Blog Farinha Amparo
26 agosto 2012
Treino de bancada
Oh mana,
este teu email à beira de um ataque de nervos, lembra-me que o futebol não está erradicado das conversas nem os media que o difundam mas caramba, as manobras de diversão ainda existem.
Foi uma ideia peregrina comprares esse plasma de cento e tal centímetros, mesmo convidativo para ele se esparramar no sofá atafulhado em latas de cervejas e cascas de amendoins e pistácios. Ainda estás vestida a lamentar a tua sorte?... E se pegasses nos trajes menores e por tudo e por nada, passeasses constantemente as tuas bolas saltitantes à frente do televisor? Faz de conta que apanhas algo do chão e sem flectir as pernas, nivela-me o rabo bem pelo meio do ecrã. Senta-te ao lado dele no sofá, de cerveja na mão, a beber directamente pelo gargalo e de língua espetada sorve todas as gotas de espuma que comecem a escorrer, com pronunciados sons guturais, que os gajos emprenham muito pelos ouvidos. E quando uma gota de água escorrer da cerveja geladinha mesmo para cima dos teus seios, ou tu forçares um bocadinho para que isso aconteça, chama-lhe desmesuradamente a atenção para a desgraça que te aconteceu e te está a gelar o corpinho.
Se nada disto lhe provocar a tumescência desejada, não há como sentares-te directamente no colo,agitares as nádegas como uma gelatina e garantires o domínio da bola.
Qualquer coisinha mais, é só ligares o chat do facebook ou pegares no head set para delinearmos a táctica nesse mesmo instante.
25 agosto 2012
«conversa 1907» - bagaço amarelo
Eu - Aquele com quem andavas a sair há quase meio ano?
Ela - Sim. Até chorei.
Eu - Doeu-te?
Ela - Não estúpido. Fiquei emocionada.
Eu - Ah!
Ela - Ah?! É só isso que tens para me dizer?
Eu - Eu não estava lá. Queres que te diga o quê?
Ela - Como amigo, podias perguntar-me como é que me sinto.
Eu - Já sei que choraste porque te emocionaste. Como é que sentes, então?
Ela - Nem sei bem...
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«Memoires de Versorand»
Livro erótico francês de 1751 (1ª edição) em dois volumes e seis partes (136, 140 e 132 páginas + 135, 123 e 142 páginas).
Editado em Amesterdão.
500 gr / 8 x 14 cm /
Esta obra foi por vezes sub-intitulada «o libertino que se tornou filósofo».
Recebido de fresco na minha colecção.
Editado em Amesterdão.
500 gr / 8 x 14 cm /
Esta obra foi por vezes sub-intitulada «o libertino que se tornou filósofo».
Recebido de fresco na minha colecção.
24 agosto 2012
«Repetidamente e uma vez mais» - João
"Estávamos num vigésimo segundo andar ao final da tarde, e nenhum outro prédio das redondezas era tão alto quanto este. Uma das paredes da casa-de-banho, como aliás a de outras divisões da casa, era totalmente envidraçada. Noutra parede, perpendicular à vidraça, existia um espelho que acompanhava toda a parede até à porta, e, abaixo dele, uma bancada de pedra negra, ampla, com dois lavatórios próximos e dois copos de vidro. Em pé, apoiado na bancada, observava os pequenos sabonetes e um pincel de barba.
A ausência de prédios próximos com a mesma altura, e o facto de os pisos no topo terem superfícies envidraçadas, retira a necessidade de reserva. Naquele duche podem tomar-se banhos prolongados com o sol a beliscar a nudez, pode passear-se por toda a casa sem que a roupa seja necessária, pode ler-se um livro junto ao vidro, olhando o resto da cidade, como se se estivesse sozinho no mundo. Ninguém vê.
Ninguém te viu entrar. Traiu-te o barulho de chaves pousadas sobre loiça numa pequena prateleira junto à porta de entrada. O som de saltos no pavimento foi discreto, quando te aproximavas de um roupeiro onde deixaste um casaco comprido. A mala atiraste para o longo sofá com vista para a cidade e uma avenida que se projectava distante e perpendicular à fachada envidraçada daquele apartamento. Sentaste-te numa parte dele e depois deslizaste até à chaise longue. Arranjaste o cabelo ao mesmo tempo que um pé empurrava primeiro um sapato para o chão, e depois o outro. Desapertaste a blusa que vestias botão por botão, deixando-a vestida mas com o soutien rendado visível, através do qual havia um vislumbre de mamilos bem desenhados.
Ouviste-me, por fim, dentro da casa de banho, quando a torneira da água foi aberta, e a lâmina se limpava dos pêlos de uma barba desfeita. Rolaste no sofá até te ergueres, soltando o colchete e deslizando o fecho que segurava a saia lápis no seu lugar. Caiu, sem amparo, no chão. Sem ruído e sem queixume, não muito longe dos sapatos. Eras tu, de blusa aberta e renda arejada como que deslizando até à porta de onde eu estava, apenas para me provocar enfiando um dedo entre a tua carne e o tecido que te cobria a genitália, descendo-o lentamente, passando o joelho, tombando também. Estavas a pouca distância de nua. E, rodando, viravas-me as tuas nádegas num convite, como quem me pergunta se já tinha almoçado naquele dia, se tinha fome, se estava interessado numa sobremesa e café.
Disse-te que sim, perseguindo-te pelo espaço, enquanto me fugias em direcção ao sofá. Detiveste-te nas costas dele, parada de costas para mim. Costas, as tuas, que inclinaste em frente, deixando-me um caminho aberto, umas pernas ligeiramente afastadas e nádegas que ofereciam visão e espaço para uma invasão. Disse-te que sim, que uma sobremesa e um café seriam boa ideia, e penetrei-te repetidamente, sem pensar no sofá que se marcava com os nossos odores, sem pensar em mais nada. Ejaculei profundamente dentro de ti, enquanto te segurava as mãos, puxando os teus braços atrás das costas. Quando as larguei, julgo que estavas sem forças. Deixaste-te cair, e eu também, rodando até me sentar ao teu lado.
Num mundo sem consequências terias sido fodida assim, mas no mundo que existe, fiquei de mãos assentes na bancada de pedra escura, segurando com pouca firmeza uma lâmina, a cara ainda coberta de espuma, dois copos de vidro por usar e um pincel da barba molhado. Com o meu olhar na água que corria e o calor do sol que entrava e me banhava a nudez, pensava na sobremesa e no café, nas mãos presas atrás das costas, nas penetrações profundas, e nos acidentes de que tentamos fugir."
João
Geografia das Curvas
A ausência de prédios próximos com a mesma altura, e o facto de os pisos no topo terem superfícies envidraçadas, retira a necessidade de reserva. Naquele duche podem tomar-se banhos prolongados com o sol a beliscar a nudez, pode passear-se por toda a casa sem que a roupa seja necessária, pode ler-se um livro junto ao vidro, olhando o resto da cidade, como se se estivesse sozinho no mundo. Ninguém vê.
Ninguém te viu entrar. Traiu-te o barulho de chaves pousadas sobre loiça numa pequena prateleira junto à porta de entrada. O som de saltos no pavimento foi discreto, quando te aproximavas de um roupeiro onde deixaste um casaco comprido. A mala atiraste para o longo sofá com vista para a cidade e uma avenida que se projectava distante e perpendicular à fachada envidraçada daquele apartamento. Sentaste-te numa parte dele e depois deslizaste até à chaise longue. Arranjaste o cabelo ao mesmo tempo que um pé empurrava primeiro um sapato para o chão, e depois o outro. Desapertaste a blusa que vestias botão por botão, deixando-a vestida mas com o soutien rendado visível, através do qual havia um vislumbre de mamilos bem desenhados.
Ouviste-me, por fim, dentro da casa de banho, quando a torneira da água foi aberta, e a lâmina se limpava dos pêlos de uma barba desfeita. Rolaste no sofá até te ergueres, soltando o colchete e deslizando o fecho que segurava a saia lápis no seu lugar. Caiu, sem amparo, no chão. Sem ruído e sem queixume, não muito longe dos sapatos. Eras tu, de blusa aberta e renda arejada como que deslizando até à porta de onde eu estava, apenas para me provocar enfiando um dedo entre a tua carne e o tecido que te cobria a genitália, descendo-o lentamente, passando o joelho, tombando também. Estavas a pouca distância de nua. E, rodando, viravas-me as tuas nádegas num convite, como quem me pergunta se já tinha almoçado naquele dia, se tinha fome, se estava interessado numa sobremesa e café.
Disse-te que sim, perseguindo-te pelo espaço, enquanto me fugias em direcção ao sofá. Detiveste-te nas costas dele, parada de costas para mim. Costas, as tuas, que inclinaste em frente, deixando-me um caminho aberto, umas pernas ligeiramente afastadas e nádegas que ofereciam visão e espaço para uma invasão. Disse-te que sim, que uma sobremesa e um café seriam boa ideia, e penetrei-te repetidamente, sem pensar no sofá que se marcava com os nossos odores, sem pensar em mais nada. Ejaculei profundamente dentro de ti, enquanto te segurava as mãos, puxando os teus braços atrás das costas. Quando as larguei, julgo que estavas sem forças. Deixaste-te cair, e eu também, rodando até me sentar ao teu lado.
Num mundo sem consequências terias sido fodida assim, mas no mundo que existe, fiquei de mãos assentes na bancada de pedra escura, segurando com pouca firmeza uma lâmina, a cara ainda coberta de espuma, dois copos de vidro por usar e um pincel da barba molhado. Com o meu olhar na água que corria e o calor do sol que entrava e me banhava a nudez, pensava na sobremesa e no café, nas mãos presas atrás das costas, nas penetrações profundas, e nos acidentes de que tentamos fugir."
João
Geografia das Curvas
Kruzes, Kredo!
Pode parecer estúpido mas não é,
sobretudo quando se está na minha pele.
Aqui há dias reparei num sms trocado
entre dois jovens coisos agarrados a jovens pilas e para meu horror
vi lá escrita por diversas vezes uma palavra nova e que, confesso,
me custou a admitir que queira dizer o mesmo que a outra.
Cada coiso ou coisa agarrados a nós
sente-se no direito ao respeito pela sua sensibilidade mas
dificilmente encontram naquele monte de coisas estranhas uma zona
mais sensível do que a nossa, a zona erógena. Por isso mesmo não
me inibo de manifestar o meu desagrado pela forma como os coisos
pequenos adulteram (isto soa bizarro, eu sei) a língua sem
necessidade alguma e sem respeito pela forma como isso pode afectar
uma piroca no âmago do seu ser.
A palavra que me chocou é kona. Até
me custa olhar esta monstruosidade que associa à imagem de algo belo
uma outra que a transforma num pesadelo e eu posso explicar porquê.
A palavra cona, a que os jovens coisos
se referiam, não é um termo feliz, isso posso admitir, e só ganhou
popularidade por apesar do estatuto de palavrão acabar por ser uma
opção mais razoável do que o termo institucional vagina.
Porém, cona é uma palavra inspiradora
até nas letras que a formam, nomeadamente aquele ó tão apetecível
que nos permite uma ligação mental directa a um espaço paradisíaco
e sem o qual nenhuma pila como eu conseguiria sobreviver, pelo menos
com a mesma vitalidade que gosto de louvar. Sim, os coisos agarrados
à nós convencionaram que cona não se pode dizer ou não se deve
dizer embora ande na boca de muita gente e disso não falo por
interposta piroca, sou testemunha.
Contudo, essa palavra para mim tão
apelativa sofre uma mutação tão horrível como se de repente os
coisos agarrados a nós passassem a ter lâminas de barbear entre as
pernas em vez de pirocas magníficas como a que coube em sorte ao
coiso agarrado a mim,
Kona parece ser a mesma coisa, soa
parecido e tudo, mas há a tal questão de pormenor (e o diabo está
sempre nos pormenores) que parece irrelevante para as coisas e os
coisos mas para uma pila não é, pois transforma um espaço seguro e acolhedor numa guilhotina imaginária..
Bastam dois dedos de prepúcio para
perceber que é um insulto associar à palavra mais bonita do
Universo a letra mais insuportável do alfabeto! Qualquer pila
percebe porquê.
E a de um tal de Lorenzo Bobbit pode
explicar com maior detalhe...
São Rosinhas!...
Recebo regularmente informação sobre as novidades da malta amiga da Erosfarma.
Desta vez, chamou-me a atenção um "adorno mamilo Rosinhas vermelho". Que bela homenagem me fazem!...
Alguma alma caridosa me quererá oferecer isto? Eu juro que uso (na minha colecção)!
Desta vez, chamou-me a atenção um "adorno mamilo Rosinhas vermelho". Que bela homenagem me fazem!...
Alguma alma caridosa me quererá oferecer isto? Eu juro que uso (na minha colecção)!
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