Aninhou-se no sofá; agarrou no comando da televisão e aninhou-se no sofá; rodou as três grandes pedras de gelo com um habituado gesto de pulso dentro do imenso balão de baileys quase cheio, pouso-o no braço do sofá, agarrou no comando da televisão e aninhou-se no sofá; olhou desconsolada para o comatoso telemóvel, rodou a cabeça para confirmar o que já sabia na caixa vazia do Outlook e no silent messenger, torceu o nariz ao livro no chão, bebeu um longo gole de baileys ainda em pé, mordeu o lábio inferior, sentou-se, descalçou as havaianas de trazer por casa, rodou as três grandes pedras de gelo com um habituado gesto de pulso dentro do imenso balão de baileys quase cheio, pousou-o no braço do sofá, agarrou no comando da televisão, aninhou-se no sofá e ficou na penumbra a olhar para o ecrã apagado, de braço direito estendido com o comando em riste e o esquerdo encolhido agarrado ao imenso balão que embalava suavemente num gesto automático e, aninhada, ficou pensando em si, ali, num sábado à noite, se era louca ou misantropa, se o mal era dela ou do mundo, se se queria encontrar com alguém ou se queria permanecer ali sozinha sem sequer chorar com um doloroso nó na garganta como uma rolha de cortiça que flutuava até lhe cortar a respiração.
– Afinal, quem sou eu? – ouviu-se perguntar com voz rouca, embargada e acendeu a televisão para não sentir as lágrimas e bebeu para afogar a rolha e levantou-se, deixando o copo meio e a televisão acesa e as coloridas havaianas no chão, e correu, correu, correu, correu para a cama que ficava meia dúzia de passos mais à frente e deitou-se de barriga para baixo, incapaz de continuar a chorar, enfiando a cabeça na almofada e esperando sabe-se lá o quê, sabe-se lá de quem.
20 dezembro 2008
A São Rosas foi para freira...
... pelo menos foi vista por essas bandas e nesses preparos pela Milena Miguel, do Atelier S. Miguel, artista que é funda fornecedora da minha colecção de arte erótica.
Estas duas peças foram feitas especialmente para o 10º Encontra-a-Funda e foram-me entregues na visita que fizemos ao atelier do Fernando e da Milena Miguel.
Mais duas maravilhas a juntar às outras.
A freira endemoninhada com a serpente e o cão
Abençoado cãozito
Detalhe do trabalhinho da cobra cuspideira
A freira dá a volta à cobra cuspideira
A cobra sabe mexer-se como e onde a freira gosta
Detalhe do trabalho de boca e mão
Estas duas peças foram feitas especialmente para o 10º Encontra-a-Funda e foram-me entregues na visita que fizemos ao atelier do Fernando e da Milena Miguel.
Mais duas maravilhas a juntar às outras.
A freira endemoninhada com a serpente e o cão
Abençoado cãozito
Detalhe do trabalhinho da cobra cuspideira
A freira dá a volta à cobra cuspideira
A cobra sabe mexer-se como e onde a freira gosta
Detalhe do trabalho de boca e mão
19 dezembro 2008
Os desejos das gajas...
Para o meu bom leitor, menos familiarizado com o misterioso mundo do coito, sentirá perturbante inquietação deparar-se na batalha dos lençóis com uma fêmea activa e exigente. Desde logo o susto de questionar-se se ela é assim com todos ou apenas desenvolve um lado animal, na presença do meu bom amigo, uma verdadeira besta na cama. Pois bem, desde logo, acredite sempre que a sua gaja era virgem até ao dia que o conheceu, mesmo que ela tenha filhos! Compreenda que é perfeitamente possível uma mulher ser virgem e ter filhos: acontece com todas as nossas mães…
Mas vamos ao clítoris da questão: os pedidos das gajas na cama!
Há três pedidos, muito actuais nos dias de hoje, que surpreendem muitos homens! Como já perceberam, estou a dissertar sobre as palmadinhas na bunda, o palavreado ordinário e o pedido para o meu amigo soltar um peidinho!
Começo por este: que motiva a sua gaja a pedir-lhe um peido na cama? É óbvio, meu prezado leitor: abafar o odor a bacalhau e atenuar o cheiro que o meu amigo carrega debaixo dos braços! Se se sente surpreendido, coloque o seu nariz feio perto dessa zona e perceberá o quão aromático se torna o ambiente após uma bufinha!
Sobre as palmadinhas, confesso que até a mim me surpreende: se um tipo se distrai e lhe dá um par de inofensivos estalos no café, ameaçam chamar uma qualquer associação protectora dos animais, mas quando chega a hora do “toma lá, entrou, saiu, dá cá, toma lá, já?!” não se cansam de nos chatear a cabeça, exigindo umas valentes traulitadas! Más línguas gostam de sustentar que a exigência de tau tau é uma desesperada tentativa de sentir qualquer coisa que seja, mas posso afiançar que não se trata nada disso! As gajas pedem os taus taus por terem consciência que estamos a fantasiar com outras sendo que, deste modo, tudo se passa como se o meu patético amigo não estivesse a imaginar copular outra, mas a espancá-la.
E o que dizer do desesperado pedido para lhes chamarmos meretrizes na cama? Ok, bem sei que não é bem meretriz que elas pedem, não ignoro que se uma mulher vai para a cama consigo provavelmente não sabe o que a palavra significa, mas pretendia aumentar o nível deste excelso blogue, evitando escrever aqui puta! Mas, já que insiste tanto, deixe-me ser claro como a noite: porque gostam elas tanto que lhe chamemos de pêgas na cama, mesmo aquelas que no fim não nos pedem dinheiro?
O argumento anterior também se pode aplicar aqui! Mas a razão é outra, já antes explorada nesta tese de doutoramento sobre sexualidade, servida em fascículos semanais! A mulher honesta não gosta de copular; não é por teimosia semântica, que o nome que se dá a uma mulher que gosta do coito é coitada! Quando esta mulher exige ser tratada como galdéria profissional, tal deve-se a um recalcamento interior, à sua incapacidade natural para lidar com o acto de fazer o amor, esse abjecto desporto em que o pito tonto passa 4 minutinhos na dúvida entre entrar ou sair! Pedir para lhe chamar “pêga” é um pedido de socorro, uma manifestação desesperada, um grito mudo, para o meu bom amigo lhe matar o recalcamento interior. Por outro lado, ao pedir para ser tratada assim, o mais provável é estar a pensar no ex, que a tratava mal que se fartava mas ela era louca por ele, enquanto o parvo do meu leitor a trata excepcionalmente bem e ela não o suporta! Ou então, há sempre a hipótese de ela estar a fazer um teste e a resposta que ela espera é "não és nada, meu amor"! Nesse último caso, estamos bem… copulados!
Mas vamos ao clítoris da questão: os pedidos das gajas na cama!
Há três pedidos, muito actuais nos dias de hoje, que surpreendem muitos homens! Como já perceberam, estou a dissertar sobre as palmadinhas na bunda, o palavreado ordinário e o pedido para o meu amigo soltar um peidinho!
Começo por este: que motiva a sua gaja a pedir-lhe um peido na cama? É óbvio, meu prezado leitor: abafar o odor a bacalhau e atenuar o cheiro que o meu amigo carrega debaixo dos braços! Se se sente surpreendido, coloque o seu nariz feio perto dessa zona e perceberá o quão aromático se torna o ambiente após uma bufinha!
Sobre as palmadinhas, confesso que até a mim me surpreende: se um tipo se distrai e lhe dá um par de inofensivos estalos no café, ameaçam chamar uma qualquer associação protectora dos animais, mas quando chega a hora do “toma lá, entrou, saiu, dá cá, toma lá, já?!” não se cansam de nos chatear a cabeça, exigindo umas valentes traulitadas! Más línguas gostam de sustentar que a exigência de tau tau é uma desesperada tentativa de sentir qualquer coisa que seja, mas posso afiançar que não se trata nada disso! As gajas pedem os taus taus por terem consciência que estamos a fantasiar com outras sendo que, deste modo, tudo se passa como se o meu patético amigo não estivesse a imaginar copular outra, mas a espancá-la.
E o que dizer do desesperado pedido para lhes chamarmos meretrizes na cama? Ok, bem sei que não é bem meretriz que elas pedem, não ignoro que se uma mulher vai para a cama consigo provavelmente não sabe o que a palavra significa, mas pretendia aumentar o nível deste excelso blogue, evitando escrever aqui puta! Mas, já que insiste tanto, deixe-me ser claro como a noite: porque gostam elas tanto que lhe chamemos de pêgas na cama, mesmo aquelas que no fim não nos pedem dinheiro?
O argumento anterior também se pode aplicar aqui! Mas a razão é outra, já antes explorada nesta tese de doutoramento sobre sexualidade, servida em fascículos semanais! A mulher honesta não gosta de copular; não é por teimosia semântica, que o nome que se dá a uma mulher que gosta do coito é coitada! Quando esta mulher exige ser tratada como galdéria profissional, tal deve-se a um recalcamento interior, à sua incapacidade natural para lidar com o acto de fazer o amor, esse abjecto desporto em que o pito tonto passa 4 minutinhos na dúvida entre entrar ou sair! Pedir para lhe chamar “pêga” é um pedido de socorro, uma manifestação desesperada, um grito mudo, para o meu bom amigo lhe matar o recalcamento interior. Por outro lado, ao pedir para ser tratada assim, o mais provável é estar a pensar no ex, que a tratava mal que se fartava mas ela era louca por ele, enquanto o parvo do meu leitor a trata excepcionalmente bem e ela não o suporta! Ou então, há sempre a hipótese de ela estar a fazer um teste e a resposta que ela espera é "não és nada, meu amor"! Nesse último caso, estamos bem… copulados!
18 dezembro 2008
Um vibrador amigo das fodas
We-Vibe, para uso a sós ou para casais. E, como explicam nas instruções, até dá para se usar enquanto se anda pela casa.
Ah! E é um dos dez brinquedos sexuais do ano segundo a FleshBot. Vê aqui os dez.
A Audacia Ray explica:
Se alguém quiser oferecer-me um We-Vibe... para a minha colecção... cof... cof... cof... cof... cof...
Ah! E é um dos dez brinquedos sexuais do ano segundo a FleshBot. Vê aqui os dez.
A Audacia Ray explica:
Se alguém quiser oferecer-me um We-Vibe... para a minha colecção... cof... cof... cof... cof... cof...
17 dezembro 2008
Placebo de intimidade
Apesar da tropa feita julgo que abusei nas vezes que o fiz encher. Começou-se a queixar das costas e até da pilinha. Valha a verdade que a cabecita ficava vermelha que nem um tomate, um tomate mesmo daqueles que se usam na salada e em qualquer guisado que se preze que os outros tinham aquele tradicional tom de pele mais arroxeada que a restante. Ele insistia que deixasse para lá e suponho mesmo que o intimidava quando me deitava entre as suas pernas e naquela proximidade lhe examinava o dito cujo, vira para cá, vira para lá, como quem analisa um reagente num tubo de ensaio tanto que acabava a cobri-lo com as mãos como se fossem um garruço.
Tive de conter o riso quando depois de ir ao médico me contou cabisbaixo que após tantos anos tinha de ir à faca fazer uma circuncisão. Pareceu-me cruel perguntar-lhe o que é que não tinha feito na adolescência e nos anos seguintes para nunca ter dado conta e resolvi antes incentivá-lo com as vantagens do tunning da ferramenta como quem coloca um motor novo no carro que tem há anos.
Estoicamente resistiu depois com o seu faraó enfaixado e receoso de nunca mais abandonar o estado de múmia invocando uma qualquer maldição para me impedir de o acompanhar à mudança de penso apesar dos meus insistentes rogos por me estar a coarctar a oportunidade única de ver um penso ensanguentado num sexo de homem e só me permitiu voltar a ver o meu pequenino finda a fase de pousio para a primeira rodagem.
Talvez tudo continuasse pacatamente como um placebo se eu não tivesse tido a ideia peregrina de numa noite ir ter com ele à casa de banho e encontrá-lo a mergulhar as duas placas numa pouca de água com um comprimido efervescente perante o seu olhar arrepiado por me desnudar a sua cara subitamente envelhecida sem os dentes. Nunca mais me conseguiu encarar.
Tive de conter o riso quando depois de ir ao médico me contou cabisbaixo que após tantos anos tinha de ir à faca fazer uma circuncisão. Pareceu-me cruel perguntar-lhe o que é que não tinha feito na adolescência e nos anos seguintes para nunca ter dado conta e resolvi antes incentivá-lo com as vantagens do tunning da ferramenta como quem coloca um motor novo no carro que tem há anos.
Estoicamente resistiu depois com o seu faraó enfaixado e receoso de nunca mais abandonar o estado de múmia invocando uma qualquer maldição para me impedir de o acompanhar à mudança de penso apesar dos meus insistentes rogos por me estar a coarctar a oportunidade única de ver um penso ensanguentado num sexo de homem e só me permitiu voltar a ver o meu pequenino finda a fase de pousio para a primeira rodagem.
Talvez tudo continuasse pacatamente como um placebo se eu não tivesse tido a ideia peregrina de numa noite ir ter com ele à casa de banho e encontrá-lo a mergulhar as duas placas numa pouca de água com um comprimido efervescente perante o seu olhar arrepiado por me desnudar a sua cara subitamente envelhecida sem os dentes. Nunca mais me conseguiu encarar.
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