabada a crisálida da queca, não se ouviram chilreios de passarinhos nem se avistaram estrelas a fulgir com mais intensidade na abóboda celeste e comentei que esvaziado que estava o copo, tínhamos agora todo o porto dos problemas quotidianos para atracarmos, o que não é um final poético e sensual mas apenas a cesta da fruta da época, as castanhas quentes de informação actualizada.

Chocolate não é pecado ao domingo...




Jean

Olhem que belo par de jarras para nos oder - OrCa e Nelo:

"é belo quanto se quer o que num corpo se encontre
do homem ou da mulher
de chocolate ou marfim
de trás
de lado
de frente
seja a fronte - o peito - lábios
uns só porque assim se quer
outros que sim porque... sim

é belo quanto se quer o que num corpo se encontre
porque é belo até doer
o que se quer belo assim."
OrCa

"Ai Gutinha de mel
tenho o anal sheio de tezão
Vôu já pôr eim papel
Este belo machão

E devu dezer
que nam teim desperdissio
Comer deste chiclate
nam éi ninhum vissio

Papa-se todito
por çima ou de lado
Não tem iço do pito
Nam sobra neim pecado..."

Nelo

Pachachola frita



Outras Coisas

27 janeiro 2007

Qrónica do Nelo

Por Nelo

...U inshurro de purradas cuma melhér podi levar çe pedir um mil fóias au pei do maridu...


Melhéres!
Faz uma çemana que sheguei de Spanhia e açim, e as nuvidades que de lá trago!
Ai, e mazainda as que fiquei çabendo quande estava a falar cum a Belinha no Cafei bubendo uma bicona por çima duma bavaruáze di ananásh e a contari pra ela cumo çe uma melhér pedir um mil folhas ao balcão duma Pastalaria em Spanhia duas coizas podeim acontecer:
Ó arranjas uma amori pra todà vida, melhér. Ôu intão, levas um inshurro de purradas de alto lá com u sharuto!
Que foi u que me acontesseu logo da primeira vesh que pedi Iuni Mili Fóias çe fiash faviori, senhioria meliér....” e veiu de lá o marido dela e me insheu de pantapés atéi há porta da rua! Ai mas asdepois de çaberi as coizas cumo elas ção é que foi um fartote de broshada e de levari na anilha...hihiii ai que foi umas çemanas eim sheio, inquanto a Efigénia fasia o tartamento para tirar as banhas lá na Quelínica de Imagressimento.
Ai que a última nôte antes de viri, preguntei num BAR mejmo ó pei do Corte Inglês, eçe o novo mejmo no meiu de Bajadoz.
“ Escutshi cavaliero, melhier...Quieries tomar-ti una copa, quie ió te invitio? “
E depois dele asseitar atirei logu a matar. “ Quierio hasser-te iuna propuesta para una buenia mamiada, la mejor quie ti hian hiecho ien tiodia la vidia. Quie disses carinho?”
Bem melhér...foi o boi e o bensido, quele levôu-me la pró apartamento deli e tava lá o amigu, e fis uma broshada a um inquanto o ôtro mi ia ó pacote....hihihih foi cumo çe shama eim Inglaterra, “Tuu en úane" hhhihihi. Ai melhéres que ando uma poligliota, e cualquer dia neim çei çe ficu per cá ó vôu intéi Madrid que asho que per lá é que éi uma coiza special..hihihih.
Ai melhéres que çonhar nam custa mejmo nada, e cumo eu çonho melhéres...ts ts...
Bem mas inquanto nam póço iri terei de me contentari per cá com u Lalito que sigundo me diçe a Belinha do Caféi, já anda per aí cum o brasso metido eim geço depois das purradas que le enfiou o Armando Peí de Boga per cauza deça coiza dele o ter indrominado cum o dinhêro do carru, as notas falças e açim per aí fora quele éi um troca tintas...
Ai ai...deicha-me iri...
Bom fim de çemana e nam çe poupem no broshe, cu Nelo tá áo dispôri....hihihihihi



Nelo

O duplicador do Amor, por mostrengo Adamastor

Continuamos a acompanhar a estória de Mozart, a iguana de Antuérpia.

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