Já o sabiam há muito. Era pelas leis da Física que as suas contas batiam sempre certo. Não havia equação que ficasse por resolver quando o desejo lhes falava. E era certo que estranhos fenómenos aconteciam com a proximidade dos corpos. Mãos, beijos, pele e saliva. Faziam descobrir poderosos campos electro-magnéticos que lhes controlavam movimentos, sons e vontades. Como se não houvesse sequer outra hipótese. Nada se perdia e tudo se transformava. Desafiavam teorias. Revolucionavam descobertas. Partes dele que orgulhosamente contrariavam a força da gravidade. E sistemas hidráulicos que magicamente se accionavam nela.
Depois era só juntar as variáveis e deixar fluir a termo-dinâmica do momento. Testavam-se todas as fórmulas e inventavam-se mais umas quantas.
Perverso...? Isso é relativo.
(Crimes Perfeitos)