Pic by Wandeclayt
Hoje fui uma menina má...
E o meu maior pecado foste tu.
Acordei sofregamente excitada... E o meu Deus não me soube dar resposta para esta sensação desconhecida. Saí um pouco para tentar acalmar esta sensação que ia contra os meus princípios. Caminhei, caminhei e parei junto a um jardim perdido onde encontrei uma capela abandonada. Aquela estrutura delicada, meia corrompida pelo avançar da natureza nos anos que por ela tinham passado, chamou-me para entrar.
Dentro dela pouco restava. Encontrei o confessionário e desabafei a sensação que me atormentava. Depois, mais tranquila, dirigi-me ao Altar e ajoelhei-me pedindo clemência...
Foi quando tu chegaste e te ajoelhaste por trás de mim, abraçando-me. Não tive medo, o que achei estranho inicialmente. Senti-me segura nos teus braços. Beijaste-me o pescoço e disseste-me baixinho: "O meu pecado também é desejar-te assim".
As tuas palavras percorreram-me o corpo todo com um fogo que me queimava por dentro e por fora. Foste-me beijando as poucas partes descobertas do meu corpo, com uma doçura embriagante. Entreguei-me, agarrando-te pela cintura. Fomos tirando as nossas roupas, num ritual quase religioso. Beijaste-me as costas nuas e eu beijava-te as mãos. Foste crescendo e eu humidificando com o toque das tuas mãos dentro de mim. Não percebia essa sensação de desejo até te encontrar e esquecer todas as minhas promessas. Ao sentir o roçar da tua pele no meu corpo libertei-me.
Depois de preliminares tão loucos apertei-te para junto de mim. Foi ainda ajoelhada de costas para ti que me penetraste delicadamente. Soltei um grito de dor prazerosa, enquanto tu exploravas a minha gruta molhada. As lágrimas caíam-me na face denunciando o meu prazer e emoção. Lambeste-me o rosto com carinho e agarraste-me os seios colocando-me numa posição de submissão. Entraste cada vez mais fortemente dentro de mim e nesse teu ritmo alucinado conheci a palavra orgasmo saindo-me do corpo. Vieste-te dentro de mim e senti o teu calor encher-me. Caíste sobre mim, completamente extasiado, abraçando-me com força. Virei-me para ti e pela primeira vez vi o teu rosto. Tinhas uma cara de anjo num corpo à altura. Eu tinha as faces rosadas com ar de menina envergonhada.
Agarrei-te na mão e caminhei à tua frente, conduzindo-te para a mesa do Altar. Sentaste-te com os pés suspensos e eu apoiei os joelhos e pernas no seu tampo e a minha vagina na tua flauta mágica. Fui fazendo movimentos circundantes aumentando o nossos desejo e fazendo-te crescer de novo. Tu deixaste de agarrar a mesa e deitaste-te sobre ela enquanto eu te explorava loucamente. Moveste as mãos para as minhas nádegas brancas, quase puras, e movimentaste-me mais e mais para dentro de ti. Torturavas-me expulsando-me de vez em quando e eu enlouquecia mais com a tua tortura.
Deitei-me numa posição inversa à tua, não te deixando fugir de dentro de mim. Acariciava-te os pés enquanto me penetravas maravilhosamente e tu lambias-me as pernas macias. Vim-me ali, de novo, naquela mesa que nos abençoou. Mas foi ao fim de algum tempo, depois de termos entrelaçado as nossas pernas, que te vieste também.
Ficámos assim, agarrados algum tempo... Foi quando me agarraste no crucifixo e o beijaste olhando-me nos olhos. O sabor dos teus beijos lembrou-me quem era e fugi dali, carregando as roupas. Nunca mais te vi...Mas ainda hoje rezo para que me visites de novo.