Alexandre Affonso - nadaver.com
01 janeiro 2010
31 dezembro 2009
Lados
Do teu lado a lua
do meu uma estrela
o céu azul anil
e as luzes da cidade
reflectidas no rio.
Deste lado a esperança
do outro lado o medo
a incógnita
o desconhecido.
Do nosso lado a paixão
louca alucinação
orgasmo.
do meu uma estrela
o céu azul anil
e as luzes da cidade
reflectidas no rio.
Deste lado a esperança
do outro lado o medo
a incógnita
o desconhecido.
Do nosso lado a paixão
louca alucinação
orgasmo.
Foto e poesia de Paula Raposo
Entornar
Sim! Quero sentar-me no teu peito
e assim, no calor duro e perfeito
aprender a descer-me em ti
e a perder a roupa no caminho que desce
e a perder a vergonha no caminho que cresce
e a perder tudo num caminho que sobe
e sim, fui eu que me perdi;
depois? Depois olhei-te e ri
daquela intimidade do rosto afogueado,
do coração enrubescido, alagado,
qualquer sonho era aquém sonhado
perante a realidade entornada ali.
e assim, no calor duro e perfeito
aprender a descer-me em ti
e a perder a roupa no caminho que desce
e a perder a vergonha no caminho que cresce
e a perder tudo num caminho que sobe
e sim, fui eu que me perdi;
depois? Depois olhei-te e ri
daquela intimidade do rosto afogueado,
do coração enrubescido, alagado,
qualquer sonho era aquém sonhado
perante a realidade entornada ali.
A dor de Tarzan - boneco para recortar... e dar ao badalo
(crica para teres a imagem em tamanho decente)
Desenho de Gin
Blog Cachondíssimo
Imprime numa cartolina (ou então imprime numa folha e cola numa cartolina), recorta e monta.
30 dezembro 2009
A Lua
A lua vestiu-se de rosa,
ansiosa,
naquela cor
queria saber o amor.
A lua vestiu-se de vermelho,
viu-se ao espelho
em cor de coração;
queria saber como é a paixão.
A lua vestiu-se de cereja,
madura,
de quem deseja;
queria saber a gosto de loucura.
A lua vestiu-se de pêssego,
mordido,
semi-doce, semi-amargo;
queria saber a sabor de pecado.
A lua vestiu-se de trigo,
a colher,
e sonhava contigo;
queria saber sentir-se mulher.
A lua vestiu-se de madrugada,
tão nua,
deitou-se desamparada;
queria saber como é ser tua.
A lua vestiu-se de noite,
a escurecer,
negra de tristeza a tingir;
não entende o que é sentir.
A Lua vestiu-se de mim, de nada
em azul ciano
e fundiu-se deslumbrada,
ao saber-te mar, seu Rei e dono.
ansiosa,
naquela cor
queria saber o amor.
A lua vestiu-se de vermelho,
viu-se ao espelho
em cor de coração;
queria saber como é a paixão.
A lua vestiu-se de cereja,
madura,
de quem deseja;
queria saber a gosto de loucura.
A lua vestiu-se de pêssego,
mordido,
semi-doce, semi-amargo;
queria saber a sabor de pecado.
A lua vestiu-se de trigo,
a colher,
e sonhava contigo;
queria saber sentir-se mulher.
A lua vestiu-se de madrugada,
tão nua,
deitou-se desamparada;
queria saber como é ser tua.
A lua vestiu-se de noite,
a escurecer,
negra de tristeza a tingir;
não entende o que é sentir.
A Lua vestiu-se de mim, de nada
em azul ciano
e fundiu-se deslumbrada,
ao saber-te mar, seu Rei e dono.
«Les Fleurs du Mâle»
Grande livro com 352 páginas de canções de estudantes, editado em 1935 por «Les amis de la chanson estudantine» em Bruxelas.
A língua francesa é danada para a brincadeira!
Para vos aguçar o apetite, transcrevo uma dessas canções e a ilustração respectiva:
"Gnouf, gnouf, gnouf
Un jour la p'tit' Lisette
Gnouf, gnouf, gnouf comme on attrape ça!
Un jour la p'tit' Lisette
S'en revenait du bois. (bis)
En chemin ell' rencontre
Le fils d'un avocat.
Il la prend, la renverse
Sur du foin qu'était là.
Le foin était si sec
Qu'il en faisait cric crac.
Vint à passer la mère,
Qui revenait par là.
Courag' courag' ma fille,
On ne meurt pas de ça.
Car si j'en étais morte,
Tu ne serais pas là.
Ni bien d'autres encore
Que papa n' connait pas.
Et si t'en meurs, ma fille,
Sur ta tombe on mettra:
Ci-gît la p'tit' Lisette
Qu'est morte en faisant ça.
En faisant sa prière
Au grand Saint Nicolas.
Ce grand saint que les hommes,
Portent la tête en bas.
Et quand ils la relèvent,
toutes les femmes en rêvent."
A língua francesa é danada para a brincadeira!
Para vos aguçar o apetite, transcrevo uma dessas canções e a ilustração respectiva:
"Gnouf, gnouf, gnouf
Un jour la p'tit' Lisette
Gnouf, gnouf, gnouf comme on attrape ça!
Un jour la p'tit' Lisette
S'en revenait du bois. (bis)
En chemin ell' rencontre
Le fils d'un avocat.
Il la prend, la renverse
Sur du foin qu'était là.
Le foin était si sec
Qu'il en faisait cric crac.
Vint à passer la mère,
Qui revenait par là.
Courag' courag' ma fille,
On ne meurt pas de ça.
Car si j'en étais morte,
Tu ne serais pas là.
Ni bien d'autres encore
Que papa n' connait pas.
Et si t'en meurs, ma fille,
Sur ta tombe on mettra:
Ci-gît la p'tit' Lisette
Qu'est morte en faisant ça.
En faisant sa prière
Au grand Saint Nicolas.
Ce grand saint que les hommes,
Portent la tête en bas.
Et quand ils la relèvent,
toutes les femmes en rêvent."
29 dezembro 2009
Final de tarde
Final de tarde em Junho.
O ano (não interessa).
Inesperadamente
beijaste-me
como quem se entrega,
como se me dissesses
que sim - que nos amaríamos -
que a partir daquele momento
a nossa relação
valeria a pena.
Engano.
Não valeu a pena.
Trouxe sofrimento
e lágrimas
(não arrependimento)
e deixou-me, mesmo assim,
o sabor doce
do teu sexo em explosão.
Foto e poesia de Paula Raposo
Diálogo em verso entre o Santoninho e a Joana Well
... a propósito do poema «Luxúria», lido pelo Luís Gaspar:
Santoninho:
Nos teus lábios, eu descanso o meu falo...
Nos teus lábios, o descanso ele não tem...
E olhas, sem saber como acabá-lo...
E aperta-lo p'ra saber quando se vem...
Não descansas, não descanso... e sorrio,
E estremeço a cada beijo que lhe dás...
Meu corpo treme o tremor dum arrepio,
E os meus lábios sussuram "não te vás"!
Joana Well:
Lindo
Esculpindo e beijando
viajando
sorrindo
imaginando
sentindo
ai! que me findo!
Santoninho:
Não se finde, que fenece...
Etérea... subindo no ar...
E, nas nuvens, arrefece...
Num gelo frio de rachar!
Santoninho:
Nos teus lábios, eu descanso o meu falo...
Nos teus lábios, o descanso ele não tem...
E olhas, sem saber como acabá-lo...
E aperta-lo p'ra saber quando se vem...
Não descansas, não descanso... e sorrio,
E estremeço a cada beijo que lhe dás...
Meu corpo treme o tremor dum arrepio,
E os meus lábios sussuram "não te vás"!
Joana Well:
Lindo
Esculpindo e beijando
viajando
sorrindo
imaginando
sentindo
ai! que me findo!
Santoninho:
Não se finde, que fenece...
Etérea... subindo no ar...
E, nas nuvens, arrefece...
Num gelo frio de rachar!
Duas estatuetas africanas em madeira
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