A boca. Paralisa. Fecha-se. Come-te, o cavalo, o trovão. Nervo a nervo, uma massa em silêncio, no ar desesperado, a anestesia súbita. Poro com poro, no poro do poro, e sempre em rotação mó...
Canduras. Vermelhas correm no teu sangue, hesitado, no tesão que em ti voa, passa, come, no orvalhado que sentes desafogadamente.
O corpo tudo expõe. Tão agudo. Nos montes. Nu estendal, grave, tentas manter invisível o suco rebarbativo, lascivo, que queima. Quase... Quase... Doendo!...
A língua enrosca-se tendo por égide um pénis em adoração.
Tétrica convulsão, após o último beijo, que de tão maduro...
Splash!...
Rotação!...
Profundidade!... Deus!...
(e o orgasmo é aparição)
A boca. Nervo a nervo, a sorver a matéria, encharcada e nua até às pálpebras, num delírio, louco, que ensopa o tecto, o soalho, e as minhas devassas fantasias...
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