01 novembro 2009
Salão Erótico - Dia 2
Hoje é o último dia da ExpoFoda. E a nossa sexóloga predilecta, Vânia Beliz, continua a responder às vossas dúvidas (eu tenho tantas...). O Fernando Alvim fodografou-a por lá (no meio de muitas fotos, que isto de ser porta-voz do SIEL é divertir-se onde os outros trabalham, ao contrário dos ginecologistas):
31 outubro 2009
Publicidade ao 12º Encontra-a-Funda (nas Caldas da Rainha)
"os que vom à Funda Som
ó som
ó num som
mas já no Encontra-a-Funda
nem sempre a maralha abunda
mas é sempre
do bem bom
(a pernúncia - sotaque da boca do corpo... - é a gosto. O Encontro é a Novembro...)
OrCa"
____________________________________
... e já somos26 30.
ó som
ó num som
mas já no Encontra-a-Funda
nem sempre a maralha abunda
mas é sempre
do bem bom
(a pernúncia - sotaque da boca do corpo... - é a gosto. O Encontro é a Novembro...)
OrCa"
____________________________________
... e já somos
Atrasos...
Sempre olhavas o relógio
E as horas marcadas
Para estar em casa
Quando começava
A despir-me
Olhavas-me cobiçoso
E tocavas-me
Onde sabias...
As horas ficavam para trás
(Mas nunca te atrasavas
em casa)
Atrasavas-te só em mim
No reboliço
Em que deixávamos
Metade de nós…
Foto e poesia de Paula Raposo
Salão Erótico - apresentação do primeiro dia pelo Fernando Alvim
Reparem, a partir dos 3m55s, na entrevista à nossa sexóloga de serviço púbico, Vânia Beliz. Querias uma aula prática, Alvim, querias...
Destakes - Galeria de imagens
Destakes - Galeria de imagens
Grande salgalhada por aqui vai!
Publicidade a camisas (não, não é a camisinhas)
VONROSEN - «Quando o teu estilo faz o trabalho»
EMBED-When your style does the job. - Watch more free videos
(o YouTube considerou este video demasiado ousado e baniu-o...)
EMBED-When your style does the job. - Watch more free videos
(o YouTube considerou este video demasiado ousado e baniu-o...)
30 outubro 2009
E nunca deixes de sorrir
Abraça a noite que passa enquanto aguardas a chegada do sol.
Sente a brisa no rosto e encaixa a gratidão como única opção que te resta, contraria essa tendência que te afasta do prazer tão simples que tens de viver a madrugada enquanto a lua não é relegada para um segundo plano de luz.
Deixa-te conquistar pela forma como te seduz a sua presença prateada no tecto do mundo que te é dado a observar, retribui-lhe com um olhar fascinado esse prazer saboreado sem a interferência do som excessivo, do ruido que entendes como um castigo durante o dia em que te movimentas como uma marioneta ao sabor de uma corrente artificial, a mesma que te afasta desse prazer essencial de prestar atenção às coisas que interessam. Foge das coisas que te impeçam de sentir a vida tomar conta dos sentidos, sem pressa nem alaridos, como só a noite proporciona.
Abraça-a, mesmo de olhos fechados, e sonha que és capaz de voar. Sonha que és capaz de amar até ao último suspiro, isolado nesse retiro iluminado pelo luar que tens a sorte de chamar teu num instante prodigioso em que pertences a um universo harmonioso que te abraça de volta quando lhe prestas homenagem com a tua atenção, com esse sinal da gratidão bem merecida por usufruíres do dom que é a vida na qual te podes permitir esse luxo.
E quando um novo dia despontar no horizonte despede-te da noite nesse preciso instante e promete-lhe em silêncio, como numa oração, que irás voltar para poderes outra vez abraçar a sua oferta generosa, o luar que te desperta uma força poderosa que nem sabias existir dentro de ti e em teu redor.
A vontade de viver que só por si justifica que te apaixones pela madrugada e não desperdices a alvorada de mais uma oportunidade de fazeres a diferença para melhor.
Sente a brisa no rosto e encaixa a gratidão como única opção que te resta, contraria essa tendência que te afasta do prazer tão simples que tens de viver a madrugada enquanto a lua não é relegada para um segundo plano de luz.
Deixa-te conquistar pela forma como te seduz a sua presença prateada no tecto do mundo que te é dado a observar, retribui-lhe com um olhar fascinado esse prazer saboreado sem a interferência do som excessivo, do ruido que entendes como um castigo durante o dia em que te movimentas como uma marioneta ao sabor de uma corrente artificial, a mesma que te afasta desse prazer essencial de prestar atenção às coisas que interessam. Foge das coisas que te impeçam de sentir a vida tomar conta dos sentidos, sem pressa nem alaridos, como só a noite proporciona.
Abraça-a, mesmo de olhos fechados, e sonha que és capaz de voar. Sonha que és capaz de amar até ao último suspiro, isolado nesse retiro iluminado pelo luar que tens a sorte de chamar teu num instante prodigioso em que pertences a um universo harmonioso que te abraça de volta quando lhe prestas homenagem com a tua atenção, com esse sinal da gratidão bem merecida por usufruíres do dom que é a vida na qual te podes permitir esse luxo.
E quando um novo dia despontar no horizonte despede-te da noite nesse preciso instante e promete-lhe em silêncio, como numa oração, que irás voltar para poderes outra vez abraçar a sua oferta generosa, o luar que te desperta uma força poderosa que nem sabias existir dentro de ti e em teu redor.
A vontade de viver que só por si justifica que te apaixones pela madrugada e não desperdices a alvorada de mais uma oportunidade de fazeres a diferença para melhor.
Projecto Pipa Jovens com Deficiência
Projecto PIPA um projecto dos colegas Brasileiros que vale muito a pena conhecer:
Projecto Pipa - Prevenção Especial, criado pelas psicólogas Lilian Galvão e Fernanda Sodelli. Conceitos sobre a manifestação da sexualidade são transmitidos, principalmente, em rodas de conversa. Os “jovens Pipa” aprendem, por exemplo, a identificar o abuso sexual com o uso de bonecos. A pedagogia ajuda a transformar abstracções em ideias concretas.
Palavras para quê?
O céu é o limite...
Projecto Pipa - Prevenção Especial, criado pelas psicólogas Lilian Galvão e Fernanda Sodelli. Conceitos sobre a manifestação da sexualidade são transmitidos, principalmente, em rodas de conversa. Os “jovens Pipa” aprendem, por exemplo, a identificar o abuso sexual com o uso de bonecos. A pedagogia ajuda a transformar abstracções em ideias concretas.
Palavras para quê?
O céu é o limite...
29 outubro 2009
Era uma vez outra história
Era uma vez outra história
Passada como tantas outras
Cheia de mistérios e segredos
Narrada no meio das moitas
Era uma vez outra história
Vivida em tempo que não sei
Duma vida que esqueci
Doutras vidas que eu cruzei
Era uma vez outra história
Com o sol e o seu encanto
Quando a menina passa
Batendo seu salto alto
Era uma vez outra história
De cortar a respiração
Quando a alma adoece
E maltrata o coração
Era uma vez outra história
Da mais velha profissão
De vender o corpo
Em troca de um quinhão.
Maria Escritos
blog Escritos e poesia
O Tratamento
O homem sai e fecha a porta atrás de si, deixando o médico, o enfermeiro e a auxiliar entregues à rotina habitual que se segue a um exame: o médico vira-se para o computador e começa a escrever; o enfermeiro limpa com descuidado cuidado a máquina onde o paciente estivera e onde vai estar o próximo; a auxiliar, depois de acompanhar o homem à porta, aproxima-se da impressora de onde começam a sair as imagens efectuadas no exame, que recolhe e ordena.
– Mas tu conhece-lo? – pergunta o enfermeiro, quebrando o silêncio enquanto deita os toalhetes utilizados na limpeza do aparelho para o caixote do lixo.
O médico ainda levanta os olhos do teclado e das imagens que resultaram do exame e que a auxiliar entretanto já trouxera da impressora mas, ainda que perceba a pergunta e esteja igualmente curioso, torna a baixá-los e fica disfarçadamente à espera da resposta.
– A quem? – questiona a mulher, depois de uma hesitação silenciosa em que procurou os olhos do enfermeiro para perceber que a pergunta lhe era dirigida.
– Ao doente… – diz o homem. A auxiliar reforça o olhar de incompreensão. Ele explica: – Estavas a tratá-lo por tu... Tu isto, tu aquilo... Conheces?
– Conheço-o daqui – informa a auxiliar, sem dar importância à questão.
– Só daqui? – intromete-se, inadvertidamente, o médico.
A auxiliar sente a pergunta e a implícita insinuação ou censura, sem se conseguir decidir por nenhuma.
– Sim – responde, ainda assim melindrada. – Só o conheço daqui.
– Mas estavas a tratá-lo por tu – insiste o enfermeiro.
– Desculpa, para a próxima trato-o por você – diz a mulher, tentando concluir a conversa, enquanto coloca a ficha da doente seguinte ao lado do teclado que o médico usara e pergunta apontando a ficha: – Posso chamar, doutor?
– A mim não me tens de pedir desculpa – diz o enfermeiro, após uma ligeira pausa em que remoeu várias possibilidades de resposta e, ao mesmo tempo, tentava perceber porque se tinha ele metido naquele assunto que, claramente, não lhe dizia respeito.
– Pode, pode chamar o próximo – decide o médico, olhando a ficha da doente. – E diga ao doutor que, se quiser, se pode ir embora, que eu logo, ao fim da tarde, falo com ele…
– Qual doutor? – interrompeu, nervosa, a auxiliar.
– O teu amigo – mordeu o enfermeiro, com sorridente prontidão.
O médico olhou o enfermeiro com dureza e, de imediato, tornou a fixar a auxiliar, para que ela não respondesse, e concluiu:
– O doutor, o doente que saiu agora daqui.
– Não sabias que ele era doutor? – malhou o enfermeiro, com ar trocista.
– Sabia…
– Pronto – interrompeu o médico. – Vá lá chamar a D. Genoveva.
A mulher anuiu, respirou fundo e dirigiu-se à porta. Rodou a maçaneta e, antes de a puxar e abrir a porta, perguntou dirigindo-se ao enfermeiro:
– E quando eu der o recado ao doutor trato-o por tu, por doutor ou V. Exa. deseja que eu o trate de outra forma qualquer?
– Eu não quero nada – replicou o enfermeiro, aborrecido. – Por mim, tratas o homem como quiseres…
– Ah… Pronto, se é assim.
A mulher puxou a porta.
– Eu só achei estranho que tu estivesses a tratar o doente por tu, só isso – justificou-se o enfermeiro, encolhendo os ombros. – Só isso – repetiu com ácida bonomia, para ter a última palavra.
A auxiliar encostou a porta e, sem largar a maçaneta, disparou:
– Se o homem é simpático, é da minha idade, ouve-me com deleitosa atenção…
– Deleitosa?! – espantou-se o enfermeiro, gozando.
– Se não sabes o que é, vais ver ao dicionário!
– Sei.
– Mas isso não interessa nada, Henriques – menosprezou a mulher. – Onde é que eu ia?
– Ainda há mais? – disse o enfermeiro.
– Ia em que o homem é simpático, da sua idade e ouve-a com deleitosa atenção – enunciou o médico, como se lesse um relatório.
– Sim – sorriu a enfermeira. – Isso – e continuou: – Se o homem me ouve com deleitosa atenção, me olha com velada voracidade, se procura disfarçada e educadamente os espaços entre os botões da bata para me ver o contorno e volume das mamas, se procura divisar na lisura da bata a linha das minhas cuecas e a forma das minhas nádegas, se me sorri com os seus olhos brilhantes e um sorriso envergonhadamente guloso e sem malícia, que me anima e envaidece, porque é que eu não o hei-de tratar por tu?
O enfermeiro manteve-se calado, sem resposta, ainda que não fosse essa a sua vontade. O médico abanava ligeiramente a cabeça para cima e para baixo e sorria espantado.
– Eu não te trato a ti por tu? – perguntou a mulher fixando o enfermeiro. – Que me olhas sem vergonha, que me tiras as medidas com um despudor pornográfico, que me comes com os olhos não sei quantas vezes por dia sem sequer disfarçares, que te babas bovinamente para o meu decote, que te esqueces do resto quando me fixas o cu como se fosses um perdigueiro a apontar a caça, que… Que… – A enfermeira cerrou os lábios, ergueu as sobrancelhas, abanou a cabeça, abriu a porta e saindo virou-se para trás e perguntou: – Afinal, quem é que eu devia tratar por tu?
– Mas tu conhece-lo? – pergunta o enfermeiro, quebrando o silêncio enquanto deita os toalhetes utilizados na limpeza do aparelho para o caixote do lixo.
O médico ainda levanta os olhos do teclado e das imagens que resultaram do exame e que a auxiliar entretanto já trouxera da impressora mas, ainda que perceba a pergunta e esteja igualmente curioso, torna a baixá-los e fica disfarçadamente à espera da resposta.
– A quem? – questiona a mulher, depois de uma hesitação silenciosa em que procurou os olhos do enfermeiro para perceber que a pergunta lhe era dirigida.
– Ao doente… – diz o homem. A auxiliar reforça o olhar de incompreensão. Ele explica: – Estavas a tratá-lo por tu... Tu isto, tu aquilo... Conheces?
– Conheço-o daqui – informa a auxiliar, sem dar importância à questão.
– Só daqui? – intromete-se, inadvertidamente, o médico.
A auxiliar sente a pergunta e a implícita insinuação ou censura, sem se conseguir decidir por nenhuma.
– Sim – responde, ainda assim melindrada. – Só o conheço daqui.
– Mas estavas a tratá-lo por tu – insiste o enfermeiro.
– Desculpa, para a próxima trato-o por você – diz a mulher, tentando concluir a conversa, enquanto coloca a ficha da doente seguinte ao lado do teclado que o médico usara e pergunta apontando a ficha: – Posso chamar, doutor?
– A mim não me tens de pedir desculpa – diz o enfermeiro, após uma ligeira pausa em que remoeu várias possibilidades de resposta e, ao mesmo tempo, tentava perceber porque se tinha ele metido naquele assunto que, claramente, não lhe dizia respeito.
– Pode, pode chamar o próximo – decide o médico, olhando a ficha da doente. – E diga ao doutor que, se quiser, se pode ir embora, que eu logo, ao fim da tarde, falo com ele…
– Qual doutor? – interrompeu, nervosa, a auxiliar.
– O teu amigo – mordeu o enfermeiro, com sorridente prontidão.
O médico olhou o enfermeiro com dureza e, de imediato, tornou a fixar a auxiliar, para que ela não respondesse, e concluiu:
– O doutor, o doente que saiu agora daqui.
– Não sabias que ele era doutor? – malhou o enfermeiro, com ar trocista.
– Sabia…
– Pronto – interrompeu o médico. – Vá lá chamar a D. Genoveva.
A mulher anuiu, respirou fundo e dirigiu-se à porta. Rodou a maçaneta e, antes de a puxar e abrir a porta, perguntou dirigindo-se ao enfermeiro:
– E quando eu der o recado ao doutor trato-o por tu, por doutor ou V. Exa. deseja que eu o trate de outra forma qualquer?
– Eu não quero nada – replicou o enfermeiro, aborrecido. – Por mim, tratas o homem como quiseres…
– Ah… Pronto, se é assim.
A mulher puxou a porta.
– Eu só achei estranho que tu estivesses a tratar o doente por tu, só isso – justificou-se o enfermeiro, encolhendo os ombros. – Só isso – repetiu com ácida bonomia, para ter a última palavra.
A auxiliar encostou a porta e, sem largar a maçaneta, disparou:
– Se o homem é simpático, é da minha idade, ouve-me com deleitosa atenção…
– Deleitosa?! – espantou-se o enfermeiro, gozando.
– Se não sabes o que é, vais ver ao dicionário!
– Sei.
– Mas isso não interessa nada, Henriques – menosprezou a mulher. – Onde é que eu ia?
– Ainda há mais? – disse o enfermeiro.
– Ia em que o homem é simpático, da sua idade e ouve-a com deleitosa atenção – enunciou o médico, como se lesse um relatório.
– Sim – sorriu a enfermeira. – Isso – e continuou: – Se o homem me ouve com deleitosa atenção, me olha com velada voracidade, se procura disfarçada e educadamente os espaços entre os botões da bata para me ver o contorno e volume das mamas, se procura divisar na lisura da bata a linha das minhas cuecas e a forma das minhas nádegas, se me sorri com os seus olhos brilhantes e um sorriso envergonhadamente guloso e sem malícia, que me anima e envaidece, porque é que eu não o hei-de tratar por tu?
O enfermeiro manteve-se calado, sem resposta, ainda que não fosse essa a sua vontade. O médico abanava ligeiramente a cabeça para cima e para baixo e sorria espantado.
– Eu não te trato a ti por tu? – perguntou a mulher fixando o enfermeiro. – Que me olhas sem vergonha, que me tiras as medidas com um despudor pornográfico, que me comes com os olhos não sei quantas vezes por dia sem sequer disfarçares, que te babas bovinamente para o meu decote, que te esqueces do resto quando me fixas o cu como se fosses um perdigueiro a apontar a caça, que… Que… – A enfermeira cerrou os lábios, ergueu as sobrancelhas, abanou a cabeça, abriu a porta e saindo virou-se para trás e perguntou: – Afinal, quem é que eu devia tratar por tu?
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