04 novembro 2009

E mais uma vez... o casamento homossexual...


(Como já diz o ditado: "vozes de burro não chegam ao céu". Mas e se essas vozes partirem dos mais altos representantes da igreja católica?)

Há posições (ditas) democráticas que têm a capacidade hipócrita de roçarem a ditadura. Foi assim com o aborto, foi assim com a despenalização das drogas leves, será assim com o futuro diploma de legalização do casamento entre homosseuxais. Em declarações prestadas ontem na Figueira da Foz, o bispo do Porto demonstrou a sua benevolência e abertura de espírito para o assunto da moda (leia-se o casamento homossexual) ao declarar o seu apoio ao referendo do tema como, e cito, "forma de promover o diálogo e a discussão aberta e alargada do tema na sociedade portuguesa".

Confesso que na primeira aproximação às declarações fiquei abismada com a abertura de espírito de um dos representantes máximos da igrega Católica no nosso país e, apesar de ser pessoalmente contra o referendo, até admiti ser um gesto extremamente positivo. Foi quando abri o jornal e li ao detalhe o artigo que me apercebi que há coisas que nunca mudam. No seu benevolente gesto de apelo à discussão do tema o bispo do Porto usou os seguintes termos: "gostaria que fosse o povo a dizer se concorda com a secundarização de uma instituição que forma e enforma a sociedade e que se baseia complementaridade masculino/feminino.".

Ora é dos meus olhos ou isto é a mesma coisa que, quando nos encontramos no meio de, suponhamos, um grupo de amigos e estamos a consumir, novamente suponhamos, uma enorme e deliciosa sandes frango e, perante o olhar esfomeado dos nossos amigos, seguindo as regras da boa educação dizermos: "queres um bocadinho? eu já lambi a sande, o frango é seco, o pão tem três dias e deixei-o cair ao chão e, para além disso, tu não vais gostar... não queres, POIS NÃO?!?" enquanto continuamos a comer delicidados aquela que, para nós, é de facto a melhor sangue de frango do mundo. A isto, meus amigos, eu chamo egoísmo puro!

Não é o casamento um acto espiritual? A ligação entre duas almas mais do que os dois corpos? Não é a igreja católica a primeira a dizer que, hoje em dia, se liga mais à cerimónia e ao espectáculo a ela inerente que ao significado da mesma propriamente dito? E acima de tudo, não é a igreja Católica que, por principio, proíbe o casamento religioso entre casais do mesmo sexo? E, sendo o estado português laico e o casamento civil um assunto (como próprio nome indica) civil e de estado? Não serão estas declarações consideradas ingerência, como foram as proferidas aquando do assunto aborto?

Somos um país que enche a boca para falar de liberdade mas, quando chega a hora do "vamos ver" a nossa liberdade de sermos preconceituosos pesa sempre muito mais que a liberdade dos outros em relação a nós. Eu só gostava que me explicassem em que é que duas pessoas do mesmo sexo contrairem matrimónio condiciona a vida de terceiros. Gostava também de entender no que é que o casa "descasa" de casais ditos normais "forma a sociedade". Como diria alguém que eu conheço muito bem, Cristo disse: "crescei e multiplicai-vos" não disse "crescei e casai-vos com pessoas do mesmo sexo para formarem e enformarem a sociedade e se der para o torto divorciam-se passados uns meses e está tudo bem porque, pelo menos, são de sexos opostos!".

Sou fervorosamente contra o referendo nestes casos, aqueles que nos representam no Parlamento bem ou mal foram eleitos por nós, para decidir por nós para governar por nós, se lhes confiamos um orçamento do estado, políticas de saúde e educação porque não lhes havemos de confiar a decisão de uma questão que para a sociedade tem a importância de um grão de areia? O facto de admitirmos o casamento homossexual vai fazer com que a homossexualidade se espalhe como um virus? NÃO! O facto de termos consciência que há pessoas do mesmo sexo que SE AMAM e querem ter uma vida em comum com os direitos e deveres inerentes a ela faz com que tenhamos de concordar com esse estilo de vida e admitir a hipótese para nós mesmos? NÃO! Então, por favor, alguém me explica esta (perdoem-me o termo) merdice toda?

Portugal é uma sociedade de bons costumes, vão uns argumentar, e eu respondo: "Tretas! Bons costumes de ficar na cama ao domingo porque dá muito trabalho ir escolher bons governantes para o país? Bons costumes de viver de futebol e fado presos a valores de há séculos atrás porque somos PREGUIÇOSOS, COMODISTAS E PRECONCEITUOSOS para mudar?" Deixemo-nos de hipocrisias, meus senhores, preocupemo-nos com os problemas que realmente o são e deixemos a liberdade de existirmos como somos (sempre com respeito pelos outros, q é essa a regra da vida em sociedade) e fazermos as nossas próprias escolhas NO QUE À VIDA PRIVADA CONCERNE para todo e cada um de acordo com a sua consciência e prestando contas somente a elas....

O casamento é um direito e não um privilégio heterossexual!


Artigo da autoria de SETE_LUAS, in Blog do Katano

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OrCa: "um apontamento a latere: o problema e questão que se me colocam é essa cena do casamento, como acto ajuramentado, comercial e jurídico, até que a morte nos separe ou a(o) vizinha(o) do lado nos bata à porta...
Casamento-instituição, a bem dizer, para quê? Para que uns rabiscos no papel ou uns pingos de água benzida de duvidosa proveniência cimentem dois afectos? Ora, adeus...
Gosta quem gosta e fornique quem possa. Acabe-se, isso sim, com a hipocrisia instituída que distingue os «casados» dos «não-casados»... e o resto são tretas.
Experimente-se referendar o seguinte, aos «hetero»: divorciar-se-ia do seu cônjuge se ficasse isento de IRS durante 10 anos? Gostava de ver quantos casais se manteriam, se o sim ganhasse.
E esses, então sim, seriam canonizados e havíamos de lhes fazer muitas procissões..."

pode ser um lugar comum...



...mas ela ouviu um dia num filme que a intimidade está naquele beijo e não nos corpos que se fundem e tremem ao deixar-se penetrar.
Ouviu.
Mas faltava-lhe viver para perceber a intensidade das palavras.
A verdade.
Naquele dia aquele beijo trocado num momento inesperado foi sinal de um sentimento verdadeiro que surgiu do nada.
E naquele beijo houve intimidade, sexo, respeito, tesão, carinho, desejo, troca.
Foi tudo vivido a dois que se tornaram um.

E quando ela sentiu, finalmente sentiu aquilo que tinha ouvido um dia dizer, num daqueles filmes de domingo à tarde... o beijo terminou.

O beijo nunca chegou a acontecer.
E ela partiu, prometendo que nunca mais trocaria um momento de sexo pela intimidade que dizem ser vivida no amor.

fotografia retirada daqui

Isabel (By: Anzio Líthica)

Isabel
queima-te na pele
sem nunca se queimar
Isabel
bebe-te nos olhos de mel
sem nunca se afogar
Isabel
acorda-te fome cruel
para se alimentar
Isabel

E agora que te tem o pranto
lambido na lingua vermelhusca
vai-se de ti, tira-te o encanto
de beleza fria de boneca.

Salgados se tornaram os olhos suados
quando as lágrimas se tornaram suor
essa transpiração, de quem os abre na dor
para mesmo assim ver, pasmados, raiados
varados pelas meninas, vazados no amor.

Isabel
promete ser fiel
pelo gozo de atraiçoar.


Linda!

Se há coisa que eu gosto da minha colecção, é conhecer e ouvir as pessoas que estão para além da sua arte.
Na minha colecção de arte erótica tenho centenas de cassetes, discos de vinil e CDs com música erótica ou malandreca. Como não encontrava à venda o CD «Pega na Gaita», da Linda, contactei-a. E foi muito agradável conhecer uma pessoa muito simpática que não se importou de me enviar autografados os seus dois CDs editados até ao momento («Pega na Gaita» e «Pica de Enfermeira»)... e ainda dois postais de promoção dos mesmos CDs.
Boa sorte na tua carreira, Linda. E mantém sempre essa saúde física (notória) e mental.


O Cd «Pega na Gaita» autografado para a "coleccionadora de malandrices"...



O postalinho respectivo.



A Linda sabe que a São Rosas sabe... apreciar o que é bom. Por exemplo, uma pica de(sta) enfermeira.



O postalinho... com muita pica.


Entretanto, noutra galáxia... mas perto de ti, a minha alma ficou gaga a ler esta notícia no diário «as Beiras»:


Se acham que já viram e ouviram tudo, esperem pelo disco de Tiago Silva, cujo título será «Se não queres engravidar, chupa-me a pila»...

03 novembro 2009

2 Workshops para Mulheres - Pompoarismo e Arte da Sedução


Mulheres, a HUG vai realizar no próximo domingo dia 8 de Novembro dois workshops: um de Pompoarismo - a famosa ginástica vaginal - e outro da parte da tarde com técnicas para sedução.
Vamos?

Mãos


O tempo estava de feição:

Corria morno o ar
Difusa a luz
E a mesa não balançava,
A sangria escorregava
Pelas gargantas

Era um final de tarde vulgar
Não fossem as nossas pernas
Por debaixo da mesa
Da esplanada cheia de gente

E as pernas tocavam-se,
Torciam-se
Uma por cima de outra

Tu ou eu
Tu e eu

E a mão

A minha mão indiscreta
E o teu sexo
À mão de semear...

Foto e poesia de Paula Raposo
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OrCa: "Ah, por debaixo das mesas das esplanadas já fui tão feliz!... Entornava-se-me era sempre o café, com os nervos. Agora, agarrar, propriamente, aquilo que se diz agarrar, senhores, ah, isso era coisa de poesia. Mais tarde, lá em casa, era coisa de outras coisas, eu e a mão, a mão e eu... Ia para a janela e fartava-me de acenar a quem passava, esperando Carochinha que de mim se apiedasse. Por vezes, lá alinhava uma e até que os hélitros e as antenas me enchessem de coceira, a vida era bela...
As coisas que o poema da Paula me faz dizer!"



De repente...


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oglaf.com

Obscenidade subtil

Você tem um vizinho xarope? Claro, todos nós temos um.
Ele escuta música no volume alto, geralmente na hora errada e sempre, sempre, aquele estilo de música que você odeia. Um pagodão na madrugada, um funk às seis e meia da manhã ou a Voz do Brasil às dezanove horas.
Ou então é um daqueles malucos que fica te espiando por trás da cortinas. Ou ainda com uma luneta. Investigando seus passos e anotando em um caderninho.
Enfim, ele é estranho e chato? E você quer que ele fique sabendo disso? Mas também não quer ficar mal na vizinhança e acabar ficando conhecido como barraqueiro? Tudo bem, o Capinaremos.com tem uma solução:




Capinaremos.com

02 novembro 2009

Deixa-te amar

Senta-te no meu colo e descansa. Pensa que ainda a noite é uma criança e precisas ganhar fôlego para as coisas por dizer mais o amor para fazer, a vida que acontece entre nós quando finalmente nos deixam a sós com a nossa forma de passar o tempo.
Senta-te em silêncio e aprecia o momento, sem medos ou mágoas, os segredos a léguas desta relação de confiança que é a unica que permite a esperança de sermos dois outra vez amanhã.
Senta-te no meu colo, deixa-te abraçar pelos meus braços e insiste em aproveitar estes pedaços da existência que preenchemos com a consciência de que a eternidade só existe se a construirmos agora, alheios ao barulho lá fora de um mundo que não pertence a esta realidade que no fundo só acontece porque o acaso o permitiu.
Manda para a puta que o pariu todo o conjunto de aflições que nos instigam as tradições inibidoras da felicidade como a queremos sentir, senta-te no meu colo e deixa-te partir para onde não existam os receios e dá largas aos teus desejos e anseios sem abrires a boca para me dizeres como ficas louca com todo o mal que esta paixão te fez.
Descansa.
Ainda a noite é uma criança e amanhã vamos fazer o amor outra vez.

O Vampiro Do Meio-Dia

No verão mais quente de sua vida, um adolescente descobre o prazer no meio de um autocarro, balões, Darth Vader e as leis de Newton.




Link directo para o filme aqui.

Tipos de gripe


Alexandre Affonso - nadaver.com

Salão erótico - dia 3 (e último)



Nesta entrevista da Vânia Beliz ao Correio da Manhã, diz ela que (e passo a excitar):

"as pessoas andam todas à procura do orgasmo perfeito"