Hoje sonhei contigo. Não se foi um sonho, uma ilusão, uma visão ou a antecipação de uma realidade quase demasiado boa para ser verdadeira... Mas, sabes, muitas vezes dou comigo a sonhar acordada, a imaginar a minha vida de outra maneira, a ver os meus sonhos serem cumpridos....
Mas hoje foi contigo....
Chegavas, abraçavas-me bem forte, deixando-me sentir a segurança e o calor que o teu corpo me transmitia... e ali, aninhada nos teus braços, sentia algo que há muito não sinto... como se o mundo pudesse desabar, que tu não deixarias que nada de mal me acontecesse, nem que nada nos separasse...
Olhavas dentro dos meus olhos, tentando chegar às profundezas da minha alma; e nessa partilha de uma intimidade única, verdadeira e cúmplice, dizias que me amavas, que eras o princípe que eu há tanto esperava e que o único receio que eu tinha que ter era o de ser demasiado feliz...
Tentando fugir a mais uma desilusão, perguntei-te: porquê eu? E como podes tu amar uma mulher que faz o que eu faço? Tu sorriste e beijaste-me na testa, perguntando-me como seria possível não me amares... E nesse momento entreguei-te o meu coração, o meu ser, a minha vida, a minha felicidade, o meu destino. O beijo que trocámos foi também uma entrega de almas... foi uma promessa de felicidade,o início de um compromisso e de uma vida nova.
E amei-te... amei-te como não amava alguém há muito tempo... como já me esquecera de o fazer. Decorei o teu cheiro, o teu sabor, o teu toque... e rezei... rezei para que aquele momento durasse para sempre... rezei para que fosse real este meu sonho... rezei para que tu existisses, assim, tal e qual como te vi e senti... e que fossem puras e honestas as tuas palavras e os teus sentimentos...
Imaginei o anel no meu dedo, que me daria a certeza que partilharias a tua vida comigo... e que eu faria parte integral e inequivocamente de ti, da tua vida, do teu presente e do teu futuro...
Ainda não sei se existes realmente... ainda não estou segura de seres real... mas espero... por ti... por nós... porque hoje sonhei contigo.
«Presépio» em barro sobre novelo de lã.
Comprei-o numa loja de artesanato de Guimarães, para a série da minha colecção «objectos que supostamente não seriam eróticos».
Ela - Já viste o rabo daquela gaja lá fora?
Eu (olhando) - É grande...
Ela - Grande?! É enorme.
Eu - E porque é que estás com uma cara tão feliz de repente? É por veres uma mulher com o rabo grande?
Ela - Não, não... nem sei bem porque é...
No Reino Unido, um anúncio com atores nus foi vetado. Mas o motivo foi outro.
A propaganda criou uma repercussão no país. Algumas pessoas questionaram a nudez aparecendo na TV, alegando que era inadequado e que crianças poderiam assistir. Palhaçada! Mas não foi este o motivo que levou o órgão que regula a publicidade no país a banir a veiculação do anúncio. O vídeo traz várias pessoas nuas em um campo e um rapaz canta e come um sanduíche de presunto Richmond, que diz ser o único 100% natural produzido no Reino Unido. Aí é que vieram as reclamações de outros produtores de presunto, que afirmaram também produzir presuntos 100% natural.
Entrei ordenamente no comboio em minúsculos passinhos arrastados qual bombom no tapete rolante da fábrica até à embalagem final. Acomodei-me num lugar vago e puxei do relaxante diário Outono em Pequim até descortinar por trás das minhas páginas brancas a capa azul com manchas vermelhas d'Espuma dos Dias nas mãos enormes de um Gérard Depardieu mas em bonito.
Talvez fosse a oportunidade para trocar umas impressões sobre a mulher na montra a ser escovada nos seios ou a sensual Cobre de opulentas carnes escuras a contrastar com a cabeleira ruiva que espalhava prazer no deserto dos homens.
O seu sorriso irónico pespegado na minha capa revelava que tinha feito a mesma descoberta dos livros irmãos se atraírem como imãs. E sacou de um bloquinho argolado que provava não ser ele publicitário por não usar Moleskine e vá de rabiscar cinco linhas.
Guardei na memória o rascunho da interrogação se os blogueres ou bloguistas são um quarto sexo que comunica com os espaços em branco e reage apenas às vibrações sentidas quando a sob sua mão sente uma protuberância que obriga a afastar o dedo indicador do médio até ao estertor do publicado.