29 setembro 2012

«pensamentos catatónicos (274)» - bagaço amarelo

Desde que acordei até à hora do almoço tive um dia mais ou menos cinzento. Andei sozinho pela cidade à procura de nada, a olhar para algumas montras tristes. Acabei por tomar um café sem sabor numa pastelaria da baixa e voltar para casa sem vontade de fazer o almoço. Foi uma manhã sem gosto, pode-se dizer. Não sei porquê.
Gosto de gostar, passe a redundância. Às vezes é como se a vida, infelizmente, não me desse a possibilidade de gostar de coisas suficientes para ser feliz. Pelo menos é isso que sinto e acho que é essa é a grande arma do facebook: poder gostar de um ror de coisas com um simples click. Abro a página inicial e em dez minutos já gostei mais vezes do que no resto da semana. É uma sensação efémera de prazer, mas ainda assim funciona.
Na verdade, aquilo de que o facebook se apercebeu a tempo é de que todos sofremos um défice no verbo gostar. Por um lado, sentimo-nos permanentemente insatisfeitos com as poucas coisas de que realmente gostamos, por outro, não nos chega a quantidade de vezes de que somos gostados. O facebook tornou o verbo gostar uma questão administrativa. Até podemos estar a mentir, mas fica lá carimbado que gostamos de qualquer coisa.
Não estou a dizer mal do facebook. Hoje, por exemplo, já gostei de uma mão cheia de coisas de que já nem lembro quais foram, tudo para compensar a falta de coisas que tive para gostar de manhã. Soube-me bem gostar delas, assim como me soube bem saber que há mais pessoas que ficaram a saber que eu gostei. Gostei disso, pronto. Às vezes é o que se tem. Mais nada.
O meu telemóvel tocou há bocadinho. Vi um número que não conhecia e demorei a atender. Era uma mulher muito simpática a representar uma rede de supermercados, a propósito duma reclamação que lá deixei a semana passada. Explicou-me o que se tinha passado e acabou por me dizer que espera que eu lá volte. Que gosta muito de me ter como cliente, concluiu.
Lá está o cabrão do verbo gostar, pensei. Serve para tudo e mais alguma coisa. Fiz imediatamente uma chamada, a quem de direito, para lhe dizer que a Amo. Senti-me melhor. Amar é um luxo, gostar pode ser um lixo. E eu gosto de Amar.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Isqueiro com duas mulheres, com malandrice

Isqueiro metálico da marca «Penguin», que comprei  para a minha colecção.
Tem em cada face uma mulher. Abrindo a tampa do isqueiro e invertendo-o, numa das faces vê-se a mulher da cintura para baixo, com uma perna dobrada e a tocar-se com a mão na vagina. Na outra face, vê-se a outra mulher de cócoras, da cintura para baixo.



Um sábado qualquer... - «Decepções»



Um sábado qualquer...

28 setembro 2012

«Homens, escutar é preciso!» - João

"Seduzir uma mulher é uma arte exigente, e se o é, não é apenas porque as mulheres se fazem conduzir em demasiados tons de cinzento para homens que se querem pragmáticos, mas também porque é exercício difícil esse, o de calcular a dose correcta de ingredientes para evitar cair no buraco da amizade. O buraco da amizade é um sumidouro, um ralo, um abismo que suga os incautos e lhes veda o acesso aos recônditos húmidos. Um homem que queira seduzir uma mulher para com ela conhecer as sensações da carne, não pode, jamais, tornar-se seu amigo antes de lá chegar. É que, embora as mulheres precisem de homens seus amigos, esse estado não pode preceder o do erotismo. Primeiro sejamos apenas gajos atraentes – cada um do seu modo conforme as suas limitações -, e só depois, um pouco depois, amigos.
As mulheres não têm muita queda para se apaixonar pelos seus amigos. Nós homens, aqueles que nunca foram cabrões, sabem bem que são os cabrões que as levam na juventude. Os que são mais atentos, mais amigos, são mais sozinhos. Só mais tarde na vida das mulheres é que os bons homens são valorizados. Antes, não.
Mas a minha ideia ao iniciar este texto não é perder-me em considerandos sobre aquilo que move as mulheres na juventude, quando procuram sensações mais arrepiantes. A minha ideia é, sem prejuízo para a introdução que parecia levar num outro sentido, falar aos homens sobre aquilo que é preciso fornecer às mulheres ao longo da vida, depois da sedução inicial. Se outrora escrevi para as mulheres sobre aquilo que os homens procuram – uma amiga, uma mãe, uma puta -, hoje escrevo aos homens sobre aquilo que eu sinto que as mulheres precisam. E se me preparo para partilhar com os homens, os da minha matilha, camaradas de trincheira, é porque leio sinais naquilo que elas comigo partilham que eu julgo importante passar-vos, para que vivamos todos um pouco melhor.
As mulheres precisarão, sim, de bom sexo. As mulheres precisarão, sim, de homens que as ajudem nas tarefas rotineiras que a nós afastam mas delas nunca fogem. As mulheres precisarão, sim, de um cabrão amigo, uns dias mais cabrão, outros mais amigo. Mas as mulheres precisarão, sempre, de um homem que converse com elas. Leiam-me bem, por favor: que conversem! Conversar. Ouvir, interpretar, formular ideias, responder. Demonstrar interesse. Melhor, ter efectivo interesse, não apenas procurar demonstrar uma coisa vaga, fingida. As mulheres precisam desesperadamente de quem as oiça, de quem queira ouvir os seus problemas, os seus sofrimentos, as ideias que lhes surgem durante o dia. As coisas que fizeram e as que querem vir a fazer. Connosco. Ou não. As mulheres precisam ser escutadas sem sentirem que o homem que as escuta está, naquele momento, apenas a pensar fazer com elas o pino.
Fazer isto de que vos falo, ouvir as nossas mulheres, não nos coloca perante o perigo do buraco da amizade de que vos falei antes. É, isso sim, uma necessidade para garantirmos que as nossas mulheres continuam nossas durante muitos anos, admitindo que é esse o nosso desejo. Durante a sedução, a conversa é outra. Mas numa relação já estabelecida, negar conversar com as nossas mulheres e delas ser amigo (na justa medida), é empurrá-las para outros homens que as escutem com atenção, com o perigo acrescido de que as mulheres quando derivam, dificilmente voltam.
Escutar é preciso, e escutem-me também vós, homens, porque eu não tenho disponibilidade para conversar com todas as mulheres. Falta-me tempo, e algumas das mulheres podem ser as vossas. Pensem nisso."

João
Geografia das Curvas

E se o tal peixe da pila na tola fosse uma pescadinha?

Desde a descoberta do peixe com o órgão sexual na carola as passarinhas não me têm largado a braguilha com a inevitável paródia. Não essa que estão a pensar mas a do humor propriamente dito, todas malukas com o potencial de uma localização alternativa para uma pila.
O tema é recorrente nos nossos papos entre genitais, até pela variedade de alternativas para meu aconchego nas coisas agarradas às passarinhas. Porém, sempre que tento imaginar-me noutros pontos da anatomia do coiso agarrado a mim a imagem soa-me ridícula.
Das várias ocasiões em que o assunto incidiu nas coordenadas ideais para uma pila, tentámos debater com seriedade e pragmatismo. Foi por isso consensual a eliminação à priori de qualquer ponto nas traseiras do coiso agarrado a nós, pois parece que o contacto visual pode ser importante para muitos deles.
De seguida deixámos de fora também os membros inferiores e superiores, pelo afastamento físico que implicavam, tal como eliminámos o tronco por manifesta falta de mobilidade e porque há coisos agarrados a nós com um peso tão elevado que tornava perigosa essa opção.
Claro, sobra a cabeça… (que o resto é pescoço).
A questão que aí se colocava era a mais pertinente: em que ponto da cabeça dos coisos se instalariam as pilas?
A esmagadora maioria apontou de imediato para a testa, era de caras. Outros, como eu, ficaram com cara de caralho, em silêncio, a matutar naquilo sem grandes certezas. De resto qualquer pila com alguma quilometragem percebe logo que as pencas dos coisos agarrados a nós iriam sempre constituir um problema, qualquer que fosse o ângulo da abordagem, pois se avançamos em rotação de 180º esborracham, no meio do entusiasmo, o nariz contra o clítoris e se formos no sentido convencional ficam com o bico entalado entre as nalgas, narinas emparelhadas com o olho do cu.
Teria que ser uma passarinha, lá está, a aplicar a sua visão prática e a avançar com a melhor argumentação possível na defesa dos interesses do seu género e do trabalho de equipa entre nós, instrumentos de prazer: o único sítio capaz de constituir uma alternativa viável e até muito apelativa para o penduricalho seria o queixo.
Espero não precisar de explicar a alguns de vocês o porquê…

«The Incredibelle Tease Show - Portugal»

1º Festival Burlesco Vaudeville Fetish em Portugal
4/5/6 Outubro 2012 - Coimbra

"Século XXI - as palavras Burlesco, Vintage, Swing, Bordel, Fetish, Retro e Kinky estabeleceram um lugar cativo no dicionário dos Portugueses (principalmente dos mais boémios). Uma onda que atraiu (e continua a atrair) os bons vivants para um imaginário de sedução, glamour, fantasia e humor, para um culto de prazer assumidamente festivo e excêntrico.
A introdução do Neo-Burlesque e de interpretações revisitadas de Artes Performativas (como é o caso do Striptease, Vaudeville e do Cabaret), veio causar um doce burburinho em redor do movimento Retro, que se descentralizou do cliché de sex symbol de sessão fotográfica e/ou cinematográfica (leia-se Pin Up) e se espalhou pelos palcos nas mais variadas vertentes artisticas como a Música, Teatro, Dança, Circo, Ginástica Acrobática entre outras.
Marcando a diferença e revisitando clássicos, oferecendo novas roupagens às formas de arte ancestrais, The Incredibelle Tease Show surge como uma extravagância estranha e maravilhosa, numa combinação fantástica de arte, música e entretenimento.
Para a primeira edição do The Incredibelle Tease Show, apresentamos o que consideramos ser um espectáculo repleto de brilho e cor ao mesmo tempo que mostra uma faceta dark e mística. Um pouco como a Vida e a Morte, bastante ao estilo Yin / Yang, da Bela e o Monstro, do Tigre e do Dragão ou do Sol e a Lua (consoante o ponto de vista)."
The Incredibelle Tease Show
Programa

Creusa da depressão



Meninas WTF

27 setembro 2012

Red Hot


(Blood Sugar Sex Magik - 1992)


Yeah, oh yeah
Yeah, oh yeah
Hit me

Should have been, could have been
Would have been dead
If I didn't get a message
Goin' thru' my head
I am what I am
Most motherfuckers
Don't give a damn
Aw baby think you can
Be my girl, I'll be your man

Someone full of fun
Do me 'till I'm well done
Little Bo peep
Cumin' from my stun gun
Beware... take care
Most motherfuckers
Have a cold ass stare
Aw baby please be there
Suck my kiss cut me my share

Hit me you can't hurt me
Suck my kiss
Kiss me please pervert me
Stick with this
Is she talking dirty
Give to me sweet sacred bliss
Your mouth was made to suck my kiss

Look at me can't you see
All I really want to be
Is free from a world
That hurts me
I need relief
Do you want me girl
To be your thief
Aw baby just for you
I'd steal anything that you want me to

K - I - S - S - I - N - G
Chicka chicka dee
Do me like a banshee
Low brow is how
Swimming in the sound
Of bow wow wow
Aw baby do me now
Do me here I do allow

Hit me you can't hurt me
Suck my kiss
Kiss me please pervert me
Stick with this
Is she gonna curtsy?
Give to me sweet sacred bliss
That mouth was made to...

Should have been, could have been
Would have been dead
If I didn't get the message
Goin' thru my head
I am what I am
Most motherfuckers
Don't give a damn
Aw baby think you can
Be my girl, I'll be your man

Someone full of fun
Do me 'till I'm well done
Little Bo peep
Cummin' from my stun gun
Beware... take care
Most motherfuckers
Have a cold ass stare
Aw baby please be there
Suck my kiss cut me my share

Hit me you can't hurt me
Suck my kiss
Kiss me please pervert me
Stick with this
Is she talking dirty
Give to me sweet sacred bliss
That mouth was made to suck my kiss

blog A Pérola

«Diário de Bordas» - Patife

Os comandantes dos navios têm um Diário de Bordo. Pois eu cá, enquanto comandante de um bacamarte fodilhão, asseguro a escrita de um Diário de Bordas onde registo todas as bordas invadidas. São relatos variados de chonas cheirosas, ratas com capacidades de sucção inimagináveis, senisgas todo-o-terreno, guelras esvoaçantes, papos secos como pedreiras, conaças abundantemente molhadas, grelos peludos, pachachas rapadas, conas tatuadas e muitas outras bordas que foram superiormente papadas. Umas todas abertas. Outras fizeram o Pacheco sentir-se uma autêntica picareta. Mas houve uma que encheu o meu Diário de Bordas de criatividade. Era de uma gaja tão oferecida que me estendeu a carpete vermelha da chona. E não estou para aqui com metáforas. O tapete pentelheiro era semi-aparado e estava pintado de vermelho, dando a ilusão de ter uma carpete vermelha estendida na antecâmara da pachacha. E o Pacheco, todo pomposo, desfilou por ali fora até entrar por aquilo adentro, para mais uma actuação digna de Óscar.

Patife
Blog «fode, fode, patife»

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Sereia têxtil



Via Underwater Passion