quando por ti me resvalo
nalguma urgência de cio
se no ardor sou cavalo
meu relincho é balbucio
e se fragrância fatal
vem do monte que venero
fico eu bem pior que mal
do desespero que espero
seja o teu matagal denso
ou despida a curvatura
quero dele que seja intenso
mais fino do que a cintura
que bem me sabes então
que bem me matas a fome
dando ao olfacto razão
ao dizer que também come.
19 novembro 2010
Do amor
Não, eu não posso mais escrever-te
que as emoções podem ferir o papel, as palavras
bem podem agredir as páginas e as tuas marcas
podem rasgar, as folhas tornam-se pele.
Mas não posso mentir-te,
ainda estás aqui, como um demónio
que eu não consigo expulsar,
como uma peça sem nenhum acto,
e o meu olhar, assim, vazio de ódio,
sem ponta de nada que te possa apagar,
vê o que o amor é: belo sem sequer ser bonito.
que as emoções podem ferir o papel, as palavras
bem podem agredir as páginas e as tuas marcas
podem rasgar, as folhas tornam-se pele.
Mas não posso mentir-te,
ainda estás aqui, como um demónio
que eu não consigo expulsar,
como uma peça sem nenhum acto,
e o meu olhar, assim, vazio de ódio,
sem ponta de nada que te possa apagar,
vê o que o amor é: belo sem sequer ser bonito.
18 novembro 2010
O segredo
Quando ele terminou e lhe perguntou, sem abrir a boca, o que tinha a dizer sobre aquilo, sentiu-se a acordar de um transe. Lembra-se de lhe ter sido dito que ia ouvir algo muito especial e reservado, um segredo que muito poucos partilhavam. E que ele lhe queria contar. A ela.
E sabe que ouviu cada pormenor daquele bocado dele, a que nunca teria acesso, se ele não lho contasse. E tem noção de que a sua expressão (que lhe é independente, não vale a pena, e revela cada um dos seus pensamentos mais imediatos) foi acompanhando a surpresa do que lhe era dado a conhecer.
Mas lá dentro, naquela parte dela que nem a fisionomia revelava, não evitava questionar-se sobre o porquê de tudo aquilo. Para quê? O que quereria ele em troca daquela dádiva? Seria uma dádiva? Porquê ela, porquê agora?
Sentiu-se mais próxima dele e, ainda assim, não sabia o que fazer com isso.
E sabe que ouviu cada pormenor daquele bocado dele, a que nunca teria acesso, se ele não lho contasse. E tem noção de que a sua expressão (que lhe é independente, não vale a pena, e revela cada um dos seus pensamentos mais imediatos) foi acompanhando a surpresa do que lhe era dado a conhecer.
Mas lá dentro, naquela parte dela que nem a fisionomia revelava, não evitava questionar-se sobre o porquê de tudo aquilo. Para quê? O que quereria ele em troca daquela dádiva? Seria uma dádiva? Porquê ela, porquê agora?
Sentiu-se mais próxima dele e, ainda assim, não sabia o que fazer com isso.
Isto não devia ser chamado moliceiro...
... e sim duriceiro.
Artesanato de Aveiro, aproveitando as deliciosas figuras pintadas na proa desses barcos típicos da ria de Aveiro.
Uma prenda do Lourencinho para a minha colecção.
Artesanato de Aveiro, aproveitando as deliciosas figuras pintadas na proa desses barcos típicos da ria de Aveiro.
Uma prenda do Lourencinho para a minha colecção.
17 novembro 2010
Arma branca... ou preta
Carolee Bildsten, de 56 anos, é dada à borracheira e esquece-se de pagar as contas dos restaurantes. Mais uma vez fez isso, a Polícia veio e ela argumentou ter dinheiro em casa, tendo sido acompanhada pelo polícia para o ir buscar.
Aí chegada, enquanto procurava na gaveta o dinheiro sacou de "clear, rigid feminine pleasure device" tendo "approached the officer in a threatening manner".
Acho que lhe gritou "Eu fodo-te todo" . Quem se fodeu foi ela pois foi para a cadeia.
Ausência
Neste momento sinto uma ausência de mar que recua ao som Lua. As ondas que em sobressaltos iniciaram a sua travessia descendente já não envolvem e enrolam, como antes o faziam noutra qualquer fase Lunar. E hoje é Ocaso. Desígnios humanos inventados.
É um sublime afastamento. Um dormente momento prolongado na Divina forma de estar. Um pacto com o Arquitecto que começa no Inferno, leva-me ao Purgatório e termina no Paraíso.
Cenário Dantesco. Formas e cores obscuras dispostas em 7 pecados capitais que o mar não soube apagar e teimosamente insiste em recuar.
Mas creio, no Arquitecto, no Paraíso, no regresso.
Neste momento sinto uma ausência...
É um sublime afastamento. Um dormente momento prolongado na Divina forma de estar. Um pacto com o Arquitecto que começa no Inferno, leva-me ao Purgatório e termina no Paraíso.
Cenário Dantesco. Formas e cores obscuras dispostas em 7 pecados capitais que o mar não soube apagar e teimosamente insiste em recuar.
Mas creio, no Arquitecto, no Paraíso, no regresso.
Neste momento sinto uma ausência...
Sossega, sossega, marioneta
Sossega
Sossega marioneta
tu não podes cortar
cada fio que te prende é o que te faz andar
cada fio que te enrola é o que te faz dançar
cada fio que te puxa é o que te faz levantar
tu não podes cortar
Sossega marioneta
Sossega
E o fio que te cega é o que te faz olhar
a mão, o mundo lá fora é apenas uma luva preta,
imensa, em cada dedo num fio que te movimenta;
e o fio que te sufoca é o que te faz respirar
Sossega
Sossega marioneta
tu não podes cortar
cada fio que te corta.
Sossega marioneta
tu não podes cortar
cada fio que te prende é o que te faz andar
cada fio que te enrola é o que te faz dançar
cada fio que te puxa é o que te faz levantar
tu não podes cortar
Sossega marioneta
Sossega
E o fio que te cega é o que te faz olhar
a mão, o mundo lá fora é apenas uma luva preta,
imensa, em cada dedo num fio que te movimenta;
e o fio que te sufoca é o que te faz respirar
Sossega
Sossega marioneta
tu não podes cortar
cada fio que te corta.
Não é fácil
O concorrido mundo empresarial não perdoa nenhuma escorregada sua.
Hoje em dia, qualquer videozinho pornográfico seu que cai na internet pode acarretar em uma demissão… Aonde vamos parar?
Capinaremos
Hoje em dia, qualquer videozinho pornográfico seu que cai na internet pode acarretar em uma demissão… Aonde vamos parar?
Capinaremos
16 novembro 2010
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