25 novembro 2011
Na idade dos porquês
Por favor, expliquem-me como se eu fosse muito burro: qual é a diferença entre a lógica das pessoas que acham que uma mulher foi violada porque andava vestida de forma provocante e a das que defendem o uso da burka.
Frases do Ricardo Esteves - sexo no questionário
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Expectativa x Realidade
Coisas de filme X Coisas da vida real.
Esse é o post que mais diz verdades.
(Kibado nos direitos legais do Sindisblogs)
Capinaremos.com
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24 novembro 2011
23 novembro 2011
Claude Nicholas Ledoux, um arquitecto visionário e sem pudor
Nota: Este artigo contém um elevado teor cultural, sendo constituído por referências turísticas e arquitectónicas cujos efeitos secundários se poderão traduzir em bocejos e sonolência, pese embora a sua conclusão numa clara alusão à temática do sexo.
Claude Nicholas Ledoux foi um arquitecto utopista e visionário que viveu em França na transição do século XVIII para o século XIX, sendo considerado um dos primeiros expoentes do neoclassicismo por terras gaulesas.
Verdadeiramente revolucionário e claramente à frente do seu tempo, é possível encontrar trabalhos de Ledoux em vários locais desse país, embora muitos deles não tenham chegado a ser construídos.
Nas minhas viagens por França, tive ocasião de visitar várias vezes aquela que é a obra mais emblemática de Ledoux: as Salinas Reais de Arc-et-Senans (clicar aqui para saber mais) que hoje, classificadas como Património da Humanidade pela UNESCO, funcionam como centro cultural, sendo palco de espectáculos musicais, exposições permanentes e temporárias, festivais temáticos, entre outros.
Acabei até por encontrar obras deste arquitecto em locais verdadeiramente inesperados, na forma de reconstruções numa área de serviço de uma auto-estrada (ver aqui), onde também estão patentes exposições temporárias. É verdadeiramente estranha esta ideia de uma área de serviço que não se limita a vender sandes de panado e café junto a instalações sanitárias e a um posto de abastecimento de combustível mas, verdade seja dita, quem consegue compreender o que vai na cabeça dos franceses?
Eis por exemplo o Pavilhão dos Círculos na dita área de serviço, contendo na altura uma exposição dedicada à Volta à França:
Ledoux era também apologista da ideia de que a estética dos edifícios deveria também traduzir a natureza da sua utilização. Na exposição permanente dedicada a Ledoux nas Salinas Reais, encontrei alguns exemplos disso mesmo.
Ledoux era também apologista da ideia de que a estética dos edifícios deveria também traduzir a natureza da sua utilização. Na exposição permanente dedicada a Ledoux nas Salinas Reais, encontrei alguns exemplos disso mesmo.
Entre maquetes várias, descobri o projecto do OIKEMA, a "Casa do Prazer". Este projecto (nunca passou disso, vá-se lá saber porquê) propunha uma solução para a construção de um bordel, tendo sido desenhado por volta do ano de 1800.
Se a fachada principal só por si dá uma ideia de imponência...
Se o Ledoux fosse hoje vivo, para além de ser um grande amigo do nosso Cutileiro, seria sem sombra de dúvida um adepto fervoroso d'A Funda São!
22 novembro 2011
16º Encontra-a-Funda - Santa Bebiana em Caria
São 8 anos de blog «a funda São» e é o momento do 16º Encontra-a-Funda.
Desta vez, vamos às Festas da Santa Bebiana, em Caria. Na página do Encontro explico o que é este testemunho etnográfico das antigas festas báquicas pagãs, que celebra a devoção por Santa Bebiana, a padroeira dos bêbedos. Depois de ter sido proibida pela igreja católica durante séculos, com o 25 de Abril a tradição foi recuperada. Por entre procissões, chocalhos, sermões irónicos e archotes de palha, ouvem-se as rezas da festa…
O Credo dos Ébrios
“Creio no álcool a 36 graus, Todo-Poderoso e criador de formidáveis carraspanas. Creio na aguardente, sua filha, e minha esposa predilecta, a qual foi concebida por obra e graça do alambique, nasceu da puríssima cana e padeceu sob o pisão dos moinhos. Foi derramada e sepultada num casco, ao terceiro dia surgiu da garrafa e subiu graciosa e triunfante à caixa dos pirolitos. Escoou o fundo da caldeira e está no tonel bem rolhada, estando à mão direita das barbas do bagaço, de onde há-de vir alegrar uma grande pândega sem fim; dar vistas aos grandes e pequenos, ricos e pobres, doutores e burgueses, santos e diabos. Portanto creio na repetição da pinga, na santa vindima anual, na comunicação dos irmãos do esgota, na renovação das pipas vazias, na bebedeira eterna. Ámen”
O Pai Nosso do Vinho
“Santa uva que estais na parreira, purificada sejais, sem enxofre e sem sulfato. Venha a nós o vosso líquido, para ser bebido à nossa vontade, tanto na taverna como na nossa casa, livrai-nos de quebrar a cabeça. Ámen!”
Fonte: cyberjornal.net
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