02 novembro 2009

Deixa-te amar

Senta-te no meu colo e descansa. Pensa que ainda a noite é uma criança e precisas ganhar fôlego para as coisas por dizer mais o amor para fazer, a vida que acontece entre nós quando finalmente nos deixam a sós com a nossa forma de passar o tempo.
Senta-te em silêncio e aprecia o momento, sem medos ou mágoas, os segredos a léguas desta relação de confiança que é a unica que permite a esperança de sermos dois outra vez amanhã.
Senta-te no meu colo, deixa-te abraçar pelos meus braços e insiste em aproveitar estes pedaços da existência que preenchemos com a consciência de que a eternidade só existe se a construirmos agora, alheios ao barulho lá fora de um mundo que não pertence a esta realidade que no fundo só acontece porque o acaso o permitiu.
Manda para a puta que o pariu todo o conjunto de aflições que nos instigam as tradições inibidoras da felicidade como a queremos sentir, senta-te no meu colo e deixa-te partir para onde não existam os receios e dá largas aos teus desejos e anseios sem abrires a boca para me dizeres como ficas louca com todo o mal que esta paixão te fez.
Descansa.
Ainda a noite é uma criança e amanhã vamos fazer o amor outra vez.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia