03 novembro 2012
«conversa 1924» - bagaço amarelo
Eu - Vais estudar o quê?
Ela - Vibrações em forças elásticas.
Eu - Hum...
Ela - O que foi?
Ela - Fizeste uma cara!
Eu - Lembrei-me duma coisa relativamente às vibrações em forças elásticas. Foi só isso.
Ela - Do quê?
Eu - Do Plastic Man. Era um dos meus heróis favoritos em criança...
Ela - Tenho a certeza que foi isso. Os homens são todos iguais...
Eu - Bem, percebo que não te apeteça estudar vibrações em forças elásticas no Verão.
Ela - Pois... apetecia-me mais ter aulas práticas. Estou farta de teoria...
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Jogo das grandes cortesãs sob o Segundo Império (francês) - 1852 - -1870
Baralho de cartas «Le jeu des Grandes Courtisanes sous le Second Empire (1852-1870)».
6,8 x 10,1 cm, 32 cartas + 2 Joker, livro explicativo e caixa
edição limitada de 1.000 jogos
de Wolfgang Kunze spielkartenonline - Paris, 2007
"Anna DESLION - Giulia Beneni BARRUCCI, dite LA BARRUCCI – Marie CICO - Irma CARABIN - Emma CRUCH, dite CORA PEARL – Léonide LEBLANC - Lise TAUTIN, née VEISSIERE ou VAISSIERE – Céline MONTALAND - Eugénie De PLUNKETT – Julie LEBŒUF, dite MARGUERITE BELLANGER – baronne Aline de PRESLES, dite PRELLY - Hortense SCHNEIDER - Sarah BERNHARDT – Alice DELEUZE, dite ALICE LA PROVENCALE - Régine BLONDEAU, Anne Victoire CLEMENT, dite MOÏNA - Suzanne LAGIER – Albertine CHALVET, dite LEONTINE MASSIN - Alice OZY (Mme Julie Justine PILLOY) - Thérèse LACHMANN, Marquise de PAÏVA, dite LA PAÏVA - Blanche PIERSON - Emma BRACH LAFFITTE - Georgina, marquise de GALLIFFET - Eugénie Emma VALADON, dite THERESA – Juilette LIEUTET, dite Amélie LATOUR"
A partir de agora na minha colecção.
6,8 x 10,1 cm, 32 cartas + 2 Joker, livro explicativo e caixa
edição limitada de 1.000 jogos
de Wolfgang Kunze spielkartenonline - Paris, 2007
"Anna DESLION - Giulia Beneni BARRUCCI, dite LA BARRUCCI – Marie CICO - Irma CARABIN - Emma CRUCH, dite CORA PEARL – Léonide LEBLANC - Lise TAUTIN, née VEISSIERE ou VAISSIERE – Céline MONTALAND - Eugénie De PLUNKETT – Julie LEBŒUF, dite MARGUERITE BELLANGER – baronne Aline de PRESLES, dite PRELLY - Hortense SCHNEIDER - Sarah BERNHARDT – Alice DELEUZE, dite ALICE LA PROVENCALE - Régine BLONDEAU, Anne Victoire CLEMENT, dite MOÏNA - Suzanne LAGIER – Albertine CHALVET, dite LEONTINE MASSIN - Alice OZY (Mme Julie Justine PILLOY) - Thérèse LACHMANN, Marquise de PAÏVA, dite LA PAÏVA - Blanche PIERSON - Emma BRACH LAFFITTE - Georgina, marquise de GALLIFFET - Eugénie Emma VALADON, dite THERESA – Juilette LIEUTET, dite Amélie LATOUR"
A partir de agora na minha colecção.
02 novembro 2012
«Hora de Inverno» - João
"Chovia terrivelmente. A água aterrava no carro como calhaus e sem limpa pára-brisas a funcionar nem um metro se via. Estava estacionado. As luzes do teu carro iluminaram o lugar ao lado do meu e estacionaste também. Pelo meu vidro consegui ver-te. Olhámo-nos. Sérios. Faltavam poucos instantes. No rádio do carro, que estava ligado conforme o plano original, ouvimos dizer boa noite, era uma hora da manhã. E ao ouvi-lo, ecoou na minha memória a pergunta. Vamos para a cama? Vamos. E como vamos fazer isso? O plano estava em curso havia algum tempo. A ideia era simples. Ir para a cama contigo e no entanto nunca o ter feito.
Assim que no rádio aquela voz anunciou que era uma hora da manhã, desligámos tudo apressadamente e apesar da chuva corremos para um alpendre, e dele para casa. Sem tempo a perder abri a porta, puxei-te para dentro do quarto e empurrei-te contra a parede. Encostei-me a ti e disse-te como seriam as regras do jogo: não existiam. Excepto uma: eu mandava naquele cenário. Arranquei-te a roupa movido por instintos primários, vi elásticos voar, botões gemer, coisas a cair pelo chão. Beijei-te enquanto te segurei pela nuca e depois atirei-te para a cama. Cordas. De escalada. Prendi-te pelos pulsos e pelos tornozelos. Naquela cama podias contorcer-te tanto quanto quisesses. Mas não podias proteger-te. Não podias fechar as pernas. Não podias evitar ser dominada. E nem sequer podias ver, à medida que sobre os teus olhos descia uma venda que te privaria da visão. Torturei-te por longos minutos. Tocando, deslizando as mãos, os dedos, evitando os pontos que te davam mais prazer, fazendo crescer em ti uma bolha que precisava rebentar, mais segundo menos segundo. Disseste-me que não aguentavas mais, que te fizesse vir já. Depressa. Ontem. Olhei para o relógio e disse-te ainda não. Havia tensão, debatias-te, reagias ao toque com espasmos, estavas muito visivelmente no ponto. Pareceu-me que era tempo.
Quando finalmente te vieste paraste de te debater. Deixou de haver tensão nas cordas. Tinhas a boca entreaberta, lábios ligeiramente afastados, respirando ofegante. Pediste-me água. Soltei-te, fechaste as pernas devagar como quem já não tem nelas grande força e tentaste sentar-te à beira da cama. Disse-te “temos 10 minutos”. Ajudei-te a apanhar a roupa do chão, ajudei-te a vestir enquanto tremias de frio, recolhi tudo o que não era de cena e fechámos a porta atrás de nós. Já não chovia. Eu entrei no carro primeiro, as tuas pernas ainda não estavam firmes enquanto tentavas encontrar a chave do carro na mala. Foi muito à justa. Demos à chave, cada um no seu carro, e os rádios ligaram-se novamente conforme o plano. Naquele dia do final de Outubro, a voz da rádio voltou à antena e anunciou boa noite uma vez mais. Era uma hora da manhã. Hora de Inverno. E o que tinhamos feito na hora anterior tinha-se tornado impossível, num tempo que nunca houve, apagado pela hora que viria a seguir, em que cada um estaria a conduzir de volta à sua vida. Inocentemente. Ao volante. Na estrada. Com tanta gente à volta, apressada, de pés nos aceleradores."
João
Geografia das Curvas
Assim que no rádio aquela voz anunciou que era uma hora da manhã, desligámos tudo apressadamente e apesar da chuva corremos para um alpendre, e dele para casa. Sem tempo a perder abri a porta, puxei-te para dentro do quarto e empurrei-te contra a parede. Encostei-me a ti e disse-te como seriam as regras do jogo: não existiam. Excepto uma: eu mandava naquele cenário. Arranquei-te a roupa movido por instintos primários, vi elásticos voar, botões gemer, coisas a cair pelo chão. Beijei-te enquanto te segurei pela nuca e depois atirei-te para a cama. Cordas. De escalada. Prendi-te pelos pulsos e pelos tornozelos. Naquela cama podias contorcer-te tanto quanto quisesses. Mas não podias proteger-te. Não podias fechar as pernas. Não podias evitar ser dominada. E nem sequer podias ver, à medida que sobre os teus olhos descia uma venda que te privaria da visão. Torturei-te por longos minutos. Tocando, deslizando as mãos, os dedos, evitando os pontos que te davam mais prazer, fazendo crescer em ti uma bolha que precisava rebentar, mais segundo menos segundo. Disseste-me que não aguentavas mais, que te fizesse vir já. Depressa. Ontem. Olhei para o relógio e disse-te ainda não. Havia tensão, debatias-te, reagias ao toque com espasmos, estavas muito visivelmente no ponto. Pareceu-me que era tempo.
Quando finalmente te vieste paraste de te debater. Deixou de haver tensão nas cordas. Tinhas a boca entreaberta, lábios ligeiramente afastados, respirando ofegante. Pediste-me água. Soltei-te, fechaste as pernas devagar como quem já não tem nelas grande força e tentaste sentar-te à beira da cama. Disse-te “temos 10 minutos”. Ajudei-te a apanhar a roupa do chão, ajudei-te a vestir enquanto tremias de frio, recolhi tudo o que não era de cena e fechámos a porta atrás de nós. Já não chovia. Eu entrei no carro primeiro, as tuas pernas ainda não estavam firmes enquanto tentavas encontrar a chave do carro na mala. Foi muito à justa. Demos à chave, cada um no seu carro, e os rádios ligaram-se novamente conforme o plano. Naquele dia do final de Outubro, a voz da rádio voltou à antena e anunciou boa noite uma vez mais. Era uma hora da manhã. Hora de Inverno. E o que tinhamos feito na hora anterior tinha-se tornado impossível, num tempo que nunca houve, apagado pela hora que viria a seguir, em que cada um estaria a conduzir de volta à sua vida. Inocentemente. Ao volante. Na estrada. Com tanta gente à volta, apressada, de pés nos aceleradores."
João
Geografia das Curvas
Todo mundo tem um lado Caracu
Em 2011 saiu a notícia abaixo no jornal Meia Hora, em que Sandy revelara à Playboy o possível prazer no sexo anal.
Acho que Sandy tem se revelado uma ótima leitora de literatura erótica, e desconfio de que andou lendo a História do Olho, de Georges Bataille.
Obscenatório
http://obscenatorio.wordpress.com
Borboleta
O perfume ácido da laranja
crava-se-me na pele rugosa...
os maxilares tensos fazem ranger os dentes,
trinco uma semente mais agreste
e o veneno destila-se na língua,
envolvendo-me a saliva e as papilas gustativas!
Lá fora o vento sopra quente,
batendo no vidro fosco que me circunda o rosto...
Ramos despidos, secos,
partem a cada rajada mais forte
e a minha carne estremece
entre os dentes da tua boca...
São brancos, alinhados,
cegam-me os olhos encharcados...
mas Neptuno emerge do mar revolto
e salva-me das tuas mandíbulas de sangue,
libertando-me... sou novamente borboleta e consigo voar!
Lua Cósmica
http://luacosmica.blogspot.pt
01 novembro 2012
A cópula
Depois de lhe beijar meticulosamente
o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
o moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
colhões e membro, um membro enorme e turgescente.
Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinenti,
Não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se
E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente
Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!"
Grita para o rapaz que aceso como um diabo,
arde em cio e tesão na amorosa gangorra
E titilando-a nos mamilos e no rabo
(que depois irá ter sua ração de porra),
lhe enfia cona adentro o mangalho até o cabo.
Manuel Bandeira (1886-1968)
blog A Pérola
o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
o moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
colhões e membro, um membro enorme e turgescente.
Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinenti,
Não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se
E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente
Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!"
Grita para o rapaz que aceso como um diabo,
arde em cio e tesão na amorosa gangorra
E titilando-a nos mamilos e no rabo
(que depois irá ter sua ração de porra),
lhe enfia cona adentro o mangalho até o cabo.
Manuel Bandeira (1886-1968)
blog A Pérola
«Cabeça de alho chocho» - Patife
Patife
Blog «fode, fode, patife»
«Lolitarismo» - por Luis Quiles
"Hace poco tiempo decidí crear una nueva religion...Para que? Aún no lo se...Me canso de ver como los agnósticos le seguimos el juego a los creyentes. Una cosa es que alguien decida creer en idioteces y llevar una vida estúpida basada en creencias estúpidas y otra cosa diferente es que los que no creemos en barbudos que mueven montañas o parten el agua por la mitad les tomemos en serio. Por esa regla de tres me tengo que tomar en serio a alguien que cree que los Pitufos existen...Porque tengo exactamente los mismos argumentos para rebatir sus creencias que las de cualquier otro.
Tampoco entiendo porque a religiones mas antiguas e interesantes se les llama mitologia, como a la griega o la egipcia y en cambio a otras que llegaron mas tarde se las considera «reales».
Como se supone que no basta con creer en tí mismo, me interesé por la «Iglesia del monstruo espageti volador», la verdad es que suena estúpida pero lo gracioso es que no lo es mucho mas que las otras.
Finalmente pensé que si tengo que creer en una religion creada por hombres y para hombres, prefiero crear mi propia religion estúpida y decidí llamarla «Lolitarismo»."
Luis Quiles
31 outubro 2012
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