11 novembro 2010
«Erotopaegnion, sive Priapeia, Veterum et Recentiorum. Veneri Jocosae Sacrum»
Livro de 1798.
Na primeira parte («Veterum»), inclui 80 poemas de Roma da época do imperador Augusto, dedicados a Príapo, deus da Fertilidade. Alguns dos poemas foram atribuídos a Virgílio. Na segunda parte («Recentiorum»), inclui uma selecção de mais de 100 poemas mais recentes, agrupados por país de origem. Esta edição reproduz os poemas no latim original. Tem duas excelentes gravuras, uma antes do título e outra antes da segunda parte da obra.
Faz parte da minha colecção de arte erótica.
Na primeira parte («Veterum»), inclui 80 poemas de Roma da época do imperador Augusto, dedicados a Príapo, deus da Fertilidade. Alguns dos poemas foram atribuídos a Virgílio. Na segunda parte («Recentiorum»), inclui uma selecção de mais de 100 poemas mais recentes, agrupados por país de origem. Esta edição reproduz os poemas no latim original. Tem duas excelentes gravuras, uma antes do título e outra antes da segunda parte da obra.
Faz parte da minha colecção de arte erótica.
Nada na manga
HenriCartoon
"este rei que anda nu sem ser fecundo
este resto do pó velho que há no mundo
esta réstia não-ser humano ou profundo
é que há-de fazer-nos ir ao fundo
porque dele poucos dizem que vai nu
e por tudo assim ser sou eu e tu
e eu digo que o fundilho mostra o cu
e tu? que me dizes tu deste zulu?
OrCa
10 novembro 2010
Na fila do IKEA
Hoje estava na fila de um IKEA. Pouca gente, mas também poucas caixas abertas. À minha frente uma jovem. Vestidinho de malha curto, um colete mais quente, botas e meias pretas. Infelizmente não eram opacas, mas também não desgostei. Fiquei a apreciar e não tinha pressa nenhuma. Mas depois lembrei-me que por baixo daquelas botas de cano alto nem tudo era meia preta bonita. Algures ali, aposto, havia um par de meias grossas brancas com riscas ou raquetes. Enfim, suspirei para dentro e disse a mim próprio “pronto, pronto…. não penses mais nisso, já passou, já passou…”.
Memórias Sonhadas
Pára. Recosta-te suavemente. Deita-te em cama tua, confortável que te abraça e aninha.
Ajeita o lençol numa circular em tua defesa de tudo o que é externo e dispensável ao sono.
Agora adormece... Ainda antes, naquele preâmbulo, na fase em que julgas tudo ser possível, invoca em ti o Anjo da Paixão para que traga as memórias de um sentimento recente, belo, protector, teu...
Agora sim, deixa-te levar, rende-te à dormência das pálpebras que pesam a visão real, e sonha. Revive as memórias que o Anjo Branco te mostra.
E ao trazê-las de novo à luz deixa escapar algumas que - como por magia - apanhá-las-ei em sonho meu.
Ajeita o lençol numa circular em tua defesa de tudo o que é externo e dispensável ao sono.
Agora adormece... Ainda antes, naquele preâmbulo, na fase em que julgas tudo ser possível, invoca em ti o Anjo da Paixão para que traga as memórias de um sentimento recente, belo, protector, teu...
Agora sim, deixa-te levar, rende-te à dormência das pálpebras que pesam a visão real, e sonha. Revive as memórias que o Anjo Branco te mostra.
E ao trazê-las de novo à luz deixa escapar algumas que - como por magia - apanhá-las-ei em sonho meu.
Isabel Poema
Já não lanço papagaios de papel,
Isabel,
quando me fizeste crescer?
Mas o meu peito soletra querer
e na ponta do teu cordel,
Isabel,
enquanto me brincas ao entardecer
de papel é toda a minha pele
e nem peço ao vento para me descer.
Sim, Isabel,
olha este pássaro no teu jogo cruel,
é só para na ponta te poder ver.
Isabel,
quando me fizeste crescer?
Mas o meu peito soletra querer
e na ponta do teu cordel,
Isabel,
enquanto me brincas ao entardecer
de papel é toda a minha pele
e nem peço ao vento para me descer.
Sim, Isabel,
olha este pássaro no teu jogo cruel,
é só para na ponta te poder ver.
Habilidades Supremas!
Algumas pessoas possuem habilidades muito interessantes.
Por exemplo, vejam essa moça, ela é uma pessoa abençoada por Deus, com um talento insuperável:
Sim, eu também demorei para ver que o talento dela é o tamanho da lingua.
Digamos que é uma moça de muitos talentos.
Capinaremos.com
Por exemplo, vejam essa moça, ela é uma pessoa abençoada por Deus, com um talento insuperável:
Sim, eu também demorei para ver que o talento dela é o tamanho da lingua.
Digamos que é uma moça de muitos talentos.
Capinaremos.com
09 novembro 2010
Nunca os teus beijos voltarão a ser como os sonhei
Nunca os teus beijos voltarão a ser como os sonhei. Nunca a tua boca voltará a ter na minha um sorriso límpido. As nuvens podem dissipar-se. O sol pode aquecer-nos. A chuva poderá lavar-nos. Mas os teus beijos. Os teus beijos não voltarão a ser como os sonhei.
Se pudesse, perguntar-te-ia baixinho, achas que a mesma boca que mente pode beijar?
Quando fechei os olhos, ontem, e vi a tua boca, vi-a chegando-se, sorridente, luminosa, clara, o sorriso desenhando-se num beijo. O beijo que eu sonhei.
Hoje, quando os fechei, estava escuro. Vi a tua boca, no escuro. Vi os teus lábios entreabrirem-se, moverem-se, e deles sair a mentira que temia.
Agora há dias com luz em que me lembro de quando chegavas sorridente e me beijavas. E há dias que são noites escuras em que a tua boca se retorce feia na mentira. Nos dias que são noites escuras, tu não sabes, mas volto a morrer um bocadinho. Tu não sabes, não poderias saber, mas nesses dias que são noites escuras o frio volta a entrar-me por dentro da pele, volta a gelar-me o sangue, a calar-me a voz, a voz com que te chamo nos dias claros, a voz com que te chamava antes, antes dos dias que são noites escuras. Nesses dias, os que são noites escuras, ainda me beijas. Mas eu abro os olhos e vejo-te. Vejo-te de fora. Eu, de fora, vendo-te a beijar, não a mim, que estou de fora, não é a minha boca que está na tua, que eu estou de fora a ver-te; a boca que tens na tua é cada uma das que quiseste enquanto a minha dormia. Agora sei que os teus beijos não voltarão a ser como os sonhei. Os teus beijos são agora um lago de águas turvas, de água que tu agitaste trazendo à tona o que deveria ter ficado no fundo.
Se pudesse, perguntar-te-ia baixinho, achas que a mesma boca que mente pode beijar?
Quando fechei os olhos, ontem, e vi a tua boca, vi-a chegando-se, sorridente, luminosa, clara, o sorriso desenhando-se num beijo. O beijo que eu sonhei.
Hoje, quando os fechei, estava escuro. Vi a tua boca, no escuro. Vi os teus lábios entreabrirem-se, moverem-se, e deles sair a mentira que temia.
Agora há dias com luz em que me lembro de quando chegavas sorridente e me beijavas. E há dias que são noites escuras em que a tua boca se retorce feia na mentira. Nos dias que são noites escuras, tu não sabes, mas volto a morrer um bocadinho. Tu não sabes, não poderias saber, mas nesses dias que são noites escuras o frio volta a entrar-me por dentro da pele, volta a gelar-me o sangue, a calar-me a voz, a voz com que te chamo nos dias claros, a voz com que te chamava antes, antes dos dias que são noites escuras. Nesses dias, os que são noites escuras, ainda me beijas. Mas eu abro os olhos e vejo-te. Vejo-te de fora. Eu, de fora, vendo-te a beijar, não a mim, que estou de fora, não é a minha boca que está na tua, que eu estou de fora a ver-te; a boca que tens na tua é cada uma das que quiseste enquanto a minha dormia. Agora sei que os teus beijos não voltarão a ser como os sonhei. Os teus beijos são agora um lago de águas turvas, de água que tu agitaste trazendo à tona o que deveria ter ficado no fundo.
Como posso agora ver o meu reflexo? Quem sou eu se não me vejo no espelho?
Medeia [Infidelidades]
Olha!... Alguém faz, como eu, colecção de arte erótica!
«Diário de Coimbra» - 2010-11-09
A notícia está on-line no site do «Diário de Coimbra».
Quem preferir vê-la tal como saíu hoje no jornal, tem-na aqui.
Este gajo anda-me a copiar?!
Aguarela
Vou deixar que o poema
se enterre nas tuas veias
- mesmo escorrendo algum sangue -
e se entranhe na aguarela,
preparada para a minha apoteose:
hoje desenhas-me.
Finalmente este era o sentido
que - ainda - faltava
à nossa paixão.
Poesia de Paula Raposo
se enterre nas tuas veias
- mesmo escorrendo algum sangue -
e se entranhe na aguarela,
preparada para a minha apoteose:
hoje desenhas-me.
Finalmente este era o sentido
que - ainda - faltava
à nossa paixão.
Poesia de Paula Raposo
Ternura
Explica o Bartolomeu, no cocoruto da sua sapiência infinita:
"A Nokia não pára!
Este é o último modelo da marca e chama-se «não se fala com a boca cheia».
Este modelo tem a particularidade de aumentar de tamanho, conforme a conversa se for desenrolando.
O modelo descarrega a bateria ao fim de vários minutos de conversação. Contudo, após um breve período em standby, a bateria readquire carga e o aparelho volta a ficar operacional.
É lavável e não apresenta dificuldades de recepção.
Aceitam-se encomendas... neste representante."
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