12 março 2007

CISTERNA da Gotinha



Sexo na sala de aula com alunos do 6.º ano: juro que não foi nas minhas aulas!

A arte do
deep throating.

As batatas também podem ser
eróticas.

Fábrica de vibradores e massajadores faciais: quantos querem?

Candelabro

"Ouvi dizer que cortaram a parte de baixo da fotografia. Parece que está lá o Nelo de cu para o ar à espera que o candeeiro caia."
Anónimo nos comentários

















Outras Coisas

Meu corpo é o teu corpo...

Fácil de entender

Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Talvez por saber o que não será melhor, Aproximei
Meu corpo é o teu corpo o desejo entregue a nós
Sei lá eu o que queres dizer, Despedir-me de ti
Adeus um dia voltarei a ser feliz

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei, o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender

Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Triste é o virar de costas, o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer

Obrigado por saberes cuidar de mim,
Tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou,
e se ao menos tudo fosse igual a ti

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender

É o amor, que chega ao fim,
um final assim,assim é mais fácil de entender

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender!

The gift

11 março 2007

Fado corrido e falado II - por Encandescente

Ivone campeã dos defuntos. A Serial killer das Fontainhas.

Foto: Katia Chausheva

"Ivone debruçada à janela
Mais frio que a noite sentia o coração.
Devagar passava a madrugada
Chegava a manhã
O seu Zé é que não.
Fechou a janela com a fúria
Com que marcaria a face do canalha.
E com a morte na alma
Jurava vingança
Chorava a traição
Agitando a navalha:
- C'um raio te parta maldito
Que o chão se abra e te coma
Que te passe por cima um camião.
Eu esperando-te aqui gelada
E tu o cu regalado
Dormindo aconchegado
Num outro colchão.
Vou descobrir a desgraçada
A vaca, a galdéria
Que de mim te levou.
Que à Ivone das Fontainhas
Nenhuma mulher
O homem roubou.
De manhã quando saía desembestada
Disse à vizinha da escada:
-Mais uma noite sozinha!
Mas eu mato o desgraçado
Ou não seja o meu nome
Ivone das Fontainhas.
Parece que é sina, que é fado
Ficar sem os homens do meu coração.
Morreu-me o Zeca asfixiado
O Chico afogado
E debaixo dum comboio
Trucidado o João.
A vizinha arrepiada disse:
- Mulher nem me lembres isso
Cada vez que olho a linha
Onde morreu o João.
Ainda vejo, sem o ter visto
Os bocadinhos do teu homem
Espalhados pelo chão.
- É destino meu, oh vizinha
Perco-os a todos de repente
Como perdi o João.
Mas nenhum foi um canalha
Por isso ando com a navalha
Ao Zé, tiro-lhe o coração.
- Mulher, tu não te desgraces!
Mulher, tu deixa lá isso
Que homens há mais que muitos.
Mas se te morre mais este
Ainda ganhas a alcunha
De Ivone das Fontainhas
A campeã dos defuntos.
Mas Ivone não descansou
Enquanto não descobriu
O seu Zé e a desgraçada.
E um dia que chega mais cedo
Vê o seu homem aos beijos
Com a vizinha da escada.
Puxou da navalha e aos gritos:
- Enganaste-me malvada!
Traíste-me bandido!
Atirou-se ao Zé e à vizinha
E a ele com dois golpes despachou
À outra o pescoço cortou
Como se faz às galinhas.
Com o reboliço que se armou
Com a gente que chegou
Ficou tudo explicado.
Quer a morte dos defuntos
Que já eram mais que muitos
Quer o sumiço das vizinhas.
- Matei todos, sim senhores
Matei galdérias e traidores
Confessou a Ivone na esquadra.
O Zeca, o Chico e o João
Como o Zé me partiram o coração
Com as vizinhas de escada.
E ainda hoje se conta a história
Que não se apaga da memória
Que ninguém esquecerá jamais.
A da mulher que matou homens
Mais que muitos
E deu sumiço a quatro vizinhas.
A de Ivone dos defuntos
Serial killer das Fontainhas."


Encandescente
Blog Erotismo na Cidade
Três livros de poesia publicados («Encandescente», «Erotismo na Cidade» e «Palavras Mutantes») pelas edições Polvo (para já...).
O primeiro «fado corrido e falado» foi «
a morte de João do Viso», que tive o prazer de ler para a maltinha no Sãorau do 6º Encontra-a-Funda.

Um homem às direitas


Como não sei ficar parada a olhar, fartava-me de baixar em cada vez que ia com ele tomar café no balcão da pastelaria da rua. É que ele tinha aquela característica tipicamente masculina, que não é a de coçar os tomates com maior ou menor descrição, mas aquela de não suportar usar carteira e espalhar as notas, as moedas e os cartões de débito e crédito pelos bolsos, a bem do bungee jumping do dinheiro.

Um contraste num homem tão arrumado em tudo, com a vida tão organizadinha que até se casara há mais de um dezena de anos para ter mais uma pasta arquivada que não o preocupasse, tal e qual o fado do Fernando Farinha que alvitrava já tenho o dever cumprido e não estou arrependido, como se tatuasse por si todo a marca do homem de sucesso concretizando tudo o que dele era esperado no lema de que a vida é um conjunto de merdas para cumprir.

E estando ele assim armado de tanta segurança, nem valia a pena preocupá-lo a confessar que notava que tanta insistência em tomar cafezinho naquela casa onde o dito saía invariavelmente queimado e qualquer italiana sabia a café cheio se prendia com os corpos das jovens empregadas que gracejavam num doce português do Brasil e cujos peitos empertigados provavam que não tinham sido escolhidas a dedo mas à mão cheia.

Em caso de dúvida.... pergunte!


Outras Coisas

Gotinha de Mel




Fresnudes
MARTIN KOVALIK - fotógrafo checo


10 março 2007

Moeda romana com imagem do deus Príapo

Esta peça da minha colecção (desta vez comprada como sendo original, mas não me peçam para garantir que o é) é uma moedinha pequenina, mas com uma descrição maior que muitas coisas grandes:"GA Elagabalus Priapus Deus da Fertilidade e da Sexualidade Humana Moesia Inferior. Marcianopolis. Como nova. AE 18 mm, 2.12 g. Anverso: Laureado de perfil para a direita. Legenda em grego. Reverso: Príapo em pé, de frente, com a roupa aberta, expondo o seu enorme falo. Legenda em grego."






Ôi! Cê qué vê á tàtuagê dá Juliâná Paes?

O MN descobriu a tatuagem no ombro da Juliana Paes... e aproveita para fazer uma oferta ao Nelo, nesta brincadeirinha de publicidade à cerveja Antárctica:


Escolhe a tua vítima!

(ou, melhor dizendo, o teu vítimo)

sombras

Adúlteros S.A.


Os telemóveis deviam ser unicamente utilizados, como dizia em tempos Umberto Eco, por equipas de transplante de órgãos, canalizadores (dado que estes dois grupos são constituídos por pessoas que devem estar sempre contactáveis para bem sociedade) e por adúlteros.

09 março 2007

A igreja e o erotismo

Lembram-se de eu ter falado aqui sobre a forma como Bento XVI vê a sexualidade?
E a propósito do referendo falei aqui também da visão de João Paulo II sobre esse tema.
Sugiro que leiam o artigo do Diário de Notícias «Amor e erotismo» de Anselmo Borges, padre e professor de Filosofia. Alguns excertos:
"(...) O ser humano ficou então cindido em corpo e alma, e o cristianismo, que é, no sentido mais profundo e correcto da expressão, a religião do corpo e do amor, correu o risco de ver reduzido o amor ao amor a Deus e ao céu, ficando o corpo e a sexualidade e o prazer abandonados ao mundo selvático do sujo ou do egoísmo do desregramento sem freio."
"(...) O erotismo, porém, não tem que ser perverso, pois a sexualidade não é em si ignominiosa, impura, suja, energia obscura e demoníaca. O que nela se vive é uma tensão, e só por isso é que tanto pode ser a noite mística como o escabroso da noite. (...)"

Pois é, senhor padre, esta igreja está muito longe do cristianismo. E é pena...
Para isto não ser demasiado sério, achei genial estas observações do Nilton na FHM de Março:
> Cristo e os apóstolos estavam todos do mesmo lado da mesa porque era uma despedida de solteiro e estavam a apreciar uma stripper.
> Se Cristo não tivesse morrido crucificado, o marketing da igreja teria uma enorme dificuldade em arranjar um logotipo.

O Galo Velho

Ena cum caralho!
Foda-se que ele há coisas do caralho!
Aqui há atrasado, a minha patroa veio-me com uma barafusta por causa das galinhas mais o caralho mais velho e tanto me rabiou que lá tive de ir ver o que se passava.
Ei cum filha da puta! Mal entrei e vi logo o galo despenado, as galinhas nervosas a fugir dum lado para outro e vi o que se passava..
- Isto num é um galinheiro, caralho! Isto é um bordel. Estas putas têm falta de galo, é o que é! -
Fui ter cum a patroa e disse-lhe: - Ouve lá, cachopa, o galo está é velho mais a puta que o pariu.-
- Oh meu homem, velho estás tu, que já num dás uma para a caixa.-
E eu, Manuel Falcão, rei das bouças, calei-me a lembrar-me das belas trancadas que dei no meu barraco, por trás da casa onde tenho a garage, uns pipos de vinho e um sofá velho e onde tenho mandado abaixo o pito da filha do Toino que é boa cumó caralho. Mas mesmo assim, e até para num levantar suspeitas disse à minha patroa: - Tens razão, cachopa, tou velho, caralho! É a vida. Mas tu podias ir logo à tarde ao Povo e comprares lá um frango novo e mais uns pintos que estas galinhas também estão boas para cabidela…-
E assim foi. Mal ela se meteu na caminheta do Augusto Torto que é quem faz a carreira três vezes por dia, e acompanhada da comadre Domitília que é a mulher doToino, peguei no galo e fui pelas traseiras bater à porta da cachopa. Cum a desculpa de pedir-lhe para me ajudar a matar o galo para um petisco.
Mal me viu perguntou logo para eu entrar em casa, que estava sozinha, e apetecia-lhe um troço.
- O que traz aí? - Perguntou, mas eu nem lhe dei resposta. Cum as sedes que ando de pito, mal poisei o galo no chão junto à porta da cozinha atirei-me a ela e foi uma das fodas melhores que dei nestas últimas semanas. Ena cum homem desfaz-se todo em caralho. Que tesão, cum filha da puta e se a cachopa é boa a foder. Toda cheia de pintelheira cumo um homem cá do Norte gosta, num é cumo aí em Lisboa que rapam tudo e parecem galinhas carocas despenadas. Ehehehehe…foda-se! Esses Mouros gostam de cada coisa!
Estava já a puxar as calças para cima quando ouvimos um desassossego do caralho vindo do quintal. Foda-se que assustei-me e pensei que era o Toino que aí vinha ou o caralho, e corri meio escondido para ver o que se passava.
E então num queriam ver que eram as galinhas novitas do vizinho todas em alvoroço?
O meu galo, meio despenado, estava a aviar uma a uma e elas a disputar quem queria ir à frente, ser a primeira…
- Ena, cum caralho, que belo galo – pensei. Mas logo lembrei-me da minha patroa a dizer que eu num dava já uma para a caixa. E voltando os olhos para a filha do Toino, que limpava a pintelheira, sorri para ela e disse-lhe que com galinhas novas num há galo que seja velho!



Manuel Falcão