Isto é um anúncio a toalhas. Suponho que para quem compra o sexo oral esteja fora de questão.
25 novembro 2010
24 novembro 2010
contraditando
(sim, que nem só de greve geral vive um homem...)
diz-me a urgência que sentes
na premência dos sentidos
diz-me a verdade que mentes
dos desejos proibidos
diz-me a volúpia dos dias
no crepúsculo das tardes
diz-me os lábios que mordias
na lascívia em que tu ardes
ou não – não digas mais nada
dá-me o silêncio em que gritas
faz da minha hora parada
o mar do prazer que habitas
e terei de ti eu tudo
menos o quanto não queiras
e ouvirás meu grito mudo
que sou eu se tu me abeiras
pois assim te quero tanto
que ter-te mais não queria
que só o ter-te é o quanto
tu me dás em demasia.
diz-me a urgência que sentes
na premência dos sentidos
diz-me a verdade que mentes
dos desejos proibidos
diz-me a volúpia dos dias
no crepúsculo das tardes
diz-me os lábios que mordias
na lascívia em que tu ardes
ou não – não digas mais nada
dá-me o silêncio em que gritas
faz da minha hora parada
o mar do prazer que habitas
e terei de ti eu tudo
menos o quanto não queiras
e ouvirás meu grito mudo
que sou eu se tu me abeiras
pois assim te quero tanto
que ter-te mais não queria
que só o ter-te é o quanto
tu me dás em demasia.
Fodografia do SIEL de 2007
Arrumando imagens antigas, dei com estas que são do Salão Erótico de Lisboa, de 2007, e pareceu-me que não se incomodariam muito que as partilhasse convosco.
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O OrCa não pode ver bandeirinhas que ode logo todas as pátrias:
"bandeira, bandeirinha, diz-me tu
se vieste enroladinha da vagina
quantas hastes caberiam nesse cu
p'ra que fosses hasteada, ó menina?
e depois tanta bandeira se faz mundo
ou será que só vem lá Código Morse?
e este torce e retorce vai tão fundo
no teu rotundo e abissal... mas of course
nem sei porque estão a dar-te o estandarte
nem precisas que o teu corpo é universo
e eu dest'arte cá me fico a poder dar-te
algo assim em rolo grosso e tom de verso..."
Não sei quantas bandeirinhas esta jovem conseguiu introduzir/retirar da vagina, mas pode dizer-se que é uma vagina internacional, sim senhora.
O OrCa não pode ver bandeirinhas que ode logo todas as pátrias:
"bandeira, bandeirinha, diz-me tu
se vieste enroladinha da vagina
quantas hastes caberiam nesse cu
p'ra que fosses hasteada, ó menina?
e depois tanta bandeira se faz mundo
ou será que só vem lá Código Morse?
e este torce e retorce vai tão fundo
no teu rotundo e abissal... mas of course
nem sei porque estão a dar-te o estandarte
nem precisas que o teu corpo é universo
e eu dest'arte cá me fico a poder dar-te
algo assim em rolo grosso e tom de verso..."
Carta ao Viajante (V)
Viajante, viajante, diz-me tu, qual é a disposição milimétrica da ternura, que forma geométrica se torna, na pele alheia, a perfeição do pentagrama? Inventarei eu, um dia, de mãos dadas, a geometria indescritível? Digo ao Sol que assim me ensine a desenhar, pois que preciso, com alguma urgência, desenhar no peito um baloiço em forma de estrela-do-mar; é que um destes dias descobri que a Lua também se põe como o Sol, vi um perfeito ocaso Lunar e tentei encontrar o espaço dentro de mim para embalar alguma coisa.
O Regresso de Júlia
Júlia, bailarina de brincadeiras azuis no espaço a preencher dos homens, volta.
E quando regressa, com medo no coração, procura saber fechar os panos que cobrem mágoas, aos quais chama pálpebras, de cada vez que pinta uma ilusão num qualquer quadro de alguém que lhe cerra um envelope.
Júlia fecha os olhos a fugir do toque que invade o seu corpo e obriga-a a sorrir com paixão fingida a quem crê que o dinheiro aluga mais que um simples invólucro de Ser Humano. Manto que não deixa de ser dela, capa de indivíduo amolgada pelos anos de amor alugado, que hoje já pesa no seu orgulho e sobretudo no de quem a quer pelo coração e não pelo envelope.
Para o seu leito reserva a visita de apenas um amante, hoje. Aquele que lhe diz que quando priva com as curvas do seu corpo, sonha como não sonhava desde menino, duas vidas de Júlia atrás.
E satisfaz-se... desfruta o momento que apenas Júlia poderia proporcionar de forma tão falsamente verdadeira que até ela própria por vezes acredita.
E quando regressa, com medo no coração, procura saber fechar os panos que cobrem mágoas, aos quais chama pálpebras, de cada vez que pinta uma ilusão num qualquer quadro de alguém que lhe cerra um envelope.
Júlia fecha os olhos a fugir do toque que invade o seu corpo e obriga-a a sorrir com paixão fingida a quem crê que o dinheiro aluga mais que um simples invólucro de Ser Humano. Manto que não deixa de ser dela, capa de indivíduo amolgada pelos anos de amor alugado, que hoje já pesa no seu orgulho e sobretudo no de quem a quer pelo coração e não pelo envelope.
Para o seu leito reserva a visita de apenas um amante, hoje. Aquele que lhe diz que quando priva com as curvas do seu corpo, sonha como não sonhava desde menino, duas vidas de Júlia atrás.
E satisfaz-se... desfruta o momento que apenas Júlia poderia proporcionar de forma tão falsamente verdadeira que até ela própria por vezes acredita.
23 novembro 2010
Angústias caucasianas
Será que a escassa penetração no continente africano dos esquemas do tipo enlarge your penis tem mesmo a ver com o menor poder de compra da população masculina local?
É quando...
É quando os meus olhos de luz apagada. É quando o meu sorriso vestido de negro. É quando a minha boca ensombrada. É quando o meu sangue gelado.
É quando eu de voz calada. É quando eu de pés descalços. É quando eu com um nó na garganta. É quando as minhas mãos geladas.
É quando os meus beijos adiados. É quando os meus beijos amedrontados. É quando os meus beijos magoados. É quando os meus beijos zangados. É quando os meus beijos tristes.
É quando os meus beijos guardados no bolso, escondidos da luz, fugidos da boca, atados nas mãos, feridos de morte.
É quando eu de voz calada. É quando eu de pés descalços. É quando eu com um nó na garganta. É quando as minhas mãos geladas.
É quando os meus beijos adiados. É quando os meus beijos amedrontados. É quando os meus beijos magoados. É quando os meus beijos zangados. É quando os meus beijos tristes.
É quando os meus beijos guardados no bolso, escondidos da luz, fugidos da boca, atados nas mãos, feridos de morte.
Medeia [Infidelidades]
Impudor
Voltando da saudade
- ainda - perco o perfume
que quase senti
naquela noite;
à volta de ti
- a saudade -
volto mais uma vez
a encontrar o sabor
que desejei,
no dia azul
e era o sol que aquecia
- por isso -
o impudor do sexo.
Poesia de Paula Raposo
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