26 abril 2011

oh sãozita! a Beatriz voltou a fazer das suas



«Richard Metzger of Dangerous Minds (you may know him as founder of Disinformation, or as a BB guestblogger, or as the counterculture "Charlie Rose"), writes in with the odd story of a Facebook photo ban, and the media misinfo frenzy that followed.»

[ralhete na Beatriz, já!!]

Que susto ela apanhou!...

Intimidade

Como se nos conhecessemos
Desde sempre
Anos e anos de convivência
Desabafos
Confidências
Intimidade meiga
Crescente
Como a lua daquela noite
Palavras que não se procuram
Frases que fluem
Risos que vibram
Na aragem de final de tarde
Só nós dois
Num embalo de ternura
O sexo sem pressa
E eu presa em ti
Desatando-me
Docemente nas tuas pernas
Amor.


Poesia de Paula Raposo

O Continente também vende objectos que é suposto não serem eróticos




E já cá mora, na sexão de «peças que não era suposto serem eróticas».

25 abril 2011

O 25 de Abril visto pela Kikas

kikas http://fuckytales.blogspot.com/ mandou esta em 25/04/2011 às 17h:57m:
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O Rui também quis oder o 25 de Abril:

"Foi este desvario feminil
De tanto gostar de foder
Que em vinte e cinco de Abril
Nos pôs todos a gemer!
Passarinhas enrabadas...
Pilas em parada militar...
Tantas flores esmagadas
Por não se saber a quem dar!
Foi então que Abril fechou
Para mais uma época de saldos...
E a todos nos sentenciou
A muita broa e alguns caldos..."

Num referendo às partes, o sim tinha maioria absoluta


Ao contrário das coisas e dos coisos agarrados a nós, as passarinhas e as pirocas não tem qualquer dificuldade de comunicação. O segredo está na nossa sinceridade brutal, na nossa espontaneidade sem merdas. Uma passarinha jamais diria não quando lhe apetece dizer sim, pois ela melhor do que ninguém sabe quando é sim ou sopas. O mesmo se passa connosco, pirocas, que nunca diríamos não quando, é meu caso, por exemplo, até queremos sempre dizer sim.
No fundo connosco é pão, pão, queijo, queijo. Que é como quem diz se é para comer não vale a pena inventar fastio só para dar uma pala qualquer ou porque é assim que deve ser.
Mas deve ser porquê?
Se as coisas ou os coisos percebem, e não há como fazerem-se desentendidos nessas cenas, que as evidências reclamam determinada atitude não faz sentido optarem pela inversa.
Claro que a gente, lá em baixo, ouvimos as suas argumentações e as razões que julgam assistir-lhes e por isso estamos habilitadas, passarinhas e pirocas, a formular opiniões fundamentadas na lógica de ambas as partes interessadas. E não há grande volta a dar quando alhos e bugalhos entram num debate a sério em igualdade (forjada) de circunstâncias, às vezes com as questões teóricas a sobreporem-se ao que a prática tão bem releva.
Desabafava comigo há tempos uma passarinha velha conhecida que no fundo é um desperdício nós, equipamentos de série, sermos funcionais e prestáveis e depois termos a desdita de o destino nos agarrar coisas e coisos que pouco ou nada usam e/ou usam mal e porcamente estes utensílios ainda mais vocacionados para o prazer do que as bocas que usam tanto para disparatar e tão pouco para complementar o nosso trabalho e se constituírem as mais-valias que qualquer coisa ou coiso menos complicativos sabem bem avaliar.

Dia da Liberdade?! Dia da Liberdade seria poder fazer-se isto...

Viva o Dia da Liberdade!

Com Cravos... e São Rosas!

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O Rui ode-me... os flatos:


"Com um peido, anuncia a alvorada!
Com dois, uma inauguração...
Para fermento, come mais uma queijada
E peida-te, sem saberes quantos são!

Inebriante cu aureolado,
De flores frescas, rosas de cheiro...
De flato jovem e bem pasteurizado
Que perfuma a manhã com nevoeiro!

Oh! Que doces nádegas eu abraço,
Botão de rosa que nasce neste beijo!
Virgindade que possuo e desfaço
No amplexo viril de um desejo!"

«Lumix FT3 - Crash Test»

24 abril 2011

Dos rendidos

O combate dos rendidos nos olhos deles; olhos os meus, ao mesmo tempo, nos espelhos deste café, ansiosa, quase receosa, certifico-me de que os meus não estão assim, não estão iguais. Não estão. Respirar novamente. Dizem que não há como a água do tempo para apagar a fogueira da vida que arde na lenha das esperas; muito espera quem algo espera para começar a viver. O meu único e último combate dos rendidos escolhi-o eu; talvez seja por me render que o não perderei. Eu já não espero mais, não espero mais, não espero mais nada, vou-me a ti, entro-te por qualquer fresta, qualquer espaço entreaberto e, já no centro, entendo, no último olhar para trás, que até pela porta me deixarias passar. Volto ao espelho. Nos meus olhos, o peito rendido sem combate e as tuas mãos olhar adentro, o teu corpo guardado no meu ou o meu guardado no teu, não sei, confundem-se. Olho os teus, incerta, e neles está algo sem água, sem mais esperas.


«Sonho desfeito» - por Rui Felício


Tinha esperado aquela oportunidade, sem nunca revelar as suas intenções, planeara tudo em segredo, e agora que ela se lhe deparara, não a deixou escapar.
Olhou para ela e não resistiu. Enlaçou-a, cobriu-a, assumiu um ar triunfante, e pensou consigo mesmo que, finalmente, tinha alcançado os seus desejos dissimulados durante muito tempo.
Pertenciam ambos ao mesmo extracto, completavam-se, mas ela sempre se lhe tinha esgueirado, oculta, sem se mostrar, como enguia escorregadia.
Não que ele lhe fosse indiferente, bem pelo contrário! Achava-o sedutor, bonito, um cavalheiro. Mas receava que a víbora da madrasta, vinda de uma poderosa família que dominava por completo o seu pai, lhe cortasse o desejo que ela também secretamente tinha de se juntar a ele, desfazendo-lhes os planos.
E os seus medos não eram infundados! O idílio só demorou alguns instantes, porque a poderosa madrasta, a manilha de trunfo, desfez-lhes o sonho e apressou-se, com um murro na mesa, a cortar a vasa formada pela Dama de copas e coberta pelo Valete de copas, naquele jogo de sueca.

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações

"Vinde a mim as criancinhas"

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