Não páro de pensar na razão que levará um ser humano autónomo, independente e livre a tornar-se submisso às vontades de outrem, dependente delas e voluntariamente castrado.
Dar-nos, partilharmo-nos não pode implicar perda. Não pode. Muito menos do que somos.
Se nos adicionamos (a) alguém, é para que haja uma qualquer (na falta de melhor termo) mais-valia, é para que sejamos mais nós, melhores nós, mais felizes nós.
De outro modo, permaneceremos eternamente no limbo que é o medo de estarmos sós.
E enquanto temermos a solidão, estaremos mais sós do que nunca, correndo o risco de nunca sabermos estar acompanhados.
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Uma por dia tira a azia