08 setembro 2012

A amante caprichosa

Como eu sempre digo,
nem tudo o que nos fode é erótico!



HenriCartoon

Homens, aprendam a construir um painel curvo para estúdio fotográfico

«coisas que fascinam (145)» - bagaço amarelo

a galope

O símbolo dos correios era (acho que ainda é) um homem a cavalo com uma corneta. Fazia jus às cartas de Amor que se escreviam. Entre Aveiro e Setúbal, por exemplo, eram dois dias a cavalgar para lá e dois dias a cavalgar para cá. Escrevia-se uma carta e, quando se estava mais ansioso, escrevia-se outra ainda antes de ter recebido a resposta da anterior. Eram cartas que levavam tudo de quem as escrevia. Suores, nervos, medos e sobretudo saudade. Não admira que o cavaleiro fosse a abrir caminho e levasse uma corneta para anunciar a sua chegada.
As cartas de Amor encolheram-se com o tempo. Ficaram reduzidas a mensagens de telemóvel ou emails escritos à hora do almoço, naqueles dias em que se fica a comer uma sanduíche em frente ao computador do escritório. É uma pena. Uma carta de Amor era um investimento total numa paixão que se tinha, um sms é uma espécie de aposta no casino. Se der deu, se não der não deu. Gastou-se a moeda.
Eu decidi montar um cavalo e galopar de novo. Há uns dias, durante umas arrumações lá em casa, a Raquel mostrou-me uma pilha de cartas de Amor que recebeu durante a vida. Não as li, mas gostei de as ver ali arrumadinhas numa caixa colorida, como se alguém as tivesse deitado e ajustado o lençol para que dormissem bem. Não é possível guardar assim um email. Mesmo que se imprima, falta-lhe o cheiro, a cor, o nervo, a vida.
A galope, portanto.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Querem melhor imagem promocional para preservativos?

Com argumentos assim, até se põem preservativos às camadas!
Uma ideia genial, nesta caixinha que tive que comprar... para a minha colecção.


Um sábado qualquer... - «Explicações»



Duvida? Clique aqui.

Um sábado qualquer...

07 setembro 2012

O sistema de comentários do blog está funcional


Desde 2ª feira que o sistema de comentários não funcionava.
Da empresa onde tenho o sistema, diziam-me que só podia ser do Blogger. Do Blogger, não me diziam nada...
Só o Ling Fude, espiçalista nestas coisas, conseguiu detectar o erro: uma plica (') que estava fora do sítio numa das tabelas da base de dados.
Uma pintelhice...
Que bem vos venhais todos de novo aos comentários.

Como ode o OrCa,
"em boa hora essa plica
voltou ao seio da placa...
sem comentar não dá pica
malvada plica de caca!"

«Os homens perfeitos» - João

"Mulheres, lamento que nos possam considerar básicos (como muitas de vós consideram), mas na origem disso está o facto de o nosso negócio primordial ser fácil de entender: caçar ou ser comido. Tornámo-nos pragmáticos – que é aquilo a que vocês preferem, carinhosamente, chamar básicos – quando tínhamos de correr envoltos em peles, segurando lanças, para caçar animais, sobreviver e procriar. Esse pragmatismo acompanhou-nos com as ampulhetas e clepsidras, e mantém-se, ainda hoje. E permanece útil, na medida em que as bestas, peles e lanças apenas mudaram de configuração, mas o desafio permanece razoavelmente inalterado.
Esse pragmatismo que me lança no texto, e que pretende enquadrar o vosso pensamento para aquilo que se segue, também está presente naquilo que esperamos de uma mulher. Se vos falo disto é porque vos quero bem, porque lamento não ter tempo para a todas conhecer em sentido bíblico – e é uma irreparável dívida, essa, que assumo – e porque já o tendo dito inúmeras vezes, creio, ainda, não ter sido suficientemente levado a sério. Mas devia.
Um homem procura, no essencial, três coisas numa mulher com quem pretenda fazer uma vida: uma amiga, que convém inteligente, para conversar connosco, para ir connosco ao cinema, para nos ouvir os desabafos, para nos dizer que temos razão e que somos os maiores; uma mãe, não apenas para cuidar dos filhos que queremos ter com ela, mas também para cuidar de nós quando estamos doentes, sendo ponto assente que uma qualquer constipação nos leva à beira da morte e uma mãe é sempre importante, e, finalmente; uma puta, não para nos fornicar o juízo, mas para nos fornicar o corpo, muitas vezes, muito bem, repetidamente (à falta de algo mais complexo, um fellatio regular, feito com determinação, é bom paliativo).
Podem existir outros valores, outros ingredientes, mas o essencial são estes três, e se tiverdes este nosso pragmatismo em conta, sereis felizes. Entender-nos é mais fácil do que entender-vos. Seria de esperar que tirassem daí uma vantagem. Nem sempre o observo. Admito que para vós se afigure injusto obrigar-vos a ser três mulheres em uma. Não pensem assim. Só vos exigimos aquilo de que sabemos serem perfeitamente capazes. O que a nós pedem é bem mais difícil. Ser o homem perfeito ou príncipe encantado é francamente mais difícil do que ser apenas amiga, mãe e puta. E a sorte está do vosso lado, porque à medida que os anos passam, das três, relativiza-se a puta e podem ficar apenas amigas e mães. Já nós estamos obrigados a ser, para sempre, homens perfeitos."

João
Geografia das Curvas

A posta no Layoff e na deslocalização dos meios produtivos

Fez-lhe dez filhos ao longo de duas décadas e agora deixou-a, trocando-a por uma brasileira que entretanto conheceu.

O fim de uma história linda




Meninas WTF

06 setembro 2012

Sobre mim cavalgas

Sobre mim cavalgas
cingindo-me os flancos 

Colhes à passagem
a luz do instante

De dentes cerrados
ondulas, avanças, 

retesas os braços,
comprimes as ancas.

Depois para a
frente 

inclinas-te olhando
o que entre dois ventres
ocorre entretanto,
e o próprio galope
em que vais lançada
Que lua te empolga
Que sol te embriaga

Lua e sol tu és 

enquanto cavalgas 

amazona e égua 

de espora cravada
no centro do corpo

Centauresa alada 

com os seios soltos
como feitos de água.

Queria bebê-los 

quando mais te dobras
Os cabelos esses 

sorvê-los agora

Mas de cada vez
que o rosto aproximas 

já é outra a sede
que me queima a língua:
A de nos teus olhos 

tão perto dos meus
descobrir o modo 

de beber o céu.

David Mourão-Ferreira

Pierre Jousson, Erotiques, 1968


blog A Pérola

«Bocalexandre O´Neill» - Patife

Este fim-de-semana trombei a pachachinha mais gostosa dos últimos tempos. Aquela coninha tinha uns lábios tão torneados e tão bem ensinados na hora da trombada que mais parecia que eu é que estava a ser beijado. Por isso, hoje acordei a pensar que se o Bocage e o Alexandre O´Neill fossem um só, haviam de ter criado maravilhas ordinário-surrealistas passíveis de elevar o Surrealismo nacional a Património Mundial da Poesia. E se o Bocage e o Alexandre O´Neill fossem um só, teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:

Há Pachachas que Nos Beijam

Há pachachas que nos beijam
Como se tivessem boca.
Pachachas de calor, de esperança,
De imenso ardor, de esperança louca.

Pachachas nuas que beijam
Quando a noite perde o rosto;
Pachachas que ficam húmidas
para serem lambidas a gosto.

De repente esbaforidas
Entre trombadas sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou a dor.

Já o nome de quem se mama
Letra a letra revelado
Na memória esquecido
Na cama abandonado.

Pachachas que nos lambuzam
deixam-nos à sua sorte
Mas no final, para rematar
Dá-se uma pinada forte.


Patife
Blog «fode, fode, patife»

Postalinho de um moliceiro da ria de Aveiro - «Quem me dera ser cão!...»