25 julho 2012

Talvez



Talvez no silêncio da nudez

os sussurros soltem a promessa

e a palavra se dispa de rubor
e se pinte no vermelho dos meus lábios
picantes, mordazes,
que t’atormentam a pele doce
roçada suavemente,
beijada em fúria,
mordida em sofreguidão…
E nesse estado febril
em que te deixo,
ser-te alívio da erecção
plena e extensa
em virginal deleite
em estado de meretriz.

Talvez me tenhas no segundo
eterno do tempo,
onde os relógios são apenas
olhares esquivos e sedutores,
e m’entregues tudo o que tens
nas minhas cavernas
lascivas e travessas.

Talvez no silêncio das palavras
os corpos gritem (o meu, o teu)
que se amam!


Vera Sousa Silva
poema no livro "Bipolaridades"
Blog Palavras Soltas


«conversa 1902» - bagaço amarelo

Ela - Há dias vi na televisão uma coisa que me assustou.
Eu - O quê?
Ela - Um homem a dizer que se tinha esquecido de dizer regularmente à mulher o quanto gostava dela. Habituou-se tanto à presença dela que deixou de lhe dar importância, e só quando ela morreu é que ele percebeu a falta que ela lhe fazia...
Eu - É forte!
Ela - É assustador, não é?
Eu - É, mas se tens consciência disso, podes ir já dizer ao teu marido que o Amas.
Ela - Bem... o que me assustou é que é ele que nunca mo diz a mim.
Eu - E tu dizes-lhe a ele?
Ela - Não, mas peço-lhe para ele mo dizer a mim, o que vai dar ao mesmo. Não achas?
Eu - Pedes-lhe para ele te dizer que te Ama e ele nunca to diz?
Ela - Sim.
Eu - Pois... assim a pedido eu também não dizia. A palavra "amo-te" tem que sair sem ser a pedido.
Ela - Então agora não lhe vou pedir mais.
Eu - Se calhar devias dizer-lho tu primeiro.
Ela - Isso não. Tem que ser o homem primeiro.
Eu - Porquê?
Ela - Se uma mulher diz a um homem que o Ama, ele pensa logo que ela quer pinar.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Há malta que nunca sai do armário...




«Johnny» - de Andrea Maestri

Aprende a livrares-te de um homem







Via Testosterona

24 julho 2012

Hospedeiras de serviço púbico

... ou, como diz o Sérgio, "isto é que é a verdadeira «companhia» aérea!"

Eva portuguesa - «Traída»

Sinto-me traída! Por mim, pelos homens que conheci e que me prometeram tanto sem nada dar, pela vida que ajuda os que enganam e mentem e se esquece dos que lutam.
Traída pelo destino que não me permite sair desta vida, depois de me fazer sentir destinada a outra...
Traída pela morte, que nos rouba os que amamos, os que nos amam, os que nos poderiam vir a amar...
Traída por me ter permitido acreditar e sonhar numa vida bem melhor... traída pela minha confiança, esperança, ingenuidade e também egoísmo e ambição...
Traída por valores de que não me consigo libertar e que me impedem de ir mais longe...
Traída pela esperança, que deu lugar ao desespero... pela alegria, que deu ligar à tristeza... pela dúvida, que deu lugar a uma certeza nua, crua e fria...
Traída pelo meu optimismo, que me abandona tantas vezes e me deixa perdida no meio das lágrimas...
Traída por sentir dolorosamente a perda de alguém que nunca chegou a ser meu... traída pelos sonhos que não realizei mas que tanto desejei...
Traída por ser um joguete nas mãos de desconhecidos poderosos e endinheirados...
Traída por ter entrado num mundo do qual desconheço todo o tipo de regras e manhas...
"Os meus amores morrem mesmo antes de nascerem". Podia aplicar esta frase de uma personagem de um livro de Paulo Coelho a tantas coisas da minha vida... a algumas que literalmente aconteceram assim e outras de forma figurada... 

Vejo constantemente a vida fugir-me por entre os dedos, sem eu ter forças ou meios para agarrá-la... vejo as promessas chegarem e partirem sem se concretizarem... vejo a esperança dos sonhos querer instalar-se  mas eu não o permitir...
Sinto o amor bater à minha porta de uma forma tímida e apagada, e eu nem o ouvir...
Acredito que a nossa vida está nas nossas mãos. Acredito, por isso, que somos responsáveis por ela. E, assim sendo, em primeiro e último lugar, eu sou a minha principal traidora. Amo quando e quem não devo, acredito no irreal, espero o inalcançável. Fujo da responsabilidade de ser feliz; deixo que outros comandem os meus passos e os meus sentimentos; acredito nos mentirosos; desconfio dos honestos; duvido de mim; sonho com o impossível; não aceito o momento; espero que me salvem, esquecendo que a única pessoa que me pode salvar sou eu própria...

Vejo luz no meio da escuridão; não encontro a saída quando ela está mesmo à minha frente...
Traio-me constantemente, a cada passo, cada hora, cada minuto.
Traio-me, quanto mais não seja, quando permito que outros o façam...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Postalinho da horta da Suzana

"Olá, São Rosas,
Ora toma... tomates da minha horta.
Suzana R."

São Rosas - "São tomates com tomates"
Rafaelito - "São tomates directamente ligados à bexiga!" ou "É um balão do Benfica com duas bochechas..."
Gotinha - "A mim parece-me o Mickey em versão Benfica."



Postais eróticos espanhóis com imagens diferentes conforme o ângulo de visão

São três postais diferentes. Vistos de frente, parecem postais inocentes, um deles com um desenho de um nu.
Inclinando os postais, as mulheres aparecem nuas.
Mais três delícias para a minha colecção.







23 julho 2012

Nacho Vidal num anúncio para um revigorante masculino


Fortiplus commercial from totalissimo on Vimeo.

«orangotangos» - bagaço amarelo

Enquanto género, o homem é um ser desprezível. Torna-se ainda mais desprezível quando comparado com a mulher. É uma verdade que tenho como certa, ou uma certeza que tenho como verdade. Tanto faz. Pensei nisto hoje de manhã, quando entrei no metro do Porto, mas a verdade é que é um pensamento que se está a tornar repetitivo. Todos os dias, por um motivo qualquer, sou assaltado por ele. E todos os dias, meus amigos, é a estatística a dar-nos certezas.
Voltemos ao metro do Porto hoje de manhã. Entro na estação das Sete Bicas em direcção a Campanhã, uma estação depois entra uma das mulheres mais bonitas que já vi na minha vida. Sem exageros. Olho para ela e agradeço-lhe, em pensamento, o facto de ter tornado esta ordinária viagem de metro numa coisa extraordinária. Os olhos dela cruzam-se com os meus e eu desvio-me. Atrás de mim ouço um grupo de rapazes em risadas histéricas que são, obviamente, por causa dela. É uma atitude animalesca, de quem se manifesta fisicamente por ser incapaz de qualquer reacção intelectual à presença duma mulher bonita. Quando ela se levanta para sair, na Trindade, eles grunhem uma última vez. Depois calam-se. Um homem mais velho, embalado por aquela performance dantesca, grita-lhe qualquer coisa como: "Gandas marmelos!". É a primeira vez que tenho vergonha do meu género neste dia. Não será a última.
Chego ao meu local de trabalho e abro o meu email. Um amigo enviou-me um link para uma reportagem sobre abusos sexuais a orangotangos fêmeas na Indonésia. Os animais, uns, são capturados, acorrentados a camas e preparados para a prostituição. Outros, sempre homens, pagam esse abuso sexual. Por um momento faz-se luz. Há qualquer coisa comum nesta notícia e naquilo a que assisti no metro. É a ausência total de emoção e de razão. E isto, meus amigos, só acontece em homens.
No género masculino, há um número significativo de indivíduos cuja vida é totalmente aniquilada por uma hormona. Quando digo vida, digo também capacidade de Amar. É por isso que são sempre homens, os autores das notícias mais escabrosas sobre abusos sexuais. Ponto. As mulheres são diferentes. São melhores, e estranhamente mantêm a capacidade e paciência para viver no meio dos homens. Não as compreendo. Admiro-as.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Vou-te comer


pincho...

acham necessário recomendar que a sua utilização seja de uso obrigatório...

Tarado!




Essas burcas só sevem pra causar confusão.

Capinaremos.com