22 abril 2012

Suicida



Não cortara os pulsos que nunca conseguira matar sequer um coelho e enfiar uma faca pela sua carne adentro devia doer como o caraças. Tentou os comprimidos mas a meio da caixa engasgou-se e vomitou tudo de uma assentada. Era um fracasso como suicida mas se três é a conta que Deus fez e o número da Santíssima Trindade e da virgindade e dos copos de tinto das tascas ainda lhe restava uma tentativa.

Congeminou uma ideia prazenteira a terminar numa congestão. O óbice é que se os gajos podem encontrar com facilidade uma puta num mapa de esquinas conhecido para fazer o que tem de ser feito já uma gaja tem de procurar nos anúncios aqueles gajos que publicitam uma amizade com descrição ou tem uma agenda com números de telefones para encomendar quecas prontas a servir. Podia tentar engatar um gajo num bar ou discoteca mas com o azar que a caracterizava o fuso horário desses sítios ainda lhe fornecia a queca só passadas as três horas da digestão e perdia-se todo o fulcro da coisa.

Lembrou-se então de vestir um soutien-macaco para içar as mamas, uma mini saia mais berrante que um colete reflector e esticar pelas pernas acima umas daquelas meias de rede putérrimas e findo o jantar abalou para as esquinas do topo da Rua da Castilho que é sabido funcionarem 24 horas por dia. As que lá estavam puxaram dos galões de antiguidade e quiseram saber ao que vinha mas ela lá se desembrulhou a provar que não era concorrência desleal mas apenas um motivo de força maior, uma reportagem que tinha de concluir e até anotou os nomes de todas prometendo publicá-los em letra impressa o que lhe valeu o almejado sexto de esquina.

Às tantas, um dos engravatados pululantes lá veio apreçar a mercadoria e com a segurança das notas e cartões de crédito na carteira regateou que até pagava mais sem preservativo. Como isso até era para o lado que as intenções dela dormiam melhor descaiu-se na honestidade de que nem tinha de pagar mais e o energúmeno desatou num berreiro a atirar-lhe com nomes que considerava feios como puta, filha de outra e até sidosa que isso é que foi vergonhoso e lhe espantou toda a freguesia.


(Foto © Salvador Pozo, 2007, Robotica & cinturones)

Parla



Ricardo - Vida e obra de mim mesmo
(crica na imagem para abrir aumentada numa nova janela)

21 abril 2012

Homens, aprendam a assar um peru

Alguns dos quadros da minha colecção vão estar expostos em Coimbra...

... mais propriamente no Recordatório Rainha Santa Isabel (Santa Clara, junto ao Portugal dos Pequenitos), entre os dias 24 de Abril e 6 de Junho.
Como a sala é pequena, vai ter apenas uma pequena amostra dos mais de 80 quadros a óleo, acrílico, serigrafias,... da minha colecção de arte erótica.
E aí está, divulgada na agenda de actividades de Coimbra, feita pela Câmara Municipal:




E aqui está o convite para a inauguração, dia 24 de Abril, às 18h00, extensivo (e intensivo) a todos [M/F]:


O Shark resume admiravelmente o evento: "Sexo no Recordatório"

O poder da vagina



Via Testosterona

Um sábado qualquer... - «Sonhos»




Um sábado qualquer...

20 abril 2012

Em discurso directo

Depois de três horas ininterruptas de sexo oral com ela fiquei com a certeza de que teria sido melhor fazê-lo do que verbalizá-lo.

Limites, limitações e preferências na primeira pessoa

Não me perturbam os conteúdos sexuais. Tenho as minhas preferências, mas para mim não há umas coisas e umas posições mais assim ou menos assado. Isso nem sequer me passa pela cabeça. Nem existe. O meu limite é a salvaguarda da minha integridade física (na qual incluo a saúde) e a do meu parceiro. Não gosto de dor. E se não gosto para mim, também não gosto de o produzir no outro. Quando o corpo se queixa lá tem as suas razões, e a mim me bastam as que me saem de borla na rifa. Pouca dor me basta para perder completamente o tesão. O que não significa que nalgumas situações não me agradem umas palmadinhas… e tal… pela dominação em si. Se noutras coisas o faço, por amor, amizade, ou apenas generosidade, no sexo sou pouco dada ao “sacrifício” ou a fingimentos de cortesia. Não o tolero por ser algo que interfere com a minha forma de educar o meu próprio corpo: considero nocivo “poluir” a minha sexualidade com momentos que não sejam de prazer.

Gosto de me sentir fêmea, gosto de rebolar, de me dar, de me entregar, de receber, gosto de ser possuída a sério, dominada a sério. Entrego-me a sério. E se volta e meia sou eu a dominar, também gosto de o fazer com intensidade, física e psíquica. Gosto de dar. Adoro! De forma activa, ou passiva. Ao ponto de ser uma espécie de “tara”. Fazer uma massagem oriental, excita-me. Quando sinto que estou a sair do domínio do “sexo” para entrar no domínio da “arte”, é o êxtase! Mas seja qual for a situação, o prazer do outro para mim é mesmo fundamental. Para o que quer que seja, não me basta o “consentimento”, preciso da vontade. Se sinto que a coisa não está a correr bem para o lado de lá, perco o interesse.

Não gosto de variar. Tenho dificuldade em encontrar um amante. Dificilmente me disponho a ter sexo com alguém sem averiguar se de facto temos hipóteses de encaixar bem… ou seja, sem que haja suficiente empatia potencial, física, psíquica e sexual. As excepções são feitas de interesses e de curiosidades muito específicos que raramente chegam ao que eu chamo de “sexo”. A “queca vadia” não me interessa. Não me interessa porque não me dá prazer. Mas claro que experimento o que tenho a experimentar, e nunca me ocorreu avaliar antes as disposições futuras de alguém para… Nem isso para mim faria sentido. Se me disponho à experiência, é pela experiência, e com vontade, alegria, e nenhuma expectativa. Mas, por preferência, não gosto de variar. Isto porque do que eu gosto é do corpo que investigo, que aprendo a conhecer, que reconheço, que farejo, o corpo para o qual desenho o meu prazer até ao último milímetro, o corpo no prazer do qual “trabalho” como um “projecto”, uma escultura, o corpo aonde aporto como um barco ao cais, onde sei já de cor todos os cantos onde haja tomadas a que ligar a minha “ficha”, o corpo a que aprendo a dominar o prazer ao limite da tangente, o corpo que transformo para mim própria no desafio de ir ainda mais além… o corpo ao qual agrada desafiar também os limites do meu prazer… é esse o corpo de que gosto… e um corpo assim, que seja capaz e que se disponha a chegar aqui, é difícil de encontrar e demora sempre algum tempo a “construir”… e a seguir… por isto ou por aquilo, às vezes é preciso recomeçar…

«conversa 1885» - bagaço amarelo

Ela - Todos os dias tenho pelo menos uma discussão com o meu namorado. É espectacular!
Eu - Espectacular?!
Ela - Sim, acho que nunca gostei tanto de ninguém como dele. Quando passo dias a fim sem discutir com uma pessoa é porque ela, simplesmente, não me interessa.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Santa investigação a futuros padres




HenriCartoon

Quem são as Meninas WTF?

Cooomo sabemos que a maioria nesse novo espaço não conhece nossas tão amadas Meninas WTF, resolvemos criar uma pequena e singela apresentaçãozinha pra vocês. Dá pra ter uma noção do nosso elenco composto pelos rostinhos donos dos melhores cachês das tirinhas desse BRASYU-ZIL! Com vocês, as digníssimas Meninas WTF:




Meninas WTF

19 abril 2012

O que as mulheres dizem quando fazem sexo oral aos homens

«Umas abertas» - Patife

No outro dia saí todo contente à rua assim que ouvi no rádio a previsão de períodos de chuva com algumas abertas. Onde há umas abertas o Patife marca logo presença e sou muito picuinhas nestas coisas. Lá saí de casa de guarda-chuva na mão, à espera que aparecessem as abertas anunciadas. Apesar de não ter parado de chover apanhei uma aberta logo ao virar da esquina e trouxe-a para casa. Ou pelo menos eu esforcei-me por imaginá-la toda aberta. Já a conhecia ali das esplanadas do Chiado e normalmente trocávamos uns acenos ou uns bons dias. Estava toda encharcada e eu disse que tratava dela. O que foi bem verdade. Assim que estou a começar o tratamento deparo-me com a coninha mais bem-feita da história das coninhas. Um paraíso chonal. Um oásis do pachachal. Uma autêntica ode ao grelo. De formas convexas sem ponta de escancaramento exagerado, claramente de uso selecionado. Como diria o célebre Pipi, “até cheirava a novo”. Como os travões da língua estão gastos, assim que avanço para lambuzar aquela pachachona, e como sou um moço educado e de elogio pronto, saiu-me um naturalíssimo: Mas que bela cona, sim senhora. Até as bordas da pachacha se franziram: Ai Patife, cona não. Cona é que não! Lembrei-me do Miguel Esteves Cardoso, uma referência nos relatos da fodenguice, e apeteceu-me igualmente perguntar-lhe “Há alguma lista que eu possa consultar?”. É que eu perco o tesão com o clínico vagina, desato a rir se me dizem para lhes ir ao pipi, temo que o meu cérebro comece a bolsar se ouço a palavra pombinha, fico com a picha marreca se me imagino a pinar uma parreca, sinto-me um actor porno de classe Z se digo que lhe vou lamber a boceta, receio passar por campónio se disser que lhes vou ao pito e tenho a certeza que qualquer gaja iria buscar um insecticida ou desataria a fugir se eu manifestasse o meu encanto por uma linda rata. Além de que o Pacheco não é vegetariano para andar a papar grelos. Por isso deixei-me de merdas, disse de forma decidida Cona é que sim!, que até é um dos meus lemas de vida, e chafurdei aquilo tudo. Não que me importe muito, pois ninguém me mete freios na língua, mas agora pergunto-me, do alto da pertinência científica, qual será a fórmula léxico-pachachal mais consensual de se ouvir na hora de pinar?

Patife
Blog «fode, fode, patife»