18 janeiro 2008

Jogos Eróticos






A Revista 'Happy' do mês passado publicou um artigo de Marta Megre, com o título O Jogo, Prazer e Sensualidade nos Melhores Jogos de Mesa Eróticos.
'Um novo universo que pode apimentar a sua relação', diz a Marta, 'para começar 2008 em grande', continuava.
Fiquei a pensar nisto.
Depois do post da Ana, decidi falar sobre o assunto para dizer que não conhecia estes jogos. Quem sabe podem ser uma lufada de ar (fresco ou assim assim) na vida às vezes tão complicada das pessoas que se amam (ou que se fodem...).
Ou então não.
Hum?

Bom fim de semana


Foto: M. Igor

Roda dos alimentos


enviada por Tuga

Titsbee






















Outras Coisas [via]

17 janeiro 2008

rogério


É um dos muitos momentos de insónia nas minhas noites. Acordada, dou ainda duas ou três voltas na cama, esperando que o sono tenha ficado por perto para que o possa agarrar ainda com as pontas dos dedos. Mas não. Como noutras noites, tinha saído a galope, fugido de mim como eu mesma tantas vezes faço.

Acordada, a noite ainda a meio, procuro não me angustiar com as horas de vigília forçada. O meu corpo está quente, entre os lençóis. Sabem-me bem as minhas mãos na pele amaciada pela cama. Toco-me devagar com o sorriso escondido que me dá a certeza de ser eu mesma a minha melhor amante. Surpreendo-me escondendo entre as pernas a minha mão direita, fazendo-a entrar por entre as cuecas, tocando-me primeiro devagar, depois mais assertiva. A minha mão esquerda desvia as alças do top, fá-lo descer um pouco e afaga e esmaga e aperta e celebra como nunca ninguém saberá fazer, as minhas mamas pequenas, quentes e macias.

Venho-me. Para mim apenas. Sem fantasias outras que me distraiam, que repartam o mérito deste orgasmo solitário com que encho a insónia e os sentidos.

Levanto-me para fumar um cigarro, na janela de outro quarto que não aquele onde durmo, do quarto onde guardo o computador, os discos antigos, outros pedaços de vida e de história. O computador avisa-me da chegada de novo email. Vou espreitar. Do outro lado da noite chega-me este pedaço de ti. Abro a foto e a minha boca ainda encortiçada pelo orgasmo recente, começa lentamente a encher-se de saliva, uma saliva grossa, a do desejo. E imagino, quase sinto, esta tua carne, este teu sangue na minha boca, a minha língua passando arrastando a pele, descobrindo a tua maior sensibilidade, os meus dedos na tua boca, procurando e encontrando suavemente a tua língua. Olho para a foto que me enviaste e este pedaço de ti, esta virilidade a preto e branco é tão real que a minha boca está cheia de ti, que te sinto os impulsos, que te sinto contra a minha garganta, que sinto a minha língua envolvendo-te, quente, tão quente tu, desse lado da noite.

Depois, de olhos fechados como se viesse o sono, fico a degustar o sabor do esperma que não me deixaste na boca, mas que podias ter deixado, se o teu lado da noite e o meu lado da noite fossem, esta noite, o mesmo.

«Cucu*! Adivinha de quem São!...»


enviado por Xico LF pelo novo grupo de mensagens da funda São

* não confoder com Cu-Cu

Sexo Oral Iluminado

Inventado por um casal de albinos com dificuldades de orientação



















Outras Coisas [via]

Publicidade da Wonderbra

Aproxima-te do monitor e concentra o teu olhar na espiral:


16 janeiro 2008

A honra



Aquilo era escuro e cheirava à mesma terra do chão que impregnava as nossas tendas. Ela estava deitada sobre uma esteira tecida e soergueu-se à minha entrada. Fixei-me naquelas mamas espetadas em forma de cone. Pedi que se levantasse e se virasse para lhe apreciar o traseiro que felizmente era em forma de pêra e dava rijos tecidos à palpação. Ficava-me à altura do peito mas já tinha pago e não me queria inquietar com a sua idade, aliás porque todos no pelotão diziam que em África as mulheres o eram mais cedo.

Abracei-a e ela manteve os braços ao longo do corpo o que me irritou e de pronto lhe ordenei que se deitasse o que ela cumpriu no segundo imediato jazendo de pernas abertas e mamas a apontar ao céu. Baixei as calças de camuflado e deitei-me sobre ela como na parada para encher e fui dando estocadas regulares até sentir que a pressão aliviava e a minha querida arma ficava oleada pelo rompimento. Então acelerei por ali fora e só parei quando a minha outra cabecita falou mais alto e me esvaí todo num ah fundo e vitorioso. Missão cumprida, foda-se!

O régulo vinha regularmente vender cabaças aos militares de patente ou aos que considerava terem os escudos necessários para gastar nessa relíquia, evitando cuidadosamente os bravos que abafavam a palhinha e eu só podia considerar uma honra ele ter-me escolhido.

Nelo: explicas-me?!...












Outras Coisas [via]

CISTERNA da Gotinha


Os cavalos são animais belíssimos para as crianças fazerem festinhas. Bem... eu cá não deixava os meus filhos fazerem festas a este cavalo. Sabe-se lá o que poderia acontecer...

Itália:
Igreja Católica compra o Ancona para «educar» o mundo do futebol.

A miúda dá-lhe bem... o cão é que não ajuda. (video)

Arte russa bloqueada a caminho de França. Notícia aqui.

Musiquinha para ouvir enquanto consultam a Cisterna:
Vai Tomar No CU pois a alegria no trabalho é muito saudável.

crica para visitares a página John & John de d!o

15 janeiro 2008

a decisão

– O normal?
– Não – respondi a custo e obriguei-me a dizer: – Hoje quero mudar, quero qualquer coisa mais drástica.
Ela sorriu como se estivesse à espera da senha há muito tempo e abriu-me um mundo de possibilidades, que eu ouvi entre o espanto e a delícia. Afinal, pode fazer-se arte em todo o lado.
Mas a noite mal dormida e os dois preventivos ben-u-rons tomados em jejum não me deixaram em grande estado de lucidez e atenção. Ouvia, mas continuava apenas a tentar convencer-me. A minha preocupação não era tanto o que deixar, como deixar, o que aparar e com que aspecto ficar. As minhas cogitações iam directamente para a radicalidade pretendida mas ainda não completamente decidida. Tinha dúvidas e fazia ininterruptas contas de cabeça: somava desejo com surpresa; subtraía medo à vontade; multiplicava o prazer pela visibilidade total; a que diminuía o choque e exuberância da exposição; dividia a dor imediata pela volúpia futura e a tudo subtraía pintelhos, pintelhos e mais pintelhos. Todos. Ora estava decidida, ora sorria como uma adolescente aparvalhada e recuava indecisa. E os ben-u-rons a entrarem em velocidade de cruzeiro, com a fome a apertar e a falta de café a esmagar-me. Se querem saber, estava mais para lá do que para cá mas, realmente, tinha sido essa a intenção.
– Tudo! – exclamei, como se saísse de um longo transe, como se tomasse uma decisão com consequências para o futuro da humanidade.
Pela primeira vez, ela olhou-me com genuíno espanto e admiração.
– Tudo? Tiramos tudo?
Acenei que sim com a cabeça, sem coragem de me ouvir. A minha decisão assente em dois ben-u-rons e na vontade de despachar a função e sair dali o mais depressa possível carecia de uma base sólida que me permitisse estar descansadamente a discuti-la.
– Normalmente, as senhoras começam por deixar um pequeno triângulo ou uma faixa estreita – explicou ela, provavelmente com a melhor das intenções.
Eu acenei que não.
– Tudo – disse. – Não quero triângulos dourados, nem jaguares perfumados, Ana Lee.
– Diga?
Por sorte, só por sorte, a depiladora não percebeu a frase, senão ainda havia de dizer que eu estava incapacitada para tomar decisões.
– Nada! Não disse nada. Era uma música.
– Ah! Tem a certeza?
– Que era uma música?
– Não! – A depiladora podia ter rido mas não o fez. É engraçada mas não tem grande sentido de humor. – Que é para tirar tudo? – esclareceu sorrindo, como se tivesse dito alguma coisa com graça.
– Tenho – respondi, séria. “E vamos embora com isso, que daqui a bocado passa o efeito dos comprimidos.” – Tudo!
E em ti o que me torna afim o que me cativa é esse sorriso vertical como uma impressão digital
Fiz bem! Muito bem! Agora sinto-me diferente, mais limpa, mais sensível. Sinto-me bem. E gosto! A língua dele tornou-se mais húmida, mais lubrificada, mais suave. Eu estou mais sensível, sinto-o e há pele que nunca tinha sido beijada, lambida, em que nunca lhe tinha sentido a língua quente, um músculo duro mas suave, mole mas rijo, ligeiramente intrusivo mas esmagador quando me lambe, quando passa e repassa ora com a ponta, ora com todo o seu volume, temperatura e humidade. Agora sinto-a. Sinto-a melhor. Veludo, como se diz nos livros, se eu gostasse de veludo. E ele ainda sorriu, com um brilho intenso no olhar que eu não via há algum tempo.
– Gosto do teu sorriso vertical – e beijou-me, lambeu-me, acariciou-me com um novo fulgor mas com antigos vagares, com redobrado cuidado, com já esquecida meiguice.