22 dezembro 2008

A Lenda Oculta das Caldas... agora ilustrada



É entrar, senhores e senhoras! É entrar!

Poema de Charlie, escrito por ocasião do 10º Encontra-a-Funda, que se realizou nas Caldas da Rainha nos dias 22 e 23 de Novembro de 2008, em homenagem a Francisco Agostinho, mais conhecido por Chico das Piças e ilustrado por Raim.
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E adoro este espírito de "se me odes também te odo" do Bartolomeu:
"Ção das Caldas esses falos
feitos de barro amassado
Quem os molda já tem calos
Mas ainda não está cançado

Toda môça que se preze
E no grêlo sinta cócegas
Vá às Caldas muitas vezes
Mas não compre caralhos às cegas

Pode o barro estar estalado
ou ter a pintura a saltar
Convém levá-lo entalado
Qué pra não se questipar

Eu por mim quero saber
Em que terra amassam conas
Já estou farto de foder
Tantas gajas boazonas

(esta última rima lembrou-me a história da raposa e das uvas)"


Adenda:
"Para o Nelo meu amigo
A quem a cona agonia
Há nas Caldas o artigo
Que o enche de bonomia

E pode provar à vontade
Dos marsápios os maiores
Ção de 5 litros de capacidade
Mas isso p'ro Nelo são peanuts"


Sim, sim, o Nelo tem direito de resposta:
"Beim, cu já mintendeim neshta
Farça feita du Barta e Dele
Çou melhér pra diser: Basta!
De guzar com o Nelo, Cacête!!!

Ei as gaijas de covas fartas
Éi us homes que nam me dãu nada
Éi o Lalo ca pochete me palma
e inté a Ção, que me desgrassa

Nam eziste neshtas melhéres
o respeito cu hás bishas çe les deve
Paçóm o tempo num goso que çerve
prá les incher o pacote de febre

E pur iço, eu Nelo tôu fartu
Deste goso, E é meu devere,
Dôje eim diante dizer beim altu:
- Voltu les o cu e mandu us fuder!"

Placa de impressão chinesa em estanho


Como se fazem os preservativos




Isto faz-me lembrar a visita à fábrica de preservativos e chupetas.
Primeiro foram ao pavilhão das chupetas, onde uma máquina enorme fazia "chluf-pch...-tic-chluf-pch...-tic-chluf-pch...-tic-...".
- Que engraçado. Porque é este som repetitivo?
- É fácil. - explicou o director da fábrica - O "chluf" é a injecção de latex no molde. O "pch..." é a conformação da chupeta. E o "tic" é a fazer o buraquinho na ponta.
Depois foram para o pavilhão dos preservativos. Lá, uma máquina em tudo idêntica à das chupetas fazia "chluf-pch...-tic-chluf-pch...-tic-chluf-pch...-tic-...".
- O som é de quê?
- O "chluf" é a injecção de latex no molde. O "pch..." é a conformação do preservativo...
- Não me diga que o "tic"... é para fazer um buraquinho na ponta?
- Claro que é. Se não fosse assim, como é que vendíamos as chupetas?

21 dezembro 2008

Calha bem que é antes de almoço

É hoje o Global Orgasm Day (Dia do Orgasmo Global). Em Portugal é às 12h04m. Acertem os vossos relógios...

Loirice


O seu sorriso fluía naturalmente e depois, era loiro como o Pitinho o que em termos estéticos contrasta que nem ginjas com a minha tez morena pelo que o ritual de sedução estava tacitamente deferido.

Convidou-me para visitar a sua casa e esclareceu logo que era na zona in da Expo. Imediatamente desejei que continuasse tudo em cima. Já lá mostrou-me o painel digital das várias funções da casa. Pensei que se ele abreviasse as explicações num instantinho o digitava todinho. Mostrou-me depois o plasma novo que acabara de comprar enquanto eu me entretinha a despi-lo com os olhos imaginando-me a plasmá-lo em mim. Ele continuou a exibir-me os brinquedos tecnológicos que possuía desde a máquina fotográfica digital à Bimby discorrendo especificações e marcas num tal arrazoado que quase me senti bimba por acreditar em príncipes loiros. Mas da minha cara não transpareceu o pensamento e como não estávamos numa história de banda desenhada ele não podia ler a minha filactera em forma de nuvem e com bolinhas. Vai daí que ainda me fez uma demonstração do gingarelho que aspirava sozinho e eu abri a minha boca num bocejo e com o espanto dele ainda não estar a aspirar com o nariz espetado no meu Monte de Vénus.

Peguei-lhe em ambas as mãos não fosse ele levá-las dali para me alardear mais uma porra qualquer e confessei-lhe que tinha sangue índio. Tanto que era antropófaga e gostava particularmente de degustar aquela parte do corpo que os índios do Brasil ofereciam aos seus convidados de honra e assim também aos portugueses quando estes lá arribaram. O resto são amendoins.

crica para visitares a página John & John de d!o

Herétules - Não Darei Não! - por Nath Kurt

20 dezembro 2008

Alguém me explica...

... de preferência sem palavras caras e com bonequinhos, a posição da igreja católica sobre o apelo feito por 66 países pedindo a despenalização universal da homossexualidade?

Te espero


Te espero en el quicio de mi cueva,
cantando con las flores del jardín.
Cuando llegues; no me abraces.
¡Desnúdame la noche!
y acaricia mis sueños

con tu piel.

El artista desnudo

Sábado à noite

Aninhou-se no sofá; agarrou no comando da televisão e aninhou-se no sofá; rodou as três grandes pedras de gelo com um habituado gesto de pulso dentro do imenso balão de baileys quase cheio, pouso-o no braço do sofá, agarrou no comando da televisão e aninhou-se no sofá; olhou desconsolada para o comatoso telemóvel, rodou a cabeça para confirmar o que já sabia na caixa vazia do Outlook e no silent messenger, torceu o nariz ao livro no chão, bebeu um longo gole de baileys ainda em pé, mordeu o lábio inferior, sentou-se, descalçou as havaianas de trazer por casa, rodou as três grandes pedras de gelo com um habituado gesto de pulso dentro do imenso balão de baileys quase cheio, pousou-o no braço do sofá, agarrou no comando da televisão, aninhou-se no sofá e ficou na penumbra a olhar para o ecrã apagado, de braço direito estendido com o comando em riste e o esquerdo encolhido agarrado ao imenso balão que embalava suavemente num gesto automático e, aninhada, ficou pensando em si, ali, num sábado à noite, se era louca ou misantropa, se o mal era dela ou do mundo, se se queria encontrar com alguém ou se queria permanecer ali sozinha sem sequer chorar com um doloroso nó na garganta como uma rolha de cortiça que flutuava até lhe cortar a respiração.
– Afinal, quem sou eu? – ouviu-se perguntar com voz rouca, embargada e acendeu a televisão para não sentir as lágrimas e bebeu para afogar a rolha e levantou-se, deixando o copo meio e a televisão acesa e as coloridas havaianas no chão, e correu, correu, correu, correu para a cama que ficava meia dúzia de passos mais à frente e deitou-se de barriga para baixo, incapaz de continuar a chorar, enfiando a cabeça na almofada e esperando sabe-se lá o quê, sabe-se lá de quem.

A São Rosas foi para freira...

... pelo menos foi vista por essas bandas e nesses preparos pela Milena Miguel, do Atelier S. Miguel, artista que é funda fornecedora da minha colecção de arte erótica.
Estas duas peças foram feitas especialmente para o 10º Encontra-a-Funda e foram-me entregues na visita que fizemos ao atelier do Fernando e da Milena Miguel.
Mais duas maravilhas a juntar às outras.


A freira endemoninhada com a serpente e o cão



Abençoado cãozito



Detalhe do trabalhinho da cobra cuspideira



A freira dá a volta à cobra cuspideira



A cobra sabe mexer-se como e onde a freira gosta



Detalhe do trabalho de boca e mão

Prenda Natalícia Antecipada para as Meninas e para o Nelo - 9





A Cause des Garçons

19 dezembro 2008

Os desejos das gajas...

Para o meu bom leitor, menos familiarizado com o misterioso mundo do coito, sentirá perturbante inquietação deparar-se na batalha dos lençóis com uma fêmea activa e exigente. Desde logo o susto de questionar-se se ela é assim com todos ou apenas desenvolve um lado animal, na presença do meu bom amigo, uma verdadeira besta na cama. Pois bem, desde logo, acredite sempre que a sua gaja era virgem até ao dia que o conheceu, mesmo que ela tenha filhos! Compreenda que é perfeitamente possível uma mulher ser virgem e ter filhos: acontece com todas as nossas mães…
Mas vamos ao clítoris da questão: os pedidos das gajas na cama!
Há três pedidos, muito actuais nos dias de hoje, que surpreendem muitos homens! Como já perceberam, estou a dissertar sobre as palmadinhas na bunda, o palavreado ordinário e o pedido para o meu amigo soltar um peidinho!
Começo por este: que motiva a sua gaja a pedir-lhe um peido na cama? É óbvio, meu prezado leitor: abafar o odor a bacalhau e atenuar o cheiro que o meu amigo carrega debaixo dos braços! Se se sente surpreendido, coloque o seu nariz feio perto dessa zona e perceberá o quão aromático se torna o ambiente após uma bufinha!
Sobre as palmadinhas, confesso que até a mim me surpreende: se um tipo se distrai e lhe dá um par de inofensivos estalos no café, ameaçam chamar uma qualquer associação protectora dos animais, mas quando chega a hora do “toma lá, entrou, saiu, dá cá, toma lá, já?!” não se cansam de nos chatear a cabeça, exigindo umas valentes traulitadas! Más línguas gostam de sustentar que a exigência de tau tau é uma desesperada tentativa de sentir qualquer coisa que seja, mas posso afiançar que não se trata nada disso! As gajas pedem os taus taus por terem consciência que estamos a fantasiar com outras sendo que, deste modo, tudo se passa como se o meu patético amigo não estivesse a imaginar copular outra, mas a espancá-la.
E o que dizer do desesperado pedido para lhes chamarmos meretrizes na cama? Ok, bem sei que não é bem meretriz que elas pedem, não ignoro que se uma mulher vai para a cama consigo provavelmente não sabe o que a palavra significa, mas pretendia aumentar o nível deste excelso blogue, evitando escrever aqui puta! Mas, já que insiste tanto, deixe-me ser claro como a noite: porque gostam elas tanto que lhe chamemos de pêgas na cama, mesmo aquelas que no fim não nos pedem dinheiro?
O argumento anterior também se pode aplicar aqui! Mas a razão é outra, já antes explorada nesta tese de doutoramento sobre sexualidade, servida em fascículos semanais! A mulher honesta não gosta de copular; não é por teimosia semântica, que o nome que se dá a uma mulher que gosta do coito é coitada! Quando esta mulher exige ser tratada como galdéria profissional, tal deve-se a um recalcamento interior, à sua incapacidade natural para lidar com o acto de fazer o amor, esse abjecto desporto em que o pito tonto passa 4 minutinhos na dúvida entre entrar ou sair! Pedir para lhe chamar “pêga” é um pedido de socorro, uma manifestação desesperada, um grito mudo, para o meu bom amigo lhe matar o recalcamento interior. Por outro lado, ao pedir para ser tratada assim, o mais provável é estar a pensar no ex, que a tratava mal que se fartava mas ela era louca por ele, enquanto o parvo do meu leitor a trata excepcionalmente bem e ela não o suporta! Ou então, há sempre a hipótese de ela estar a fazer um teste e a resposta que ela espera é "não és nada, meu amor"! Nesse último caso, estamos bem… copulados!