Podia enumerar-te o tipo de gajos a evitar por se chamarem António, por serem Aquários pelo Zodíaco ou Galo no signo chinês, por serem o irmão mais velho, por não saberem cozinhar a ponta de um corno quanto mais um ovo estrelado e mais um ror de determinismos patetas que listei na minha experiência de vida. Ou falar-te da triagem por palpação em coisas como a falta de intimidade quando fecham a porta da casa de banho, a escassez de estética quando não descalçam as meias antes das cuecas, a ignorância em titilar mamilos ou a branca total sobre como se faz um minete ou a tentativa de soberania ao agarrarem-nos pelos cabelos durante a cavalgada.
Numa certa fase até procurava investigar tim tim por tim tim o comportamento paterno crente que um pai terno e apaixonado pela mãe era um modelo copiado no crescimento dos tintins do filho como um código de barras.
E quantos mais anos passam menor é o problema em encontrar um gajo que me faça salivar por uma dança do ventre que os há aí aos molhos sensualões em cada olhar e em várias faixas etárias à escolha só que aumenta a dificuldade em encontrar um com quem deseje acordar.