Os textos e poesias do Cápê são impróprias para políticos correctos, o que significa que qualquer pessoa os pode - e deve - ler.
Deste livro consta a «Tomada de posse», que o Jorge Castro nos leu nessa noite:
No dia da
tomada de posse
o 1º ministro na casa de banho
ao espelho
sacudiu das calças
com as costas da mão
um pintelho*
ensaiou o sorriso
e o discurso
- o poder
o podeeer
o po-der
não gostando
do que ouviu
levou um dedo
ao canto da boca
repuxou-a
e repetiu
- o foder
o fodeeer
o fo-der
porque se
estão a rir?
é isto
que nos
está a fazer!!!"
E também este:
(ao meu filho)
Vivo num país
aonde é perigoso
ser criança
Vivo num país
aonde é perigoso
ser mulher
Vivo num país
aonde os velhos
pedem licença
para viver
Vivo num país
aonde a classe
política cada vez
mais se abasta
mentindo com
todos os dentes
mesmo os
desdentados
os descarados!
Vivo num país
de castrados"
Este livro já está na minha colecção, com uma dedicatória de alto gabarito:
* no original está "pentelho" mas aqui mando eu.
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