Sou fervoroso adepto desta nova moda de as gajas exibirem publicamente a sua roupa interior. Especificamente as cuequinhas! Não que as cuecas sejam o melhor das mulheres, mesmo andando lá perto, mas a melhor forma de compreender a mulher consiste em analisar a sua lingerie. Pela cuidada análise da cueca, descobrimos tudo o que precisamos de saber sobre as características íntimas de cada mulher! E passo a desenvolver…
Se a dita está imaculadamente limpa e cuidada, significa que é uma mulher a evitar: com toda a certeza paranóica por limpezas, demoníaca controladora, que fará do meu amigo leitor num mísero caniche para se submeter aos tortuosos caprichos dela. E ainda por cima, frígida, certamente.
As adeptas do fio dental, não aconselho! Vestir cueca fio dental significa pretensiosismo, uma desesperada tentativa de modernidade, uma atormentada forma de gritar uma sensualidade que não têm. Por fim, este é um tipo de mulher mesquinha: apenas compram aquelas cuecas porque pensam que são as mais baratas! É o tipo de gaja, que passado um mês de relação, vai roubar laranjas ao quintal da sogra para lhe oferecer um sumo de fruta!
As mulheres de cueca de renda, são vis! Pretensamente beatas, apologistas dos valores sagrados da família, simulam um recato sagrado, escondendo a intimidade em cuidadas rendas, quando no fundo todos sabemos que se deliciam com o sado-masoquismo! Não é mulher para casar: ao terceiro mês de relação, apanha o meu amigo desprevenido, amarra-o a uma cama, venda-lhe dois dos olhos e faz-lhe coisas estranhíssimas no terceiro!
Poderá o meu bom leitor estar convencido que a mulher ideal veste-se com cuecas de gola alta, compradas pela avozinha nos mercados. Pura ilusão! Este deve ser o género mais perigoso: a tipa que veste estas cuecas é ressabiada, apenas as usa para impressionar a família, dissimulando um enorme recalcamento: nos seus mais íntimos sonhos, suspira para assassinar toda a família, sufocando-os com as cuecas. E depois furar-lhes os olhos!
E o que dizer daquelas que usam cuequitas com bonequinhos, todos lindos e melosos? Fuja, bom leitor, fuja! Esse género de gaja ficciona uma ternura infantil, mima-nos com detalhe e deleite para, quando estamos completamente enamorados, revelar o que há de mais negro em si, uma insaciável predadora sexual, que olha para si como se fosse apenas um pénis-andante. Mais. Quando depois de o meu amigo coitar cinco ininterruptas vezes, se negar a sexta, é bem provável que ela lhe ceife o pito para alimentar os patos do jardim!
A mulher ideal para constituir família é a que não usa cuecas. É uma mulher determinada, transparente, que não se esconde nem dissimula em centímetros de tecido, que tem a coragem de se assumir como é, sem procurar subterfúgios. A mulher que anda sem cuecas, especialmente aquelas que não perdem tempo a depilar-se, exibindo ao mundo os cabelos que o Senhor lhes deu, é aquela que mais se aproxima da perfeição!
Se o meu bom leitor tem dúvidas, siga o meu repto: pense numa mulher de cueca fio dental, outra com cueca gola alta, outra de cuecas de renda, outra com bonecos, uma com as mais imaculadas cuecas que viu e, finalmente, uma sem cuecas! Imaginou-as? Diga… qual prefere?