15 fevereiro 2012

Eu apenas um, e elas tantas

Por vezes acontece-me conhecer mulheres que gritam silenciosamente, e gritam algo que provavelmente nunca diriam. Como há dias, quando estive numa mesma sala com uma mulher, numa reunião sem destaque, que se apresentava no topo da compostura, de cabelo bem penteado e roupa muito cuidada, discreta, elegante. Desconheço-lhe a idade. De certo modo, é irrelevante. Talvez trinta e muitos, ou quarenta e poucos. Ficaria surpreendido se fosse menos, ou mais.

Falou-me com um cuidado imenso. Num português sempre cuidado. Os gestos pareciam calculados. De extrema boa-educação, não era deferência para comigo. Era, senti, a sua forma de estar. Levou muito tempo a sair da minha cabeça a sua imagem. Fiquei marcado por ela, assim como fico marcado por outras que, ocasionalmente, produzem o mesmo efeito. É que, notem bem, por detrás de toda esta compostura e irrepreensível tacto, havia algo nela, no seu olhar, que gritava de forma muda um “por favor, fodam-me”, e eu dei por mim a pensar que nada a faria mais feliz, naquele momento, senão ver os botões da sua roupa voar pelo ar, arrancados de sopetão, empurrada contra a parede mais próxima com corpos em colisão, em esmagamento até, num rubor fantástico, do proíbido e de sensações que, tristemente, aquela sua expressão facial me dizia não conhecer há muito.

Fiquei embalado nessa ideia. De a ver com as calças escuras pendendo sobre uma cadeira, os sapatos longe, a blusa rasgada e o cabelo despenteado, mas sorrindo, sorrindo rendida de corpo suavemente pousado depois de uma maratona de arrepios e ondulações. Feliz. Às vezes acontece-me notar isso nos olhos das mulheres. Suspiro, porque sou apenas um, e elas tantas.

«conversa 1871» - bagaço amarelo

(ao telefone)


Ela - Vais ter ao café?
Eu - Vou. É só pôr um casaco e saio já.
Ela - Eu também vou só trocar de roupa. São cinco minutos...
Eu - Ah! Se vais trocar de roupa são mas é uns trinta ou quarenta minutos. Então espero mais um bocado.
Ela - Isso foi alguma boca foleira?
Eu - Não, não...
Ela - Bem, demora o tempo que quiseres mas não te arrisques a chegar depois de mim.
Eu - Então diz-me a que horas sais de casa...
Ela - Não digo nada. Não sei bem, por isso não digo. Só digo que não podes chegar depois de mim, senão fico sozinha numa mesa e não gosto.
Eu - Se chegar eu antes, fico eu sozinho numa mesa...
Ela - Claro, que é para eu não ficar.
Eu - Ah!
Ela - É preciso explicar tudo...

bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Fruta 76 - Ementa divinal

Photobucket

(a imagem 75 foi removida do PhotoBucket por ser inapropriada... para eles! Não podem ver um caralho, aqueles caralhos!)

Frases do Ricardo Esteves - Que se lixe o Robin!



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O assumido



HenriCartoon

14 fevereiro 2012

Workshop de BD erótica - que inveja da malta que tem jeito para desenhar...



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Nova colecção


Foto: Shark

Dr. Ambrósio

1) O meu namorado tem um Ambrosinho. Mesmo, Ambrosinhinho. Mas diz-me que, ah e tal, leu em livros que o tamanho não importa. Andou a ver estatísticas. A fazer contas de fita métrica na mão. Eu acho que são tudo tretas. Sinto-me Vazia e gostava de experimentar um Ambrósio a sério. Acham que sentirei a diferença?
Vazia na Caparica


Cara Vazia na Caparica.

O Ambrósio é um belo mordomo. Alto, espadaúdo, musculado. Bem apessoado! E sempre pronto para todo o serviço. Ele trabalha na sala, na cozinha, no quarto, na varanda, na arrecadação... Faz trinta por uma linha. Aqui em casa, não trocávamos este mordomo por outro. Quem encontra um Ambrósio a sério, não quer outra coisa.
Mas se o Ambrosinhinho não tem tamanho, ao menos pode dar despacho. Diga ao seu namorado que se ele perdesse menos tempo a ler tretas e mais a dar uso ao que tem, não se sentia Vazia na Caparica. E é melhor dar corda aos sapatos. Que é como quem diz, dar corda ao Ambrosinhinho. Quem avisa...

Obrigado por perguntar. Mande sempre.

2) Li a pergunta da Vazia na Caparica e queria fazer-lhe uma oferta. Sou um rapaz generoso, amigo do seu amigo, sempre disposto a ajudar quem precisa. Tenho um Ambrosiosão, às suas ordens, e não me importo de lho emprestar, por umas horas, ou mesmo uns dias. O que for preciso, para resolver o problema da rapariga. O que é que vocês, que parecem tão sábios, acham?
Avantajado em Viana

Caro Avantajado em Viana.

Bom para si. E provavelmente para mais alguém. Nós achamos que se deve incentivar a economia de troca. Se tem um bem de que outro consumidor necessita, é de bom tom e sinal de bom coração oferecer. O bom coração neste caso é fundamental, porque este orgão é que bombeia o sangue que faz a coisa funcionar. Bom, foquemo-nos.
Se a distância não for obstáculo, faça-lhe uma oferta que ela não possa recusar. A Caparica também é um belo sítio para se visitar. Pode ser que uma caldeirada no Barbas, ali bem juntinho à praia, possa servir de inspiração para outras caldeiradas. E convide o namorado dela também. Como todo a gente sabe, quanto mais peixes tiver a caldeirada, mais saborosa fica.

Obrigado por perguntar. Mande sempre.

[Momentos Sublimes - As aventuras picantes de um casal bem humorado]

Eva portuguesa - «Sonhos»

Sonhos... todos os temos.
E não me refiro aos bolos (se bem que esses também são um sonho para quem está de dieta).
Também não me refiro àqueles que temos sem darmos conta, enquanto dormimos; se bem que esses reflectem também os outros...
Alguém disse: "O sonho comanda a vida!".
Concordo com isto.
Acredito que é a vontade de ter e ser mais e melhor que faz o Homem evoluir.
E a forma mais pura e também mais honesta que eu conheço, vem da boca das crianças.
Sem condicionalismos de espécie alguma, manifestam claramente aquilo que querem ser e ter quando "forem grandes": quando for grande quero ter uma vivenda com piscina, um cão, muitos amigos e um carro daqueles que fazem muito barulho...
Mãe, quero um mano!
E um cão!
E todos os jogos para a playstation!
E conforme os sonhos mais facilmente concretizáveis deles se vão transformando em realidade, mais eles vão sonhando e exigindo.
E assim somos nós, adultos, quando ainda não matámos completamente a criança que em tempos fomos, quando ainda não nos rendemos completamente ao negativismo e desesperança...
Sonhos... que nos fazem avançar... que nos fazem continuar a lutar...
Os meus, hoje diferentes do que eram há cinco anos atrás e, com certeza, também diferentes daqueles que terei daqui a cinco anos... por vezes mais materialistas, outras mais espirituais, conforme a necessidade e a vontade...
Sonho em ter uma vivenda, num sítio calmo,com uma família feliz, cheia de crianças, onde ao fim de semana se reúnam amigos para dar mergulhos na piscina e fazer churrascadas... Reparem, de nada serve a vivenda sem a família, nem a piscina sem os amigos. O sonho é uma soma de fragmentos que só fazem sentido quando estão juntos e se complementam...
Sonho com a beleza e juventude "eternas", preciso delas para me sentir bem comigo própria, para gostar de mim... pode ser fútil mas neste momento é real...
Sonho com o corpo perfeito... que mulher não o faz?...
Sonho com viagens exóticas, com férias paradisíacas...
Sonho com não ter mais que me preocupar com o dinheiro (ou a falta dele) e poder ajudar quem precisa...
Sonho em conseguir paz, serenidade, sabedoria e calma para não permitir que coisas, situações e pessoas triviais me incomodem...
Hoje sonho com ter clientes; agradá-los e ser agradada...

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Painel de placas em osso escavado, da China


Detalhe:

Ena Pá 2000 - «Nunca 1»



Uma das grandes músicas românticas em língua portuguesa. A prenda da Maria Árvore para todos os namorados, no dia deles:

"O céu é azul
Os patos a nadar
E há tantas estrelas
No céu a cintilar

As bolas de sabão
Caem, caem no chão
Mas o nosso amor
É feito de betão

Nunca, nunca deixarei
De sentir ponta por ti
Nunca, nunca deixarás
De sentir ponta por mim

E é tão bom saber
Que será sempre assim!

Gosto muito do verão
É uma linda estação
Com todos os casais
A palpitar de mão em mão

Os sinos da Sé
Batem, batem com fé
Mas eu pela Tété
Estou com o zé sempre em pé

Nunca, nunca deixarei
De sentir ponta por ti
Nunca, nunca deixarei
De gostar de chantilly

E é tão bom saber
Que será sempre assim!

As bolas de sabão
Caem, caem no chão
E eu pela Tatão
Sinto uma enorme atracção

Nunca, nunca deixarei
De sentir ponta por ti
Nunca, nunca deixarei
De lamber o teu pipi

E é tão bom saber
Que será sempre assim!"