24 agosto 2012

Kruzes, Kredo!


Pode parecer estúpido mas não é, sobretudo quando se está na minha pele.
Aqui há dias reparei num sms trocado entre dois jovens coisos agarrados a jovens pilas e para meu horror vi lá escrita por diversas vezes uma palavra nova e que, confesso, me custou a admitir que queira dizer o mesmo que a outra.
Cada coiso ou coisa agarrados a nós sente-se no direito ao respeito pela sua sensibilidade mas dificilmente encontram naquele monte de coisas estranhas uma zona mais sensível do que a nossa, a zona erógena. Por isso mesmo não me inibo de manifestar o meu desagrado pela forma como os coisos pequenos adulteram (isto soa bizarro, eu sei) a língua sem necessidade alguma e sem respeito pela forma como isso pode afectar uma piroca no âmago do seu ser.
A palavra que me chocou é kona. Até me custa olhar esta monstruosidade que associa à imagem de algo belo uma outra que a transforma num pesadelo e eu posso explicar porquê.

A palavra cona, a que os jovens coisos se referiam, não é um termo feliz, isso posso admitir, e só ganhou popularidade por apesar do estatuto de palavrão acabar por ser uma opção mais razoável do que o termo institucional vagina.
Porém, cona é uma palavra inspiradora até nas letras que a formam, nomeadamente aquele ó tão apetecível que nos permite uma ligação mental directa a um espaço paradisíaco e sem o qual nenhuma pila como eu conseguiria sobreviver, pelo menos com a mesma vitalidade que gosto de louvar. Sim, os coisos agarrados à nós convencionaram que cona não se pode dizer ou não se deve dizer embora ande na boca de muita gente e disso não falo por interposta piroca, sou testemunha.

Contudo, essa palavra para mim tão apelativa sofre uma mutação tão horrível como se de repente os coisos agarrados a nós passassem a ter lâminas de barbear entre as pernas em vez de pirocas magníficas como a que coube em sorte ao coiso agarrado a mim,
Kona parece ser a mesma coisa, soa parecido e tudo, mas há a tal questão de pormenor (e o diabo está sempre nos pormenores) que parece irrelevante para as coisas e os coisos mas para uma pila não é, pois transforma um espaço seguro e acolhedor numa guilhotina imaginária..
Bastam dois dedos de prepúcio para perceber que é um insulto associar à palavra mais bonita do Universo a letra mais insuportável do alfabeto! Qualquer pila percebe porquê.
E a de um tal de Lorenzo Bobbit pode explicar com maior detalhe...