05 agosto 2007

O rapaz do canudo mágico



A sua voz tonitruante impunha a sua chegada como os seus anéis e birras a sua árvore genealógica e a sua classe nascesse directamente dos aparos das suas canetas. Do alto dos seus cabelos um nadinha grisalhos todos os seus empregados eram criadas de servir, no sentido que se dava no século XIX, coisa que não lhe criava engulhos que para aprender a ligar o computador e procurar sites pornográficos não precisara de tantos mestres e tempo como para tirar o canudo, mas quase.

O negócio que os pais lhe ofereceram de vender ilusões de paraísos em pacotes sempre lhe permitia atender pessoalmente alguma cliente de voz mais sensual ou pernas mais airosas e ostentar a sua gigantesca fotografia numa praia com palmeiras como se da medalha de um vinho se tratasse.

Aliás, por sua vontade só teria admitido fêmeas mas essa era a quota-parte da sua mãezinha e ficou-se por todos os dias zunir à volta das presentes, medir-lhes os flancos como se faz aos cavalos, escovar-lhes os braços e os dedos com as suas mãos suadas no supremo prazer dos silêncios condescendentes.

A gargalhada geral foi presente da farmacêutica, cinquentona bem aviada de carnes capaz de se vestir na Elena Miro que se encantava com as piscadelas e as piadas brejeirotas do senhor doutor e sempre na ânsia de lhe suprir todas as faltas mandou entregar com pompa e circunstância na loja a nova remessa de comprimidos da cor do estádio do Dragão.

kamasutra terminator


crica para visitares a página John & John de d!o

04 agosto 2007

Uma breve (e bela) história de amor.

Acordaram, como tantas outras vezes.
Fizeram amor, repetindo os mesmos gestos.
Disseram de novo, o que mil vezes já tinha sido dito.
Acabaram com cansaços por demais experimentados.
Estavam a começar as férias, todavia...
Pergunta ele num assomo de hipotética revolta:
Vamos fazer uma coisa diferente?!...
O quê?... - naturalmente pergunta ela.
Pega numa muda de roupa, vamos de carro até Madrid, almoçamos, jantamos, arranjamos um hotelzinho... e amanhã voltamos.
(afinal... estavam de férias, sem nada mais urgente para fazer que não fosse... respirar!)
...
Mas tenho ali aquela roupa p'ra tratar!...

...
(ele lembra-se de ter olhado para o guarda-vestidos e num tom de amarelo desmaiado... sorrir )
Já não foram a Madrid.
Pura e simplesmente, tinha-se esquecido (ele, é claro)... que havia roupa p’ra dar a ferro.
Ficou com a promessa mental de tudo fazer para alterar a sequência da introdução da roupa na máquina de lavar. Prometeu a ele mesmo que tudo fará para que os coturnos se misturem com os pólos de cor.

P.S.: Qualquer semelhança com uma fábula... é pura coincidência.

Ex-libris da minha colecção - 6


Sátiro e rapariga

ex-erotica Lars C. Stolt

english breakfast

03 agosto 2007

ExcurSão urgente...


Sexo em massa na Russia
Raim's blog

Qrònica do Nelo

...a minha Efigénia cada vesh mais, çe paresse com uma deças lambisgoitas...

Melhéres.
Ai cu çódadis queu tinha de les screveri umas qrònicas, mas cá do ôtro lado do mar, éi um pôcachinho mais deficil.
Dizem vossezes:
- Do outro lado do mar, Nelito?-
E responde éu.:
Sim melhéres. Tôu do ôtro lado do mar.
Do ôtro lado do Altântico, e intéi mejmo do ôtro lado do contenente Amaricano.
Tôu na Califormia, imagineim çó!
Ai melhéres quisto éi um mundo. Á cá de tudo, tudo, tudo.
Vim com a minha Efigénia, perque anda a faser um tartamento plásquito per caza das banhas e açim. Logo, logo nam cria vir pra a terra dos Amaricanos, perque éu tinha fêtio as pazes com o Lalito, e inté já tinha stado com ele...(ai cala-se Nelo, que já tas entrar em intinidades..ihihihihi).
Mas asdepois de çaber caquí ei o çitio da Fláuer-Páuer, que nasxeu com eça cansão que era açim:
-Êfe iú gou tu Sam Fransisqu...Bi xude uére som fláures êne ióur hére...-, ai cáxo que falta cualquer coiza neshta letra.... mas prontes! Era uma cansão que me marcou cumo bisha e açim, e foi um ai inquanto me pus com a minha Efigénia deste lado do contente Amaricano onde o mar le shamóm de Passifiqu.
Mas já diçe onde tôu, nem le conto da rebaldaria que é per aquí... Ai melhéres que já papei çuardos de todos os tamanhos e feitius... hihihihi. Isto éi uma mina... hihihihihi. Ai que fartote...
O que me deicha um pôuco priucupado éi a minha Efigénia per caza diço que querer perder as banhas. Ai queu goshto dela açim mazela çó quer éi perder pezo e caulquer dia anda cumo eças lambisgoitas de covas há vista neçes coizas horrivéns que se shamam de fios dentales, e que çe metem todas pra dentro das covas e deicham as bordas das covas todas há vista e açim...Irra que çe nam foçe isto çer um mundo de çonho pra uma bisha, era um turmento uma melhér arranjar um home bom pra uma broshada...
Bem mazagora vôu já acabar a minha Qrònica perque a minha Efigénia já aí veim.
Foi faser umas provas pra uns trapinhos maiz apertados... Xi...Cada vesh mais çe paresse com uma lambisgoita....
O que me valeu, foi ter apruveitado pra comprar uns trapitos pra mim tambeim, que mais logo há nôite vão fazer susseço...
Até breve melhéres e boas broshadas... cumo dizeim per aqui: -Çí iu leiter ene da nekst blowjobber... gudbai mái lóves...
(viróm cumo eu ja falo beim estrangêro?)
Nelo
(bisha ao vóço çervisso)

CISTERNA da Gotinha


Secção infantil: olha que desenhos tão giros.


Que história tãããã linda. Eu acho que os gays a vão achar especialmente enternecedora.


A Tina não precisa de mais ninguém para se divertir à beira da água.


Alessandra Ambrosio dentro de um micro bikini.

sexo tântrico


Tantra é uma filosofia matriarcal,
onde a mulher é considerada uma divindade.

Surgida na Índia, há 5 mil anos, o Tantra é uma filosofia matriarcal, onde a mulher é considerada uma divindade. Em sânscrito, Tantra significa “o que conduz ao conhecimento”.
O sexo tântrico é uma forma de adiar ao máximo o orgasmo, para obter prazer prolongado. Segundo os praticantes, este é um processo que vai elevar o nível do sexo, segurando o orgasmo cada vez mais. Toda a energia retida, quando liberada, será uma explosão nuclear. Adeptos à prática dizem ter conseguido até 24 horas de contato sexual ininterrupto.
O tempo de uma relação com sexo tântrico deixa as pessoas “comuns” de queixo caído, já que a média portuguesa é de 15 minutos para se atingir o ápice. Para se iniciar na prática do prazer sem limites, não importa a idade nem as condições de saúde.
Quando se fala em sexo tântrico, a primeira coisa que vem à cabeça é a inevitável tortura de ficar horas e horas adiando o orgasmo. Não desista. Afinal, isso é só uma pequena parte de uma filosofia muito mais abrangente, que requer uma mudança profunda no modo de vida e no jeito de encarar o sexo.
Literalmente, “tantra” significa instrumento de expansão. É um processo que deve ocorrer nos planos mental, espiritual e físico. O objetivo é atingir a realização pessoal e espiritual. E o sexo entra aí como um ritual sagrado de troca de energia. Segundo o livro Sexo Tântrico - Como prolongar o prazer e atingir o êxtase espiritual, da médica inglesa Cassandra Lorius, a união sexual tântrica é um meio de alcançar o êxtase divino.

Push to Start

02 agosto 2007

Foi quase!

Foto de Pascal Renoux

Quase desde que se conheceram que ele falava naquilo. Nesse dia estavam reunidas as condições. Compraram cerveja, amendoins, passas (porque ela gostava da mistura destes dois últimos sabores), vieram para casa e abriram o sofá cama em frente à televisão. Eram quase horas. Despiram-se e ficaram enroladinhos a assistir. Aqueciam, tocavam-se e beijavam-se. De vez em quando ele olhava para a televisão... mas nada... Continuavam naquele toca-cheira-lambe-mexe, até ela estar completamente preparada para o receber. Virou-se para a televisão, apoiada no sofá com os antebraços e os joelhos. Ele começou, e continuou, a penetrá-la assim, devagar, também virado para a televisão. Ao sinal de maior entusiasmo do narrador, ele acelerava o movimento, e ela só ficava ainda mais excitada, mas tinha de controlar-se para quando chegasse o momento... De repente... "É agora, é agora..." E acelerou, acelerou, ela também se deixou ir, já sem prestar qualquer atenção à televisão... E, naqueles segundos em que tudo acontecia, ele também caminhava para o fim e... "Ahhh, vai ser, vai ser... Aahhhhhh". O orgasmo veio, mas a bola bateu na trave. Fosse como fosse, ele quase tinha conseguido o que há tanto tempo queria: vir-se ao mesmo tempo que o Sporting marcava um golo!
Acabado o jogo, ao entardecer, permaneceram juntos, entrelaçados, com os desenhos dos buracos do estore semi-fechado projectados nos seus corpos.