25 outubro 2012

«Intróito de Verão ou Bocachada» - Patife

Não sejam porcalhões nem porcalhotas. Aposto que assim que leram "Bocachada" ficaram logo com a cabeça cheia de porcalhices a pensar em rodriguinhos linguísticos que metessem uma boca que era um achado, bocas todas escachadas ou bocas fechadas para eu escancarar com o Pacheco, não foi? Não? Então devo ter sido só eu, pronto. Mas não é nada disso. Há coisinhas muito bonitas. Da mesma forma que também há coninhas igualmente bonitas. E por estes dias peguei na viola em pleno cruzeiro e criei uma ode às coisinhas mais bonitas deste mundo, que assinala também o lema das minhas férias e o alcançar do objectivo de vida “A Volta ao Mundo em 80 Cricas”. Lembrei-me então de uma musiquinha muito bonitinha do B Fachada e pus-me a pensar que se o Bocage e o B Fachada fossem um só, haviam de ter criado estrofes singulares capazes de elevar o trovador português a um nível inestimável. E se o Bocage e o B Fachada fossem um só, haviam de ter cantado em uníssono coisinhas maravilhosas e bonitinhas assim. É carregar ali no link e cantar a nova versão dentro da cabeça.

Clique para ouvir esta pérola

Coninha pequenina

Coninha pequenina
Já te ouço a chamar por mim
Estejas escachada ou apertadinha
O Patife maluco dá conta de ti

Tu sabes de antemão
Que eu vou estragar a tua reputação
Coninha pequenina
Vou fazer-te as vontadinhas
Ai se vou
Ainda nem me conheceste
E já aprendeste
Que depois de te pinar me vou


Patife
Blog «fode, fode, patife»

Como surpreender uma mulher

«Posando en internet» - por Luis Quiles


"Hace unos dias hablando sobre retratos con una amiga que vive bastante lejos de mí...Yo quería dibujarla y ella quería posar para mí así que le sugerí posar por la webcam y la verdad es que fué bastante divertido. No es lo mismo que posar en vivo y cara a cara pero fué una experiencia bastante interesante.
Este es el resultado... retrato en estilo cartoon con estilo Lolita."


Luis Quiles

24 outubro 2012

Criador de moda



HenriCartoon

A pedido das meninas (e de alguns meninos), «Strip Search»

Não sei porquê, lembrei-me agora da frase final de uma anedota dos meus tempos de adolescência: "Tanta pólvora para tão pouco rastilho..."

Será um minete à moda do Minho?!

~
Anúncio dos Contactos do Diário de Coimbra - 2012-10-24

Será porque o grelito dela tem um piercing em filigrana de ouro?!
Alguém lhe pode telefonar e perguntar? É que eu não tenho saldo no telemóvel...

«sofás» - bagaço amarelo

Tenho um amigo com quem só estou de vez em quando, talvez duas ou três vezes por ano, mas com quem continuo conversas como se tivessem sido interrompidas apenas uma hora antes. Talvez seja um pouco estranho, mas quando o vejo é como se todos aqueles meses que estive sem o ver simplesmente desaparecessem. À superfície da minha memória vêm os últimos momentos em que estive com ele, e tudo o resta mergulha nas profundezas do meu cérebro como pedras no maior dos oceanos.
Ontem, por exemplo, quando me sentei num dos sofás que ele tem na cozinha (sim, ele tem dois sofás singulares na cozinha) tornei a levantar-me imediatamente para ir buscar a garrafa de uísque que ele tinha guardado numa das portas dos armários na última vez que lá estive, talvez há uns quatro meses. E lá estava ela, ainda a meio, à espera de despejar o seu conteúdo sobre as nossas palavras. Tirei também dois copos e servi-nos aos dois.
Quem decidiu pôr os dois sofás na cozinha não foi o André, assim se chama ele, mas sim a sua ex-mulher, quando os dois partilhavam aquele espaço durante a noite toda a seguir ao jantar, entre uma bebida e conversas ocasionais. Era, de facto, um casal que estava na cozinha mais do que noutra qualquer divisão da casa, e eu próprio cheguei a testemunhar isso.
Às vezes, nos dias que correm, ainda o vejo a tocar os sofás, em silêncio, como se assim pudesse também tocar um pouco do seu passado com ela. Mas não pode, e foi assim que ontem começámos mais uma conversa, precisamente onde tinha acabado a última há muito tempo atrás. No seu divórcio e nos motivos que o levaram a nunca mais conseguir estar com uma mulher. Dei o primeiro gole na garrafa de Bushmills (a garrafa ainda lá estava porque ele sabe que aquela marca de uísque é para as nossas conversas) e perguntei-lhe se ele, de facto, nunca tinha sentido uma atracção que fosse. Afinal de contas, concluí simplificando a coisa ao máximo, há tantas mulheres bonitas e interessantes por aí...
Ele também deu um gole prolongado antes de responder, como se tivesse a resposta toda na ponta da língua e quisesse apenas lubrificá-la antes de a transmitir. Foi então que me falou da tese mais estranha sobre paixão que já ouvi.
Diz ele que se farta de ver mulheres muito bonitas, cuja beleza o sufoca assim que as vê, mas que nunca tenta nada com elas porque simplesmente não acredita nesse tipo de paixão. A beleza é como o chocolate, disse, é doce mas pode enjoar. O André quer começar a sentir-se apaixonado por uma mulher apenas dois ou três meses depois de a conhecer. Devagarinho, como ele repetiu insistentemente, de forma a perceber que também ela se apaixona por ele da mesma maneira.

- Isso não é ser esquisito? - perguntei enquanto enchia de novo os copos.
- O Amor é como uma bola de neve. Se não estiver sempre a crescer, desfaz-se.
- É ser esquisito, sim. - concluí.
- Sabes porque é que somos amigos há mais de vinte anos? - Tocou de novo no sofá como se estivesse a tocar o passado, desta vez o nosso.
- Porque nos damos bem.
- Porque somos amigos lentos um com o outro. Não exigimos nada um do outro a não ser honestidade e companhia de vez em quando. É mais ou menos assim que eu me quero apaixonar, mas por uma mulher.

Dei-lhe uma certa razão na questão da bola de neve, embora por outro prisma. Vamos ficando cada vez mais exigentes com as relações que temos, e por isso talvez vá sendo cada vez mais difícil começar uma nova. Se eu acabasse a minha relação actual, não faço a mínima ideia do tempo que ia precisar para começar outra, concluí. Talvez muitos anos também. Depois fizemos silêncio, e será desse silêncio que nossa próxima conversa começará, talvez daqui a uns meses...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Unindo aula de ciências com educação sexual.

Eis uma bela forma de ensinar nos colégios a anatomia humana com educação sexual.


Obscenatório
obscenatorio.wordpress.com

E o gajo até tinha jeito para fazer bonecada...

Crica para veres toda a história
Manual do sexo


1 página

oglaf.com

23 outubro 2012

«Somos aves» - Susana Duarte




somos aves. somos flores. somos mágoas.somos névoas dissipadas. somos fráguas. densas rendas desenhadas sobre o vento. densas lendas desenhadas no desalento. densas aves desenhadas no papel. suaves flores. suave mel. somos ausência. somos dúvida. somos dor. somos obra vasta, penhor das nuvens, borboleta. somos a renda escavada numa gruta. desenho leve das águas. lenta dúvida que se desfaz. trégua na noite. suave onda. somos estrela alva na aurora desfolhada. breve canção, montanha escalada. somos a folha e a gota de orvalho, a fada etérea e a rocha e o galho. somos teixo, égua, albatroz. somos fruta. somos noz. somos deserto nas noites coalhadas. somos água e bico e sede. somos tudo. somos nada. somos vida. somos morte. somos acaso, destino, sorte. somos deuses e maçãs. ruas. estradas. manhãs. somos eu, e somos tu, e somos um e outro, cada um do outro. somos a vida. somos a morte. somos cítara e somos sorte. música, fuga, escarpada. somos tudo. somos nada. somos a soma de todos os outros, antes de nós. a voz das fontes, a voz da voz. somos um, e somos outro. e descobrimos a fonte da vida, na água que jorra da boca de cada um. somos infindos. somos unos. somos, sobretudo, quando somos juntos. abraço o teu infinito. somos aves. somos flores. somos céu. desdobra-te em mim. despoja-me de mim. sejamos o começo. e o fim.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
(imagem: google)

Eva portuguesa - «Desespero»

Eu sei que a vida é feita de ilusões e desilusões, de altos e baixos, de quedas e continuação.
A vida é como um mar: tanto pode estar agitada como calma, com ondas fortes que parecem querer nos devorar ou como um lago de calmaria que se assemelha a um útero onde nos podemos refugiar...
A vida tanto nos puxa para a frente como nos empurra para trás.
Tanto bebe as nossas lágrimas como encoraja os nossos sorrisos.
Tanto nos dá esperança como nos entrega ao desespero...
O desespero... uma palavra que diz tanto e tão pouco ao mesmo tempo...
A vontade surda, a necessidade muda de alcançar algo, sentindo esse objectivo cada vez mais longe, mais inacessível...
Uma necessidade inalcançável mas premente, que nos desassossega a alma e nos tira o sono...
O desespero... quando um problema parece não ter solução, quando a esperança já morreu...
Desespero pelo que se perdeu, pelo que não se conseguiu ainda, pelo que se tem e receamos perder...
Desespero por não sermos quem queremos nem como queremos, desespero por tentarmos e mesmo assim falharmos...
Cada um de nós à sua maneira já se sentiu desesperado: por não conseguir pagar as contas; por vermos a casa pela qual tanto trabalhámos a ser-nos retirada pelo banco; por um desemprego inesperado e injusto; por uma relação que feriu e ainda fere, deixando feridas abertas na nossa alma doente; por uma doença súbita, má e inexplicável...
Há vários níveis de desespero e alguns estão num extremo tão elevado que felizmente não consigo imaginar... como aquela mãe que durante o tsunami no Japão agarrava os dois filhos nos braços e teve que escolher pois apenas podia salvar um deles... esse para mim é o pior dos desesperos.
Depois há o desespero que me assola com alguma frequência quando, após fechada 13h no meu apartamento, chego ao final do dia sem ter feito dinheiro nenhum. Começo a pensar nas contas... no miúdo... nas poupanças que queria fazer... nas dívidas por pagar... e começo a desesperar...
Percebo que este seja um nível quase que mesquinho de desespero frente ao exemplo anterior... mas é o meu...
Eu diria que o desepero é uma combinação de sentimento de fracasso e impotência, elevados numa escala de gravidade...
Mas existe, é real, sente-se e atinge-nos...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Problemas de canalização...


Folha publicitária de um filme em 1968

Encontrei esta preciosidade e vai-se juntar a outros cartazes publicitários da minha colecção de arte erótica: Uma folha (formato A4) do Cine Alba, de Sever do Vouga, a promover o filme «Livre à 4ª Feira» com Jane Fonda ("bela, audaciosa, complicativa e com apartamento..."), para maiores de 17 anos.
"A engraçada história de um marido rico e infiel, e de uma esposa burlada, mas fascinante e vingativa!"
"Uma história pecaminosa, cheia de luz e alegria, limpeza moral e de um saboroso e belíssimo final!"
A sessão foi sábado, 7 de Dezembro de 1968 às 21 horas.