17 setembro 2010

Já tenho o livro «John & John - part 2»

Já tenho na minha colecção o primeiro livro do «John & John», com uma dedicatória com a pinta de sempre do nosso d!o. Sim, sim, caí na esporrad... esparrela da "part 2" ("parte tu", em português) e perguntei-lhe. A resposta veio-se:

"Hi Sao,
No, there’s not really a Part1. I just thought it would be fun to start with part2.
Keep up the dirty work!
d!o"


A capa.



Exemplos de páginas.



A segunda página, com um aviso clarinho (que o d!o esclarece querer dizer que o livro tem "mais de 18 tiras com sexo").



A dedicatória, com um desenho amoroso feito especialmente para mim.

Como o d!o se queixa de não perceber uma palavra do que se escreve neste blog, mesmo correndo o risco de o Google Translator me fazer "dizer" um disparate, aqui fica:
"d!o, je bent een romanticus. Nooit had bood me een hart gemaakt met sperma."

O livro está à venda aqui.

16 setembro 2010

Solidão (?)

Não páro de pensar na razão que levará um ser humano autónomo, independente e livre a tornar-se submisso às vontades de outrem, dependente delas e voluntariamente castrado.
Dar-nos, partilharmo-nos não pode implicar perda. Não pode. Muito menos do que somos.
Se nos adicionamos (a) alguém, é para que haja uma qualquer (na falta de melhor termo) mais-valia, é para que sejamos mais nós, melhores nós, mais felizes nós.
De outro modo, permaneceremos eternamente no limbo que é o medo de estarmos sós.
E enquanto temermos a solidão, estaremos mais sós do que nunca, correndo o risco de nunca sabermos estar acompanhados.

É a vez da nossa Luisa Raposo...

... ter a sua poesia erótica lida por aquela vozinha do Luis Gaspar que nos põe a sonhar (olha, rima, ainda vai parar à Poesia Erótica).
É o

nº 49 da Poesia Erótica do Estúdio Raposa

Como a Luísa (que anda Demétrio) Raposo explicou ao Luisito, "O erotismo, 
por vezes por capricho humano, 
é usado com certeza ornamental…
Mas…
Como de todas as certezas nasce o engano, só a incerteza é puramente natural! 
O erotismo dentro, em nós invoca…
Na sua vastíssima boca,
uma expressão única e sexualmente louca…!"

"Momento de romance" ou "Despressurizar"

(voltei agora da rua...)
... e não te vou fazer uma mamada, não. Vou-te fazer uma "ganda" mamada!
e quero mesmo que te entregues a mim
que tires tudo da cabeça
se vai funcionar, se não vai
se te vens, se não te vens
se gosto, se não gosto
tudo
se detectar alguma destas coisas na tua cabeça... bato-te!
não estou a brincar. Se não te "portares bem" vais conhecer os meus métodos de "adestração" de leões
pensas só na minha boca
nesta boquinha linda... que tu enches de beijos...de onde saem tantas vezes coisas tão desagradáveis... e outras tantas, coisas muito, muito agradáveis...
e que o pior que pode acontecer é vires-te na minha boca
o que também não é coisa para que ninguém se atire da ponte
e eu vou gostar de te beber, de te sentir
e se tremeres, chorares, ganires... também não me importo
aliás, tenciono fazer-te uma mamada para mim
estou-me nas tintas para ti
é que estou mesmo
se quiseres aproveitar para gozar... gozas...
porque eu vou gozar de certeza
beijos

Para os meninos bem comportados



HenriCartoon

15 setembro 2010

Disfunção Eréctil

"Não vire as costas à Disfunção Eréctil...

... não vá, de repente, ela melhorar!"



Baloo Sexy cartoon Blog

Suspenderam-me hoje do Livro das Caras

A maltinha do Facebook descobriu finalmente, ao fim de tantos meses, que a minha imagem tinha um mamilo à mostra!
Suspenderam-me a conta, quando o Clube estava perto dos 700 membros e membranas.
Pedi que me esclarecessem as causas da suspensão e aguardo que me digam alguma coisa.
Entretanto, não perco nada... até ganho tempo. Por exemplo, deixo de lá ter diálogos como este, com o humorista Pedro Tochas:

Pedro Tochas - Tochismo do dia: A pornografia é um retrato documental da sexualidade humana actual para as gerações futuras.

São Rosas - Sãorrosismo: Se a sexualidade humana fosse o que se vê na pornografia, os filhos nasciam pela boca.

Pedro Tochas - lol Mas quem é que está a falar de filhos? Isso é reprodução...

São Rosas - O que leva a um 2º Sãorrosismo: Se a sexualidade humana fosse o que se vê na pornografia, filhos... nem da puta.

«Doce prazer» - por Rui Felício

Através de um olhar sensível e guloso ela foi a escolhida, entre outras.
Delicadamente, as mãos vão na sua direcção, tocam-na, acariciam-na...
A sua superfície húmida aumenta-lhe o desejo de a ter. Com medo de a magoar, deixa as mãos, levemente, com cuidado, girar em volta do seu corpo.
Começa a despi-la...
Detém-se perto do seu umbigo, de cada vez que as mãos por ali passam...
À medida que a pele branca vai aparecendo, apetecível, provocante, cresce-lhe água na boca, a respiração acelera-se e de repente, descontroladamente, sem pudor, o instrumento que minutos antes, com muito carinho, junto com as mãos, também a tocava e despia, entra profundamente no seu corpo, dividindo-o ao meio, explorando-lhe as entranhas.
Sofregamente, aproxima a boca, abre-a, coloca-a sobre o corpo desejado e chupa-lhe o sumo saboroso, agridoce, que a cada movimento ela deixava escorrer de dentro de si. Como se essa fosse a última coisa que ele faria na vida.
Vai-se deliciando, desfrutando o seu gosto, aqui, acolá , em todo o lado...
Tenta prolongar o momento, mas a sua ânsia crescente , faz com que tudo acabe em breve.
Ela amolece, esvaziada... O seu corpo, que antes era túmido e firme, está agora esvaído, sem rigidez...
Retomado o fôlego pouco tempo depois, o olhar dele, que a escolhera entre as outras, revela-se insaciável e retoma a procura de uma próxima.
Quer reviver o prazer obtido há pouco.
Escolhe outra, também ela bela, também ela insinuante, e começa a repetir tudo, agora com esta.
Usando a mesma faca, ainda molhada do sumo da anterior laranja que delicada mas firmemente, tinha descascado...

Rui Felício
Blog «Encontro de Gerações do Bairro Norton de Matos»

Trocar

Trocaste o corpo por um poema
e eu agora vim buscar
mais do que o corpo tem para dar.
Trocaste o corpo por um poema
e eu agora vim receber
mais do que um corpo pode ser.
Trocaste o corpo por um poema
e eu estou aqui, em ti, a pedir
muito mais do que um corpo pode sentir.

Trocaste o corpo por um poema
mas saberei eu, com palavras, falar
do poema que o meu corpo te quer dar;
mas saberei eu, com palavras, escrever
o poema que o teu corpo quer receber;
mas saberei eu, com palavras, definir
muito mais do que um corpo pode sentir?

Trocaste o corpo por um poema
e eu agora vim buscar
mais do que o corpo tem para dar
e mais do que tenho para trocar.

Quatro postalinhos do Car(v)alho

Recordações de Estremoz.




Revisão em alta



HenriCartoon

14 setembro 2010

«Efeito bolha» - um truque gráfico com resultados curiosos

Adoro especialmente a última imagem.
E já fiz isto com fotografias cá de casa. Resulta mesmo. Quem souber trabalhar com programas gráficos experimente, que eu recomendo.



Capinaremos

Vem-se aí o novo livro da Paula Raposo, «o verbo ser»


As palavras que a nossa Paulita nos dá a ler (ou melhor, vende, mas é um preço tão baixinho que é quase dado) incorporam cada vez mais uma carga erótica que, embora sempre tenha estado presente, ela dizia que não tinha. Mas isso foi antes de andar em más companhias (por estas bandas).

"NU

Se te falar de amor
Despida de palavras
Que me dirás
Da ousadia com que me visto?

Que pensarás
Da minha nudez eufórica
Ou da metáfora
Com que cubro
O âmago de todas as questões?

Talvez te surpreendas
E te cales indeciso,
Enquanto folheias
Mais que distraído
O jornal desportivo.

Quando me souberes ler
Poro a poro,
Eu continuarei a falar-te de amor,
Mas com palavras vestidas
E entrelaçadas.
E só as despirei quando tu
Quiseres estar presente,
Num rasgo de loucura
Tacteando o amor nu."

Ninguém melhor que o Grande Mestre OrCa para apresentar a Paulita e seu (em breve nosso) «o verbo ser». Aqui fica um excerto do prefácio:
"Paula Raposo (...) incorpora nos seus poemas o parceiro idealizado como interlocutor e a quem propõe, assumindo-o, transformá-lo também no seu leitor, em palavras quase ao rés da confissão no leito, falando afinal de si própria, em aberturas de alma muito apropriadas à linguagem poética (...).
Depois, o amor constrói-o ela de mar, de música, também de silêncios, num universo mítico onde dois seres apenas valem o mundo, por eles perpassando todo o bem e todo o mal, a quinta essência do que a todos nos enforma.
Eivado, cada livro seu, de desilusão, pois que o amor romântico – alerta-nos Pessoa no seu Livro do Desassossego – é um caminho de desilusão, logo ele se destempera e busca a redenção num erotismo exaltante, porque inevitavelmente é de corpos nus de todas as roupagens, em estádios diversos de amar, que aqui se trata...
(...) não me custou favor nenhum reiterar o que amiúde lhe venho dizendo quanto ao que me parece ser uma progressiva confiança, determinação e segurança patentes em cada novo poema que nos traz, unindo forma e conteúdo em enlaces de cada vez maior eficácia."

Jorge Castro

"CONVEXO

Deixa-me aninhar
No teu colo côncavo
Onde eu te beijo a boca
E a saliva se entranha
Nos poros de toda a paixão
Líquida do momento.

Porque o teu colo é um momento
E o meu momento
É o meu convexo de ti."


«O verbo ser», livrinho de cordel da Apenas Livros, vai ser apresentado no dia 30 de Outubro (sábado) pelas 18h, no Café Restaurante Jardim do Lago, na Av. do Lago, no Monte Estoril.