06 junho 2011

Não está ali dito que a banana é um alimento da São!




Prendinha da São Patrício, que adora bananas... mas não da Madeira

A ciência do beijo

Rabo de palha

















«No meu tempo», na minha terra, quando se fazia a matança do porco, depois de matarem o bicho (os guinchos, gritos do porco ainda hoje me arrepiam) faziam outra coisa que já na altura, criança, me fazia muita confusão: torciam um molho de palha e enfiavam no cu do porco, rodando como chave de parafusos. E repetiam aquela operação até a palha sair limpa. Só mesmo o Shark (nos comentários deste post) para me fazer descrever esta nódoa nas memórias da minha infância.

tropical storm - Évelyne Louvre-Blondeau



le blog d'Évelyne Louvre-Blondeau

05 junho 2011

Postalinho de Penela

Belo par de montes em frente à esplanada do restaurante D. Sesnando, em Penela.

«Ó simpático, vai um tirinho?» - livro de Carlos Pedro

Tive o prazer de conhecer o Cápê (Carlos Pedro), "o único poeta natural de Oeiras", nas Noites com Poemas organizadas pelo Jorge Castro.
Os textos e poesias do Cápê são impróprias para políticos correctos, o que significa que qualquer pessoa os pode - e deve - ler.
Deste livro consta a «Tomada de posse», que o Jorge Castro nos leu nessa noite:

"Tomada de posse

No dia da
tomada de posse
o 1º ministro na casa de banho
ao espelho
sacudiu das calças
com as costas da mão
um pintelho*
ensaiou o sorriso
e o discurso

- o poder
o podeeer
o po-der

não gostando
do que ouviu
levou um dedo
ao canto da boca
repuxou-a
e repetiu

- o foder
o fodeeer
o fo-der

porque se
estão a rir?
é isto
que nos
está a fazer!!!"


E também este:

"Apesar de Abril
(ao meu filho)

Vivo num país
aonde é perigoso
ser criança

Vivo num país
aonde é perigoso
ser mulher

Vivo num país
aonde os velhos
pedem licença
para viver

Vivo num país
aonde a classe
política cada vez
mais se abasta
mentindo com
todos os dentes
mesmo os
desdentados
os descarados!

Vivo num país
de castrados"


Este livro já está na minha colecção, com uma dedicatória de alto gabarito:



* no original está "pentelho" mas aqui mando eu.

Tábua de salvação

Escuta-me
Tudo é relativo
uma tábua de salvação é vida
mas o mar revolto não é eterno
a areia surge morna, um céu sem relâmpagos
e a tábua muda de nome
chama-se destroço e, esquecida, deriva
na eternidade da solidão.
Por favor, escuta-me
O mar agita-se, está manso, depois vivo
tudo corre, tudo muda e um barco afunda
em cada regresso do Inverno
vamos ser os dois náufragos
a mesma sorte, a mesma sede, a mesma fome
a areia surgirá mais quente, mais viva
a tábua chama-se coração.


«Confesso» - por Rui Felício


Que bom que foi o almoço de Penacova!
Mas...
Como sempre acontece, depois de um fim de semana em Coimbra e do reencontro de tantos amigos, do convívio às refeições e no Samambaia, do desfiar de recordações da juventude à medida que, em pequenos grupos, vamos passeando pelas ruas do Bairro, chega a hora do meu inevitável regresso à Ericeira.
Pelo caminho, no domingo, vou escutando música suave, olho os farolins vermelhos dos carros que seguem à minha frente na auto estrada, mas o pensamento ainda está em Coimbra e revive os bons momentos ali passados durante os dois dias anteriores.
Sentado confortavelmente ao volante, via a chuva miudinha a bater no vidro. O cadenciado oscilar dos limpa pára-brisas embalava-me, entorpecia-me, provocava-me um sono que tentava vencer fumando mais um cigarro.
Tinha pressa de chegar à Ericeira, de tomar um banho, de descansar.
A pouco e pouco, as imagens de Coimbra iam-se esbatendo, substituídas pela ânsia de chegar.
Sabia que, dentro de casa, ela me esperava, que me iria receber de braços abertos, acolhendo-me depois de dois dias de separação.
Como a desejava!
Por mais que tentasse pensar noutras coisas, a obsessão de a rever, de a ter para mim, de sentir o seu calor, aumentava, absorvia-me, numa antecipação da doce intimidade que desfrutaria com ela.
Tenho mantido ciosamente este segredo. Mas acho que devo revelá-lo.
É tempo de o confessar:
Eu e a Marcia, vivemos juntos há cinco anos, é ela que me faz feliz, gosta de mim sem ser ciumenta, retempera-me as forças quando entro em casa depois de cada esgotante dia trabalho, fundindo-nos ambos num só ser indistinguível.
Quanto mais me aproximava, mais me imaginava à chegada a casa, a ir tomar um banho quente, relaxante e depois, perfumado, a aconchegar-me na maciez dos seus braços, a acariciá-la suavemente, suspirando, deixando-me estimular com o seu cheiro e a sentir o seu corpo aveludado colado ao meu.
Adoro aquela poltrona, a que chamo Marcia por ter sido comprada em Março, e em que me acomodo diariamente, desde há cinco anos, a ver televisão ou a ler um livro!
Confesso...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações

Um casamento gay por dia



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A tecnologia tem destas coisas

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