26 novembro 2010

Histórias do homem-menino

Perfeito e efémero equacionam a dor.
Perfeito e imutável equacionam o impossível.
Perfeito e mutável e eterno equacionam o que nunca encontrei.
A madrugada desliza-me perfeita nos teus dedos, nos teus ombros, nos teus cabelos, como a Luz desliza pelos raios do Sol até Casa, perfeita, mutável. Perfeita, eterna e mutável, só a Luz pode ser. Mas preferi a dor de uma eternidade só nas memórias do que nunca te sentir deslizar a perfeição pelo instante em que te possa ter numa equação cheia de variáveis que nunca dominarei.
Vagabundearei, depois, pelas praias, até me sentir novamente areia, até que algo me possa curar; serei presa fácil de tantas fomes e tantos nomes que me possam espaçar do teu; mas eu sou do silêncio - incauta como o mar, enrolei-me na sofreguidão - e enquanto silêncio existir será como o cheiro de ti.

Dennis Rodman, com os ouvidos na rádio e... o microfone na boca.


Quem gosta de basquetebol conhece certamente o infame Dennis Rodman, aka "O Verme". Por outro lado, quem não gosta de basquetebol também deverá conhecer o sujeito uma vez que o seu comportamento extra-desportivo sempre concorreu em notoriedade com o seu desempenho dentro do terreno de jogo.


A sua última excentricidade deu-se durante uma entrevista telefónica dada a uma estação de rádio, estação essa que procurava saber a opinião do ex-jogador dos Bulls acerca do desempenho da sua ex-equipa no jogo disputado em Miami.

Pelo discurso cada vez mais incoerente e descontinuado de Rodman, o locutor não tardou a perceber que, se o ex-jogador tinha o telefone ao ouvido, havia alguém com ele que tinha a boca no microfone...


«Ls Lusíadas» - os Lusíadas em Mirandês


O que é que tem isto de erótico? - perguntais vós.
E eu respondo: o canto nono!
E estes dois versos, que considero do mais erótico que há:


"Melhor ye spurmentá-lo que julgá-lo
Mas julgue quien nun puode spurmentá-lo"


"Spurmentá-lo"... faz-me lembrar aquele jogo que vi há uns anos atrás numa feira em Buarcos, que tinha o aviso "não vale espermentar" (devias ser uma espécie de Mirandês). Fiz com a malta amiga uma réplica desse jogo, que faz parte da minha colecção:


25 novembro 2010

Pergunta jurídica:


Isto é uma "violação estatutária" ou... um "engano monumental'?!


(recebido via mail)

Qrónica do Nelo



Melhéres!!!!

U Nelo tá de volta!!!
Eim primeiru logar, isperu cu me deiem ash boash vindash e açim, hihihi que çou uma melhér devertida hihihih....
À muito tempu queu nam vinha a este Broshe e pra queim shegou di novu devu aperzentar-me-
U meu nomi de batismu éi Gonçalo Manuel da Silva, mas as piçoas shamam-me de Nelo , - i eu taméim goshto de çer tratada, digu – hihihi melhéres, que hás veses discaiu-me hihih- comu ia dezendo, goshto de çer tratadu por Nelo.
Çou homeim-seksual mas çou muitu home, ai çe çou !!!
Çou cazadu com a Dona Efigénia e tenhu um namoradu, o Lalito, de queim éu goshto muito mash canda çempre a trair-mi com lambisgoitas e a robar-me a poshete Lui Vitongue para mir aus trocos e açim...
Çe quizereim çaber mais sobre "Queim éi o Nelo? ," tem aqui uma iperligassão, ou linque que isplica tudu muito beim isplicadinhu e açim ficóm çabendu u univerço ondi éu me mesho.
As coizas dash cu goshto, éi feshtas, fantazias, ir aus bares gueis e çacar um home bom pra fazer ums bonsh broshes e tal....hihihih cu çou uma lambona hihihih
Nam à lambisgoita cu fassa milhor queu, iço eu Nelo , a bisha rezidente deshte broshe póço grantir!!!!
Beim já çabeim queu istou pur aqui de novu com umas qrònicas e coizas caconteçeim hás melhéres bishas e açim...
Té maish logu homes lindus.
(Çe quizereim uma isperiensia úniqa de seksu alterativu com uma bisha de estalo, já çabeim: ligueim pró Nelo )
Nelo

A rotina do Nelo

Isto é um anúncio a toalhas. Suponho que para quem compra o sexo oral esteja fora de questão.

Cona na boca

A página 3 do jornal «The Sun» faz 40 anos

24 novembro 2010

contraditando

(sim, que nem só de greve geral vive um homem...)

diz-me a urgência que sentes
na premência dos sentidos
diz-me a verdade que mentes
dos desejos proibidos

diz-me a volúpia dos dias
no crepúsculo das tardes
diz-me os lábios que mordias
na lascívia em que tu ardes

ou não – não digas mais nada
dá-me o silêncio em que gritas
faz da minha hora parada
o mar do prazer que habitas

e terei de ti eu tudo
menos o quanto não queiras
e ouvirás meu grito mudo
que sou eu se tu me abeiras

pois assim te quero tanto
que ter-te mais não queria
que só o ter-te é o quanto
tu me dás em demasia.

Fodografia do SIEL de 2007

Arrumando imagens antigas, dei com estas que são do Salão Erótico de Lisboa, de 2007, e pareceu-me que não se incomodariam muito que as partilhasse convosco.


Não sei quantas bandeirinhas esta jovem conseguiu introduzir/retirar da vagina, mas pode dizer-se que é uma vagina internacional, sim senhora.



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O OrCa não pode ver bandeirinhas que ode logo todas as pátrias:

"bandeira, bandeirinha, diz-me tu
se vieste enroladinha da vagina
quantas hastes caberiam nesse cu
p'ra que fosses hasteada, ó menina?

e depois tanta bandeira se faz mundo
ou será que só vem lá Código Morse?
e este torce e retorce vai tão fundo
no teu rotundo e abissal... mas
of course
nem sei porque estão a dar-te o estandarte
nem precisas que o teu corpo é universo
e eu dest'arte cá me fico a poder dar-te
algo assim em rolo grosso e tom de verso..."

Carta ao Viajante (V)

Viajante, viajante, diz-me tu, qual é a disposição milimétrica da ternura, que forma geométrica se torna, na pele alheia, a perfeição do pentagrama? Inventarei eu, um dia, de mãos dadas, a geometria indescritível? Digo ao Sol que assim me ensine a desenhar, pois que preciso, com alguma urgência, desenhar no peito um baloiço em forma de estrela-do-mar; é que um destes dias descobri que a Lua também se põe como o Sol, vi um perfeito ocaso Lunar e tentei encontrar o espaço dentro de mim para embalar alguma coisa.

O Regresso de Júlia

Júlia, bailarina de brincadeiras azuis no espaço a preencher dos homens, volta.
E quando regressa, com medo no coração, procura saber fechar os panos que cobrem mágoas, aos quais chama pálpebras, de cada vez que pinta uma ilusão num qualquer quadro de alguém que lhe cerra um envelope.
Júlia fecha os olhos a fugir do toque que invade o seu corpo e obriga-a a sorrir com paixão fingida a quem crê que o dinheiro aluga mais que um simples invólucro de Ser Humano. Manto que não deixa de ser dela, capa de indivíduo amolgada pelos anos de amor alugado, que hoje já pesa no seu orgulho e sobretudo no de quem a quer pelo coração e não pelo envelope.
Para o seu leito reserva a visita de apenas um amante, hoje. Aquele que lhe diz que quando priva com as curvas do seu corpo, sonha como não sonhava desde menino, duas vidas de Júlia atrás.
E satisfaz-se... desfruta o momento que apenas Júlia poderia proporcionar de forma tão falsamente verdadeira que até ela própria por vezes acredita.

Motivação


Mas o risco vale a pena.

Capinaremos