Saíu o número 4 da Com'Out, dedicada a temas relacionados com a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros).
A entrevista (e a capa) com Sónia Tavares dos Gift é excelente. O artigo sobre homossexualidade e fé está muito interessante. E gostei especialmente do artigo «o tabu dos tabus», sobre a homossexualidade na guerra colonial. Recordam também «as três Marias» e as suas «Novas Cartas Portuguesas». Mas não só. Pessoalmente, acho que os conteúdos estão a melhorar. Esperemos que continuem...
20 outubro 2008
19 outubro 2008
carpe noctem
Árvore, Maria, moradora numa aldeia da cidade de Almada em que ainda se saudam as pessoas na rua com um bom dia, boa tarde ou boa noite conforme a hora, com o telefone que conheces e o telemóvel que está registado na tua lista ironicamente como MA, mais o endereço de correio electrónico que é público, de nacionalidade portuguesa desde o dia em que nasci alfacinha e para não suscitar dúvidas como nos avisos idiotas de rodapé de emails empresariais, do sexo feminino, menstruada desde os 12 anos e sem menopausa, pela presente formaliza a sua candidatura a trabalhar contigo na área funcional de carpe noctem, à moda de Louise Brooks e Chaplin, nas actividades de restauração, espectáculo e contactos imediatos de 3º grau.
A minha experiência é tumultuosa e dispenso-me de fazer uma entrada separada para cada uma designando-as genericamente como a rua dos homens esquecidos porque nem há lugar a comparações com o teu sentido de humor que me rasa os olhos de lágrimas de alegria e me comprime a bexiga até ao segundo anterior ao da inundação de qualquer cadeira nem com a capacidade das tuas orelhas que superam largamente as de José Rodrigues dos Santos numa interacção oral que me dá a segurança de poder ser quem sou.
As minhas aptidões para o temperamento explosivo e a vontade determinada em não aceitar normas vigentes apenas porque existem alternam com uma meiguice quase infantil, o domínio de vocábulos franceses e alemães e outro vocabulário de cama assente no calão português, conjugado com um primordial uso da língua e de dedos esguios para uma pianada em corpo que se me apresente para ser tocado e quando vislumbro os teus olhos escuros e fundos só me apetece mergulhar neles para descobrir o interior dessa maquilhagem romântica que te individualiza e palpar-te os músculos naquilo que te irmana aos outros homens .
Se me atribuires esta responsabilidade de te fazer sentir vivo enquanto dure, podes me chamar Lulu que direi Oui, c'est moi.
Anexos:
- boletim de vacinação
- atestado de robustez física
- certificado do registo criminal
18 outubro 2008
Soy yo
Soy yo.
Soy aire, en un escaparate
de cartón.
Soy piel, en un espejo
sin rubor.
Soy piel y aire – suplico -
para el amor.
Soy papel higiénico.
Soy yo.
El artista desnudo
«Acontece aos melhores» - diz a Didas
"O capelão da bolsa de valores de Londres, Reverendo Peter Mullen, está sob pressão para renunciar, após sugerir que os gays fossem obrigados a usar uma tatuagem nas nádegas com a frase: “sodomia pode prejudicar seriamente sua saúde”. Assim tipo maços de tabaco, não sei se estão a ver o estilo. O reverendo afirmou depois que os comentários eram peças de humor e que deveriam ser encaradas como 'piadas'. Ele também afirmou que tem muitos amigos homossexuais e que "não tem nada contra eles".
Compreendemos perfeitamente. Também nós aqui no farinha, às vezes, mandamos umas piadas para o ar que não têm ponta por onde se lhes pegue nem ninguém acha graça. Paciência! Acontece a todos.
Mas neste caso, até achámos a ideia do reverendo porreira, embora fosse mais gira aplicada aos padres, mas na testa. Eles hoje em dia têm a mania de andar por aí à civil e o incauto cidadão sempre podia atravessar a rua para o outro lado quando visse alguém a aproximar-se com a frase: “Bitates de padre não matam, mas moem”.
O que nos deixou mesmo perplexos foi isto: Para que raio a bolsa de valores de Londres tem um capelão? Para que serve?
Didas"
Compreendemos perfeitamente. Também nós aqui no farinha, às vezes, mandamos umas piadas para o ar que não têm ponta por onde se lhes pegue nem ninguém acha graça. Paciência! Acontece a todos.
Mas neste caso, até achámos a ideia do reverendo porreira, embora fosse mais gira aplicada aos padres, mas na testa. Eles hoje em dia têm a mania de andar por aí à civil e o incauto cidadão sempre podia atravessar a rua para o outro lado quando visse alguém a aproximar-se com a frase: “Bitates de padre não matam, mas moem”.
O que nos deixou mesmo perplexos foi isto: Para que raio a bolsa de valores de Londres tem um capelão? Para que serve?
Didas"
17 outubro 2008
As quecas amiguinhas..
Para atingirem a maturidade, há experiências que todas as mulheres têm de conhecer! Das mais pertinentes, são as quecas misericordiosas e o universal gesto da mão a empurrar a cabeça!
Nunca consegui compreender o que tem de mal o sexo por piedade! Se vocês têm um amigo que quer, precisa ou lhe faz falta, qual o drama de entreabrirem as pernas por uns minutinhos e permitir que o rapaz se vá lá saciar? Nem se lhe exige que colaborem muito para o acto! Podem perfeitamente estar ali de pernocas abertas a pensar na vida, no que vão fazer para jantar, que novidades há na Mango ou a que horas o vosso namorado chega a casa!
Compreendam que por estarem a pensar em outras coisas, não me parece que a vossa performance seja afectada: para uma mulher ser boa na cama, as mais das vezes apenas se exige que se coloquem deitadas em posição de franga e que depois do servicinho, deixem o tipo fumar e ir à sua vida, sem estarem a fazer aquelas perguntinhas tontas, tipo se foi bom para ti, se ainda me amas e respeitas depois de me comeres, se podem ficar com o troco!
Recusar uma queca piedosa ou pelo menos negar a alguém uma “mão ou boca amiga” é um gesto inaceitável do mais abjecto egoísmo feminino! Quando havia virgens, a coisa ainda se compreendia, porque o sangue deixa manchas e está demasiado frio para andar a lavar os lençóis! Mas, por que raio uma mulher que já foi estreada se arma em esquisitinha quando um amigo precisa de sexo? Será que está convencida que aquilo se estraga com demasiado uso? Ou que alarga?
Irrita-me solenemente uma máxima difundida por uma cambada de grelos ressabiados egoístas, que não se deve fazer o sexo com amigos, porque estraga a amizade! Retirando a inocência estúpida de não terem percebido que os vossos amigos homens apenas aturam os vossos tolos caprichos para vos tentarem comer a cueca, pergunto: mas se não fizerem o coito com amigos, vão fornicar com quem? Com um qualquer trolha mal lavado que as embebeda num bar, as come à pressa e enche de nódoas os bancos traseiros do carro? Mais. Desenrascar um amigo é não apenas um acto de solidariedade, como diminui drasticamente o risco de passar pela embaraçosa situação de esquecer o nome dele a meio do coito!
E o que dizer da feminina indignação sobre o universal gesto em que o macho, com a subtileza de um elefante numa loja de cristais, empurra a cabeça da fêmea em direcção ao músculo erecto do prazer? Com toda a certeza a minha boa leitora já sentiu o peso desta mão amiga na sua nuca e o meu respeitável leitor, pelo menos uma vez na sua patética existência, desesperado já foi lá com a mão, empurrando-a para o castigo! Todas as gajas com quem comentei o assunto são unânimes: já foram empurradas e não gostam que eles lhes pressionem a cabeça para a mamadinha! E fazem questão de se queixarem ruidosamente disso! Mas será que já pararam para pensar, já reflectiram e meditaram sobre esta intrincada querela? É que, se vocês abocanhassem espontaneamente, não era necessário um gajo estar a empurrar-lhes a cabeça… Da próxima, pensem nestas palavras e colaborem!
Nunca consegui compreender o que tem de mal o sexo por piedade! Se vocês têm um amigo que quer, precisa ou lhe faz falta, qual o drama de entreabrirem as pernas por uns minutinhos e permitir que o rapaz se vá lá saciar? Nem se lhe exige que colaborem muito para o acto! Podem perfeitamente estar ali de pernocas abertas a pensar na vida, no que vão fazer para jantar, que novidades há na Mango ou a que horas o vosso namorado chega a casa!
Compreendam que por estarem a pensar em outras coisas, não me parece que a vossa performance seja afectada: para uma mulher ser boa na cama, as mais das vezes apenas se exige que se coloquem deitadas em posição de franga e que depois do servicinho, deixem o tipo fumar e ir à sua vida, sem estarem a fazer aquelas perguntinhas tontas, tipo se foi bom para ti, se ainda me amas e respeitas depois de me comeres, se podem ficar com o troco!
Recusar uma queca piedosa ou pelo menos negar a alguém uma “mão ou boca amiga” é um gesto inaceitável do mais abjecto egoísmo feminino! Quando havia virgens, a coisa ainda se compreendia, porque o sangue deixa manchas e está demasiado frio para andar a lavar os lençóis! Mas, por que raio uma mulher que já foi estreada se arma em esquisitinha quando um amigo precisa de sexo? Será que está convencida que aquilo se estraga com demasiado uso? Ou que alarga?
Irrita-me solenemente uma máxima difundida por uma cambada de grelos ressabiados egoístas, que não se deve fazer o sexo com amigos, porque estraga a amizade! Retirando a inocência estúpida de não terem percebido que os vossos amigos homens apenas aturam os vossos tolos caprichos para vos tentarem comer a cueca, pergunto: mas se não fizerem o coito com amigos, vão fornicar com quem? Com um qualquer trolha mal lavado que as embebeda num bar, as come à pressa e enche de nódoas os bancos traseiros do carro? Mais. Desenrascar um amigo é não apenas um acto de solidariedade, como diminui drasticamente o risco de passar pela embaraçosa situação de esquecer o nome dele a meio do coito!
E o que dizer da feminina indignação sobre o universal gesto em que o macho, com a subtileza de um elefante numa loja de cristais, empurra a cabeça da fêmea em direcção ao músculo erecto do prazer? Com toda a certeza a minha boa leitora já sentiu o peso desta mão amiga na sua nuca e o meu respeitável leitor, pelo menos uma vez na sua patética existência, desesperado já foi lá com a mão, empurrando-a para o castigo! Todas as gajas com quem comentei o assunto são unânimes: já foram empurradas e não gostam que eles lhes pressionem a cabeça para a mamadinha! E fazem questão de se queixarem ruidosamente disso! Mas será que já pararam para pensar, já reflectiram e meditaram sobre esta intrincada querela? É que, se vocês abocanhassem espontaneamente, não era necessário um gajo estar a empurrar-lhes a cabeça… Da próxima, pensem nestas palavras e colaborem!
Publicidade... a quê?
Quem adivinhar antes de o video chegar ao fim merece o sétimo céu sem passar pelos outros seis. Depois já podes espreitar aqui.
E aqui têm um anúncio mais... arejado...
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16 outubro 2008
Naquela Cama
"Obras às 3 da manhã?!" Pensariam certamente os vizinhos, não fossem os gemidos desesperados de prazer dela a acompanhar o martelar da cama contra a parede. Cada vez que ele aumentava o ritmo por cima dela... por trás dela... por baixo dela... o barulho tornava-se demasiado, quase anunciando o desmanchar da estrutura. Trocavam risinhos cúmplices. Não, não era só uma foda. Por muito que se quisessem enganar. Era uma troca. Uma união. Um despique. Tudo ao mesmo tempo. Ela molhava-se no seu próprio prazer e no suor dele. Ele entrava nela pelo corpo, pela alma... mas principalmente pela memória que ficaria daquela noite.
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