16 dezembro 2009

Sugestão musical



Não é tão contagiante como "I've gotta feeling" do BEP mas... tem uma sonoridade muito própria para além da riqueza da letra, claro.

Tiger in the Woods



HenriCartoon

Como fazer uma boa propaganda

Esse post é para vocês, aspirantes a publicitários.
O uso da mulher em uma propaganda é bom, é inclusive recomendável. Mas é importante saber utilizar a imagem feminina em uma propaganda. Por que às vezes ela pode acabar tomando conta do espaço publicitário, e ofuscando o produto.
Tenho dois exemplos, do uso correto e incorreto, de uma personagem feminina em um comercial. Primeiro o uso incorreto, vejam como o produto fica totalmente ofuscado, muitas pessoas nem sequer verão o produto:


Viram o produto? É uma propaganda da Pepsi. Tem uma latinha na foto, eu juro.

E agora o uso correto, vejam como o produto se encontra em uma posição de destaque:


Pensou em Vodka, lembrou 42 Below.

Espero que vocês tenham aprendido.

Capinaremos.com

15 dezembro 2009

Só para pilas com sangue azul

Na noite


Noite e uma rua sem trânsito,
pouca luz ou nenhuma,
prédios decadentes,
pedras soltas na calçada
e um corpo ao virar da esquina.

Antiga sabedoria,
Ou o ritual semi esquecido
da sobrevivência,
a marca mais vincada
de um corpo esquecido,
numa rua qualquer,
na noite sem trânsito,

à mistura com as pedras soltas,
a calçada escura
e a exausta solidão.

Foto e poesia de Paula Raposo

«Eros Secret»

O mais recente livro da minha colecção é sobre... uma colecção de arte erótica dedicada a peças com segredo.
Um mimo.
Como sempre digo, tenho sempre pena de não ter muitas das peças que vejo em colecções e museus... mas fico molhadinha ao constatar que tenho algumas dessas peças (ou idênticas) e ainda fico mais ensopadinha quando verifico que tenho algumas peças que esses outros coleccionadores decerto gostariam também de ter.




Noblesse oblige


1 página

oglaf.com

14 dezembro 2009


Teach Me...

...or I will teach you.

Superficial

Olá, meu guerreiro!
Eu sou a solidão
que tu não expulsaste
quando não me chamaste
no meio da multidão;
as entranhas te devoro
de dedos com teias de aranha
a dilatar na tua garganta.
Bebe bem o meu cheiro:
solidifica nos teus pulmões,
já que defines emoções
falsas que se extinguem
em descritivas coerências,
em sínteses do imensurável
estrondo das paixões,
nos relatos do inenarrável;
e assim, os vazios se distinguem
em palavras que só conseguem
apenas imitar bem.

Cartas com gravuras eróticas só visíveis contra uma luz forte

Há aquisições que faço que me deixam especialmente molhadinha. É o caso deste baralho de cartas, uma reprodução relativamente recente de um baralho de cartas originalmente produzido na Holanda no século XVIII. Sim, sim, conheço quem tenha baralhos originais, mas esses custam acima de 3 mil euros...
À primeira vista, são cartas normais. Mas colocando-as à frente de uma luz forte, aparecem gravuras eróticas, todas elas diferentes umas das outras. As cartas com figuras (damas, valetes e reis) são especialmente bem conseguidas. Curiosidade: no século XVIII as figuras ainda não tinham um eixo de simetria a meio, inventado posteriormente para que os adversários não soubessem quem tinha cartas dessas, quando as rodava.
Isto faz-me lembrar outras delícias da minha colecção: os litofânios eróticos de que vos falei e que vos mostrei aqui, em Março de 2007.
Apreciem... embora ao vivo seja uma experiência bem mais entesante (sim, sim, eu disse interessante):





O dois de copas


O seis de paus


O sete de copas


O nove de ouros


O ás de ouros


O ás de espadas


O valete de paus


O rei de ouros


O rei de copas


A dama de ouros


A dama de copas

Está quieto, macaquinho!



Visto em Strange Eros

13 dezembro 2009

Amor

Para quê deixar o tempo andar? Deixa que a razão o atropele e o transfigure na realidade, livre daquela deformação a que chamamos fé. Porque agora o nosso "daqui a vinte anos" é uma utopia. Porque, no "daqui a vinte anos", será uma utopia a paixão que sentimos agora. E eu não quero ver o dia em que não me abraças. E eu não quero ver o dia em que não passas a mão no meu cabelo. Deve ser apenas então que se trata o amor por tu. Quando é apenas o amor que sobra. E será o amor assim tão imenso e feliz quanto nos faz acreditar o delírio da emoção apaixonada? Que forma tomará, sem catalisador? Da serenidade azul ou do tédio sonolento? Anda! Deita-me ao chão agora, ocupa-me de uma só vez, enquanto sentes o corpo estremecer, expandir-se, contrair-se. Anda! Uma e outra vez, enquanto o utópico altar é real e carnal; mais tarde seremos profanos?


Perturbante



Deixas cair o copo,
entornando as últimas
gotas de vinho
que deixaste para trás…
marcas de uma boca sensual
que ficarão gravadas
até ao amanhã.
Essa boca
que procura qualquer
coisa para amar...
Na toalha de linho branco,
a cor púrpura e já amarga
desenha imagens
que podem ser de desejo…
mas que já não vês.
O teu corpo
está inebriado por
um desejo que te perfura
e que tão bem conheces…
Desejo que te faz desfalecer
conscientemente
no tapete da sala, deitares-te
e sentires por baixo da tua pele
o pêlo macio que te
lembra um corpo tantas
vezes amado…
e agora ausente.
Incontroladamente
controlados, os teus dedos
procuram a passagem para um
prazer que queres só para ti.
Os teus seios, acariciados pela
mão ávida de luxúria,
aumentam o gozo que te vem
das entranhas.
Contorces-te ao ritmo
das sombras que entretanto
tomaram conta do lugar.
Imaginas o teu corpo a dançar
no tecto dessa sala que
se transformou numa
gigantesca e desmesurada
cama de prazeres.
Estás sozinha, mas não estás,
imaginando os corpos
que por ti passam sucedendo-se
nas ondas de prazer que
te levam para lá da racionalidade.
E arranhas a seda suave das tuas
pernas à passagem das
tuas unhas eriçadas.
E tatuas na tua pele
os teus dentes brancos e perfeitos.
E rasgas a imaginação
com o prazer que não pára de crescer.
Sentes-te demente, ou nada
sentes de ti, porque tudo o
que sentes são os imaginados
corpos que te dão.
E não paras. Não paras de
te fazeres feliz na deambulação
das tuas mãos por um corpo
que tão bem conheces...o teu.
Arrancas de ti toda a solidão
agora transformada numa
orgia de corpos que por ti
vagueiam.
És actriz e espectadora
dessa peça encenada por ti.
E cai o pano sobre o teu corpo,
no preciso momento em que o
orgasmo te atinge e os aplausos
da plateia ecoam para lá
da irracionalidade.
Perturbante…

TC