19 novembro 2010

olfactivamente

quando por ti me resvalo
nalguma urgência de cio
se no ardor sou cavalo
meu relincho é balbucio

e se fragrância fatal
vem do monte que venero
fico eu bem pior que mal
do desespero que espero

seja o teu matagal denso
ou despida a curvatura
quero dele que seja intenso
mais fino do que a cintura

que bem me sabes então
que bem me matas a fome
dando ao olfacto razão
ao dizer que também come.

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Uma por dia tira a azia